Projeto Destroyer escrita por Gwen Stacy Parker


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Heeey! Vamos ver a aprovação de todos, estou muuuuuito animada! Bom, por enquanto eu só tenho pra dalar que eu sou a Gwen e que estou muito feliz por estar aqui! Até mais, espero que aproveitem!



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Um.
Dois.
Três.
Uma força, um barulho e um sorriso. A bala atinge o meio do alvo com perfeição, viro mais uma vez e repito a tática, fazendo a bala voar para a testa do boneco. Mais uma, e mais uma e mais uma. Várias seguidas sem intervalos grandes. Isso que vale, rapidez e perfeição.
–Hilary!
Viro assustada e atiro na direção da voz.
Erro meu.
Meu irmão me olhou com os olhos arregalados e consigo identificar o buraco da bala na parede há poucos centímetros de sua cabeça. Ele alternava o olhar entre a parede, a arma e meus olhos.
–Você está doida?- ele gritou alarmado, quase vi suas pernas fraquejando.
Revirei os olhos com seu drama e dei uma risada sarcástica.
–O grande Howard Stark tem medo de uma arma?
Meu irmão me encarou ainda mais furioso.
–Gosta de achar ironia em tudo não é? -perguntou ríspido- Eu poderia estar morto.
–Que pena você não está- retruquei irônica e ele me encarou fingindo- se de horrorizado.
–É isso mesmo que eu ouvi?- ele perguntou.- Como iria viver sem mim?
–Do mesmo jeito que vivo sem usar vestidos.
–Mas você não usa vestidos!- afirmou confuso
–Exatamente- dei meu melhor sorriso. Dizem que eu sou a dramática da família, mas você é bem pior que eu - coloquei a arma em minha cintura e voltei a encarar Howard.
–Seu amor por mim me impressiona- disse Howard praticamente se jogando em uma poltrona que havia ali para descansarmos.
–Sua capacidade de aumentar seu ego a cada cinco segundos também- retruquei
–Atirar em mim, me insultar- Howard começa contando com os dedos e os mostrando para mim.- Está pecando em muitas coisas, senhorita Stark.
Revirei meus olhos e me posicionei em sua frente. Meu irmão era a pessoa mais irritante desse mundo e se eu desse corda, ele ficaria nesse assunto a tarde inteira.
–O que quer, Howard?- disse com um suspiro cansado.
–A guerra começou, mana- ele disse e eu olhei para ele horrorizada.- Hora de começar a vender armas para os Aliados. E produzir as nossas, todos sabemos que não vai demorar muito para que os Estados Unidos entre nela.
–Então o que está esperando?- digo e ele se levanta.- Vamos aos projetos.
***
–Esse é o mais novo projeto de super soldado, vamos usar o soro de Erkskine para transformá-lo, certo?- eu disse confusa olhando para um rapaz loiro e raquítico na minha frente.
–Sim- Howard respondeu- seu nome é Steve Rogers.
Ele conversava com Erkskine enquanto tirava sua camisa. Como isso poderia virar um super soldado? Não tinha como! Aproximei- me dele e o analisei, ele era um rapaz muito magro, loiro e de olhos azuis. Tinha que admitir que enquanto observava, notava que seus traços era bonitos e ele parecia um cara legal. Ele me olhou desconfortável, possivelmente por causa da minha análise profunda e meu olhar sobre ele.
–Olá- ele disse desconfiado e eu dei um sorriso amarelo para ele. Ele começou a me analisar, passando o olho pelos meus cabelos castanhos cacheados até um pouco abaixo dos ombros e meus olhos castanhos, meu rosto irônico, meus lábios com batom vermelho e minha pele branca até o meu jaleco de e minha saia preta com blusa branca.- Você é uma Stark, certo?
–Sim, querido- digo e sorrio para ele.
–Prazer em conhecê- la.
–O prazer é meu, meu caro Rogers.
***
–Capitão, entre pela sala 512! Entre pela sala 512!- gritei no comunicador que eu estava desenvolvendo.
–O que?- ouvi sua voz.- Não consigo te ouvir!
