Ao Seu Lado escrita por Senbonzakura


Capítulo 1
Capítulo Único.


Notas iniciais do capítulo

Olá, como vocês estão? Espero que bem. Bom, essa é a minha primeira one no mundo de Terabítia, espero não decepcioná-los. Espero que gostem. Comentários são sempre bem vindo assim como recomendações.Desculpem qualquer erro que possa ter na fic.

Bom, muitos do grupo do nyah estão querendo me matar pela minha demora para postar, então não vou enrolar mais. rssrs

Boa Leitura!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/662270/chapter/1

O som estridente do telefone ecoava por toda a casa, chamando a atenção da única pessoa mais próxima do aparelho sem fio. May Belle, uma jovem garotinha de aproximadamente oito anos, pegou o telefone e o atendeu.

— Alô? — Sua voz infantil saiu em um tom baixo, preocupando-se para não acordar o bebê que dormia no quarto ao lado.

— Olá. — Uma voz serena e feminina ecoou do outro lado da linha de forma simpática. — É da casa de Jesse Aaarons?

— É sim. — Respondeu infantilmente. — Gostaria de falar com ele? — A criança perguntou para a mulher do outro lado da linha.

— Poderia me fazer esse favor?

— Claro! — Respondeu de imediato. — Só um minuto. — Após dizer isso, May Belle corre para o quarto que dividia com o irmão, esperançosa de que ele pudesse estar lá, desenhando personagens criados pelo fruto de sua imaginação fértil.

Ao abrir a porta, a garotinha se depara com o irmão desenhando em seu inseparável caderno, concentrado nas linhas e nas cores de seu desenho ainda inacabado.

A pequena garotinha, apesar da pouca idade que possuía, sabia muito bem que o irmão possuía um talento para a arte que poucos possuem. Por querer se aproximar do irmão, muitas vezes a pequena May Belle pegava o caderno dele escondido, desenhando os personagens criados por sua mente infantil e inocente, deixando o jovem irritado.

— Jesse, sua namorada está no telefone! — Disse eufórica, dando uma risada baixa.

Pensando ser a sua melhor amiga que havia ligado, Jesse logo dispara uma resposta para a irmã. — Ela não é a minha namorada.

A pequena deu de ombros para o irmão e se retirou do quarto, deixando-o sozinho com o telefone.

— Essa May Belle... — Murmurou o jovem, atendendo a ligação logo em seguida. — Alô.

— Oi, Jesse. — Uma voz madura e muito diferente da de Leslie ecoou do outro lado da linha, deixando o garoto confuso.

— Espera, quem é? — Perguntou, franzindo a testa, tentando se lembrar de onde conhecia aquela voz.

— Eu sei que hoje é Sábado... Mas... É a sua professora, a Srta. Edmunds. Eu estava planejando levar os meus sobrinhos para visitar o museu da cidade, mas a minha irmã mudou os planos no último minuto. — Explicou calmamente, soltando um suspiro logo em seguida. — Então, eu tive uma ideia. O que você acha de visitar o museu comigo? — Perguntou docemente para o aluno.

Jesse abriu um enorme sorriso, feliz por ter sido convidado por sua professora para conhecer o museu de artes da cidade. Aquele convite era uma oportunidade única de conhecer obras de grandes e renomados artistas do mundo. Ele não poderia perder essa oportunidade valiosa que a sua professora estava lhe oferecendo, pois quem sabe quando haveria outro igual a essa?

— Espera um pouco, vou perguntar para a minha mãe. — Ele se levantou da cama e caminhou para fora do quarto, passando pelo corredor coberto por porta retratos de família, deparando-me com a escada ao fim do mesmo. Desceu os degraus com rapidez, chegando ao quarto dos seus pais, que ficava ao lado da escada.

— Mãe? — Chamou baixinho.

— A bebê acordou? — Perguntou, virando-se para me encará-lo.

