Head or Heart - vida nova escrita por Nathaly Switt


Capítulo 22
Aqui, o tempo todo.


Notas iniciais do capítulo

Hello peoples... fui rápida dessa vez, ninguém pode me bater. Então, quem está ansioso pra volta de OUAT? Eu já estou na contagem regressiva.
Tio Gold is Back darlings, aproveitem.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662392/chapter/22

Eu poderia levar um susto maior se soubesse que ele não estava vivo, mas para minha sorte, eu sabia que seu corpo não estava por debaixo de sete palmos se terra.

– Gold - falei com os olhos semicerrados observando o homem por qual eu tanto procurei durante esses cinco anos. Nesses cinco anos eu ouvi pessoas me chamarem de louca a cada vez que eu levantava minha suspeita de que ele estava vivo, tive brigas constantes com meu marido, que só pioraram com o tempo. Meu filho sofreu bullyng na escola por causa da minha "loucura" causada pela minha obsessão por respostas, que eu não as teria se isso não tivesse acontecido. Eu sei que não é certo, mas sou humana, é talvez isso me faça ser uma pessoas horrível, mas eu culpo Gold por tudo de ruim que aconteceu comigo. Mesmo que eu saiba que é minha culpa, eu quero culpa-lo.

– A quanto tempo não é? - disse de maneira sarcástica segurando sua bengala que em vez de marrom agora é preta com detalhes dourados em cima, talvez seja até ouro comprado com seu dinheiro sujo de anos de falcatruas.

O cabelo que antes ia até o ombro estava um pouco mais curto, sendo a maior parte escondida pelo chapéu preto que usava. Mas ele não abria mão dos seus finos ternos feitos na Itália. Mas mesmo assim, pra quem não o conhecia direito, ele estava irreconhecível.

– Você sabe que eu irei te prender não é? - perguntei com a expressão mais vencedora possível.

Eu não estava querendo justiça, eu estava querendo vingança. Esse tempo todo, eu estava querendo vingança, eu apenas admiti agora porque estou madura o suficiente para reconhecer a verdade por trás das minhas atitudes durante todos esses anos. Eu queria esse homem atrás das grades para pagar todo o mal que ele causou a minha família

– Vim aqui para esclarecer algumas coisas, sua obsessão pela minha pessoa está tirando meu sono - ele disse com um sorriso irônico. E antes que ele pudesse pensar, puxei as algemas da minha bolsa e prendi suas mãos, fazendo com que ele se apoiasse na bengala com as duas mãos.

– Posso garantir que o meu você já tirou faz tempo - falei dando um passo para trás e cruzando os braços. Não tinha que me preocupar com o fato de ele tentar fugir, pois sair correndo não seria seu plano de fuga, ainda mais com as mãos presas com uma algema de ferro - Onde esteve escondido esse tempo todo? - perguntei curiosa, eu queria respostas.

– Aqui, o tempo todo - respondeu dando de ombros com uma expressão serena. Ele estava calmo demais.

– O tempo todo? - perguntei franzino o cenho.

– O tempo todo - confirmou com um sorriso cínico no rosto.

– Em Storybrooke? - perguntei a mesma pergunta de maneira diferente para ter certeza de que eu estava ouvindo - O tempo todo?

– Sim. Exceto em outubro, viajei ao Brasil.

Confesso que eu estava bastante surpresa. Eu esperava que ele revelasse que tinha se escondido em algum paraíso fiscal, ou naquelas ilhas paradisíacas que muitos desconhecem sua existência. Mas não ele esteve esse tempo todo Storybrooke, bem perto. O que me fez levantar a próxima questão :

– Porque foi para o Brasil?

– Tenho um conta lá - deu de ombros e olhou para o horizonte.

–Eu lhe disse senhorita Swan, homens como eu, não ficam presos por muito tempo.

– Disse. O que me leva a minha próxima pergunta? Como escapou da prisão?

Ah como eu estava amando aquilo, as respostas que eu tanto esperei estavam sendo reveladas a mim. Não vejo a hora ter um bom sono novamente.

– Túneis - respondeu de forma direta e eu arqueei as sobrancelhas achando a a sua resposta um tanto quanto estranha. Mas não era mentira, eu sei quando alguém está mentindo.

– Túneis? - falei em um tom incrédulo - havia câmeras na cela - falei de maneira óbvia.

