Hellfire escrita por PseudoL


Capítulo 14
Capítulo 14




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Chegara a casa o relogio batia as 2 da manhã, no salão Astoria estava deitada no sofá com um livro ao peito, tinha ficado à espera. Junto da livro, tinha uma nova carta do filho, o que tendo em conta os acontecimentos recentes não era estranho. 

Digirira-se para o escritorio do pai, ao fim ao cabo poderia ser que encontra-se alguma coisa que o pudesse ajudar a limpar o nome dos malfoy. Era a primeira vez que alguem lá entrava desde a morte de Lucius.

A divisão parecia imaculada, fora a enorme camada de pó que se fora acumulando ao longo dos anos. Nas paredes estavam pendurados quadros dos seus antepassados, figuras que geralmente passeavam pelas paredes da casa e observavam cada passo seu. Apenas uma das figuras se encontrava praticamente imovel. Era a figura de Lucius que olhava fixamente para Draco. Embergava umas vestes brancas e estava acompanhado de Narcisa e ao fundo uma figura que conseguira reconhecer como sendo Severus Snape, o seu antigo professor de poçoes. Parecia ser um quadro do dia em que Lucius e  Narcisa se casaram, algo que poderia ser facilmente dito através do vestido de sua mãe, que era o mesmo que Astoria usara no seu, aquele vestido era uma "herança" que passara por todas as mulheres da familia Malfoy. Era das poucas vezes que vira a sua mãe sorrir daquela forma tão honesta e livre. 

Em cima da mesa estavam várias cartas, e recortes de jornais, e o amuleto que o seu pai costumava deixar-lhe. Sentira uma curiosidade morbida de abrir as cartas na tentativa de encontrar as provas que necessitava, mas temia não ter razão, saber que o pai era culpado e que todo aquele esforço e esperança não passavam de ilusoes. Pegara numa das primeiras cartas que encontrava, um esboço, escrito para o seu professor de poções.  

Parecia ter sido escrita antes da batalha que vitimara Sirius Black, e levara o pai á sua primeira estadia na prisão de Azkaban, previra ele que tal fosse o desfecho e o destino que o aguardara.

"Querido Severus

Desculpa mandar-te esta carta agora mas prevejo que seja o meu último dia em liberdade antes de ir para Azkaban. Peço-te que não me visites, não iria aguentar ver-te sem te poder tocar, sentir a tua pele fria na minha face. Seria humilhante, doloroso, sequer imaginar que poderia ser a ultima vez que me irias ver vivo, possivelmente, não sei o que me aguarda dentro daquelas grades que nos irão separar. 

(...)

Toma conta do Draco por mim, como tens feito todos estes anos por mim, na minha ausência, pois caso eu seja apanhado apenas prevejo um futuro negro para ele e para Narcisa. Ajuda-a no que precisar, apesar de tudo, ela continua a ter um carinho especial por ti, apesar de saber de tudo. Sabes que a amo da mesma maneira que te amo a ti, e não a quero ver sofrer, peço por favor que a tentes proibir de trazer Draco aqui, não quero que ele veja o tipo de companhias que com que o pai anda, seria degradante, mesmo sabendo que um dia ele será obrigado a tomar o mesmo caminho a não ser que esta guerra silenciosa termine e ele possa ter a vida que um dia teria gostado de eu mesmo ter.

(…) Sabes que mesmo assim amo-te, apesar da tua relutância nas minhas palavras e de não retribuires o sentimento, afinal o teu coração sempre esteve ocupado por outra (…) 

Se não te vir depois, espero que encontres esta carta, e sigas o que te peço.

Graciosamente 

Lucius Malfoy"


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