Uma Deusa Do Impossível escrita por Pancake And Brownie


Capítulo 17
Capítulo 14- All By Myself


Notas iniciais do capítulo

Hayo, minhas estrelinhas! Hoje é a tia Panqueca escrevendo o capítulo pra vocês! ♥
Eu estou muito triste com vocês :c
Nenhum review?
Sério?
;-;
Okay.
Calma gente, eu não sou um bicho de sete cabeças com 200 dentes.
Eu NÃO mordo.
Podem comentar, eu deixo! :3
Ah, eu vou começar a escrever um pouco diferente, em primeira pessoa. :v
O Neko vai ficar puto comigo, mas espero que vocês gostem!
Se vocês gostarem...
REVIEWS
Please ♥ 3 ♥



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Nancy

 

Eu estava sentada na mesa de Ares, no pavilhão. Já fazia algum tempo que Kate não viera comer... Putz, que saco. Ainda tenho que me preocupar com essa idiota.

Eu já estou me cansando de fingir ser a boazinha nessa coisa.
Já que esses lerdos acabaram descobrindo sobre a profecia, como eu esperava, Kate ficou suuuuper abalada e blá blá blá.
Ela está realmente muuito próximo daquele... Cara. Ele chega do nada, e conquista todo mundo com esse papinho de filho das trevas vampiro emo gótico revoltado com a vida... Não que eu esteja com ciúme. Longe disso.
Só tenho assuntos a trataram com a praga prateada(Kate), e aquela mosca pode me incomodar muito ainda. 

— Nancy. Ei, Nancy!

— Hum? - Eu olhei pro lado, e vi que Clarisse me chamava. Desde que cheguei no acampamento ela não para de encher meu saco dizendo que era minha "superior" e que eu tinha de obedecê-la. PFT. Se ela soubesse da metade da bagaça que eu tô metida, ia tremer na base.

— Você fez o que eu mandei?

— O que você mandou? Oi? Desde quando você manda em mim?

— Desde que você chegou aqui! Você fez ou não?

— Não. Não sou obrigada.

Eu acho que daquela vez eu realmente a irritei, por que ela bufou, olhou pra mim com fúria no olhar e gritou bem no meio do pavilhão:

— EU NÃO TE AGUENTO MAIS, SUA PRAGA!

— .... Huh?

— VOCÊ CHEGA AQUI, ACHA QUE É DONA DO MUNDO, NÃO FAZ NADA, E AINDA FICA ME DESAFIANDO!

— ...

— QUEM VOCÊ ACHA QUE É? SUA PRAGA RUIVA! VOCÊ NÃO É NADA, NEM NINGUÉM.

Naquela altura, o acampamento quase inteiro já estava aglomerado ao redor, observando, apostando e cochichando sobre isso. Então, eu, na maior cara de pau, peguei minha latinha de energético e tomei um grande gole de canudo, fazendo aquele barulhinho irritante. Isso a fez explodir de raiva, desembainhar a espada e me jogar no chão.

— COMO VOCÊ OUSA? EU ESTOU FALANDO COM VOCÊ!

Ela tentou pisar em mim mas eu rolei pro lado e me levantei. Bati um pouco minhas roupas e olhei pros olhos dela. Era minha melhor chance. Abri o meu maior sorriso de sem vergonha e debochei dela.

— Como assim, CHEFIA? Você chega aí, e acha que todo mundo é seu empregado?

Eu desembainhei minha adaga e a apontei para seu pescoço.

— Uma surpresa pra você. EU NÃO SIGO SUAS ORDENS, NEM AS DE NINGUÉM DESSE LUGAR.

— SUA... SUA...

Ela partiu pra cima de mim, mas eu bloqueava seus ataques facilmente. Isso a deixava cada vez mais enfurecida, e isso a cegava de meus ataques cada vez mais, fazendo pra mim ser tão fácil derrotá-la, quanto é fácil pra Chloe fugir para as colinas. 

— Parece que você está um tanto quanto desconcentrada, huh?

— EU VOU MATAR VOCÊ!

— Opaa... As coisas estão começando a esquentar!

Eu desviava facilmente de seus ataques cegos, enquanto ela tentava loucamente me aceitar, eu apenas analisava seu estilo de luta.

— O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

Quíron chegou do nada, separando o amontoado de semideuses que lhe davam passagem.

— Q-Quíron...

Clarisse se surpreendeu, e eu vi ali a chance perfeita. Eu tomei dela sua espada, e usei um golpe que a muito tempo Kate me ensinara. Passando minha espada por trás de sua nuca, e apontado a própria espada dela para seu pescoço, eu a imobilizei.

— Senhorita Nancy! Creio que esta desavença já esteja acabada. Afaste-se da Senhorita La Rue, AGORA.

O tom de Quíron era ameaçador, porém eu prensei mais a espada no pescoço de Clarisse, fazendo-a suar frio.

