Feito para matar escrita por poetizando


Capítulo 4
Porque tinha que ser filho de Apolo?!


Notas iniciais do capítulo

Oi, meus fantasminhas.
Contínuo sem entender pq estou postando aqui huehuehue
Não sei...
Boa leitura, pq mesmo que sejam invisíveis eu sei que existem.



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"Eu voltei no dia em que tudo mudou, no dia em que minha irmã e minha mãe morreram.
Estava de volta deitado sobre o corpo das duas, chorando como se minha própria vida estive acabado, o que era da fato verdade. A cena que acabara de ocorrer tinha se passado tão rápido que eu nem se quer tive tempo para reagir.
Na grande luta entre Zeus e Hades, Maria estava em uma área próxima do conflito, por isso, um dos raios do deus dos céus acabou indo em sua direção, a caraga elétrica era tão alta que era capaz de matar 100 dracaenaes. E estava chegando perto da minha mãe. Estava a apenas alguns metros dela quando Bianca se jogou na frente. Porém, mesmo acertando minha irmã, o efeito era tão poderoso que acabou matando também minha mãe.
Já eu, enquanto tudo isso acontecia, me encontrava do outro lado do salão dos tronos, no Olimpo. Quando ouvi um baque extremamente forte e duas pessoas gritando, fui correndo em direção a elas. Mas lógico… Era tarde demais. A sensação que sentia era de puro vazio, a ausência era tão grande que não sentia nem a mim mesmo. Tudo que fiz foi colocar a culpa nos Deuses, sem tentar entender a verdade. Então eu levantei-me e andei a passos largos e rápidos até Zeus, que continuava a lutar com meu pai, ele parecia em ter visto o que aconteceu. Ele nem percebeu que tinha acabado de mata-las!
A minha raiva só aumentava, até que cheguei perto o bastante dele e…"

Acordei sobressaltado. Dando uma longa puxada de ar, odiava esses pesadelos, que não passavam de memórias antigas. E sem perceber algumas lágrimas desceram pelo canto do olho. Eu queria tanto esquecer de tudo isso!
Estava um caco, e só piorou quando minhas memórias foram voltando e lembrei onde estava, o que estava fazendo e lembrei do flashback.
Me encolhi no canto da maca (só depois entendi que estava na enfermaria) e abracei meus próprios joelhos. Quando sinto alguém me tocar nos ombros e sussurrar que tudo estava bem. Levanto os olhos e fito as orbes azuis que estavam me encarando com um olhar que até parecia… preocupado ?

Ele me abraçou, assim, do nada. Eu fiquei sem reação, estava confuso demais para isso. Mas depois de um tempo retribui e desabei, comecei a chorar tanto que encharquei a camisa do ser que nem sabia o nome.
Mas logo voltei para a realidade, sequei minhas lágrimas, e me afaste rapidamente dele. Resmungando desculpas. O que era isso?! Nico Di Angelo chorando? E ainda por cima alguém que ele nem conbecia o consolando ?

Logo sai daquela ala da enfermaria. Porém, ainda estava meio tonto e minha pressão pareceu cair demasiado rápido.

Por isso tive que sentar na cadeira mais próxima. Me acalmei um pouco e olhei em volta, aparentemente ainda era finalzinho de tarde. Então conclui que não havia ficado mais do que algumas horas inconsciente.

