CAPÍTULO 5

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Depois de uma viagem cansativa das Weasley's até a casa, era de se esperar que quisessem apenas um pouco de descanso quando chegassem. Hermione não tirava Ron da sua cabeça, principalmente depois de toda a sua bondade ao acolher-la de forma tão gentil. Já Ginny estava mais confusa do que nunca. Harry estava fazendo esse efeito nela, que nem a mesma conseguia entender.

Finalmente chegaram a sua casa, e correram para o quarto, enquanto a Sra. Weasley falava para sua cozinheira o que cozinhar no jantar.

–Espero que tenha pedido um excelente jantar hoje, querida. Um primo estará chegando hoje, e irá passar um tempo com nós. -falou Arthur, com uma carta na mão

–O quê? E quem é este homem? -pergunta a Sra. Weasley, confusa

–Um primo que irá herdar toda a casa, até o nosso pobre piano, já que a casa é no nome dele, e não das minhas filhas... -lamenta Arthur

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No final da tarde, a companhia da casa toca, fazendo as garotas Weasley's ficarem animadas com o nomo convidado, mesmo que ele seja um convidado inesperável e um tanto indesejável.

–Ginny! Abra a porta, por favor, querida! -grita Molly, da cozinha, enquanto Ginny vai abrir a porta, ficando um tanto surpresa

–Sr. Longbottom ao seu dispor. -fala Neville, se comprimentando

–Oh, Sr. Longbottom! Entre! O jantar já vai se servir. -fala Ginny, educada, dando espaço para o homem entrar.

Ao entrar, Ginny percebeu a analise silenciosa que Neville fazia pela casa, como se tentasse ver algum defeito.

–Sr. Longbottom! Que prazer em ter o senhor aqui para uma bela visita... -fala Molly, entrando na sala, cumprimentando Neville -Vamos! O jantar já está na mesa.

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Batatas era o jantar daquela noite. A Sra. Weasley ficara tão apavorada com a chegada do herdeiro da sua casa, que não permitiu fazer um bom jantar. O Sr. Weasley já era um homem velho, e se ele as deixassem, deixaria também a casa nas mãos do Sr. Longbottom, podendo-as expulsa-las quando bem entendesse.

–Que cômodo admirável e que batatas deliciosas! Há anos não como batatas tão bem cozinhadas... Qual das minhas admiráveis primas posso elogiar pelo jantar? -pergunta Neville, encarando as moças Weasley's pela mesa

–Sr. Longbottom, temos perfeitas condições de contratar uma cozinheira... -fala Molly, olhando indignado para ele

–Exelente! Fico muito feliz em saber que a casa tem ótimas condições. Acho que vocês sabem que éa minha tia, Minerva McGonagall...-fala Neville, enquanto Molly apenas nega com a cabeça. -Minha casa está em suas terras, e ela sempre tem a bondade de passar por lá por sua carruagem puxada por pôneis... -fala Neville, orgulhoso, enquanto Ginny apenas olha para o pai e dá um risinho, enquanto o pai faz o mesmo

–E ela tem alguma família? -pergunta Molly, se interessando

–Sim, uma filha. Herdeira de uma cidade e de uma extensa propriedade. Sempre digo a Minerva que sua filha parece ter nascido para ser duquesa...pois ela tem toda a dignidade que uma duquesa pode ter. -nessa hora, Ginny encarou Hermione, segurando um risinho -são elogios delicados que todas as mulheres gostam de escutar, e que me sinto na obrigação de fazer... -termina Neville

–Que bom, Sr. Longbottom, que consiga fazer um elogio com tanta delicadeza e experiencia... -fala Sr. Weasely, tomando um gole do seu vinho

Ginny encara o seu velho pai com um sorriso no rosto, mas logo encara Sr. Longbottom, que comia suas batatas.

–Me pergunto, Sr. Longbottom, se esses seus elogios são espontâneos, ou se você precisa de algum estudo para isso. -pergunta Ginny, se fingindo interessada, enquanto Hermione a olha indignada, chutando sua perna por debaixo da mesa.

–Às vezes me divirto fazendo alguns elogios elegantes sozinhos, mas as vezes dou uma pequena pesquisada... mas me preocupo em faze-los o mais espontâneo possível... -responde, olhando para todas suas primas

–Acredite em mim, ninguém jamais iria desconfiar que os seus elogios são ensaiados... -fala fala Ginny, irônica, enquanto Parvati solta uma grande gargalhada, que acaba disfarçando com uma torce.

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No dia seguinte, à tarde, Ginny, Hermione,Lilá, Parvati e Padma foram a cidade, para comprar suas fitas para o baile de Rony, no largo grimmauld. Estavam indo a caminho da loja, enquanto Ginny conversava com Hermione.

–Sr. Longbottom é uma pessoa que faz os homens terem desprezo. -comenta Ginny, distraída, e não percebe seu lenço sair voando

–Não acho isso do pobre rapaz, ele tem o seu charme... -comenta Lilá, tímida.

–Creio que isso é seu, senhorita. -fala uma voz grossa.

