Head or Heart - vida nova escrita por Nathaly Switt


Capítulo 7
Real Motivo


Notas iniciais do capítulo

Oie seus lindos.. Cap novo depois de três dias.. por favor não me batam. Muitas revelações hoje, espero que gostem. Boa leitura.



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– O Henry não está em casa Violet - falei depois de perceber que passamos tempo demais nos encarando, pela sua expressão ela estava preocupada e agoniada.

– Está no psicólogo, eu sei... na verdade é com a senhora que eu quero falar - disse sem ao menos esperar uma pausa entre as nossas falas.

– Comigo? - perguntei confusa.

– Sim, a senhora é a mãe dele não é? - perguntou franzido o cenho.

– Eu mesma, mas por favor, não me chama de senhora - pedi calmamente.
Não tinha ideia sobre qual seria o nossos assunto, ou melhor, tinha. Mas espero que seja apenas loucuras da minha confusa e louca mente.

Posso dizer que estou ficando paranoica.

– Eu posso entrar? - perguntou um pouco insegura.

Então percebi que não a tinha convidado para entrar. Parabéns Emma Swan, nota dez em educação.

– Claro desculpe -me desculpei e abri um espaço para que ela pudesse entrar em casa.

– Com licença.

Killian continuava deitado no sofá junto com as crianças, fui até ele é Violet ficou parada no degrau da sala para me esperar.

– Quem é essa amor? - Killian perguntou sussurrando e tentando ser o mais discreto possível.

– Essa - me aproximei dele e falei um pouco mais baixo - É a garota que Henry estava conversando na lanchonete. Ela quer conversar.

– Imaginei alguém mais bonita - falou com sinceridade - Preferia a Grace - Voltou sua atenção pra tevê.

– É ne - balancei a cabeça voltando para a realidade - Não me tira do foco, leva as crianças pro quarto e termina de assistir o filme com elas, preciso usar a sala.

– Vê se não assusta a menina - Falou se levantando, o que chamou a atenção das crianças.

– Vai logo enjoado - Eu já estava impaciente.

Ele chamou as crianças para subirem com ele, mas é claro que elas protestaram antes de finalmente subirem, afinal quem gosta de ser interrompido durante um filme?

Quando eles finalmente não estavam mais na sala, pedi que Violet se sentasse no sofá vermelho enquanto eu me sentava na poltrona do lado da mesinha da sala. A menina estava bastante desconfortável e meio preocupada pelo que pude notar. Parecia estar procurando as palavras certas para conversar essa estranha conversa.

– Então... - cruzei as pernas resolvendo começar a conversa, tava na cara que se eu esperasse por ela essa conversa nunca seria começada - Sobre o que queria falar? - perguntei tentando parecer o menos curiosa o possivel, mas estava estampada em minha testa " Fala Logo".

– Então... na verdade - percebi que ela estalava os dedos pra se manter calma, além de ficar procurando uma posição confortável no sofá, mas nenhuma a satisfazia - É um assunto complicado... e delicado.

RESPIRA EMMA, RESPIRA.

– Delicado? - arqueei minhas sobrancelhas igual ao meu maridoÉ sobre o Henry? - perguntei tentando chegar no ponto.

– É sim - respondeu por fim.

– Aconteceu algo? Ele fez alguma coisa pra você? - PELAMOR DE DEUS, PARA DE ENROLAR.

– É sobre uns problemas que ele tem passado na escola ultimamente.

ALÍVIO? um pouco.

– Problemas na escola? Ele tem tido problemas lá? Ele nem tem ido pra escola, descobri que ele anda faltando - "Para encontrar garotas em lanchonete", falei em minha mente.

– Tem sim, e acho que você tem notado que o comportamento dele tem estado meio estranho ultimamente.

Claro que sei, eu sou a MÃE dele.

– Pecebi, ele tem andado meio hiperativo - disse no lugar de rebelde.

– Ele me contou das brigas que teve com a senhora... digo, com você.

Ela se corrigiu assim que eu a repreendi com o olhar. Ser chamada de senhora por uma adolescente que é amiga de meu filho me faz lembrar que estou ficando velha ( gosto de fazer drama) e que meu filho estava ficando grande e logo seria um homem. Perder parte da infância dele me fez passar por tudo muito rápido.

– Desculpe perguntar - falei franzido o cenho - Mas porque Henry tem te contado tudo que acontece aqui?

