And If I Love You? escrita por Isah Larano


Capítulo 9
Capítulo 8


Notas iniciais do capítulo

I'M BACK BITCHES! Vazo ruim não quebra, sou a prova viva disso.
Meu sumiço? CULPEM EU MESMO e a famosa e perigosa preguiça.
Podem me dar um tiro gente, eu mesmo dou a arma pra vocês❤️
PRA COMPENSAR O SUMIÇO UM CAPÍTULO RECHEADO DE AUSLLY e vamo na rodinha pra matar o Baker!
O meu sumiço ajudou MUITO pro futuro da fic, eu sei que sempre falo que irei voltar logo, mas depende muito da minha escola e a vida difícil do último ano do ensino fundamental.
Espero que gostem do capítulo e espero COMENTÁRIOS IGUAIS À ESSES:
Elizabeth nick❤️
Jujardim2015❤️
Cyber Girl❤️
Clariie (M A R I D A❤️)
Bluebell❤️
Princess Hart❤️
VOCÊS SÃO AS MELHORES E leitores fantasmas que gostem da fic, EU IMPLORO QUE APAREÇAM!
Boa leitura❤️



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Pov's Austin 


— Dona Mimi, o que a senhora está aprontando em plena sete e onze da manhã? - Podia jurar vê-la revirar os olhos.


— Você chama se-preocupar-com-seu-filho-rebelde QUE NÃO LIGA PRA MÃE. Um aprontamento? - Perguntou-me indignada.


— Como se eu precisasse ligar, a senhora por si só, já me liga de uma em uma hora só pra perguntar se soltei um pum. - Escutei sua gargalhada. Sorri.


— Oh querido, você sabe que eu só ligo pra saber de você, mais precisamente da sua vida sexual... - Limitou suas palavras interessada. - E como anda ela? 


— Mãe, você muito bem sabe que eu não transo à...


— PARE DE DESVIAR DO ASSUNTO MÔNICA! E você muito bem sabe que eu falo de Hanna. Agora se quiser me dizer que transou com ela, o que está esperando pra desembuchar? - Minhas bochechas pareciam como chamas. E naquele momento rezei para quem quer que fosse entrar naquela sala, não entrasse.


— Mãe! Céus, fazem somente um mês em que ela mora comigo, o que acha que sou? - Indaguei ainda corado.


— Um bunda mole que não toma iniciativa nenhuma, qual é filho, com vinte e seis anos eu estava no auge do... 


— Tá, tá, tá. Não quero saber, em que auge estava sua vida amorosa. - Disse apressadamente à cortando. Precisava arranjar um outro assunto que lhe fizesse esquecer esse. Uma luz então se acendeu. - E Piper? Deveria controlar mais a boca da sua filha, já lhe disse que Hanna nunca lhe fez nada, mas ela fica como uma criança birrenta.


Piper estava me estressando à cada dia mais, suas reclamações diárias da morena me irritavam como um despertador sem fim. Eu amava sim Cassidy, mas em nenhum momento isso à impediu de parar de viver ou namorar Dallas, eu somente não queria me afastar de uma das únicas pessoas que me faziam bem.


— Eu? Controlar a sua irmã? Austin se nem você eu consigo mais limitar direito, imagina Piper e seu pavio curto. Ora, essa. Lhe dê ums tapas na boca que ela merece, você nunca é de dizer um "olá" pra qualquer mulher e quando uma finalmente aparece, sua irmã vem de graça. Pelo amor de deus vê se eu mereço. - Gargalhei do modo estressado de minha mãe, já sabia exatamente à quem Piper herdara.


— Ok mãe, sinto lhe dizer mas seu filho lindo e gostoso, precisa ir trabalhar. - Escutei-a bufar. Sorri. - Vê se não apronta mais nenhuma e... Não se esqueça do buquê de tulipas de Piper. - Antes de desligar a loira resmungava o quanto a filha lhe atormentava com isso. 


Pensei em como seria se minha mãe descobrisse sobre Ally. Enlouquecedor. Seria a palavra exata, a loura adorava performar I'm Finally Me com palavras gritantes por todos os cantos da casa. E quando a mesma virou chá de sumiço, nem deus conseguia controlar os gritos de Mirella Moon.


Olhei para o relógio da sala dos professores. Os ponteiros insistiam em ser devagares ao nível máximo, o que começara a me irritar.


Na verdade, tudo me irritava.


O som alto das vozes de meus alunos do lado de fora, a brisa contagiante que balançava as árvores, o sinal da caixa de mensagem de meu celular e principalmente Cassidy Turner.