Ginny olha para frente e encontra um homem alto e bonito, com vestes de oficial, enquanto a encarava com um sorriso, lhe entregando o lenço que deixou cair sem notar.

–Oh, Sr. Thomas, o senhor é um perfeito homem... -fala Parvati, rodeando o jovem rapaz

–Parvati deixou o lenço cair, e o Sr. Dino teve a gentileza de lhe entregar -explica Padma, enquanto Ginny não deixava de encarar o homem a sua frente

–Sr. Thomas, estávamos indo comprar algumas fitas, o senhor gostaria de nos acompanhar? -pergunta Parvati, o olhando com um sorrisinho irritante

–Eu adoraria acompanha-las. -responde, entrando na loja, acompanhado pelas irmãs Weasley's, enquanto Hermione encarava a irmã, dando um sorrisinho.

–Não posso dar nenhuma opinião sobre fitas. Tenho um péssimo gosto para elas... -fala Dino Thomas, olhando as fitas, enquanto todas as irmãs, menos Ginny, se separavam para procurar suas fitas.

–Minha nossa, todos devem ter vergonha de ter alguém como você no regimento... -fala Ginny, irônica

–Oh, você nem imagina... sou motivo de risadas! -exclama Dino, andando pela loja, enquanto Ginny segue com os olhos

–E o que os superiores fazem com você? -pergunta Ginny, se fingindo interessada, enquanto segura o riso

–Ignoram-me. Mas não sou muito importante, então é fácil fazer isso... -responde, enquanto solta uma risada, acompanhado por Ginny

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Já era final da tarde, quando as irmãs Weasley's caminhava para suas casas, segurando suas fitas, comentando sobre qualquer assunto.

–Olhem! Olhem! É o Sr. Delacour! -exclama Padma, de repente, apontando para dois homens, montados em um cavalo.

–Sr. Delacour! Sr. Delacour! -grita Parvati para chamar a atenção de Rony, que estava sendo acompanhado por Harry, enquanto Ginny e Dino chegavam logo atrás, de mãos dadas, já que Dino ajudava Ginny a subir as elevações da terra -O senhor gostou das minhas fitas que acabei de comprar para o seu baile?

–São lindas! -responde Rony, enquanto encarava Hermione, que estava corada

–Sim, e olhe para Hermione, como está linda! -exclama Parvati, apertando as costelas de Hermione, que logo saiu de perto, saltitando

–Parvati! -censura Hermione

Enquanto isso, Harry não falara uma palavra, apenas encarava o Sr. Thomas com frieza e quase ódio do mesmo, e encarava também Ginny e a sua mão, que segurava a mão do Dino.

–O senhor pode convidar o Sr. Thomas, também! Ele é um ótimo oficial... -sugere Parvati, enquanto Harry olha para Dino, com repugnância. Dino o encarava quase do mesmo jeito, mas como se o censurasse.

–Parvati! Não se convida pessoas para o baile dos outros! -exclama Hermione

Por fim, Harry encara Ginny como se tentasse falar alguma coisa, e vai embora, cavalgando rápido

–É claro que o Sr. Thomas pode ir! Adeus moças, até breve! -exclama Rony, enquanto cavalga rápido atrás do amigo.

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–Pretende ir para o baile no largo grimmauld, Sr. Thomas? -pergunta Ginny

–Talvez... -responde Dino

Ambos estavam debaixo de uma árvore, próximos ao lago da casa de Ginny, enquanto falavam sobre o dia

–Há quanto tempo o Sr. Potter está hospedado no largo? -pergunta Dino

–Há quase um mês... -responde Ginny, estranhando -Desculpa, mas você o conhece?

–Claro, estou conectado a sua família desde pequeno... -responde e Ginny arregala os olhos -Deve estar surpresa, Srta. Weasley, depois dessa fria saudação...

–Eu espero que o senhor não mude de ideia de ficar aqui só por causa dele... -fala Ginny, ainda surpresa

–Não, não irei ir embora. Se ele deseja se distanciar, ele que deve sair. -responde Dino, enquanto observa a árvore que estavam

–E por que o senhor tem essa antipatia com ele? -pergunta Ginny

–O meu pai administrava todos os seus bens. Crescemos juntos, eu e Harry... o seu pai me criou como um segundo filho, me amava como um filho... estávamos juntos quando ele morreu... e no seu último suspiro, ele me deu uma casa, pois sabia meu desejo de entrar na igreja... mas Harry ignorou o seu desejo, e deu a casa para outra pessoa... -Dino termina de explicar, e Gina fica impressionada

–Mas, por quê? -pergunta, ainda sem acreditar

–Ciúmes, talvez? O seu pai me amava como um filho, e ele não tolerava isso... -responde Dino

–Que crueldade! -exclama Ginny, que fica ainda mais impressionada com a ousadia de Harry

–E agora, sou um pobre soldado que é tão baixo que não consigo ser notado... -responde Dino, depois de um grande suspiro

Ginny o encara, perdida em seus pensamentos. Ainda não acreditava que Potter poderia ser tão cruel a ponto de fazer uma coisa dessas com Dino. Já não tinha mais uma boa impressão do Potter, e depois dessa tarde, apenas piorou.

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