Delivered to your love escrita por Adrii silva


Capítulo 33
Passado


Notas iniciais do capítulo

Olá! Quer dizer que para que as moças venham falar comigo nos comentarios eu tenho que matar um personagem? Bom saber.. Agora vou bancar de Shonda Rhymes! muhahahaha
Bom espero que gostem do cap! Venham conversar comigo nos comentarios!



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POV EMMA SWAN
Voltei da consulta cansada, não só fisicamente como também psicologicamente, ter tocado naquele assunto fez com que as lembranças voltassem, não que eu não lembrasse disso dia a dia, mas eu sempre tentava me manter o mais ocupada possível, ter meus pensamentos focados somente no trabalho, mas cada vez que eu ia a consulta eu era obrigada a ficar uma hora falando sobre aquilo e era muito desgastante. Cheguei em casa, Henry estava no colégio, liguei para minha secretária e avisei que não iria trabalhar hoje, não estava com cabeça pra isso. Agora estou morando em Bostom, uma semana depois do acidente eu acordei em um hospital daqui, eu lembro perfeitamente daquele dia, eu acordei e minha mãe estava sentada em uma poltrona que tinha do lado da cama, tinha uma aparência abatida de quem não dormia e nem se alimentava direito a dias. Eu chamei por seu nome e depois de me abraçar e repetir mil vezes que finalmente eu tinha acordado ela saiu à procura de um médico, logo apóss uma bateria de exames eu já estava bem acordada, sentia um pouco de dor pelo meu corpo. Não tinha visto minha mãe desde que fui fazer os exames, queria saber do meu filho, da minha namorada e de meus amigos, eu perguntei para o médico e ele falou que somente eu e Henry tínhamos chegado ao hospital. Despois de algum tempo minha mãe apareceu a primeira coisa que perguntei foi onde estava Henry e ela respondeu que ele estava bem e que estava em casa, ele sofreu uma fratura no braço esquerdo e alguns arranhões, mas que estava bem, quis saber sobre Regina e vi que minha mãe estava relutante para falar sobre isso.
—Filha eu sinto muito mas Regina não resistiu ao acidente.
Eu ainda lembro como se ele tivesse falado isso ontem, a dor é a mesma, ou tal vez seja maior.
Você já sentiu uma dor tão grande, tão forte a ponto de pensar que não poderia seguir em frente, a ponto de você não saber como continuar? Eu me senti totalmente perdida. Como assim Regina não tinha resistido? Por um momento eu pensei em que queria estar com ela, ou ter morrido no lugar dela, mas lembrei de Henry, eu tinha que seguir em frente por meu filho.
Eu quis levantar daquele cama, precisava ver Ruby, Zelena.
“-Mae eu preciso voltar, eu preciso ficar com as meninas, meu deus, Ruby perdeu a irmã !
—Elas não querem te ver, Emma
—Como assim? Por que não?
—Ruby acabou perdendo o bebe.
—Oh.. meu deus, mais um motivo para eu ir ate elas.- Fui tentar levantar da cama, mas fui impedida por minha mae
—Emma elas não querem te ver, elas te culpam, pela morte de Regina e pela morte do bebe.
—O que? Não, isso não é verdade! Eu preciso falar com elas.
Minha mãe segurou firme em meus braços e olhou em meus olhos
—Eu transferi você para este hospital porque elas foram claras o suficiente quando disseram que não queriam te ver, Emma ir até lá só vai aumentar o seu sofrimento, você tem um filho para cuidar, ele precisa de você, ele quer te ver, elas não, coloque seu filho em primeiro lugar!
—Neal...-Eu sussurrei- Ele estava no carro.
—Ele ainda está em coma, por isso eu digo que seu filho precisa de você mais do que nunca !”