Me irritava à cada mensagem que trocava com Dallas, me irritava a cada suspiro com a mente vagando ao lado do moreno, me irritava ao ponto de querer enfiar as memórias com brutalidade em sua cabeça.


Não era possível.


Não poderia ser.


Queria acreditar que não fosse.


Bufei. E acima de tudo, tinha Hanna Monroe... Ally Dawson ou eu sei lá! 


A morena de sorriso tranquilo, que mesmo com o caos dentro de si, fazia de tudo para que as pessoas ao seu redor tivessem um sorriso. Inclusive eu.


Relaxei por um momento. O que havia acontecido com a minha vida esse mês? 


Sorri em escárnio. Com certeza nada que fizesse Cassidy lembrar. Engoli a dor que se alastrava e me levantei saindo da sala ao bater o sinal, gritando mentalmente "glória a Deus".


Mas antes que eu pudesse adentrar a sala de Ação e Interpretação, mais conhecido como um mini teatro, o Sr. metido-a-besta-estorvo-de-vaca chamado Gunner Juilliard me parou com seu típico sorriso Barbie Plástificada. 
Exatamente Juilliard, penso que quando Deus escolherá o mesmo para herdar todo o sacrifício de seus ancestrais, estaria ele bêbado? Suspirei, hoje realmente não tava fácil.


— Fala aí, Moon. Não ficou sabendo das novas? - Como se nós tivéssemos alguma intimidade. Pensei.


— Novas? A menos que você tenha dormido com alguma aluna de novo, não, não tô sabendo de nada ainda. - Sorri irônico. 
Preferia deixar claro que meus pensamentos sobre ele.


— Calma aí, rapaz. Vejo que o dia anda péssimo. - Tava tudo meio médio, agora tá tudo meio merda. - Enfim, como todo ano vai ter o típico festival patrocinado pela Juilliard e blá blá blá. Pra entrar no clima do Juntos e Misturados a direção decidiu trocar todos os professores de turma. 


Levantei uma sobrancelha.


— A direção ou você? - Não era de hoje que Gunner jogava seu charme barato para minhas alunas de teatro.


— Vamos dizer que eu dei uma forcinha, mas ninguém precisa saber disso, Aus. - Gelei. Ele era um dos únicos que sabia sobre Cassidy e fazia questão de me lembrar disso todos os dias.


Bufei. Com os punhos cerrados. Um dia esse joguinho iria acabar com um olho roxo, e eu por si só garantia que não seria eu.


— Faça o que quiser com eles, Gun. - Sorri irônico. Não tinha idéia de como os alunos de música o aguentavam, claro os alunos - héteros. - Gunner usava calças mais apertadas que eu e Piper juntos.


Até que a ficha caiu. Aula de música. Sorri. Primeiro ano, sala 127 e Ally Dawson. Meu sorriso se alargou. Olhei pra cara borrachuda e confusa de Gunner sorrindo e fui até o elevador apertando o botão.


Mas então parei. Por que diabos eu tava sorrindo? 


Balancei minha cabeça entrando no elevador. Depois que a tal de Lucy apareceu, Ally andava pensativa. Antes suas pupilas sorridentes se transformaram em nada, simplesmente nada. As canções cantaroladas por sussurros animados não existiam mais e o pior era eu me importar tanto. Me importar que seus sorrisos desapareçam, me importar com o que abala o divertimento de Allyson, me importar completamente e inteiramente com ela.


Suspirei pesado. Eu não conseguia mais distinguir se sua vinda havia sido boa ou ruim. 


Com um bipe do elevador, saí de meu transe e voltei minha caminhada até encostar na porta 127.


Observei todos até encontrar os cabelos negros em contraste com a pele branca e terrivelmente lisinha. Lembrei-me dos momentos em que pude comprovar e aprovar disso. Mordi os lábios. O que era isso? Deixei de pensar em qualquer coisa que prejudicasse minha sanidade, até encontrar com os olhos tensos e amedrontados da morena. Sentia minha veia pulsar ao pensar em qualquer pessoa que poderia magoá-la assim. Somente estranhei essas sensações.


Adentrei a sala de aula pronto para começar a escrever na lousa quando um ser chamado Brooke Clark adentra o local com uma mini saia e um salto alto, o barulho do salto era evidente à cada passo da morena, o que me incomodava.


— Srta. Clark, se não me engano sua ala é a três, e aqui evidentemente é a cinco. - Tudo o que ela fez foi passar seus cachos para suas costas e me olhar safada. Bufei.


— Todos aqui sabemos que não é preciso tanta formalidade assim, chuchu. - A olhei cínico.


