Head or Heart - vida nova escrita por Nathaly Switt


Capítulo 11
Cartinha pro papai Noel


Notas iniciais do capítulo

Hello, como prometido, capítulo novo na segunda. Obrigada por não terem me matado por causa do Cap anterior, mas por via das dúvidas ainda durmo com a porta trancada e com um vigia na porta. Enfim, Boa leitura.



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– mãe. Não acredito - suspirei desapontada ao ver que quem estava na porta era minha mãe e não quem eu queria que fosse.

Não que eu ficasse triste por ela ter vindo me ver, mas eu realmente pensei que poderia ser Killian voltando para casa.

– Nossa. Bom te ver também - falou ironicamente passando por mim e entrando em minha casa - Não fecha a porta seu pai ta estacionando o carro - avisou se sentando no sofá.

Deixei a porta aberta para que meu pai pudesse entrar sem ter que tocar a campainha e então fui em direção ao sofá onde minha mãe estava sentada.

– O que você tem querida? - perguntou ao notar minha expressão de tristeza.

Me sentei no sofá e a encarei demoradamente, não conseguia achar palavras pra falar algo ainda. Estava me sentindo uma daquelas mulheres melodramaticas que não conseguia parar de chorar a cada vez que lembrava o motivo da minha tristeza. A abracei fazendo com que ela ficasse surpresa e me permitir desfrutar do colo de mãe que ela podia me dar.

– O que houve filha? - perguntou preocupada enquanto alisava os fios dos meus longos cabelos loiros. Mas eu só queria chorar um pouco mais.

Papai entrou na sala já fazendo barulho.

– Cadê meus netinhos? - gritou animado entrando na sala.

– David! - mamãe chamou a atenção de meu pai sem tirar suas mãos macias da minha cabeça.

– Emma -papai se sentou do meu lado e eu senti sua mão acariciar meu ombro - O que aconteceu minha cisnezinha?

– Killian foi embora - falei finalmente, soluçando com o choro.

– O QUE? - meis pais perguntaram em unissono.

– Como assim Emma? - mamãe pergubtou confusa.

– O que houve? - dessa vez meu pai perguntou.

– Eu explico - Regina disse descendo as escadas de casa - Posso? - Ela olhou pra mim e pediu permissão, eu apenas balancei a cabeça em afirmativo - Killian descobriu a verdadeira razão por trás da viagem que Emma planejou para eles.

– Verdade? Como assim? -papai franziu o cenho confuso olhando para mim.

– Eu... descobri que Gold pode estar escondido no Brasil - confessei finalmente.

– Não acredito Emma - papai balançou a cabeça reprovando o que tinha acabado de ouvir.

– Filha assim não tenho como te defender - mamãe disse.

– É eu sei... mas ele ir embora por não ter um pedido de desculpas é demais - falei demonstrando um pouco de irritação com a situação.

Me levantei do sofá e fui sentar na poltrona. Olhei para o nada e continuei a falar.

– Não vou correr atrás não.

– Não? - papai perguntou surpreso enquanto Regina revirava os olhos e murmurava a frase " Nem é teimosa" em tom de ironia.

– Não - respondi um pouco mais firme no tom de voz - Eu estou certa, não vou me rebaixar - falei como se fosse óbvio.

Meus pais trocaram olhares de cúmplice antes de minha mãe começar a falar.

– Muito bem.... vamos supor que você esta certa.

Revirei os olhos mostrando não estar confortável quanto ao "supor"

– Mas mesmo estando certa, você deixaria seu orgulho decidir seu casamento?

– Ele quis assim pai.

– E você, quer assim? - dessa vez minha mãe perguntou.

Me encostei na poltrona tentando relaxar meu corpo.

– Olha só - falei depois de segundos - Eu nunca corri atrás de ninguém, não vai ser agora que vou fazer isso. Ainda mais quando eu estou certa - Ao acrescentar a última frase meus pais reviram os olhos e Regina bufou um " Eu desisto", é então pegou sua bolsa e foi embora.

– Emma você não pensa nos seus filhos? Não vai ao menos tentar vencer esse orgulho por eles? - mamãe disse.

– Killian não pensou neles ao sair de casa - respondi sentindo um pingo de raiva pelo fato de Killain ir embora só pelo fato de não obter um pedido de desculpas.

– Tudo bem, nessa parte eu concordo - papai corconrdou comigo e eu agradeci - Mas... alguém precisa ter a cabeça no lugar, alguém precisa ter juízo. E minha filha, fazer sempre as coisas certas não é ter juízo. Estar certo nem sempre é gratificante.

