Estava na hora de jantar e Hermione depois de fechar a caixa e a porta dirigiu-se à lareira e pegou num pequeno frasco atrás da planta que decorava a sala. Colocou na sua palma um pouco do pó prateado que atirara á lareira. Depressa as chamas alteraram a sua cor passando de um vermelho sangue, para um verde vivo, sinal que já poderia avançar. De braços junto ao corpo, gritou: A Toca.

Quase momentaneamente caiu na lareira da casa dos Weasley, A toca e cumprimentou Mrs Weasley, que lhe perguntara se não queriam jantar por lá visto, ser bastante tarde. Hugo aparecera e abraçara a mãe, que lhe perguntara como havia sido a escola, pois apesar de tudo, ela certeficara-se que eles frequentassem a escola como crianças muggles normais. Era um rapazinho irrequieto e traquinas, lembrando o seu pai, e os tios Fred e George.

Mas Mrs. Weasley, o não irei ter tempo de avisar o Ron!

Não te preocupes meu anjo, já o avisei e ele está a caminho.

Sentara-se no pequeno sofá da familia e o filho sentou-se no seu colo, Mrs Weasley preferia fazer tudo sozinha, e também queria que a rapariga aproveitasse o seu pouco tempo disponivel para estar com o filho, visto depois deste entrar em Hogwarts, apenas o iria ver nas férias. Hugo passava os dedos pelos cabelos encaracolados da mãe, vicio que pegara dela.

Harry e Ginny pelos vistos também lá estavam pois ouviam-se as vozes de Lily luna, a filha mais nova do casal. Apesar do seu filho ter a mesma idade que a prima, passavam pouco tempo juntos, pois ao contrário de Hermione, a ruiva abandonara o emprego antigo para se dedicar aos filhos, e passara a escrever crónicas de quidditch através de casa para o Profecta diário. Era uma mãe presente ao extremo, o que causava um pouco de inveja a Hermione.

Mrs. Weasley chamara-os e sentaram-se à mesa quando mais alguém entra era Ronald, que antes de se sentar beijou a esposa e passou a mão pela cabeça do filho.

-Hermione, a Rose já enviou alguma coisa? - perguntou o Weasley

-Ainda não, mas também o que esperava, ainda é o segundo dia de aulas!

-Tem razão!- disse num tom mais descontraido- Ainda custa a acreditar que ela já está em Hogwarts, parece que ainda ontem era do comprimento do meu braço.

Durante o jantar a conversa era inevitável, não era todos os dias que se reuniam todos a jantar, era uma familia grande e geralmente tinham outros compromissos. Harry insconscientemente referiu o nome de Malfoy, mas perante o olhar repreensivo, ocultou o facto de este ter visitado a livraria. O resto do jantar ocorreu sem grandes, excepto quando Lili e Hugo começaram uma mini guerra de comida, encorajada em parte por George.

Continuaram por casa dos Weasley a conversar enquanto as duas crianças brincavam. Falavam em reabrir o processo em volta da prisão e condenação de Lucius Malfoy para aporar as causas e descobrir alguém envolvido. Hermione sentiu o coração pesado, após ouvir o que Draco lhe dissera aquela tarde não poderia deixar de sentir tal coisa, e afinal ela estivera lá quando ele soubera da morte do pai.

- Mas porquê agora? Porquê após 18 anos? - Ron olhou-a espantado, não esperava nenhuma reacção da parte da sua esposa

-Estivemos a rever os processos da guerra por causa de uma captura feita recentemente, e ouve discrepâncias com informações que tinhamos. - respondera Harry – Com certeza que ele deixou algum registo dos crimes, um diário, ou lembranças guardadas, e iremos procurar

-E estão a pensar conseguir arranjar as informações que vos faltam com um dos culpados morto à 18 anos? Isso é tão ilógico!

-HERMIONE! - Gritararam os dois

Calaram-se todos, um silêncio desconfortável, quebrado por Hugo que puxava a camisola da mãe, estava cansado e queria ir dormir. Ron pegara no filho ao colo, e foram os dois para a pequena casa que possuiam.