— Não, ela está bem. May Belle está com ela. — Respondeu em um sussurro, vendo-a virar-se de costas para ele. — A minha professora me convidou para uma excursão escolar hoje. Poso ir? —Perguntou esperançoso.

Como ela não respondeu nada, considerou o seu silêncio como um sim.

Fechou a porta do quarto de seus pais rapidamente, respondendo para a Srta. Edmunds. — Eu aceito! — Animado, o jovem volta para o seu quarto.

— Perfeito! Estarei ai em meia-hora. — Ao dizer isso, a professora desliga o telefone, deixando um jovem artista ansioso do outro lado da linha.

Jesse desligou o telefone e o colocou em cima do criado-mudo, caminhando até a cômoda onde guardava as suas roupas. Como a situação financeira de sua família não era das melhores, ele possuía poucas roupas, mas compreendia perfeitamente a situação de sua família e não cobrava o que, no momento, seus pais não podiam lhe dar.

— O que devo usar? — Se questionou, revirando as suas gavetas.

Cansado de procurar por uma roupa bonita, o jovem pegou as primeiras peças que encontrou: uma camisa vermelha de manga longa, uma calça jeans e uma jaqueta marrom, vestindo-as logo em seguida.

Já completamente arrumado, o garoto desceu as escadas apressado, passando por suas irmãs menores, indo de encontro com os seus tênis. Após calçá-los, Jesse sai para se encontrar com a sua professora, mas a imagem de Leslie invade a sua mente, fazendo-o parar no meio do caminho, mais necessariamente em frente da casa da mesma.

— Será que ela gostaria de ir comigo? — Se questionou, caminhando em direção a casa dos Burke’s.

Vendo que o pai dela recolhia algumas madeiras caídas em seu quintal, Jesse resolveu perguntar para ele se ela estava em casa.

— Olá, a Less está em casa?

— Ela foi brincar em Terabítia. — Respondeu o homem com um sorriso acolhedor em seus lábios.

Jesse poderia ir e não dizer nada para a loira, mas o artista sentia que se não chamasse Leslie Buker para compartilhar aquele momento tão especial para ele, não haveria uma próxima vez.

— Obrigado! — Agradeceu pela informação, correndo pela estrada de terra em direção ao rio que ligava a terra de Terabítia ao mundo real.

Seu coração antes calmo, agora se encontrava inquieto. Depois que sua mente lhe pregou uma peça com um flash de Leslie lhe dando um tchau na tarde anterior, o jovem sentiu como se estivesse prestes a perder algo valioso para ele, mas o jovem não sabia o que era. Loucura? Pode até ser, mas o artista não se sentiria tranqüilo até encontrar a sua amiga.

Seus pulmões pareciam queimar pela falta de ar, mas ele não poderia parar de correr, pelo menos não até chegar à ponte de Terabítia.

Minutos se passaram, Jesse continuava correndo, sentindo o peso da exaustão em seu corpo. Entretanto, ele ainda estava determinado em encontrar Leslie e convidá-la para passar o dia com ele e a Srta. Edmunds no museu de artes da cidade.

Cambaleante, Jesse finalmente chega ao fim da estrada, deparando-se com Leslie puxando a corda com um longo pedaço de galho.

Ofegante, o artista caminha até a amiga, tomando fôlego para dizer o que queria, mas a jovem é mais rápida e se pendura na corda pronta para entrar em Terabítia. No Entanto, ao saltar em direção ao outro lado do rio, a corta se rompe quase por completa, fazendo o corpo de Leslie ficar centímetros de distancia da água enlameada do rio.

— Leslie! — Jesse gritou desesperado, pousando suas mãos sobre a cabeça.

— Me ajuda! — Pediu a loira, fitando-o suplicante.

Analisando a situação, Jesse percebeu que se a amiga se balançasse em sua direção, ele poderia puxá-la de volta para a estrada de terra.

