I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 9
Quase primeiro beijo.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Desculpe os possíveis erros de ortografia.

Boa leitura! ❤



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Narrado por Charlie 

Acordei de bom humor, por isso já estou arrumada e me encontro descendo as escadas em direção a cozinha. Entrei no cômodo e peguei uma maçã, dei uma mordida, eu já estava indo em direção a porta quando…

— Charlie... – minha mãe que estava tomando café junto com Cody me chamou. – onde vai?

— Pra escola...? – indaguei obviamente.

— Não vai de carro com seu irmão? – ela perguntou surpresa.

— Hoje não. – falei indo em direção a porta.

— Sério? – Cody perguntou. – você é sempre tão preguiçosa!

— Verdade! – minha mãe confirmou o que ele disse. – porque vai de a pé hoje?

— Eu só quero dar uma caminhada! – falei impaciente. – posso ir, ou vocês vão continuar com o interrogatório? – minha mãe fez uma cara feia.

— Toma cuidado! – ela falou.

— Eu sei me cuidar. – abri a porta e sai de casa.

Fui caminhando sem pressa, coloquei meus fones. O dia hoje estava abafado, mas mesmo assim eu estava com meu casaco. Não gosto de mostrar muito meu corpo, por não me achar bonita. Então sempre prefiro usar meu casaco largo.

(...)

Estava chegando na escola, ia atravessar a rua, quando o carro de Cody passou por mim.

Ele estava sentado no banco do carona, estava meio distante. – Nossos olhares se encontraram e pareceu que tudo estava em câmera lenta. Tommy sorriu pra mim, pela primeira vez um sorriso sem sarcasmo ou cinismo, sem aquela cara de cafajeste que se acha o superior. Eu desviei o olhar, e o carro passou praticamente voando. Vi Jas parada no portão, então fui caminhando até ela.

— Oi Jas. – a cumprimentou e ela logo veio me abraçando. – o que você fez? Tá muito carinhosa! Saí!

— Grossa! – falou fingindo estar brava. – tenho uma coisa pra te contar... – disse ela nas nuvens.

— Depois você fala! – Cody estava vindo em nossa direção, e Jas estava de costas, então não viu. – Olha quem tá vindo ali... – assim que eu disse isso, Jas se virou e ela e Cody se olharam, ele se aproximou e deu um beijo na bochecha dela, bem demorado pelo o que eu percebi. – Oi casal, a vela ainda tá aqui, só pra avisar!

— Começou. – disse Cody rindo – não precisa ficar com ciúmes, vou te dar um beijo também. – meu irmão veio até mim e beijou minha bochecha.

— O QUE – escutei Katie gritando com Tommy, eles estavam brigando? – VOCÊ NÃO PODE FAZER ISSO COMIGO!

— Katie, acabou. – respondeu Tommy com indiferença – eu sinto muito.

— VOCÊ NÃO SENTE NADA! – ela estava chorando. – VOCÊ NÃO SENTE NADA POR NINGUÉM! – Victória puxou o braço de Katie, tentando afasta-la de perto dele.

— Vem vamos sair daqui! – Victoria falava com ela. – Katie vamos! – Lucy olhava a cena e ria, isso porque elas são amigas.

Com uma amiga dessas, quem precisa de inimigos?!

— E você sua vadia...! – ela gritou para Lucy. – tá satisfeita? Agora você pode transar com ele! – Katie saiu correndo e Victória foi atrás dela.

— Você sabia que seu amigo ia terminar com ela? – eu perguntei olhando para Cody.

— Eu não fazia ideia! – ele respondeu surpreso – vou falar com ele.

(...)

— Fala logo Jas! – Jeff já estava  impaciente.

Nós estávamos no intervalo e Jas ainda estava enrolando para dizer a tal “coisa”.

— Se for algo parecido com o que eu vi no meu quarto, eu já sei! – falei rindo.

— O que aconteceu? – perguntou Jeff curioso.

— Essa daqui...– apontei para Jas. – estava quase se agarrando com o meu irmão,  acredita?!

— Que mentira! – protestou ela. – se vocês continuarem eu não falo!

— Você vai falar! – ameaçou Jeff – se não eu vou pergunta para o Cody.

— Eu acho uma ótima ideia! – falei dando forças.

— Ta bom, eu conto! – Jas deu de ombros. – Foi assim…

— Vocês se pegaram no carro do meu irmão?! – falei colocando a mão na boca para segurar o riso.

— Pelo menos usaram camisinha né?! – Jeff começou a rir.

— A gente só se beijou! – falou Jas impaciente e irritada. – não conto mais nada pra vocês dois!

— Mentira! – disse Jeff. – você não consegue resistir!.

— Eu tenho uma coisa pra contar também... – na hora que eu ia falar tudo o que tinha acontecido com Tommy o sinal tocou.

— Você pode falar depois? – perguntou Jeff.

— Tudo bem.

Eu e Jas fomos para nossa sala e Jeff pra dele. Na última aula Jas me perguntou…

— O que você queria contar? – ela indagou arrumando sua mochila.