– Acho que para os funcionários de uma prisão de segurança máxima, é mais divertido o jogo de xadrez do que observar presos dormirem em suas camas duras - disse de maneira irônica - E eu tenho meus truques senhorita Swan, não me atreverei a conta-los, mas paguei funcionários para me ajudarem.

– Sempre tem alguém disposto a se vender - falei lembrando que o dinheiro as vezes é capaz de corromper a mais bondosa das almas.
– Quem estava com você no acidente? - perguntei me lembrando da testemunha que contou sobre ter visto Gold com mais alguém no carro no dia de sua "morte", foi por causa desse depoimento que eu tive certeza de que ele ainda estava vivo.

– No acidente, eu fugi com um "colega de cela" - disse fazendo aspas com as mãos ao pronunciar colegas de cela -o obriguei a dirigir, então percebi que a Polícia estava nos seguindo, perto smde uma curva eu quebrei o freio de mão, isso deu um certo desespero nele o que fez ele perder o controle do carro e eu saltei para fora e cai dentro da floresta. De lá eu assisti o carro explodir depois de bater na árvore.

Eu não devia, mas fiquei perplexa com a frieza com que ele me contou isso, a calma e a serenidade estampada em seu rosto me fizeram ficar com o estômago embrulhado. A mesma frieza de quando eu pedi que me contasse toda a verdade sobre Cora, ele teve ao me esclarecer essa história.

– Espera - falei quando minha mente estava clareando - Se você estava esse tempo todo em Storybrooke... Quem foi que levou Leiah para a lojinha quando ela sumiu Brasil? - perguntei me lembrando que minha filha disse que um homem havia levado ela para a lojinha para que a encontrassemos - Não foi você? Não está nos perseguindo?

Gold arqueou as sobrancelhas e começou a rir.

– Não, eu só estive no Brasil em outubro, e para meu azar, Belle estava hospedada no mesmo hotel que eu, tive que tomar cuidado por onde andava. Sabe senhorita Swan - ele se aproximou um pouco mais - noventa e nove por cento dos nossos problemas seriam resolvidos se parassemos de torna-los mais terríveis ainda. Tudo não passou de uma mera coincidência - riu de maneira fraca, porém, vitoriosa - Vocês causou tudo isso a si mesma. Eu estava aqui, o tempo todo, me escondendo, sem me preocupar se estavam me procurando ou não, até que descubro que você iria ao Brasil atrás mim, e então provar que eu estava vivo. Meu descanso não foi mais o mesmo.

– Nem o meu - ironizei já sentido raiva por causa de suas palavras, que em certas partes, estavam recheadas de verdades.

– Parabéns senhorita Swan, se queria um problema, acabou de arranjar um enorme - disse de maneira sedenta.

– Como assim? - perguntei querendo entender o que ele queria dizer com isso.

Ele se aproximou mais e então de disse quase que em um sussurro :

– Eu irei fazer da sua vida um inferno, Emma Swan.

Tenho que confessar; nunca senti tanto medo na minha vida.

Mas resolvi mostrar tranquilidade e comecei a rir de sua ameaça, que por sinal não seria cumprida.

– Você está preso Gold - falei o obvio - acabou pra você.

– Eu esqueci de mencionar um pequeno detalhe - ele disse se afastando - Eu não estou sozinho.

Revirar os olhos foi a última coisa que lembro de ter feito antes de sentir uma dor enorme e então tudo ficar escuro.

.......................................................

– Swan.. Swan!

Abri os olhos devagar. Killian estava na minha frente me encarando com uma expressão preocupada. Olhei para os lados e percebi que estava nas docas e já era noite. Foi então que eu lembrei da minha conversa com Gold. Me levantei em um salto e olhei ao redor de forma mais atenta e desesperada, mas ele havia sumido, não havia ninguém mais além de Killian, meus pais e Regina. Todos me encaravam de maneira preocupada.

– Inferno - praguejei de forma alta.

– Swan - Killian me segurava pelos braços, mas eu estava muito inquieta.
Desesperada, é a palavra certa.

– Ele estava aqui, eu juro - falei sentindo o desespero me dominar por completo, mas era desespero por estar em desespero.

– Swan -Killian colocou as mãos em meu rosto me fazendo olhar no fundo dos seus olhos extremamente azuis - O que houve? Quem estava aqui. Você estava jogada no chão.

– Gold - respondi e me senti contando para alguém a maior descoberta do século - ele estava aqui, eu conversei com ele, ele me ameaçou Killian, ele esteve aqui o tempo todo - falei abraçando meu marido como um uma criança agarra seu ursinho de pelúcia na hora do choro.