— E todos aqui sabemos que você não passa de uma aluna, Brooke. Então com o resto de educação que a senhorita tem, por favor se retire. - Escutei alguns risos e me virei encontrando as castanhas tão conhecidas, estranhei, ela estava sem lentes.


— Oh, não é preciso meu amor, pedi transferência, meu desejo hoje seria a aula de música...


— Aula de música essa, que não te deseja.


— Sabe bem que posso fazê-lo mudar de idéia, quer dizer a direção pode. - Brooke Clark Juilliard. 


Calma, Austin, calma.


— Mas a direção não obedece oferecidas, então por favor se retire agora. Tenho certeza que o Sr. Moon e o resto da sala não requerem a sua presença. - Apertei os lábios olhando para o lado, explodiria em cinco segundos em gargalhadas. Ally precisava urgentemente parar com isso.


Olhei novamente para Brooke esperando algum sinal de que voaria no pescoço de Ally, mas tudo que recebi foram os mesmos lábios safados e a bunda rebolando na hora da saída. 


— Ah, qual seu nome mesmo? - Cínicamente olhando pra Ally, balançou seus cachos. Antes que Brooke conseguisse completar, Ally a espetou:


— Qualquer que seja odiaria que passasse por seus lábios. Pode me passar a doença, sim? 


Não vi quando, mas o tilintar dos saltos raivosos de Brooke me fizeram fechar a boca instantaneamente. 


Queria poder voltar à lousa, poder fechar os olhos e fingir que não me importava, mas aqueles olhos tão solitários e sem vida me fizeram encarar quem quer que Ally Dawson fosse.

Suspirei. Pensava que a mesma ficaria careca em alguns minutos se não parasse de enrolar e puxar seus cachos nervosamente. Os lábios inclusive já tinham vestígios de sangue, mas ainda assim ela insistia em mordê-los.


Respirei fundo. Resolveria isso mais tarde. 


Escrevi em letras grandes "AUSTIN MOON" junto com a data do dia e me virei começando a explicar meu conteúdo.


— Hm... Como já sabem meu nome é Austin, sou professor da Juilliard School à três anos e bom, dou aulas de Ação e Interpretação. Gosto muito de trabalhar com peças e... - Merda de olhos. Desvie, Austin, desvie.— E hoje em comemoração ao grande evento da Juilliard, Juntos E Misturados. Lhes ensinarei um pouco da arte de atuar e vocês irão me mostrar a sua arte de... - Desisto. 


Pisquei diversas vezes não lembrando de aparentemente nada do que estava dizendo, como se tudo de repente fosse uma grande merda e eu estava pouco me fodendo pra qualquer coisa. 

Eu simplesmente não conseguia desviar meus olhos, aquela angústia estava me tomando de novo, mas dessa vez não era por Cassidy. E no momento não acreditei, as palavras apenas saiam automaticamente de meus lábios.


Saiam. Saiam todos agora. - Minhas palavras eram duras e ritmadas, mas ao mesmo tempo calmas. Piscando tentava pensar em alguma desculpa coerente. - Irei passar um exercício de atuação no campos. Não me esperem. 


Só relaxei os músculos quando percebi a sala vazia, exceto pela terceira carteira da segunda fileira. Ela sabia. Sabia como ninguém o que eu queria e eu o teria. 


Por que hoje, Allyson Dawson não me escaparia.


Pov's Ally.


Desejei que seu olhar não estivesse tão duro, que ele não percebesse o choro de madrugada ou o nervosismo do dia à dia. Eu somente não conseguia controlar, ser processada não estava em meus planos, na verdade nada disso estava em meus planos.

Fechei os olhos aspirando várias vezes. E quando finalmente os abri de volta, aquelas órbitas caramelizadas e totalmente incógnitas me encaravam buscando algum tipo de resposta.


— Processo. - Sussurrei. Me arrepiei ao sentir seus dedos com toda a delicadeza levantando meu queixo. 


Não queria olhá-lo nos olhos, queria fugir deles e de seus poderes malignos de me afogarem naquela maré sem volta. Mas já era tarde demais.


— Processada. Estou sendo p-processada. - Meus sussurros gaguejavam ao ritmo que as lágrimas vinham enchendo meus olhos. Olhei pra baixo novamente mordendo os lábios. Lá estava ela, o meu fim, a folha judicial.


Me dê isso Allyson! Me dê isso agora!— Assustei-me com o tom que sua voz conseguiu chegar. De repente o Austin amedrontador resolveu fazer uma visita. Lhe entreguei a folha e percebi seu corpo ficar duro.


