I Wanna be With You. - Christmas version. escrita por Tharry Charliye


Capítulo 1
One Shot. - Merry Chrismukkah.


Notas iniciais do capítulo

Hey, olá! :3
Tão animados quanto eu? Espero que sim!
Eu disse que ia postar o especial de Natal em dezembro e cá estamos nós. Mesmo com alguns dias faltando para o Natal, eu quis postar agora, pois além da ansiedade (>.< hehe) eu não sei se vou conseguir postar lá pelo dia vinte e três e tal :v
Mas mesmo assim, é muita emoção aqui *-*



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A neve branca e o frio marcante dominavam as ruas de New York. Charlie conferiu as horas em seu celular enquanto dirigia sem pressa alguma pelas ruas frias porém agitadas da cidade que nunca dorme. Não demorou muito, e logo estava na rua em que passou a maioria de sua vida, todas as quedas quando sua mãe Quinn tentou ensiná-la a andar de bicicleta vieram em suas mais preciosas memórias, e a vez em que Santana rolou na calçada com Marley na base de tapas lhe fez querer rir.

Finalmente chegou na casa de suas mães, guardou o carro na garagem e logo entrou, retirando o cachecol da Corvinal e o casaco de lã preto. A decoração da casa era uma mistura engraçada de Natal com Hanukkah, as fotografias na parede e o aroma de biscoitos lhe fez sentir-se com sete anos novamente, na época em que Quinn roubava os doces e dividia com ela antes da hora, simplesmente porque não conseguia se aguentar.

Na cozinha, o som de Barbra Streisand lhe chamou a atenção, e nas pontas dos pés, foi até o local, escorando-se no balcão para visualizar sua mãe Rachel, terminando de assar uma torta de nozes adorada por Quinn, os gêmeos, James e até ela mesma. A loira sorriu, Rachel era linda, ninguém diria que já estava na casa dos quarenta e oito. Se pudesse dizer quais seriam as mulheres perfeitas aos seus olhos, seriam elas suas mães e esposa.

- Credo, Char, que susto! – Rachel exclamou, levando uma das mãos ao peito como a ótima Drama Queen que era. –

- Olá pra você também. – Ela ironizou, arqueando uma sobrancelha ao melhor estilo Fabray. –

A loira saiu de trás do balcão, pegando uma maçã na fruteira de vidro, e logo aproximou-se de sua mãe, abraçando-a no processo. Rachel apertou suas bochechas e beijou sua testa como quando fazia quando Charlie era criança, a loira apenas riu envergonhada.

- A casa tá muito quieta pra quando se tem quatro crianças. Sim, a mamãe e os gêmeos também contam. –

A diva riu e arqueou as sobrancelhas.

- Sua mãe está no quintal, brincando com James. Marley, Santana, e os gêmeos também estão lá. –

A mais nova assentiu e então partiu de volta a sala, indo em direção à porta de vidro que levava ao quintal.

Charlie revirou os olhos ao imaginar alguma brincadeira perigosa, suas mães eram loucas. Tipo, loucas mesmo, mas eram as melhores. Ela abriu a porta de vidro e logo encontrou o quintal coberto com camadas grossas de neve, as memórias de infância e até adolescência invadiram sua mente, desde o dia em que sua mãe Quinn derrubou-a na piscina no Natal quando tinha cinco anos até o dia em que Chloe lhe contou da gravidez na festa de aniversário de quarenta e dois anos de Rachel.

No meio do cobertor de neve sobre a grama, Quinn corria junto de Marley, Santana e os gêmeos, logo atrás deles um James agitado gritava sorridente, jogando bolas de neve e dardos de sua arma de plástico. Quando um deles atingiu a cabeleira loira de Quinn, a mulher jogou-se de cara na neve, afundando no gelo fofinho.

- Vovó is dead. – Marley murmurou meio ofegante, sentando-se o lado da loira. –

- Eu tô bem! – Quinn gritou animada, levantando apenas os braços. Seu corpo enterrado na neve quase não era visível. –

Charlie riu anasalado, logo aproximando-se dos irmãos mais novos.

- Mamãe! Eu atirei na vovó e ela morreu! – O garotinho ruivo que lembrava sua esposa de uma maneira assombrosa riu, exibindo a falta de dois dentes de leite. –

- Não é como se isso fosse uma coisa legal de se dizer, Pontas. – A mais velha saiu do cobertor de neve, bagunçando os cabelos ruivos do neto. -

- Eu tô com fome. – Damian comentou, sentado no chão. O garoto com rosto cheio de piercings e os braços fechados de tatuagens olhou para cima, um pouco de neve caiu em sua testa. –

- Eu também. E começou a nevar, acho melhor entrarmos. – Harmony emendou, concordando com o irmão mais velho. –

- Quantos anos vocês tem? Parecem mais velhos do que nós. – Santana murmurou, os gêmeos reviraram os olhos claros em perfeita sincronia. –

- Mamãe fez biscoitos. – Disse Charlie, mordendo um pedaço da maçã avermelhada em sua mão. –

James foi correr em direção à porta de vidro, porém Quinn pegou-o pela cintura e sentou o garoto ruivo em seus ombros, assim como fazia com os filhos quando eram crianças.

