And If I Love You? escrita por Isah Larano


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Hellooo my dears!! Quem disse que só voltaria ano que vem?! Pois é eu!
Mas adivinha quem ganhou 9 comentários, 6 favoritos e 17 acompanhamentos no capítulo passado? Pois é eu também!
E cara, vocês não tem noção do quanto isso me inspirou e me incentivou a escrever o capítulo mais rápido pra vocês!
Então agradeçam à:
*Jujardim2015
*TayGeek
*Lavínia
*anjo desconhecido
*Lariih Marano Lynch
*laura Jackson potter
*yamina
*YurippeNakamura
*Laura Marrie Marano Lynch
Cara eu não consigo descrever o quão incríveis vocês são!
Capítulo dedicado à todas vocês e a todas as pessoas que favoritaram e estão acompanhando! E bem-vindas leitoras novas!
Boa leitura♥



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Pov's Ally

Austin parou.

De todos os chiliques e gritos, ele parou.

Eu só fechava os olhos e acreditava que tudo isso não tinha acontecido e que era apenas uma terrível pesadelo.

Mas não era, estava longe de ser.

Ele não me abraçou de volta, apenas fechou seus olhos e deixou as gotas de pura tristeza escorregarem livremente por suas bochechas rosadas.

Pela primeira vez na minha vida, eu estava gostando do silêncio.

Com tanta calmaria na casa, nem parecia ter havido algum tipo de barulho se quer.

Então ele se soltou e foi para o quarto.

Bipolaridade atacou.

Respirei fundo. O que tinha acontecido?

Oh Deus. Eu estava tão perdida que uma hora dessas eu preferia estar nas ruas olhando as estrelas, do que numa casa com um loiro com o passado conturbado e sua esposa parecendo não se importar ou não lembrar.

Duas pessoas tão problemáticas e tão normais que me deixavam à beira da loucura.

Pensava em como isso poderia acontecer, afinal eu só os conhecia a dois dias!

Se nos únicos dois dias eu quase saí aos tapas com Austin e quase tive vontade de dar um choque de realidade em Cassidy lhe perguntando o que aconteceu. O que viria em três meses?

Caí dura sobre o sofá e deixei a inconsciência me levar, sem me importar no que aconteceria com as minhas costas no dia seguinte.

***

Uma semana depois...

Olhei sugestivamente para o espelho pela quadragésima vez seguida e bufei jogando o cabide com um vestido sobre a cama.

Desde a semana passada eu e Austin não tocamos mais no assunto: Briga.

Nós havíamos aprendido algo que se chamava: Fica na sua e tudo irá ficar bem.

Nesse meio tempo mal dava tempo para conversar, muito menos para brigar. Eu havia me inscrito em Juilliard, e feito uma das audições.

O resultado? Passei.

Fiquei tão feliz comigo mesmo que naquele dia minhas bochechas estavam doloridas por conta dos sorrisos.

Nós decidimos que dividiríamos tudo, desde de quem faz a comida à quem limpa a casa esse mês. Pra falar a verdade estava dando certo, mas para isso eu teria que começar a trabalhar ou seja arranjar um emprego o que tem sido um dos meus maiores desafios no momento. Cassidy, Piper, Kira, Trish, Carrie e Dez vinham sempre que podiam nos rendendo em várias gargalhadas.

Voltei ao que certamente importava e revirei os olhos não tendo a mínima idéia do que vestir para um primeiro dia de faculdade.

Até que a salvação loira adentra pela porta de meu quarto sorrindo.

– Olha o que eu trouxe pra você! - Ela me joga uma sacola branca com o emblema dourado.

Sorrio pra ela em agradecimento e abro a mesma, encontrando uma calça jeans de couro preta, uma blusa branca em detalhes de renda, uma jaqueta e um par de botas cano baixo de saltos. Perfeito.

– É incrível como seu senso de moda é muito melhor que o meu. Porque não estilista? - Perguntei pegando a blusa e colocando na minha frente olhando meu reflexo sobre o espelho.

– Eu até pensava nisso, mas minha paixão em atuar é maior. Criar roupas é mais um hobbie para relaxar. - Assenti colocando o par de botas que a loira me dera.