— Eu disse... Que não obedeço ordens de ninguém deste acampamento.

Então, eu senti meus olhos se ofuscarem por uma luz prateada que eu reconheceria em qualquer lugar. Pulei pra trás em um reflexo, e joguei a espada de Clarisse no chão imediatamente. Eu pude então distinguir Kate, com sua espada branca, "Tenebrae". Sempre achei engraçado que o nome daquela espada era escuridão, sendo ela uma espada tão branca. 

— O que está fazendo aqui, Kate? Não deveria estar repousando?

— Repousando? O que VOCÊ está fazendo?

— Você viu o que eu estava fazendo, ou além de emo, virou ce-

— Não me obrigue a sujar essa espada com seu sangue novamente por que dessa vez... - Ela se aproximou mais e chegou a lâmina muito próxima ao meu pescoço, me deixando paralisada. - Dessa vez, não será mais como foi quando éramos crianças.

Flashback =On=

Eu estava brincando com Kate e Juh no jardim quando tínhamos mais ou menos 12 anos, quando a avó delas apareceu na porta e nos chamou pra jantar.

Jantamos, e ainda podíamos brincar, então nos levantamos e fomos brincar lá fora, porém a avó delas nos parou e disse que não deveríamos sair quando estava tão tarde. Claro que não queríamos dormir, mas mesmo assim ela nos fez tomar banho e ir pra cama. Eu e Kate havíamos combinado de brincar com espadas mais tarde, quando desse meia-noite. Então eu me levantei pé-ante-pé e me esgueirei até a cozinha, onde Yukki estava dormindo no chão. Ah, Yukki é um amigo meu, ele vive na mansão e quer ser cozinheiro quando crescer!

— Yukki...

— Ah? Hum? N-nan-Nan... O que está fazendo acordada essa hora?

— Por que você está dormindo na cozinha?

— Hum? Eu... Sempre durmo aqui...

Ele disse em um bocejo. Naquela hora me deu pena dele, mas eu tinha mais o que fazer.

— Onde fica a chave para a porta de trás?

Quando eu disse isso Yukki arregalou os olhos e agarrou um pingente que tinha no pescoço com muita força. 

— N-Nan-Nan! Não deveria sair á essa hora, é muito tarde da noite, e lá fora é muito perigoso agora!

— Tanto faz, Yukki! Só me diz onde tá a chave!

— Eu... Eu... Não posso te dar!

Então eu olhei melhor pro que ele segurava. Não era um pingente, era uma chave.

— Me dá isso, Yukki!

— Não! Eu jurei pra tia que não iria deixar ninguém sair a noite!

— ...

Eu arranquei a chave das mãos dele que ficou paralisado, com lágrimas nos olhos.

— Eu já volto, Yukki. Não conta pra ninguém!

Eu fui até a porta e a abri, jogando a chave nele. Então eu sai, e a fechei novamente.

— Ah.. Droga.

Yukki devia estar certo, o jardim atrás da casa á noite era muito escuro, e a névoa era muito mais espessa que o normal.

— Nancy? É você?

Eu ouvi Kate me chamando e corri até ela, a abraçando.

— Kate, achei que você tinha se perdido!

— Haha... Aqui, pegue!

Ela me entregou uma espada, era negra como aquela noite, e eu não entendi pra que.

— Hum... K-Kate? O que vamos fazer?

— Vamos brincar de um novo jogo. Se chama... Esgrima.

— É com espadas? Tenho certeza que sua avó não vai ficar feliz com isso, Kate...

— Não se preocupe, não é nada de mais. 

Kate segurou em sua frente uma espada branca, eu podia ver seu brilho mesmo estando tão escuro, e eu tremi imediatamente. Então, ela me acertou um golpe na mão, me fazendo derrubar minha espada, e então ela me fez um corte no braço.

— AAH... K-KATE... O QUE VOCÊ ESTÁ FAZENDO?

— Eu estou brincando com você.

Ela me deu outro corte no outro braço, e eu gritei de dor. Eu podia ouvir os passos abafados na escada. Alguém estava vindo me ajudar. Então, eu vi Kate apontar a espada pro meu pescoço e dar um sorriso psicopático. Eu podia ver seu rosto com clareza. Seus olhos estavam totalmente negros, e ela parecia fora de si.

 - Você perdeu. Você deve morrer agora.

Flashback =Off=

Então, eu me senti viva novamente. Abri os olhos. Estava no chalé de Ares. Meu celular estava vibrando, e eu o peguei para ver o que era. A luz da tela me cegou por alguns minutos, e quando voltei a enxergar vi que tinha uma mensagem de Chloe no celular.

— ...

Celular =

Chloe: Ja tah na hora. Eles ja descubriru tuduh. Mais do que deverium ¬¬.