— Nada... – eu já tinha perdido a coragem – deixa pra lá, não é nada demais.

— Charlie...? – o sinal bateu, me salvando de um interrogatório.

Não esperei por Jas, sai apressada, praticamente correndo no meio daquele tumulto de alunos. Eu só queria sair daquela escola. Não queria falar sobre Tommy, e nem falar com ele. Mas como infelizmente nem tudo o que a gente quer acontece…

— Você não olha por onde anda não? – indagou Tommy ao esbarrar com força em mim. – Charlie? – eu não respondi, e sai correndo no meio das pessoas, mas Tommy veio atrás de mim. Quando eu estava passando em frente de uma das salas vazias, senti alguém me puxar pra dentro e fechar a porta.

— Scott? – eu estava surpresa.

— Eu nunca consigo ter uma oportunidade de falar com você... – disse se explicando. – então vi você correndo e achei que fosse o momento.

— E me puxou pra dentro de uma sala? – fez que sim com a cabeça. Estava envergonhado. – Obrigado... você, digamos que me salvou! – eu vi um sorriso aparecer no seu rosto.

— Se eu te salvei?! – ele disse sorrindo. – você poderia agradecer seu herói indo tomar um sorvete comigo?

— Agora? –  perguntei surpresa.

— A hora que você quiser. – ele disse sorrindo. – se você aceitar é claro.

— Eu aceito! – respondi com empolgação – pode ser hoje mais tarde?

— Claro – ele me olhou todo meigo. – então pode me passar seu telefone pra gente combinar de se encontrar?

— Sim, anota ai…

Eu e Scott fomos andando até o portão da escola. Nós conversávamos sobre coisas bobas e eu percebi que ele era péssimo em contar piadas. Eu estava rindo muito quando percebi que Cody e Tommy olhavam pra gente. Eles estavam parados próximo ao carro do meu irmão. Nós passamos por eles e Tommy disse…

— Onde você vai ? – eu ignorei. – Charlie!

— Eu não te devo satisfações! – eu respondi parando de andar.

— Mas deve pra mim! – Cody se intrometeu.

 Eu vou pra casa! – falei com raiva.

— E ele? – Tommy indagou se referindo a Scott, que ainda permanecia ao meu lado.

— Vou acompanha-la! – Scott olhou com uma cara feia para Tommy.

— Não precisa porque ela vai comigo! – disse meu irmão – mas obrigado, Scott.

— É, ela vai com a gente! – Tommy encarou Scott com irritação.

— E se eu não quiser? – falei com raiva. Quem ele pensa que é? – O que vocês vão fazer?

— Vou fazer isso...! – Tommy se aproximou de mim, pegou nas minhas pernas e me jogou por cima do seu ombro.

— Me solta! – eu disse batendo nas costas dele – seu grosso!

— Você nem imagina o quanto! – ele disse com a voz maliciosa.

— Seu nojento, me solta! – continuei me debatendo até ele abrir a porta do carro e me jogar no banco do passageiro.

— Pronto! – ele deu um sorriso cínico e entrou no carro, olhei pela janela e vi Scott indo embora.

— Cara isso foi muito engraçado! – disse Cody rindo muito.

— Você é um idiota! – falei fuzilando ele com o olhar. – você é o cara mais idiota que eu conheço!

— Pode xingar, eu sei que você não acha isso de verdade... – Tommy disse rindo.

— Eu acho, eu acho muito! – queria bater nele – tomara que você não tenha assustado o Scott.

— Aquele garoto é um panaca! – Tommy parou de rir quando falei do Scott.

— Ele não é! – protestei – E cala sua boca, seu insuportável!

(...)

Eu já tinha trocado de roupa umas dez vezes e falava mentalmente “calma, é só ficar calma”. Tudo bem, não era um encontro de verdade, a gente ia sair pra tomar sorvete, mas mesmo assim. – Eu sempre achei Scott um cara interessante e com o que aconteceu hoje, fiquei com medo dele não me ligar, mas ele ligou, e agora eu estou na frente do espelho, muito nervosa, sem saber o que fazer.

Resolvi ligar para Scott, pra avisar que eu já estava saindo e que ele podia me encontrar na pracinha da sorveteria, perto da escola.

— Alô – ele atendeu – Charlie? Você vai né?! – ele me perguntou nervoso.

— Vou, é claro! – confirmei sorrindo. – só liguei pra avisar que já estou saindo. Pode me encontrar na pracinha?

— Sim. – ele respirou aliviado – então até mais.

— Até – desliguei e sai do meu quarto.

Quando eu estava descendo as escadas, escutei uma conversa do meu irmão com Tommy.

— Então, porque terminou com ela? – Cody se referiu ao término dele com a Katie.

— Não estava mais dando certo! – Tommy respondeu com cara de tédio.

— Mas vocês não tinham um relacionamento aberto? – É bem a cara do Tommy ter um relacionamento aberto.

Revirei os olhos.