– Um dia você ainda vai atuar pra mim. - Ri lembrando da última vez que pedirá isso à ela e a mesma negou fugindo para o banheiro, ficando lá por 4 horas.

– Oportunidades não irão faltar, agora que você será minha colega de faculdade. - Me virei colocando a jaqueta, surpreendida por sua resposta. Mas ela falava sorridente como se fosse a melhor coisa do mundo.

A encontrei deitada em minha cama mexendo compulsivamente no seu celular.

– Cara, não duvido que você e Dallas tenham acabado de se ver. Mas agora já estão à falar por mensagens? - Revirei os olhos arrancando o aparelho de sua mão fazendo a mesma soltar xingamentos.

– Ah não Ally. Sério me devolve... Ally!

Eu lia as mensagens com o celular no alto rindo do desespero de Cassidy.

– Hm vamos ver... Você foi a melhor coisa que já me aconteceu? Uau. Não vejo à hora de sentir seus lábios outra vez. Quer dizer que já rolou beijos e você nem pra me contar? Bela amiga você. - Fingi magoamento. Foi a deixa para ela conseguir pegá-lo de volta.

– Se você pelo menos me deixasse falar. - Reclamou irritada. Ri de seu descontentamento.

– Cassidy querida, a única coisa que você faz no dia é falar. Quando foi que eu não te dei chances?

Ela me encarou indignada com seus lábios entreabertos.

– Allyson Dawson, você pensa que...

Meu celular interrompeu a fala da loira que revirou seus olhos já imaginando quem seria. E ela novamente estava certa.

Bufei ao ver "Hollywood Records" na tela de meu celular. Eles estavam em cima de mim a todo instante. Obviamente sabiam que eu não fora sequestrada cosia nenhuma e que estaria em algum lugar por aí.

– Eu juro que não entendo o porque de ainda não ter trocado o chip de seu celular. - Reclamou Cassy se levantando. - Vamos?

Concordei ao recusar a ligação como todas as outras mil vezes.

Peguei minha bolsa e coloquei meus óculos verificando se estava com as lentes. Desci o rolo de escadas atrás de Cassidy me deparando com Austin sentado no sofá brincando com as chaves do carro.

Espera.

Se ele está sentando esperando e... Ele vai nos levar?!

Mas é claro que vai! Se não o fosse, quem mais seria?

Me senti completamente sonsa ao constatar tais pensamentos. E apenas saí da casa entrando no veículo preto que se encontrava na garagem. Quando eu iria entrar no bando traseiro pronta para me fazer de invisível, Cassidy é mais rápida e me empurra para o passageiro sorrindo cínica, olho raivosa para ela ganhando uma língua à mostra. Rolei os olhos com a imaturidade da loira e derrotada sentei sobre o banco da BMW x6 4.4, ele adentrou do outro lado e assim virei meu olhar para janela.

A todo instante sentia seu olhar queimando sobre mim.

Ignore Allyson. Você é mais que isso.

Fechei os olhos respirando fundo até que...

– aaaaah! Dallas acabou de dizer que... Que me ama! Ah meu deus! Eu não sou a mulher mais sortuda desse mundo?

Puta merda Cassidy! Estava tudo indo tão bem. Olhei de relance para Austin e o vi apertar com mais força o volante, fechando seus olhos observei o líquido transparente e sozinho escorregar até cair em sua calça.

Vamos lá. Chega logo. Chega logo.

Deus, não faça isso comigo. Não faça isso com ele.

Não sabia o que fazer o silêncio constrangedor absorveu todo o espaço nos deixando completamente estranhos.

Queria de alguma forma acabar com isso, estava me deixando tensa como a todo mundo. Esse todo mundo não incluía Cassidy Turner, pois a mesma estava ocupada demais sorrindo boba para tela de seu celular.

Rádio! Ligar o rádio, ótimo.

Liguei o rádio sem mesmo pedir permissão, do jeito que Austin estava absurdo em seus pensamentos nem ligaria. Estava tocando Lighthouse e sorri comigo mesma esperando chegar na parte em que eu queria.

