P.O.V. Ingrid.

Estou fugindo dos caçadores há dias e eles me injetaram alguma coisa que me deixou muito mal.

Eu vejo uma moça com o rosto coberto por um véu roxo do mesmo tom do vestido.

-Calma, vou ajudá-la senhorita.

Ela me levou para um casebre no meio do nada, mas no percurso ela tirou um rastreador que haviam implantado em mim sem eu saber.

-Deite-se. Você deve se alimentar.

Ela me ofereceu uma bolsa de sangue a qual eu agarrei e bebi.

-Vou ajudar você a se recuperar mais depressa.

A garota começou a espalhar velas pela sala em um ângulo perfeito que formava um pentagrama.

Ela desenhou essa mesma forma com sal e colocou cinco tochas, uma em cada ponta.

-Pronto. Agora tenho uma fonte estável e grande.

-Uma fonte?

-Vamos começar. Preciso que fique no meio do círculo, sente se na cadeira. Isso, perfeito.

Ela começou a falar numa língua que eu não conhecia e a chama das velas e das tochas começaram a subir e quando ela acabou me senti melhor que nunca.

-Pronto. Se sente melhor?

-Sim, obrigado. Quem é você?

-Sou Amara.

-Ingrid.

-Eu sei. Eu sabia que você era especial, você tem sangue nobre. Agora descanse e se recupere porque amanhã vamos começar a nossa jornada.

-Jornada?

-Sim. Aqui, use esse anel. Enquanto o usar o sol não vai te queimar.

Quando o dia nasceu ela estava com as malas prontas.

-Bom dia. Aqui seu café.

-Obrigado.

-Disponha.

-O que você é?

-Sou uma bruxa.

-Incrível!

-Vamos, não temos tempo a perder. E temos a vantagem do anel. Eles nunca vão suspeitar que estamos viajando durante o dia.

Ela me levou diretamente até Garsaide Grange.

-Porque estamos numa escola?

-Porque é onde deveríamos estar. Venha.

Amara bateu á porta e Reinfield atendeu.

-Senhoritas.

-Estamos a procura do senhor Conde.

-Me acompanhem.

-Meu pai? Me trouxe pro meu pai?!

-Relaxe. Sei o que estou fazendo menina.