– Dona Emma...

– Violet - alterei o tom de voz - Sem dona, sem senhora... me chame de Emma - falei de forma impaciente.

– Desculpe - ela se desculpou e abaixou a cabeça envergonhada, então percebi que eu já estava de cabeça quente.

– Eu que peço desculpas, eu estou cansada Violet, Henry tem andado estranho de uns tempos pra cá, eu só quero saber o que está acontecendo.

– Henry ta sofrendo Bullyng na escola - falou tão rápido quanto eu pudesse raciocinar.

Olhei pra ela em choque com a informação que tinha acabado de receber, e e como se lesse minha mente, respondeu a pergunta que estava fazendo a mim mesma.

– Ele não queria contar para você, disse que você tem andado cheia de problemas, e que poderia resolver sozinho, mas eu sei que não pode. No último dia de aula eles bateram nele.

Lembrei de quando Killian me ligou avisando que Henry tinha chegado em casa com um olho roxo, eu realmente acertei, era uma briga, mas ele foi uma vítima.

– Bullyng - Foi a única coisa que consegui falar.

– Sim - falou sem jeito.

– Por isso ele tem andado estressado, rebelde - Eu já estava tremendo, sentia minha respiração pesar a cada palavra que eu dizia - Ele achou mais fácil ser um problema do que simplesmente compartilhar os dele para não me afetar.

– Talvez, mas ele se sente muito culpado... ele me disse que semana passada brigou com a senho... você por causa do padrasto.

Lembrei de Henry se referindo a Killian com ironias para mim, meu Deus. Ele não queria me encher com problema porque eu estava distante de casa, não dava a atenção necessária, não estava aqui para mostrar que estava tudo bem, e não estava tudo bem.

– Eu vou ligar pra ele - me levantei mas rapidamente me escorei no tijolo da lareira senão eu encotraria o chão, me senti muito tonta, não estava com forças para andar, minha respiração estava cada vez mais dificultada.

A sala estava girando e meu peito estava doendo, dói então que eu percebi o que estava acontecendo, eu sabia que com os meus discuidos minha situação pioraria cedo ou tarde, bem que podia ser mais tarde. Arrumei forças para falar.

– Vi-Violet, chama o-o Killian - falei com dificuldade e bem rápido - Rápido - a única coisa que consegui gritar.

Só sei que lembro de ver a amiga de Hnery subir as escadas gritando por ajuda antes de tudo ficar escuro.

..........

Abri os olhos vagarosamente, tentando me acostumar com a claridade. Estava muito claro mesmo, eu estava enxergando tudo embaçado, posso dizer que o local era branco, bastante branco em alguns leves tons em azuis. Virei a cabeça para o lado e vi a imagem borrada de uma pessoa, pisquei mais algumas vezes e então o que antes eu enxergava de forma embaçada estava mais nítido do que nunca.

Killian dormia na cadeira ao lado da minha cama, pela respiração pesada, ele se entregou ao cansaço e dormiu.

Foi aí que eu percebi. Não estávamos em casa e sim no hospital.

Me remexi um pouco mais na cama que fez um leve barulho com os movimentos que eu fazia. Killian abriu os olhos devagar e assim que me viu acordada me envolveu em seus braços fortes mas tão delicados quando se tratava em me trazer segurança.

– Emma! - disse ainda me abraçando e passando as mãos nos meus cabelos - Graças a Deus você acordou, que susto você nos deu amor.

O abracei mais forte e depois com bastante dificuldade me afastei dele para poder encara-lo.

– O que aconteceu? - perguntei com a voz bastante fraca.

– Sua pressão baixou de mais amor. Swan você sabe que tem que cuidar da sua saúde.

Minha pressão, caramba. Eu tenho problema de pressão baixa, é o estresse faz isso tudo piorar, eu parei de cuidar da minha saúde faz algumas semanas. Parei de fazer exercícios, parei a alimentação saudável, apesar de todo o cuidado que temos com as crianças em relação a alimentação, acabamos aumentando o consumo de doces e salgados.

– Olha só quem acordou - Dr. Hale disse entrando no quarto.

SENHOR JESUS, ELE PINTOU O CABELO??? Acho que seria uma boa hora pra desmaiar agora.

– Como se sente Emma? - perguntou analisando a ficha em suas mãos. Ficha que com certeza teria dados sobre mim.