Duas semanas depois eu recebi a noticia que Neal não resistiu e partiu também, eu não sabia como consolar meu filho, eu me deixei consumir pela dor e pela culpa, eu sei que eu não tinha provocado o acidente, mas eu pensei em varias hipóteses, se eu tivesse ouvido Regina e deixado Henry com uma babá ou com a mãe de Zelena, se eu tivesse forçado Regina a ficar na maldita balada com as meninas, se eu não tivesse entrado em sua vida...
Eu demorei muito para me recuperar, meu pai me ofereceu um cargo no buffet dele, eu não era advogada nem entendia nada, então comecei a estudar e fazer estágio lá na empresa, desde então minha vida gira em torno ao trabalho, eu fico naquele escritório praticamente todo o dia, volto a tempo de ficar um pouco com Henry antes dele dormir. Meus pais não poderiam estar mais felizes, acabei fazendo o que eles queriam, assumido o negócio da família, era o braço direito do meu pai lá dentro.
Eu desisti de falar com Zelena ou Ruby, fui covarde, eu não tinha coragem para olhar nos olhos delas, eu não saberia o que dizer, eu não saberia enfrenta-las. Como eu sinto falta dos dias que passamos juntas, das piadas de Zelena, será que depois de tanto tempo ela segue a mesma palhaça de sempre? Será que ela e Ruby continuam juntas? Será que casaram? E Mary? Fico pensando em como deve ser o seu filho... ele deve ter 5 anos, será que ele tem os olhos do pai e os cabelos da mãe? Ou ao contrário? E Ruby? Fico pensando se ela ainda tem aquelas mechas vermelhas no cabelo e será que acabou a faculdade? Será que já estão trabalhando? Também penso em Cora... ela estava tao próxima de se reconciliar com Regina, lembro da ultima visita que fizemos a ela, realmente minha morena estava pensando em perdoar a mãe. Cora quase perdeu Ruby em um acidente mas no fim acabou perdendo Regina. Regina... minha morena, cada vez que falo “minha morena” lembro dos ataques de ciúmes que ela tinha por causa de Neal e eu por Robbin e ela sempre repetia que era minha e de ninguém mais. Ela era minha e eu... eu pertencia de corpo, alma e coração a ela, lembro de cada detalhe seu, de como erguia a sobrancelha e como aquilo me parecia fodidamente sexy, sua voz, o som da sua risada, existiria um som mais gostoso do que o som daquela risada? Eu acho impossível, seu sorriso era tão largo, ela iluminava meus dias, seus olhos.. eram tão intensos, eu me perdia naquela imensidão chocolate, eu gostava de fixar nossas olhares, nos entendíamos tão bem através deles, tínhamos uma conexão tão... Única. Eu sei que jamais vou poder ter com alguém o que eu tinha com ela, assim como também sei que jamais vou conseguir voltar a ser feliz como eu era naquele tempo, com aquela família que eu estava construindo. Ao lembrar de tudo isso começo um choro compulsivo, a dor se apodera de mim novamente, enfio a cabeça no travesseiro e começo a gritar, extravasar todo meu ódio, frustração, dor, era muita coisa que eu sentia e nenhuma dessas coisas eram boas.
***2 dias depois***
Eu estava novamente sentada frente a Elsa...
—Eu vou viajar- Falei e ela se surpreendeu
—Férias?- Perguntou com um sorriso
—Não, trabalho- Ela revirou os olhos e desfez o sorriso
—Onde vai?
—Em uma cidadezinha no Main... eu nem lembro o nome direito, mas em fim, pediram para meu pai ir dar uma palestra em uma Faculdade, mas ele não está em condições de viajar, então me pediu para que fosse no lugar dele.
—Isso é bom, mesmo que seja a trabalho, você sair daqui, conhecer gente nova, novas ares
—Não são férias, eu so vou ir dar a palestra e volto.
—Quantos dias?
—Acredito que 3, eu vou levar Henry comigo.
—Quando vai? Não vamos ter sessões.
—Amanhã bem cedo.
—Boa viagem, aproveite !
Saí do consultório de Elsa e fui até meu escritório resolver alguns problemas e logo fui pegar Henry na escola.