Hoje, 2:30 a.m

Chloe: Vc tem q vir pra base. O chefe ta t esperanuh ate amanha. Obs: Ele tá muito putuh '3'

Hoje, 2:32 a.m

Nancy: Meu Deus, Chloe, você não sabe escrever direito?

Hoje, 2:34 a.m

Chloe: Nhé, n sou obrigada, ta? Vc naum manda em mim! >:P

Hoje, 2:34 a.m

Nancy: Ok, vou sair hoje mais tarde. Quão puto o chefe tá?

Hoje, 2:35 a.m

Chloe: ... Naum sei responde... Mais eli ta beim putuh!

Hoje, 2:35 a.m

Nancy: Hum... Acho que eu estou aí até as 16:40.

Hoje, 2:36 a.m

Nancy: Ok, vejo você lá então. Beijos. u3u

Hoje, 2:36 a.m

Chloe: Veju vc lah, ateh, mi ruiva di mi kokoru. Xoxo. u3u

Hoje, 2:37 a.m

= Celular off =

O tempo passou bem rápido. Quando eu vi, já estava bem tarde e eu iria me atrasar.

Arrumei minhas coisas, juntei a maior parte de comida que eu consegui, sabia que aqueles otários são tão preguiçosos que nem deveriam ter reposto o estoque de comida.

— Ok. Acho que está tudo pronto.

— Pra onde vai, Bobofit?

Eu me exaltei, então me virei e vi Clarisse parada na porta, olhando pra mim.

— Não é da sua conta, "La Rue".

— Pra onde você vai? - Ela insistiu, cerrando os olhos pra mim.

— Você é surda? Não é da sua conta.

— Você não pode sair sem ter uma missão.

— Não tô com vontade de ficar aqui. Avise-o que eu saí, se está tão preocupada.

Eu já estava saindo quando ela me agarrou pela blusa e me trouxe pra perto.

— Onde.Você.Vai?

— .......

Eu me soltei dela e sai sem dizer uma única palavra. Quando já estava subindo a colina, quando vi Kate e Juh correndo até mim seguidas por Quíron, gritando meu nome. Clarisse devia tê-las avisado.

— Droga.

Apressei o passo, mas é difícil competir com a filha da deusa da velocidade, mesmo que ela não esteja correndo.

— Nancy! Espera!

Eu cheguei e já estava descendo, quando senti alguém agarrar minha mochila. Me virei e vi Kate. Ela não estava arfando nem cansada. Mais uma das vontades de ser a "princesa".

— Nancy... Onde você vai?

— ... Não é da sua conta.

Eu soltei minha mochila dela e saí correndo. Sabia que ela podia me alcançar se quisesse, mas ela só ficou parada lá.

~ Quebra de tempo ~

Eu já havia chego a um tempo, e estava sentada no sofá, quando o chefe chegou. 

— Ah, Hayo, chefinho!

— Sinceramente, o que vocês tem contra o meu nome?

Panqueca: É pra dar um ar de mistério e-e )

— Nada, chefinho. A gente só gosta de você! - Disse Chloe, vindo logo atrás dele e quando me viu pulou em cima de mim.

— Eeeei... Oi pra você também Chloe.

— Oiiii Gatinha ruiva!

— Mas e aí, chefia? Qual é a parada? Por que me chamou.

— ... Há um espião entre nós.

— .... É verdade, gatinha ruiva! Eu descobri no acampamento Júpiter.

— Precisamos descobrir quem é.

— E... Onde eu entro nessa? - Eu disse ironizando, já sabia o que tinha que fazer.

— ... Você sabe muito bem. Quero que descubra o espião.

— Ah, claro. E eu vou fazer isso com minha maravilhosa bola mágica de cristal roxa, onde eu prevejo o futuro. Também posso descobrir nas cartas, se quiser.

— Desembucha, Nancy. O que você quer? - Ele disse frio, enquanto Chloe me abraçava.

— Gra-Na. Na minha mão. - Estiquei a mão pra ele, que deu um suspiro e me entregou um saquinho transparente com várias notas de cem e alguns dracmas de ouro.

— Waah... Por que eu não ganho dinheiro também chefinho?

— Por que você é trouxa o suficiente pra trabalhar de graça.

Tive que rir. Chloe fez um pouco de birra, e acabou dormindo no sofá. Eu me levantei e bati a poeira das roupas.

— Sabe o que fazer, não é?

— Se eu sei? Claro que eu sei.

— Muito bem.

Eu sai e fui pro campo da base. 

— Oooook... Chega de preguiça, Nancy!

Eu suspirei e olhei pro campo, determinada.

— Suus tempore, Ego potest solum.

"Já é hora, eu posso sozinha."

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Eu acho que o capítulo foi mais pra explicar que a Nancy na verdade é do mal, tá gente?
Ok, ok?
Amo vocês, até o próximo cap!



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