- Você se lembra do que a vovó Rach diz quando entramos correndo em casa, certo? – A loira indagou arqueando uma sobrancelha, o garotinho assentiu. –

- Mas eu não vou cair! – Ele cismou, fazendo um biquinho que lembrava muito Charlie na sua idade. –

- Tia Mony disse a mesma coisa quando era pequena, né querida? – Ela virou-se para a filha mais nova, a Rachel de olhos claros franziu o cenho. –

- Mãe! Eu quero me esquecer desse dia, já me lembro dele o suficiente sempre que olho no espelho e vejo essa cicatriz horrorosa! – Ela apontou para a própria testa, onde existia um pequeno ponto que mal era visível. Realmente, os genes de Rachel eram mais evidentes nela do que em qualquer um dos irmãos mais velhos. –

- Sim, você tem um monstro na testa, Drama Queen. – Damian ironizou, revirando os olhos. –

- Não escute o seu irmão, você é linda Mony. – Quinn sorriu para a garota morena e logo cruzou o jardim coberto de neve até a porta de vidro. –

Dentro da casa, encontrou Rachel arrumando a mesa enquanto cantarolava alguma musica aleatória. A diva sorriu para ela, e aproximando-se gentilmente, beijou os lábios da mais alta. James soltou um ‘eeew!’.

- Algum problema, Pontas? – A loira indagou, abraçando sua esposa com apenas um braço. –

- Gente velha não se beija, vovó! – Ele tapou o rosto com as mãos e Quinn riu anasalado. –

- Exatamente, por isso eu beijo a vovó Rach, nós não somos velhas! – Novamente tratou de beijar a diva, as duas riram em meio ao contato. –

...

Marley e Santana jogavam vídeo-game com James enquanto Damian escutava música em seus fones e Harmony trocava mensagens com Valerie, Quinn e Rachel terminavam de arrumar a mesa quando uma Chloe animada adentrou a casa e correu até Charlie, pulou em cima da loira e abraçou-a com força, e pelo seu tamanho, ou a falta dele, conseguiu prender as pernas na cintura da mais alta.

- Char! – Ela murmurou, escondendo o rosto na curva do pescoço da loira. –

- O-olá. - Charlie riu e logo sustentou-a com as mãos em suas costas, as duas beijaram-se lentamente.

- Que gay! – Uma voz vinda de fora da casa gritou. –

Emily passou pela porta com uma certa dificuldade, escondida atrás de vários presentes embrulhados em papeis coloridos e chamativos. Assim que James terminou de vez com o personagem de Marley, sendo a primeira derrota da morena em tantos anos de Mortal Kombat, o garoto ruivo pulou por cima do sofá, agarrando-se ao corpo de Chloe assim como a mesma havia feito com sua outra mãe.

- Oi mamãe! – Ele riu e logo tratou de beijar a bochecha de sua mãe ruiva. –

- Segura essas coisas aqui. – Emily murmurou, largando as caixas amontoadas nos braços de Charlie, que quase deixou-as cair sem querer. – E aí, garoto! – A morena sorriu e bateu um high-five com o ruivo nos braços de Chloe. –

- Em! – Marley gritou, contente. -

- Marley-san! –

As duas logo compartilharam um abraço esmagador, e sabe-se lá quem acabou perdendo o equilíbrio, mas segundos depois já estavam caídas no chão, gemendo de dor. Beca, que entrou logo depois, bateu palmas sarcásticas, enquanto Alice riu baixinho.

- Vocês são muito infantis. – A futura esposa, atualmente noiva, de Emily murmurou. –

- Eu também te amo, Lice. – Disse em meio aos gemidos doloridos, enquanto levantava-se com ajuda de Marley. –

- Cadê a Aubrey? – Chloe indagou, após soltar James. O garoto ruivo correu para dizer algo para Quinn. –

- Vai passar o Natal com os parentes do Jesse, mas diz ela que amanhã vai estar presente. Sei lá. – Beca deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça preta. –

...

Não muito tempo depois, Brittany, Kitty, Blaine e Kurt chegaram com os filhos. Sam e Mercedes estavam no Brasil com o único filho do casal, Beth e Ruby estavam em Londres com Frannie e Belle e seus filhos, logo somente Shelby, Judy e Leroy ficaram em New York.

Charlie estava em seu antigo quarto, que ainda era mesma coisa desde seus treze anos de idade, tirando um ou outro brinquedo por ali que pertenciam a James. Ela pegou seu antigo Charmander de pelúcia em mãos, observando o pequeno brinquedo que apesar de antigo, ainda estava em bom estado. Olhou para os posters de bandas e quadrinhos, as fotos de quando era mais nova, a maioria delas com Chloe ou alguma das garotas do pequeno grupo. Suspirou e sorriu de lado.