Droga, deveria ter terminado de projetá- lo antes de usá-lo. Arregalei os olhos quando ouvi um barulho de tiro perto de mim, abaixando- me rapidamente. Varri os olhos e encontrei o atirador perto da porta onde deveria pegar as plantas das máquinas.
–Estou perto, não entre pela sala que ia entrar. Limpei a 512- voltei a dizer.
–Entendido.
Suspirei aliviada e me escondi perto de um caixote. Peguei minha arma e esperei o cara sair de perto da porta.
Ele não moveu um músculo.
Grunhi baixo e fui devagarzinho para perto dele. Quando cheguei perto, tampei sua boca e dei um único golpe, fazendo- o cair no chão. Ótimo. Corri até a sala e peguei todas as plantas.
Vamos ver quem está com as vantagens agora, nazistas.
***
–Stark! O Capitão está te chamando.
Desviei minha atenção de meus projetos de armas feitos por mim e Howard e encarei Bucky na porta do arsenal
–Diga a ele que estou indo- disse levantando e passando a mão pela saia.
Sai do arsenal e fui caminhando calmamente para a sala de Steve, observando a base e vendo as pessoas ocupadas com seus próprios afazeres. Eram tempos de guerra, tudo estava uma loucura. Nesse meio período de transformação para garoto- raquítico- fraco até Capitão- importante- herói, Steve e eu havíamos nos tornado bons amigos.
Bati na porta e logo pude ouvi a voz do Capitão Rogers autorizando a entrada.
– Ouvi dizer que o Soldadinho de Chumbo me chamou. - disse com um sorriso irônico nos lábios - Em que posso ajudá -lo?
Steve revirou os olhos com o apelido.
–Esse apelido é ridículo -reclamou
–Combina com você.
–Por que sou um soldado? -perguntou confuso
–Porque é um ridículo- disse como se fosse óbvio.
Devo dizer que isso era uma mentira, Steve, após receber o soro, tem conseguido arrancar suspiros de muitas mulheres por onde passa.
–Sua simpatia me espanta, Hilary- ele disse com um meio sorriso.
–Sério? Muitos dizem que sou muito grossa.- retruquei sarcástica.
–Que tal irmos ao assunto principal? -perguntou sério.
–Você que me chamou aqui, você vá para o assunto- respondi óbvia e me sentei na cadeira, cruzando os braços.- Começe, meu caro Rogers.
–Eu tenho uma pergunta bastante importante para te fazer, mas não quero implicância da sua parte- ele disse sério e eu franzi o cenho preocupado. O que era?
Steve parecia sério demais e já estava me deixando aflita com esse ar de misterioso. Apenas assenti e ele me encarou.
–Como faço para chamar Peggy para sair?
Ta. Não resisti. A gargalhada veio instantaneamente.
***
–Sinto muito, Capitão- eu disse enquanto colocava a mão em seu ombro. Seu melhor amigo havia acabado de morrer e eu sabia como ele estava se sentindo.
–Não fale como se sentisse de verdade, você é uma Stark, não se importa com ninguém e nunca perdeu alguém- respondeu o Capitão ríspido. Franzi o cenho confusa, e o encarei boquiaberta. Era essa a imagem que as pessoas tinham de mim?! A garotinha perfeita que nunca havia perdido ninguém?
–É isso mesmo que pensa ao meu respeito? -perguntei baixo, quase num sussurro, e dei alguns passos para trás inconformada.
–É o que todos pensam. A garota prodígio, a queridinha da América. Acha mesmo que acredito que já perdeu alguém? -explodiu ele e eu senti uma raiva borbulhante no meu peito.
Lágrimas escorriam por minhas bochechas. Eu já havia perdido alguém, a pessoa mais importante para mim, minha frieza e arrogância eram uma barreira para não me machucar de novo.
As imagens daquele dia começaram a passar como flashes na minha cabeça, eu e Howard gritando, a arma, meu pai desolado. Nós tínhamos apenas 13 anos e isso foi algo que sempre me marcou.
O Capitão me encarou perplexo, finalmente se dando conta do que fizera.
–Hilary, e-eu não queria e...-tentou se desculpar meio atrapalhado, mas a raiva que comecei a sentir por ele foi tão grande, que não suportava sua respiração.