Olhei profundamente em seus olhos, antes contagiantes e preocupados, agora simplesmente inexpressivos. Implorei com minha pupilas opacas, silenciosamente para que abaixasse seu tom de voz ao pronunciar meu nome verdadeiro. Mas tudo que obtive de resposta foram olhares flamejantes.


— Como se falar baixo fosse te tirar desse caralho de mentiras que se meteu. - Tremi. Um palavrão. Não que eu não dissesse, mas no momento esse era o pior que ele me referia. Não adiantava mais, meus cadernos já estavam com as gotas frescas e gélidas. 


No fundo eu queria gritar, bater-lhe na cara e mandar-lhe à merda. Mas eu sabia, sabia que estava certo, mas todas as vezes em que pensava sobre aceitar essa hipótese algo me doía no fundo do peito, uma dor de humilhação e cansaço. Porque ali naquela maldita folha de processo, estava o fim de Hanna Monroe.


Mesmo assim Austin continuava distante. Pensei ser ignorante demais pensar sobre o mesmo gostar do fato de eu ser processada, afinal sairia da sua vida pra sempre. Mas ele não sairia da minha. Da forma mais louca possível eu havia me apegado de tal forma com o loiro em um mês como nunca. Com quem mais assistiria Friends? Com quem iria ao Cheer's cantar até morrer? Com quem filmaria vídeos de cinco minutos dançando loucamente Shake It Off? Com quem riria até às cinco da manhã do gato da vizinha caindo da escada?  E depois de tudo isso, com quem mais poderia esquecer todos os meus problemas e apenas sorrir? 


— Aquela loira, Lucy! O que ela era? Ela está TE PROCESSANDO? - Desisti de parar de pedir para abaixar seu tom de voz e apenas suspirei pesado. Estava muito mais nervoso que o normal.


Pobre Lucy. Clara não merecia nada disso, o mundo não merecia Clara. 


— Não, não. Lucy é um anjo da guarda que caiu do céu e minha ex-assistente, quem me processa é nada mais nada menos que o canalha do Baker. Meu ex-empresário. - Desisti também de controlar as lágrimas, lágrimas aquelas que insistiam em molhar todo meu caderno. - Desculpe.


— Allyson me olhe! - Levantei minha cabeça instintivamente com a ajuda de suas mãos. Meu coração batia descompassado com minha respiração pesada. - Escute bem, você é Allyson Dawson! Aquela que é cercada de prêmios desde os 15 anos, aquela que tem como fã número um, a garota que eu amo. - Se doeu, claro que doeu. Apenas assenti. - Aquela que ajuda bêbados cantando Frozen, aquela que decidi fugir sem nem pra onde ir e simplesmente aquela que eu aprendi a gostar em menos de um mês, que me colocou pra fora de casa em plena 4 da manhã decidida à congelar e tentar patinar gelo ao mesmo tempo, aquela que me aguenta todos os dias e faz as melhores panquecas, essa é Ally Dawson.


Puta merda. Como aqueles filmes melodramáticos, as lembranças se passavam como se tivessem acontecido à milênios atrás e não à semanas. Nesse meio termo já tinha desistido de me controlar e me encontrava envolto de seus braços, braços aqueles que me lembrava lar. Simplesmente à coisa que eu mais queria no momento, um lar. 


E naquele momento eu não me importava se tinha mais de quarenta alunos fazendo vários nadas no campos, esperando um professor que consolava uma fugitiva. Se abraçar Austin fosse quebrar o coração de Cassidy, se minhas ações agora iriam me prejudicar no futuro, a única coisa que realmente me importava no momento estava ali, nos meus braços, com o cheiro à refresco e mar, com a camisa encharcada de minhas lágrimas e eu. 


— Shhhh... Mesmo que caos seja praticamente seu segundo nome. Vai ficar tudo bem, pode ser que dê errado, que você seja até presa, mas no final vai ficar tudo bem. As coisas ruins sempre vêem para as coisas boas acontecerem. - Sussurrou em meu ouvido. Novamente, meu corpo me traía ao sentir tais sensações com os atos do loiro.


As coisas ruins sempre vêem para as coisas boas acontecerem. Me deixei acreditar nas palavras singelas do loiro.


Era a única coisa na qual eu tinha para me agarrar no momento.

***

OBS: Desde já aviso que o parentesco de Gunner e Brooke com Juilliard é totalmente invenção minha! Ou seja não é real❤️


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Notas finais do capítulo

Quem gostou os comentários e recomendações estão aí pra isso❤️ Amo muito vocês e desculpem mesmo pela demora amores! Sinto falta de alguns de vocês mas entendo que seja complicado essa vida escolar, então ATÉ OS REVIEWS!
kisses do deus supremo Austin Moon
— Isah Larano