– Set off with hopes and dreams

And if you're lost in darkness

Turn to me

(Partimos com esperanças e sonhos

E se você está perdido na escuridão

Vire-se para mim)– Olhei para ele sorrindo feliz ao cantar para que ele ouvisse tais versos. – Keep breathing

I can be your lighthouse

If you need it

I can be your lighthouse

Keep breathing

I can be your lighthouse

If you need it

I can be your lighthouse

(Mantenha a respiração

eu posso ser seu farol

Se você precisar dele

eu posso ser seu farol

Mantenha a respiração

eu posso ser seu farol

Se você precisar dele

eu posso ser seu farol)

Ele já não parecia estar mais nervoso, sorria para mim e eu poderia ver agradecimento em seus olhos. Balancei a cabeça negativamente me preparando para o refrão.

– Woo, woo, woo

I can be your lighthouse

Woo, woo, woo

I can be your lighthouse

Woo, woo, woo

I can be your lighthouse

Woo, woo, woo

I can be your lighthouse

(Woo, woo, woo

eu posso ser seu farol

Woo, woo, woo

eu posso ser seu farol

Woo, woo, woo

eu posso ser seu farol

Woo, woo, woo

eu posso ser seu farol)

Me surpreendi quando o loiro ao meu lado gritava os versos junto à mim sorrindo diante do sol que se formava.

Aos poucos o assunto mexido por Cassidy fora esquecido com gritantes versos musicais pelo resto do caminho.

Quando chegamos todo o nervosismo que eu não tivera na semana toda, pareceu ter se acumulado e explodido totalmente sobre mim ao descer do carro e encarar a grande instalação de Juilliard, coberta sobre vidros espelhados, dando um ar chique e maduro. O lugar não parecia ser real, sua arquitetura planejada realçava seu ambiente deixando tudo mais bonito, a arte era prevista somente pelo fato das aglomerações que cada grupo tinha, a animação era contagiante e meu estômato se embrulhava e borbulhava só de me imaginar entrando por aquelas portas.

Meu coração falhou uma batida ao ver a quantidade de gente correndo de um lado para o outro se abraçando ou despedindo.

– Não fique nervosa. É só o começo. - Ironizou Cassidy, fazendo minhas veias pulsarem e o sangue passar por elas como ondas de eletricidade me dando leves arrepios e choques.

Meus olhos consequentemente estavam arregalados. Meus lábios entreabertos e de repente só pude ver um vulto loiro me puxando. Não era Cassidy.

Ao passar pelo corredor, os alunos paravam para nos olhar com as bocas abertas, alguns até derrubavam seus pertences.

Foco Ally. Foco.

Merda de confiança. Cadê você quando eu mais preciso?

Respirei fundo e me senti como se fosse no meu primeiro show. Não teria pessoas, teria eu, Austin e a confiança.

Me indireitei e não ousei em me soltar da mão de Austin. Era boa a sensação que seus dedos compridos passavam à mim, enquanto me apertavam.

Enquanto passávamos pelos enlouquecedores universitários, uma garota em específico começou a gritar o nome de Austin diversas vezes, o que fez o mesmo sair correndo me puxando junto.

– Austin... Austin...

Eu o chamava repetida vezes, mas era só em vão.

Até que ele entrou em uma sala que eu reconheci como a dos professores.

– Pelo amor de deus Austin! Dá pra me explicar porque é que raios você está correndo e me puxando como se eu fosse um cachorro? - Ofeguei cansada e coloquei minha bolsa sobre uma cadeira perto.

– Sabe aquela lá gritando? É Brooke Clark! Uma aluna obcecada que me persegue desde que entrou aqui. Eu te fiz um favor de te tirar do meio de um tumulto de universitários e novamente a única coisa que você faz. Adivinha? Reclamar.

O que?! Grrrrrrr.

Sua frieza estava agindo novamente. Porra, tudo o que eu faço é para ajudá-lo! E o que ele faz em troca? Nada

O punho se formou sobre minhas mãos, meus pés formigando em raiva faziam minhas pernas balançarem instintivamente, meus olhos antes nervosos agora soltando brilhos de fúria.