–Sem essa, Capitão Rogers- interrompi- Eu já perdi alguém sim, acredite, a pessoa mais importante pra mim foi morta na minha frente, não venha dizer que não entendo sobre perdas, eu entendo mais que você.
–Eu não queria ter dito aquilo , Hilary. Eu perdi meu melhor amigo, não estou conseguindo manter a calma. -ele disse desesperado. A imagem do rosto de Bucky veio na minha mente e eu a dispersei, sabia que ele era muito importante para Steve, mas nada o dava o direito.
–Não importa, eu perdi a minha mãe também, mas eu apoiei as pessoas a minha volta.- respondi fria- E a propósito, me chame de Senhorita Stark.
***
Passei as mãos no braço para tentar espantar o frio, meu irmão havia me proibido de vim para o exterior da base, pois ainda estavam fazendo vistoria e procurando o Capitão.
E, é claro que eu não dei ouvidos a ele.
Olhei para o avião praticamente enterrado no bloco de gelo. Eu tinha que pelo menos encontrar o corpo dele, tinha que saber que ele estava morto e então eu e Peggy ficaríamos em paz.
Mas nem isso havia acontecido.
Entrei nos escombros, com o metal rangendo sob os meus pés, eu sabia que ele poderia quebrar a qualquer momento graças ao frio, mas fui cuidadosamente e atentamente pisando leve. Parei quando vi um vulto se mexendo. Quem seria? Fui mais cautelosamente e vi que era um homem.
Franzi o cenho. Howard? Não, ele nunca iria sair da base.
De repente, uma mão me agarrou e colocou um pano na minha boca. Arregalei os olhos e tentei dar algum golpe nele, conseguindo bater minha cabeça em seu queixo, mas ele não desistiu e continuou apertando o pano contra a minha boca. Comecei a ficar tonta, a última coisa que vi foi vários vultos pretos vindo na minha direção.
E, logo depois…
A escuridão.
***
“Desenvolvemos o mais novo organismo destruidor de acordo com o que o Senhor pediu. Mas imprevistos aconteceram e descobrimos que o soro reforçador que demos a ela reforçou todas as suas habilidades.
Que tipo de habilidades? Suas células absorviam proteínas e outras coisas benéficas para usar a favor do corpo, além de serem muito mais rápidas do que o normal.
O soro ampliou tudo, agora quem ela tocar que tiver algum super poder no DNA, seu corpo absorve e ela pode usar sempre que quiser. Fizemos ela entrar em contato com a tecnologia Kree e com um mutante chamado Magneto. O resultado foi formidável.
Suas células rápidas passaram a rapidez para o seu corpo todo, inclusive para o seu andar. Sim, ela consegue alcançar velocidades até 1.000km/ h.
O experimento está sendo um sucesso, apenas o fato de termos que renovar sua falta de memória cada semana, porque graças à sua regeneração rápida, seu cérebro se recupera rapidamente dos choques.
Vamos congelá- la assim que possível.
Isso é tudo, barão.
Hail HIDRA.”
***
–Todos os agentes impeçam a partida da Destroyer! Impeçam a Destroyer! Autorização para atirar. Só impeçam!- os auto- falantes gritavam sobre os meus ouvidos.
Idiotas.
Corria com toda a minha força, abrindo os portões apenas com a minha mente. Pude sentir vários guardas se aproximando. Não queria usar minha super velocidade ainda.
Alguns guardas se aproximaram com armas de vidro, junto com balas especialmente modificadas para que eu não as controle. Revirei os olhos e voei até os guardas, desviando de todas as balas e lançando minhas rajadas de energia.
Não iriam me pegar, eles me treinaram bem demais.
Só mais um portão e eu estaria livre desse inferno.
Consegui abri- lo e passei por ele atirando minhas rajadas de energia e usando a minha super velocidade. Em poucos minutos, estava bem longe dali.
–Fury!- gritei.- Estou aqui!
E, como música, ouvi o barulho de um jato de caça. Sorri e relaxei, pela primeira vez em 70 anos.
Eu estava livre.


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Notas finais do capítulo

É isso aí! Espero que tenham gostadoo!