—Hey, Kid!- Cumprimentei quando ele entrou no carro.
—Oi, mãe!
—Como foi sei dia?-Ligo o carro e começo a dirigir
—Bem... o mesmo de sempre, sem nenhuma novidade.
—Bom, isso vai mudar, pois eu tenho uma novidade pra você...
—Qual?
—Vamos viajar.
—Serio? Tipo férias adiantas?
—Mais ou menos. seu avô me pediu para ir dar uma palestra.
—Uhm... a trabalho? Eu pensei que fosse uma viagem nossa
—Não deixa de ser assim, nós vamos estar juntos.
Henry não ficou muito feliz quando falei que a viagem seria por trabalho mas sei que no fim das contas vamos acabar aproveitando.
**na manha seguinte**
5 a.m. e já estávamos levantados preparando os últimos detalhes, liguei para minha mãe para avisar que já estávamos de saída e então partimos. No começo Henry estava animado, colocou música no carro e ia cantando as que sabia, mas logo depois ele acabou pegando no sono me deixando sozinha com meus pensamentos. Algumas horas depois eu finalmente avistei uma placa “Bem Vindos a -StroryBrooke”
—Finalmente !- Gritei e acabei acordando Henry- StroryBrooke Que tipo de nome é esse? -Não sei, mas fico feliz de ter chegado, preciso esticar as pernas- Respondeu Henry se espreguiçando no assento ao meu lado.
Dirigi mais um pouco e encontramos uma pensão, nos instalamos rapidamente e eu fui tomar um banho daqui a pouco tinha que ir pra faculdade. Depois que acabei o banho me joguei na cama e logo senti Henry parado ao meu lado abri os olhos e ele estava com duas xícaras nas mãos
—Chocolate quente pra você relaxar antes de ir dar aula.
—Hmmmmm.. obrigada.. eu estava precisando mesmo.. você colocou...
—Canela? Sim.
—Obrigada- Ele sentou ao meu lado e enquanto tomávamos nossos chocolates jogávamos conversa fora, mas como tudo que é bom dura pouco chegou a hora que eu tinha de ir e cumprir com meus compromissos. Deixei Henry na pensão assistindo filmes e fui embora...
A faculdade era relativamente grande, nada comparado com as que tinham em Bostom, mas eu esperava bem menos, estacionei meu carro e logo entrei, ate que tinha bastante alunos, agora eu teria que encontrar a sala do diretor aqui... caminhei um pouco e olhei tudo ao meu redor, parei um dos alunos e perguntei onde poderia encontrar o diretor ou alguém que me orientasse, ele me indicou que a sala ficava no segundo andar e foi pra lá que me dirigi, logos após subir 2 sacadas de escadas que pareciam não acabar nunca eu cheguei a um corredor que estava cheio de alunos, suponho que eles estavam em algum intervalo, segui caminhando e de repente senti meu corpo congelar, eu não conseguia me mover, meu coração congelou, eu ouvi uma voz, aquela voz, eu conhecia aquela voz, girei meu corpo e comecei a olhar para todos os lados, em seguida seu perfume invadiu minhas narinas...
—Regina..-Sussurrei e comecei a girar meu corpo procurando de onde provinha aquela voz, eu girava e olhava para todos os lados, consegui ver uma mulher com cabelos negros, a mesma estatura, eu estava alucinando? Fechei meus olhos por um segundo e quando voltei a abri-los ela não estava mais ali, mas era sua voz, seu perfume, eu tenho certeza, meu coração estava acelerado, eu me sentia perdida.
Fui tirada de meus devaneios quando senti alguém segurar forte em meu braço
—A senhora esta se sentindo bem?- Uma menina perguntou.
—Eu.. eu... eu preciso ir ao banheiro.
Ela me indico onde ficava e eu saí correndo, entrei, me enfiei em umas das cabines recostando meu corpo na porta e fui deixando o mesmo descer por ela enquanto lagrimas desciam por meu rosto e eu tentava me acalmar e controlar minha respiração.
O que tinha acontecido?
O que estava acontecendo comigo?


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