Depois de fazer esse pequeno discurso, ele se levantou junto com minha mãe e me deixou sozinha. Provavelmente porque a situação pedia, as vezes pessoas quando estão sozinhas conseguem refletir mais, ou pensar mais merda. No meu caso era a segunda opção, depois de um bom tempo (e coloca longo nisso) eu começava a refletir sobre o que estava acobtecendo e mesmo assim que ainda conseguia fazer a segunda opção.

– Mãe?

Levei um susto ao ouvir Henry me chamando, eu pensei que ele estava dormindo, mas quando olhei para o relógio vi que eram dez e quarenta e três da manhã.

– Oi filho - tentei parecer um pouco melhor mas não consegui.

– Como você está? - perguntou se sentando no sofá e eu fui até ele, não demorou muito para que ele se deitasse com a cabeça em meu colo.

– Melhor na medida do possível - respondi sua pergunta enquanto brincava com seus cabelos castanhos e grandes por falta de corte - Seus irmãos ainda estão dormindo?

– Estão - respondeu e pensou um pouco antes de fazer a pergunta que queria fazer - Porque você e Killian brigaram?

Pensei um pouco antes de responder, não sabia se deveria contar tudo a ele, afinal ele já não era mais um garotinho inocente de oito anos que eu conseguir recuperar na minha vida, ele era um adolescente maduro o suficiente pra entender algumas coisas que aconteciam dentro de casa. Mas optei por responder o que eu responderia para a criança de oito que ele era.

– Coisas de adulto.

– Qual é mãe - Ele se levantou para olhar melhor pra mim - Eu não sou mais criança. Sabe que pode me contar qualquer coisa.

Respirei fundo um pouco e então coloquei minha mão em seu queixo para analisar o rosto meu filho que estava mais maduro pela idade que estava pegando. Já podia dizer que ele é um adolescente responsável.

– Tem razão - falei soltando um suspiro - Não sei quando foi, mas você cresceu, não é mais o garotinho que corria por essa casa todo molhado por causa da água da piscina - me ajeitei no sofá ficando de frente pra ele - Se lembra só seu avô?

– Gold? - perguntou confuso e eu assenti com a cabeça - O que tem ele?

– Bom, você sabe que eu desconfio que ele esteja vivo. E recentemente eu descobri que ele pode estar escondido no Brasil, o que é uns dos motivos dessa viagem repentina. E ele descobriu tudo.

– Caramba mãe - ele disse surpreso, com certeza devia ser a única coisa que ele conseguiu achar de melhor para dizer - Mas você já pediu desculpas?

Não querendo voltar para essa conversa sobre desculpas de novo, tratei logo de mudar de assunto para evitar qualquer sentimento desagradável.

– Eu preciso sair por uma meia horinha, você pode cuidar dos seus irmãos para mim? Aurora não vem hoje.

– Claro, sem problemas - respondeu com um sorriso fraco.

– Obrigada - me levantei e fui em direção as escadas.

– Mãe? - Henry me chamou fazendo com que eu parasse na metade do caminho.

– O que foi? - perguntei e depois de longos segundos ele apenas disse.

– Nada não.

..................

As ruas da cidade estavam cobertas pela neve, a tempestade foi forte. Trabalhadores estavam limpando a rua animadamente enquanto eram servidos chocolate quente de graças do Grannys. Entrei no estabelecimento para comprar hambúrgueres para Liam e é Leiah que pediam por favor por um lanche do agrado deles, como recompensa por eles terem comido toda a salada sem reclamar por pelo uma vez, resolvi vir comprar. Mas para minha surpresa havia um pessoa que eu estava louca para conversar lá dentro, Killian. Ele estava concentrado lendo o jornal enquanto tomava um cappuccino. Desde o dia em que ele saiu de casa raramente o vejo, não sei onde ele está morando, o único lugar que eu deduzi que ele estava foi descartado quando eu perguntei a Regina se ele estava morando com ela. Apesar de ter saído de casa faz uma semana, ele não deixou seu compromisso como pai largado, todos os dias Henry leva eles a praça para se encontrarem, eu infelizmente não consegui coragem para ir junto e conversar, não me acostumei com ele não olhando direito para mim, isso não acontecia nem quando nós conhecemos, e a raiva que tínhamos um do outro era grande, mas mesmo assim eu ainda o flagrava me observando, observando a loira cabeça quente como costumava me chamar.

– Emma! - Ruby chamou meu nome espantada por me encontrar ali e em seguida veio até mim me dando um abraço.

– Oi Ruby - a cumprimentei ainda com os olhos fixos em Killian que levantou a cabeça notando minha presença ali.