— Leslie, por favor, presta a atenção no que eu vou dizer. — Seu tom era tenso e assustado. — Balance o seu corpo até a minha direção.

A jovem não contestou o amigo, pois confiava nele plenamente. Ela sabia que ele faria de tudo para ajudá-la naquele momento tão perigoso e fatal em que ela se encontrava.

— O-Okay... — Murmurou temerosa, balançando a corda com o seu corpo, ganhando o impulso necessário para chegar até a o amigo.

Com rapidez, ele pega o longo e grosso galho que a amiga tinha usado para alcançar a corda, estendendo na direção de Leslie, que a salta e o agarra o galho no momento certo.

— Segura com força! — Exclamou, aliviado por ela não ter caído no rio.

Ela apertou o galho com força, fazendo com que algumas farpas entrassem em sua pele. Apesar da dor que sentia em seus mãos, Leslie aguentou firme aquele momento tortuoso com bravura, provando que ela não era somente muito criativa, mas também muito forte e valente.

— Vou puxar você. — Avisou o garoto, sentindo todo o peso do corpo da amiga arrastando-o para frente, praticamente jogando-o para dentro do rio. Contudo, Jesse Aarons não iria desistir tão fácil, pois se tratava da vida da sua única e melhor amiga. Com os pés bem firmes no chão, o artista dava passos para trás, trazendo a amiga de volta para a estrada de terra com sucesso.

Cansado, o garoto cai de joelhos no chão. Seus olhos azuis cinzentos miraram o rosto assustado da amiga, fazendo-o perceber o quanto ela era importante para ele. Nenhum passeio no museu seria mais legal que estar ao lado da garota de mente fértil.

Naquele dia, depois de quase perder tudo, Jesse Aarons passou a ser incapaz de vislumbrar um mundo sem Leslie Burke.

— Obrigada! — A loira agradeceu.

— Amigos são para isso e muito mais, Leslie. — Comentou o garoto, abrindo um sorriso aliviado para a sonhadora.

— Sim, amigos são para essas coisas. — Repetiu a frase do artista, feliz por finalmente ter encontrado alguém que a chamava de amiga.

— Quer passar o dia comigo e com a Srta. Edmunds no museu de artes? — Perguntou, levantando-se no chão, batendo em sua calça suja de terra para tirar o excesso de sujeira.

— E Terabítia, como vai ficar? — Seu tom era receoso.

— Quando voltarmos do museu, eu prometo que construirei uma ponte bonita e segura para a terra de Terabítia. — Sorriu, vendo a loira se tranquilizar.

— Promete mesmo? — Seus olhos brilhavam com intensidade, deixando o jovem um pouco envergonhado.

— Sim, eu prometo. — Erguei sua mão direita, fitando a garota com carinho. — Terabítia é o "nosso" lugar e nada me fará desistir dele, nem mesmo uma corda partida.

Felicidade. Essa seria a emoção certa para descrever o que Leslie sentia naquele momento. Ela havia sido salva por seu único e melhor amigo, ficando em divida pelo resto da vida com ele. Mas, para a mente fértil e cheia de histórias fantásticas da jovem sonhadora, suas aventuras cheias de descobertas certamente pagariam pouco a pouco a divida que tinha com o seu amado rei de Terabítia.

— Obrigada! — Correu cambaleante até Jesse. — Agora podemos aproveitar o dia no museu. — Sussurrou, abraçando um dos braços do amigo.

— Sim, vamos! — Ao dizer isso, os dois caminham rumo ao ponto de encontro com a professora de música, prontos para aproveitar a visita ao museu juntos.

E foi naquela manhã ensolarada de Sábado que Jesse Aarons descobriu que seu lugar é ao lado de Leslie Burke, a sua melhor amiga e seu primeiro amor.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Bom, essa foi a one, espero que tenham gostado dela. E então, o que acharam? Mereço comentários? Recomendações? Pokeboladas? Biscoitos Scooby?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Ao Seu Lado" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.