Eu estava nervosa. Estava pouco me lixando aonde estávamos. Eu só queria explodir, ali e agora.

– Como é? Só eu mesmo? Porque para minha informação quem deu chilique ontem foi você! Quem é casado com Cassidy Turner e por algum motivo dos diabos não tem uma relação saudável com ela é você! Quem sempre é todo cheio de segredos e tão frio igual uma pedra de gelo é você! Então vê se para de ficar criticando as pessoas por conta de erros que você claramente tem! Está claro que tudo o que eu faço é pra te ajudar, mas você nunca vai ver isso claro, é ignorante demais pra perceber.

Respirei fundo aliviada por ter dito tudo de uma vez por todas. Ele estava parado, sem reação. A irritação era vista de longe em seu olhar sombrio, a raiva pulsava sobre suas veias e a cada passo firme e assustador que ele dava eu dava um para trás com as pernas bambas.

– Quem disse que eu pedi sua ajuda? Saiba que eu estava muito bem sozinho do que mal acompanhado. Você não tem direito nenhum de chegar na minha casa e querer saber da minha vida, ou melhor do meu passado! Ninguém te deu esse direito e não vai ser eu a te dar. Eu não vou repetir de novo. VOCÊ É UM NADA, UM NADA SEM CORAGEM E BISBILHOTEIRA, NÃO SE METE AONDE NÃO É CHAMADA. Você é só uma cantorazinha de quinta categoria que não sabe nada da vida, nunca passou por dificuldade alguma e nem venha querer me contrariar porque convenhamos, todos sabemos que a conta bancária do seu pai é bem...

Não o deixei terminar e o dei uma bofetada.

– Não ouse falar do meu pai com a porra dessa sua boca suja!

O empurrei e peguei minha bolsa em cima da cadeira, me virei à tempo de ver a marca de meus dedos sobre sua bochecha, e o mesmo com as mãos sobre ela.

– E ah obrigada por estragar o meu primeiro dia, professor Moon. - Disse as últimas palavras com puro desprezo antes de fechar a porta.

Pov's Autora

A linda morena de belas curvas, andava desnorteada pelos corredores da faculdade dos sonhos, ela insistia em não chorar, mas seus olhos marejados à denunciavam instantaneamente.

Atrapalhado até mesmo na hora de lavar as mãos o doce moreno sentia a água da torneira jorrar para sua roupa, ele entrava em pânico cada vez que sentia o líquido gelado cobrir suas vestes, o papel-higiênico já fora esgotado e todo encharcado virando nada. Nunca em toda história da faculdade o banheiro masculino estivera num caos tão grande, ele tentava desesperadamente colocar de volta a torneira em seu lugar e quando finalmente conseguiu não deu a mínima para bagunça e simplismente saiu correndo com o medo de ser flagrado o possuindo.

Foi quando seus caminhos se cruzaram, num grande e dolorido encontro os dois se trobaram. De um lado a pequena morena, irritada, magoada, ferida com seus nervos à flor da pele. Do outro o desastrado moreno desajeitado, sua cara desesperada ao encontrá-la se desfez ao cruzar com as órbitas viciantes e lindamente atraentes da mesma, não havia mais a alegria que muitos costumavam ver.

Eles não ligavam por estarem sentados no meio de qualquer corredor, não ligaram para o fato de estarem paralisados, só estavam curiosos demais para saber sobre os olhos de ambos.

– Prazer Gavin Young.

Por meros minutos desde sua chegada, ela esqueceu que um dia foi uma Estrela Teen, esqueceu que morava de favor e principalmente havia esquecido sobre a vida de Austin Moon.


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Notas finais do capítulo

Comentem sz sz vocês são tão lindinhas que meu gosh! Nos encontramos nos coments!
Feliz ano novo pra vocês sweeties e que vocês sejam muito felizes em 2016 e que haja muitoooo mais de And If I Love You? Do que vocês esperam!
Amo vocês!
Ps: Próximo capítulo tem spoiler! Vocês merecem anjos♥