Voltei a olha-lo mas percebi que o olhar de preocupação dele ainda estava lá, e que o fato de ele não falar nada me fez perceber o que estava acontecendo.

– Vocês acham que eu estou louca não é? - falei de modo tão rápido que parecia que eu tinha perdido a sanidade. Ou perdi mesmo.

– Eu acredito em você Swan.

– Não, você não acredita! - gritei aos prantos enquanto percebia que minha mãe se agarrava ao meu pai me lançando olhar de pena - vocês não acreditam.

– Swan! Swan! - ele me segurou com mais forte e então me imobilizou na tentativa de me acalmar - Presta atenção.... Eu acredito em você.

Meus olhos estavam marejados, Eu o enxergava de maneira embaçada.

– Só estou preocupado com seu estado, que conversa vocês tiveram? - perguntou. Ele parecia dizer a verdade, apesar de ser boa com mentiras, quando se trata de Killian eu nunca acerto sempre.

– Você acredita? - eu sei que estava repetitivo, mas eu queria ouvir de novo.

– Sim - respondeu ainda preocupado.

Olhei para meus pais que se aproximavam com cautela.

– Nós também acreditamos em você Emma - mamãe falou calma.

– Só estamos preocupados filha -papai começou a me abraçar também.

– Estávamos te procurando faz horas, e te encontrar caída no chão não foi nada agradável. Killian foi liberado hoje do hospital - Dessa vez foi Regina que falou, e ainda explicou o fato de Killian estar aqui e não no hospital, lugar de onde ele só seria liberado amanhã.

– É mesmo, você só sairia amanhã - falei olhando para ele - Como você está?

– Eu estou bem, agora quero saber de você - falou -O que você e Gold conversaram?

– Ele me ameaçou - respondi.

..............................................................

– Estavam ligadas? - papai perguntou se referindo as câmeras de segurança das docas.

Depois de uma longa conversa sobre o que deveríamos fazer quanto a Gold, tiramos a conclusão de que devíamos provar que ele estava vivo, para poder as pessoas não me acusarem de ser louca.

– Elas tem que estar ligadas o tempo todo - falei me sentando na cadeira em frente ao computador.

– Bom, se não estivessem ligadas, já teremos certeza de quem sumiria com as gravações - Regina falou.

– Aha! - papai exclamou ao ver o vídeo que mostrava a conversa entre mim e Gold, nas docas.

– Então a peste ta viva - mamãe disse fazendo todos olharem para ela - Que foi, aquilo era uma peste - apontou para o homem na gravação.

– Bom, temos a prova -Killian falou sério - Agora podemos pedir reforços.

...................................................................

Eu estava deitada na cama ao lado de meu marido, ele acariciava meus cabelos na tentativa de me fazer dormir, mas ambos sabíamos que as minhas olheira iriam voltar rapidamente, pelo menos enquanto Gold estivesse solto. Me sentei na cama de maneira rápida quando ouvi um barulho forte vindo do telhado.

– É o fuligem, Swan - Killian disse me lembrando que o gato da vizinha gosta de andar pelo nosso telhado. Ele se sentou ao meu lado e então me fez olhar para ele - Amor, você precisa se acalmar.

– Desculpa. Só estou com medo -falei me deitando de novo.

Ele se deitou ao meu lado e me fez ficar de frente para ele.

– Não precisa se preocupar tanto, você tem um segurança para te proteger - disse em um Tim protetor - e olha, ele é bonitão - Um sorriso convencido brotou de seus lábios.

Não pude segurar a risada.

– Nem se acha - revirei os olhos.

– É, melhorou. Prefiro assim, com seu sorriso - disse me dando um beijo. O que era para ser um beijo rápido acabou se tornando um beijo demorado e intenso, essa semana toda eu fiquei com saudades de dormir abraçada por ele, enquanto mandava embora meus pesadelos.

Ele não conseguiu mandar meus pensamentos ruins embora, mas conseguiu deixar eles em segundo plano naquela noite. Mas no dia seguinte eu começarei a procura por Gold, agora eu terei um apoio maior para pega-lo, a polícia irá me ajudar e a mídia divulgar, já consigo ver qual será a primeira matéria do jornal amanhã.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? Espero que queiram matar o Gold e não eu haha. Até o prox ( que possivelmente demorará ) bjs.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Head or Heart - vida nova" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.