Estava pensando no que fazer a seguir quando o Garoto que havia me consolado sem motivo nenhum, falou:
Qual é o seu nome ? Desculpe por isso… Mas não consegui ficar olhando sem fazer nada. E você parecia bem abalado, afinal, estava caindo, literalmente, no chão quando te segurei e te trouxe para cá.
Sou Nico. Desculpe pelo incomodo, mas não precisava, eu teria me virado sozinho.
Ah, sou Will Solace, filho de Apolo. E não importa o quanto reclame, vai passar noite aqui. Sua saúde estava por um fio quando chegou aqui, fiquei as horas seguintes todas tentando estabilizar seu corpo, ele parecia sumir, como sombras.
Mas nem pensar…
Ordens médicas! - Ah que garoto irritante ! Ele acha mesmo que pode mandar em mim? Que audácia! Mas infelizmente vou ter que aceitar, porque tenho que manter as aparências, sou filho de Atena afinal. Olho para aquele ser que parecia irradiar luz e ele estava sorrindo! S-o-r-r-i-n-d-o. Odeio filhos de Apolo, são sempre cheios de si, com toda aquela história de calor e felicidade. Sussurro mais para mim do para qualquer um:
Tinha que ser filho de Apolo!? Oh deuses, tenham piedade de mim.
Pois fique sabendo que os filhos de Apolo podem ser legais. - Ah, não era para ele ter ouvido o que eu disse. Mas tudo bem, ele não importa. É apenas um contratempo até a reunião de amanhã. Por falar em contratempos… e a Hazel?
Tudo bem… não estou nem ai sobre se você pode ou não ser legal. Como está minha irmã?
A garota de cabelos enrolados é sua irmã? Mas…
Sim, não nos parecemos. Ela é minha meia-irmã. Enfim, ela está bem ou não?
Calma ai, senhor mau humor. Sim ela está bem. Já acordou faz algum tempo… e estava mesmo perguntando por você. Vêm, eu te levo até ela.
Ele oferece sua mão, porém a recuso e me levanto, ignorando o seu ser. O sigo até uma área mais aberta onde havia várias macas e estantes com remédios ou coisas assim. Hazel estava na última maca da esquerda, deitada olhando para o teto. Quando abaixou o olhar e me viu veio correndo em minha direção, e praticamente pulou sobre mim. Dizia algo como: “que bom que está bem! Deuses, pensei que algo tinha acontecido com você…”
Hazel, eu é que devia estar preocupado, e estou. Me desculpe, não devia ter dito para usar…

Ia dizer sombras, mas me lembrei de que o Solace estava aqui, e eu tinha que me passar por filho de Atena. Deuses, como é difícil fingir! Mas eu fiz isso minha vida inteira… então daqui a pouco me acostumo.

Faço sinal de “espere” para a morena e puxo seu braço em direção a saída da enfermaria. Quando nos encontrávamos relativamente longe de qualquer campista eu olho para ela, que parecia totalmente confusa, e explico:
Eu falei com Quiron, o diretor daqui. Ele conhecia minha mãe, portanto concordou logo de nos ajudar. Porém, teremos que nos passar por filhos de Atena. Porque a maioria, se não todos, os campistas querem me matar por aqui.

Tudo bem então. Nada de comentários sobre nossa antiga vida. Combinado.
Ela olhava para baixo, por isso ergo seu queixo e olho para ela
Que bom que está bem Hazel. Me desculpa mesmo. Eu errei. De novo.
Tudo bem irmão, entendo seu lado, não foi sua culpa.
Foi sim. Mas agora descanse ok? Deixa que eu resolvo tudo.
Ela acena com a cabeça e se vira, andando em direção ao acampamento novamente.

Eu solto um longo suspiro e a sigo. Pelo jeito teria que aguentar aquele irritante sol ambulante hoje.

Entro novamente na enfermaria e me deparo com um Solace parado com os braços na cintura e uma cara de desaprovação.
Como ousa sair assim do nada mocinho? Eu tinha acabado de dizer que tinha quase morrido!
Não sei porque, mas me senti como uma criança sendo repreendida, e meio que talvez tenha ficado com um pouco de culpa… tanto que abaxei a cabeça e passei por ele sem encara-lo, indo para onde estava dormindo antes.

Me deito e ouço passos se aproximando, nem preciso virar para saber quem é. O cheiro de protetor solar denuncia.
Ele pára em frente a minha “cama” e eu sinto o olhar dele sobre mim.
Não podemos ficar a noite inteira sem fazer nada, certo ?
E o que você acha de sabe… dormir ? - Digo com o meu melhor tom de sarcasmo.
Ah, mas que chato. Vamos fazer algo diferente, quer jogar um jogo ?
E se eu não quiser sua presença aqui Solace? Já pensou nisso? E se eu apenas quero ficar sozinho?
Ninguém quer ficar sozinho, não o tempo todo. E embora você pareça aqueles garotos emos, góticos e sombrios. Parece legal. Vai, que jogo conhece?
Não sou emo nem essa outra coisa que disse. Eu nem sei o que isso significa!
Em que século vive, garoto morte ? - Que pergunta mais irônica, afinal, eu realmente não sei nada sobre o mundo de hoje, faz uns cinquenta anos que não saio do submundo por mais de algumas horas. E não é como se eu saísse para coisas legais…
Talvez eu apenas não saia muito. O único jogo que conheço é mimitogamia, conhece ?
Ahh, esse jogo é velho! Mas acho que temos uns desses pelo acampamento… espere ai, que eu já volto. - Dito isso ele sai correndo a procura do jogo.

É… talvez essa noite não seja TÃO ruim assim.


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