Meu Deus eu senti falta daqueles olhos azuis. Poder olhar para eles mesmo que de longe foi maravilhoso.

– Como você está? - perguntou me soltando do abraço apertado que me deu.

– Estou bem - dei de ombros - Não bem como queria estar mas, é... bem.

– Vai tentar falar com ele? - perguntou se referindo a Killian que estava sentado perto da janela.

– Não sei... estou com medo - respondi.
– Emma Swan com medo? - perguntou surpresa - Agora é eu que estou com medo.

– Mesmo que eu quisesse ele acabou de ser levantar - falei desanimada enquanto observava Killian se levantar e ir até o caixa. Ele pagou a conta e mesmo querendo evitar eu estava perto da porta, então ele teria que falar comigo, ou não.

– Oi Emma - me cumprimentou e eu pude notar um pouco se saudade em sua voz, talvez quisesse falta comigo da mesma maneira que eu queria falar com ele. Mas ambos somos orgulhosos demais para ir atrás de algo, mas eu com certeza ganho o prêmio nessa situação.

– Oi Killian - cumprimentei de volta e ele saiu do local.

Ruby me olhou como se me reprovasse pela atitude de não fazer nada. Então sem pensar, em um momento de coragem passageira eu saí do estabelecimento correndo.

– Killian - gritei e ele se virou para me encarar de forma surpresa.

– Emma?

– É.....

Fiquei um bom tempo pensando no que falar, pelo fato de eu o ter vjamdo por impulso eu não havia tido tempo de pensar em algo que o obrigasse a conversar comigo.

– As.. crianças estão meio doentes - falei me lembrando o quanto Leiah estava febril e Liam tossindo toda hora.

– Eu sei - ele me interrompeu - Henry me falou sobre isso ontem, mandei remédios por ele.

– Ah, que bom - falei o que tinha para falar de maneira coerente ao assunto.

Eu ia tentar falar algo, puxar mais algum assunto mas logo Killian disse:

– Emma, precisa de mais alguma coisa?

"Você ", respondi sua pergunta em minha mente seguida pela frase: "Mas sou orgulhosa mais para dar o braço a tocer"

– Eu estou atrasado para o trabalho - terminou a frase.

– Está trabalhando? - perguntei curiosa - Não estava de férias?

– Estava - deu de ombros - Mas por enquanto preciso me ocupar.

– Ah, claro, entendo. Foi bom te ver.

Um sorriso brotou em seu rosto.

– Foi bom te ver também - ele disse então foi minha vez de sorrir.

O observei sumir pela rua cheia de neve, então voltei para o Grannys para pegar o lanche das crianças e ir para casa.

O caminho todo me comecei a refletir mais sobre a situação em que eu ele encontrava, valia a pena ficar com esse orgulho barato que não me deixava comer direito, dormir direito, que nem ao menos me dava paz interior. Valia tudo isso? Apesar de todas as vezes que eu disse que estava certa agora eu consigo ver o quão errada estava por todas as vezes que afirmei isso, eu não estava certa, mas Killain também não, o fato de ele querer desculpas por eu ter ido atrás de Gold não facilitava, mas eu realmente estava pensando sério sobre esse assunto. Eu precisava fazer alguma coisa antes que o perdesse para sempre, mas como sempre? Não achei a coragem para fazer isso, eu precisava de alguma coragem momentânea.

23 de Dezembro..

– Mãe? - Leiah me chamou entrando em meu quarto, atrás dela estava meu calado Liam.

– Oi filha.

– A senhora pode levar isso para o correio? - perguntou estendendo o envelope branco que estava em sua mão.

Peguei o envelope e vi que era uma carta, uma carta para o papai Noel.

– Leiah, Liam, vocês já fizeram suas cartinhas.

– Por favor mamãe, tenta - dessa vez Liam falou.

– Filhos eu acho que a fábrica do papai Noel já fechou - arrumei a desculpa para não ter que ir atrás de presentes em pleno 23 de dezembro.

– Mas não é brinquedo mãe, por favor é importante - Leiah insistiu.

Suspirei o ar dos meus pulmões e peguei a cartinha que estava em sua mão, o que fez eles darem um sorriso antes de saírem do quarto.

Abri a carta para ler o que eles pediram, a letra torta de entregava que era Leiah quem Javi escrito a carta. Arregalei os olhos com a surpresa, realmente não era brinquedo.

Peguei meu celular e liguei para Regina, eu precisava conseguir esse presente.


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Notas finais do capítulo

Alguém aí adivinha o que é?
Ansiosos pelos próximos capítulos? Porque esses dois tem que ser tão orgulhosos não é?

Até o próximo.



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