– Bem... acho que estou bem - respondi meio atordoada ainda.

– Você é guerreira Emma, pra uma pessoas cardíaca você tem se descuidado muito com a sua saúde. Qual foi a última vez que veio marcar uma consulta pra você fazer um chek up? - perguntou me encarando.

– Eu acho que...

– Cardíaca? - Killian me interrompeu, olhou pra Whale e depois para mim - Você é cardíaca Emma? - perguntou me encarando dessa vez.

– Sou - respondi como se fosse óbvio. Mas me toquei que pra ele não era.

Caramba nunca contei isso a ele.

– E porque não me contou? - perguntou sério e eu apenas respondi a verdade.

– Eu devo ter esquecido.

– Como você esquece de me contar uma coisa dessas? - alterou o tom de voz, ele não estava com raiva, apenas preocupado. Entendo bastante a situação dele.

– Ah Killian foi mal, eu realmente não me toquei.

– Eu vou deixar vocês sozinhos para que possam ter a DR de vocês - Dr. Whale disse saindo do quarto onde estávamos.

– Estamos juntos a seis anos e eu não sabia que minha esposa tem problemas no coração - Killian murmurou - Se eu soubesse disso eu pegava mais ainda no seu pé pra você se cuidar. Viu o tanto de comida com muito sal que comemos durante essas semanas, não é a toa que você veio parar no hospital.

– Killian! - toquei em seu braço levemente - Não fica bravo, desculpa - pela primeira vez um pedido de desculpas sincero, eu realmente não queria brigar, talvez a culpa que está dançando na minha cabeça esteja fazendo com que eu fique mãos carinhosa.

Se eu não tivesse no hospital precisaria ser levada pra um.

– Eu não estou bravo amor - ele pegou a minha mão e começou a acariacia-la. - Só fiquei preocupado Emma, você não tá conseguindo cuidar nem de você mesma.
– Foi só estresse acumulado - falei - ninguém é de ferro não é?

Ele colou sua testa na minha e assim ficamos por uns minutos.

– Henry, cadê ele? - perguntei depois de minutos de silêncio.

– Está na casa dos seus pais - respondeu se sentando ao meu lado - deixei ele lá antes de vir pra cá, ele não sabe que você está aqui.

– Não contou a ele?

Emma! Pare com perguntas retóricas.

– Achei melhor não, a menina, que você conversou hoje disse que Henry não podia saber o porque de ela estar lá.

– Aquela menina não me desceu - falei lembrando da conversa que tive com ela antes de acontecer tudo isso.

– Posso ser sincero, Henry não pareceu muito feliz quando chegou e viu ela lá na frente - Killian disse

– Bom, de qualquer forma eu vou conversar com o Henry, e não vou esconder essa informação dele.

– Emma Swan sem muita criatividade pra mentira esses tempos ne? Também anos escondendo segredos até eu cansaria - brincou com a situação. Pronto, lá vem o elefante da minha consciência vindo dançar de salto. Por favor Killian, não torna tudo tão difícil.

........

– Vamos filho? - Chamei Henry que estava concentrado na tela da tevê jogando vídeo game com o avô.

– Ah mãe, só deixa a gente passar essa fase - pediu.

– Não Henry - falei séria - Vamos!

Papai se virou surpreso, olhou pra mim de forma espantada, apenas com o olhar mostrei que tinha algo sério acontecendo, e eu precisava conversar com Henry.

– É garoto, acho melhor você ir com a sua mãe, amanhã você vem pra cá jogar ok? - papai disse pra Henry que sem protestar largou o controle e se levantou do sofá da sala, ele veio até mim depois de dar um abraço no avô e na avó.

– Tchau pai, tchau mãe - me despedi e então Henry e eu saímos da casa e fomos em direção ao carro em silêncio.

Tinha deixado Killian em casa para poder conversar a sós com meu filho, não queria fazer isso em casa, afinal com Killian e as criança lá, Henry não se sentiria seguro em contar nada pra mim.
Dirigi até o Castelo onde eu costumava me encontrar com Henry quando ele ainda estava sob a guarda de Gold.

– Porque estamos aqui mãe? -Henry perguntou assim que eu parei o carro perto do castelo de madeira em frente ao mar.