Ao descer as escadas, conseguiu escutar os risos escandalosos de cada um ali. Deu de ombros, pensando ser alguma das histórias de Marley. Mas não era. O álbum, o maldito álbum. Rachel estava sentada no sofá com todos os adolescentes em volta, James em seu colo ria de algo. Logo ao lado da diva estavam Chloe, Emily, Beca e Alice.

- P-parem de ver isso! – Disse um tanto envergonhada, e quando uma foto dela criança tomando banho fora encontrada, Charlie ficou tão vermelha quanto os cabelos de Chloe. –

- Essa é a mamãe? – James indagou, apontando para uma foto onde Charlie estava com os cabelos tingidos de preto, em sua época ‘rebelde’. –

- Não gosto dessa foto. E nem dessa época. – A loira murmurou, sentando-se no braço do sofá, onde Chloe abraçou sua cintura. –

- Você tem várias histórias de quando tínhamos dezesseis. E a maioria são engraçadas. – Emily comentou, e Charlie revirou os olhos. –

- Prometemos nunca mais falar disso, e então não vamos mais falar disso. –

- Disso o quê? – James indagou. –

- Nada. – As duas responderam em uníssono. –

...

Quinn levantou Rachel do chão, tentando ajudar a diva e todo seu tamanho, ou a falta dele, no trabalho de colocar a estrela em cima da árvore. Ela era a estrela da casa e tinha todo o direito de fazer aquilo.

No quintal, em uma das espreguiçadeiras ao redor da piscina, estava Harmony. Na tela de seu celular haviam lágrimas, ela fungava, chorando baixo. Era véspera de Natal, ela não poderia estar triste. Não queria e nem deveria, mas estava. Taylor, seu namorado, havia terminado com ela por mensagem, provavelmente trocando-a facilmente por alguma outra garota. Ela mal prestou atenção quando alguém sentou-se ao lado dela.

- Não gosto de ver você chorando. O que houve, little star? – Valerie indagou, coçando lentamente os cabelos ruivos. –

- N-nada. – Respondeu após alguns segundos, sua voz derrotada e frágil. –

Valerie bufou e revirou os olhos. Ela sabia que algo havia acontecido, ela era uma Lopez-Pierce, e de acordo com Santana, tinha um terceiro olho mexicano psíquico, seja lá o que isso signifique, mas sempre funcionou com suas mentiras contadas para a mãe latina.

A ruiva colocou uma de suas mãos nas têmporas da mais nova, virando-a para si, até que colaram suas testas, e mesmo no frio que estava aquela noite, podiam sentir o calor corporal uma da outra.

- Vai dizer ou não o que aconteceu? – Indagou em uma voz baixa e amorosa, fitando os olhos claros de Harmony, que mesmo um tanto avermelhados e inchados, não deixavam de ser adoráveis .-

- O-o Taylor ... Terminou comigo. – Disse em um fio de voz, e então enfiou o rosto na curva do pescoço da mais alta, fungando com pausas consideráveis. –

- Oh, Harmie ... – Passou lentamente a mão pelos cabelos negros. –Bem, eu nunca gostei daquele cara, mas você realmente mercê alguém melhor do que aquele idiota. Ele não sabe o que tá perdendo. – Murmurou, apertando-a em um abraço. –

- Não me deixe. Nunca, nunca. Por favor. – Pediu entre soluços, apertando o casaco de lã da ruiva. –

- Não vou deixar, Harmie, eu prometo. – E então beijou a testa da mais baixa, apertando-a com toda sua força, como se não quisesse soltá-la nunca mais. –

Dentro da casa, Rachel e Brittany observavam a interação de suas filhas. A loira mais alta sorriu, tomando um gole do café em mãos.

- Então acho que somos da mesma família, Rach. – Disse uma Brittany sorridente. –

- Sim, somos. – E então sorriu de volta para a amiga. –

...

Depois da meia-noite, Marley cismou que queria abrir o champanhe, e poucas horas depois, tanto ela quanto Nash e Naomi mal paravam em pé de tão bêbados. Santana e Quinn também não estavam lá essas coisas, rindo de tudo que acontecia.

- Eu quero dizer algumas coisas. – Disse a morena, levantando uma garrafa que ela praticamente tomou sozinha, sua fala enrolada e os passos desengonçados. – Quinn, cê é foda mano! Em todos esses anos, eu ... Esqueci o que ia falar. Sant, eu te odeio, sua vadia, eu te amo. – Ela parou e ficou encarando o nada por alguns segundos, até que voltou a falar. – Blaine, cê é o gay mais firmeza que eu conheci. Eu amo todos vocês ... Menos você, Rory, cê é móh escroto. –

O garoto apenas revirou os olhos, Damian riu alto.

- Esqueci o que eu ia falar de novo. Feliz Natal. – E então caiu de costas no tapete, dormindo ali mesmo. –

Sinceramente, aquele foi o melhor Natal que Quinn já teve em sua vida.


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Notas finais do capítulo

Eu ouvi 'terceira temporada' ano que vem? O que? Como assim?