Reviso Meus Planos escrita por Casi un Angel


Capítulo 2
Capitulo 1


Notas iniciais do capítulo

Oi oi meninaaaaas

Mais um cap fresquinho pra vocês de uma historia que eu estou A-D-O-R-A-N-D-O escrever.

Espero que gostem do cap.

Boa leitura!



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Uma semana depois...

~*-*~

Rodrigo chegou em casa e se jogou de bruços no sofá. Estava cansado. Não fisicamente, mas sua mente estava exausta. Ele não aguantava mais aquela rotina certinha e sem nada de interessante, mas tinha um pressentimento de que tudo iria mudar.

–Como foi na aula filho?- Ana entra na sala e da um beijo no topo da cabeça do filho.

–Haaam, foi normal- ele respondeu sem animo- Tudo na mais perfeita ordem e monotonia.

–Ainda entediado?- ela pergunta sorrindo e ele assente com a cabeça- Por que você não sai com os seus amigos?

–Eu os vejo quase todos os dias, mãe- ele se senta e vira de frente para ela- Eu queria uma aventura de verdade sabe?! Um dia completamente diferente dos outros pelo menos.

–Meu pequeno aventureiro- ele faz uma careta e a mãe sorri- Nem tão pequeno assim.

–Quando se é criança até uma garrafa de água vazia faz uma aventura, mas uma hora essa magia acaba né?!

–Por que você não tenta reatar com a Alina? Reconquistar uma mulher é uma aventura e tanto- ela diz, mas Rodrigo não parece gostar muito da ideia.

–Mãe, meu namoro com a Alina já deu o que tinha que dar- ele diz se levantando e pegando a mochila- Eu percebi que ela não é a mulher que eu amo de verdade.

–Meu filho, um romântico- Rodrigo mostra a língua para a mãe que devolve o gesto- Você vai achar algo para fazer. Você sempre acha.

~*-*~

–Mamãe, a Lu ta com muita febre- diz Isis vendo a mãe cozinhar.

–Não tem remédio pra dar pra ela. Vai pedir dinheiro pro seu pai- Maria diz sem tirar os olhos da panela.

–Falar com o papai?- o tom de voz da criança muda de repente- Eu não quero ir falar com ele não.

–Se o seu pai chegar em casa e não tiver comida pronta e quente ele vai bater em mim. Você quer me ver apanhar?- a menina diz que não- Então vai lá. O máximo que ele vai dizer e não e vai te dar um puxão de orelha.

Isis respira fundo e sai. Talvez um puxão de orelha fosse à coisa mais “carinhosa” que o pai havia feito por ela. Ela foi pensando em tudo e enquanto andava percebeu que o pai nunca tinha lhe dado um mínimo gesto de afeto. A irmã mais velha dizia que se lembrava do pai quando ele não era tão louco. Quando Luciana era uma criança, o pai era um homem bom e carinhoso, mas algo o fez mudar e ela não sabia exatamente o que.

Quando chegou no bar , que pertencia a seu avô, ela entrou devagar e com a cabeça baixa porque o pai não gostava de ser olhado nos olhos.

–O que você ta fazendo aqui garota- o pai pergunta com as peças de dama na mão.

–A bença papai- ela beija a mão do homem- Mamãe mandou eu vim aqui.

–O que a Maria quer agora?- ele pergunta nervoso.

–E que... – ela para pra pensar. Se dissesse que era pra irmã mais velha talvez ele não desse o dinheiro e mentir era uma opção- Ela ta precisando de uma mamadeira nova pra Flora. Você tem pra dar?

–Tenho sim, pega ali na minha carteira vinte reais e pode ficar com o troco- ele anda até a carteira e pega quantidade que o pai disse, mas antes de sair teve a prova que seu pai era um homem sem nenhum escrúpulo.

–Bonita essa sua menina em, Josué- um dos amigos de seu pai disse enquanto a olhava de cima a baixo em uma mesa no final do bar.

–Verdade em. Com esses olhos verdes lindos. Quando crescer vai dar um trabalhão- diz outro homem da mesma mesa.

–Vai me dar é muito dinheiro isso sim- o pai disse malicioso, mas a menina não entendeu e saiu.

A menina andou por mais um tempo e chegou à farmácia, comprou o remédio e com o troco que sobrou comprou dois bombons, os preferidos da irmã, e voltou para casa.

–Porque você demorou tanto menina? Eu tava morrendo de preocupação-disse a mãe aflita.

–A farmácia estava cheia mamãe- ela disse ofegante- Posso dar o remédio pra Lu?

A mãe concorda e ela vai ate o quarto onde a irmã esta e a encontra suando e tremendo muito. Por ter apanhado tanto, Luciana acabou pegando uma febre que a debilitou ainda mais. Ela não comia quase nada desde o dia que o pai a havia espancado e estava deixando a mãe bem preocupada.

–Lu, vim trazer um remédio pra você- disse a menina sorrindo, mas a irmã não respondeu- Você precisa reagir Lu. Não pode ficar assim pra sempre. Você me prometeu que nós íamos fugir daqui. Você vai me deixar na mão?

–Eu nunca vou deixar você na mão- disse a jovem fazendo o sorriso de Isis voltar a se abrir- Senta aqui do meu lado que eu vou te contar uma historia. Quando você nasceu eu tinha 6 anos e não queria uma irmãzinha de jeito nenhum. No dia que você nasceu o papai ainda trabalhava fora da cidade e quase não ficava em casa, então ficava só eu e a mamãe aqui. De uma hora pra outra a mamãe começou a sentir umas dores e do resto eu não me lembro- as duas sorriem- Só me lembro de ver você, tão pequeninha, toda suja e cabeluda pra caramba. Eu cheguei perto da cama, fiquei na ponta do pé, olhei pra você e disse assim: Eu não quero você não. Pode voltando lá pra dentro- com o comentário a menina gargalha- E sabe o que você fez?- ela nega- Piscou esses olhinhos lindos e sorriu pra mim. O sorriso mais lindo e sincero do mundo inteirinho. Me apaixonei de vez e nunca mais te larguei.

–Nunca largou mesmo não- a menina afirma- Você sempre esteve aqui comigo. Não tenho uma memoria sem você. Você sempre cuidou de mim.

–E vou continuar cuidando até onde Deus permitir- as duas sorriem.

–Trouxe aquele bombom que você gosta- diz Isis estendendo o doce para Luciana.

–Valeu ursinho- ela agradeceu sorrindo.

–Queria poder te dar aquele abraço bem apertado agora.

–Abraço ainda não, mas um beijão pode- Isis da um beijo na bochecha da irmã. Um momento bem comum para as duas que sempre foram muito unidas, mas elas mal sabiam que estavam sendo vigiadas.

–Tão lindo. Deu até vontade de vomitar com tanto amor- o pai diz em pé na porta- Vai jantar Isis que agora a minha conversa e com ela.


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