Não falei nada e apenas desci do carro, eu Sabia que Henry iria me seguir. Subi no Castelo e sentei na borda deixando que meus olhos admirassem a bela visão do mar agitado em minha frente. Como previ, Henry se sentou ao meu lado e repetiu a mesma pergunta.

– Porque estamos no castelo?

– Lembra quando nos encontrávamos aqui? Antes de você finalmente morar comigo? - perguntei sem tirar minha atenção do mar, e ao mesmo tempo, mergulhando em lembranças de 5 anos atrás quando eu acordava seis horas da manhã para me arrumar e sair de casa sem ninguém me ver.

– Lembro, conversamos muito aqui -respondeu estranhando a pergunta que fiz.

– Lembra de uma promessa que me fez? - dessa vez me virei e o encarei - Lembra? - perguntei de novo.

Ele me olhava e ao mesmo tempo procurava em sua mente uma resposta para a pergunta feita por mim.

– Você disse - pausei e senti a dificuldade de respirar vindo de forma bem vagarosa - que confiariamos tudo um ao outro, que me dividiria seus problemas comigo, que eu seria sua melhor amiga.

Ele me continuava me encarando e vi confusão em seus olhos, e pequenas doses de culpa também.

– Porque quebrou essa promessa? - perguntei deixando as lágrimas caírem.

De repente o olhar de Henry se tornou culpa, ele virou a atenção para o mar e então perguntou.

– Violet te contou tudo não é? - continuei em silêncio - Eu vi ela saindo de casa, ela fingiu que não me ouviu quando eu chamei. E Killian não me disse nada sobre a visita da hoje.

– Ela me contou -confirmei - Porque não me disse nada?

– Não queria te encher com problemas mãe - falou deixando cair as lágrimas que guardava em seus olhos e em seguida me abraçou.

Um abraço urgente, um abraço de alguém que precisava de um porto seguro. Como um barco que passou tanto tempo nas águas turbulentas no meio do oceano e agora está atracado são e salvo no porto.

– Desculpa? - pediu ainda no aconchego do emh abraço.

– Eu que peço - falei por fim -mas me conta, porque estavam fazendo isso?

– Ser filho da mulher que me deixou sozinho durante 10 anos não me ajudou muito, sem falar que sou neto de um bandido que está morto e enterrado, mais a única louca que acredita que ele está vivo. Eu não gosto quando ficam usando seu nome em brincadeiras de mau gosto mãe - explicou - E aquele dia que eu cheguei em casa com o olho roxo foi por causa que lhe chamaram de louca na minha frente, acabei brigando. Mas eles eram cinco.

Meu coração apertou mais ainda, Henry sofria bullyng por ser filho de uma louca (que no caso seria eu) e por ser neto de um bandido procurado. Eu tinha que encontrar Gold e fazer ele pagar por tudo que ele está passando. E eu vou encontra-lo.

– Ano que vem você vai estudar em outra escola, pode ser - sugeri tentando anima-lo, e deu certo. Sorriu de orelha a orelha e concordou comigo.

– Mãe? - me chamou depois de alguns segundos de silêncio - pode me colocar no mesmo colégio que a Grace?

– Grace? Ela não está mais estudando com você? - perguntei curiosa.

– Não, ela pediu aos pais pra sair, faziam muita brincadeira de mau gosto com ela.

– Porque?

– Porque ela era minha amiga.

– E a Violet, não é sua amiga? - perguntei curiosa, queria respostas.

– É, mas ninguém mexe com ela, ela é filha do diretor.

– Não sabia que o Arthur tinha filha - comentei - Mas me responde uma coisa, você é afim da Violet? -perguntei com medo da resposta.

– Da Violet? Não, não - ele ficou sem graça - Eu sou afim da Grace - confessou corando.

Graças a Deus senhor.

– Ta explicado o motivo de você querer estudar na mesma escola que ela -me levantei - Vamos pra casa? Meu menino rebelde - brinquei.

– Vamos mãe chata - brincou de volta.


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Notas finais do capítulo

Quem aí quer dar graças a Deus por ser a Grace a menina que o Henry gosta. Eu não queria colocar ela ainda por que queria fazer com que ela tivesse saído da escola pra poder ele estudar com ela quando trocasse .

Enfim, Emma é muito esquecida mesmo? Que tipo de esposa esquece de avisar ao marido que é cardíaca?
Prometo que o próximo cap terá cenas maravilhosas do nosso casal preferido. Até o próximo.