— Eu nem sei mais o que era... – Tommy deu uma risada forçada – Nós eramos amigos, e acabamos estragando tudo. – ele disse sem ânimo – bom, eu estraguei mais.

Não queria atrapalhar a conversa deles e nem que me vissem, então tentei sair de fininho, mas quando eu fui abrir a porta…

— Onde você vai? – Cody me viu.

— Sair?– indaguei sarcástica.

— Com quem? Pra onde? – Cody e sua mania de achar que tem que me proteger.

— Vou sair com o Scott! – eu vi a expressão no rosto do Tommy se transformar em raiva.

— Ele é um idiota! – Tommy falou – eu já te disse isso.

— Pelo menos ele me trata bem – eu olhei pra ele com raiva. – diferente de você! – sai e bati a porta com força, tentei me acalmar.

Esse garoto me tira do sério! – Fui caminhando até a praça e quando cheguei encontrei Scott sentado em um dos bancos.

— Oi?! – cumprimentei ele com um sorriso no rosto. – está muito tempo esperando?

— Um pouco... – sorriu. – achei que não vinha mais.

— É que eu tive um problema...! – fiz uma careta ao lembrar. – Meu irmão e o mala do amigo dele não queriam me deixar sair.

— Seu irmão eu até entendo, mas o Tommy… – seu sorriso desapareceu quando ele disse o nome.

— Ele faz essas coisas por pura implicância! – revirei os olhos.

— É engraçado quando você faz isso. – ele sorriu – Eu gosto!

— O que? Isso? – eu perguntei revirando os olhos mais uma vez.

— É! – ele continuou sorrindo. Lembrei que Tommy odiava quando eu fazia isso. Acho que é porque ele odeia tudo em mim.

Nós ficamos mais um tempo conversando sobre coisas bobas, até sem sentido. Mas eu gostava de estar com Scott, ele era legal e me tratava bem… Diferente do Tommy, porque eu tenho que lembrar dele toda vez?

— Me empurra no balanço..?! – me sentei em um dos balanços da praça, que estava vazia.

— Será um prazer! – ele disse rindo. E começou a me empurra, eu fechei os olhos e me lembrei do sorriso que vi mais cedo, o sorriso do Tommy.

Depois de ficarmos brincando em alguns brinquedos infantis, fomos até a sorveteria. Eu pedi o meu sorvete de baunilha e Scott de chocolate, fomos caminhando e quando percebi estava na frente de casa.

— Obrigado Scott! – agradeci ainda sorrindo. – foi bem legal!

— Então posso te chamar pra sair de novo? –  perguntou animada.

— Pode! – eu realmente queria sair com ele – Agora eu tenho que ir... – me aproximei dele e dei um beijo em sua bochecha.

Ele colocou sua mão na minha cintura, me impedindo de me afastar. – E eu não queria mesmo me afastar dele. – Olhei nos seus olhos e era como se ele pedisse permissão para me beijar, eu sorri e acho que ele entendeu que eu queria. – Meu primeiro beijo com um cara como Scott, seria maravilhoso, sim eu tenho dezesseis anos e nunca beijei, acontece que eu nunca achei alguém que valesse a pena, bem parece que isso ia mudar agora. – Eu passei meus braços sobre seus ombros e ele aproximou seu rosto do meu, senti seu hálito próximo aos meus lábios, fechei os olhos automaticamente…

— Fica longe dela! – Foi tão rápido que só vi Scott sendo empurrado com força e cair no chão.

Tommy foi pra cima dele.

— Para! – eu gritei. – Para Tommy! – fui pra cima dele e comecei a esmurrar suas costas. Consegui atrair sua atenção e ele largou Scott.

— Esse cara é um idiota, Charlie! – ele disse gritando.

— E o que você tem haver com isso? – gritei de volta. – A vida é minha, não preciso que você me diga o que fazer! – sentia a raiva ferver dentro de mim. – Porque se importa agora? Você me odeia Tommy!

— Eu só queria… – eu interrompi ele.

— Infernizar minha vida mais uma vez! – meus olhos começaram a marejar. – é só isso que você sabe fazer! – dei as costas pra ele e fui até Scott. – Você tá bem? É claro que não! Sua boca está sangrando! Ai meu Deus, vou te levar para o hospital.

— Chalie não foi nada demais... – disse tentando me tranquilizar. – eu vou pra casa.

— Mas Scott… – ele já estava se levantando.

— O que aconteceu aqui? – Cody saiu de casa.

— Pergunta para o seu amigo...! – não olhei para Tommy. – Cody leva o Scott pra casa de carro, por favor.

— Só vou pegar a chave.. – ele foi e voltou rapidamente, eu ajudei Scott a entrar no carro e antes de fechar a porta ele me disse…

— Não vou desistir de você tão fácil assim! – Sorri pra ele e fechei a porta.

— Charlie..  – Tommy me chamou quando passei por ele e entrei em casa. – Charlie! – ele gritou – olha pra mim droga!

— Vai embora. – falei baixo. Não queria mais discuti, e nem queria mais vê-lo – por favor.


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Notas finais do capítulo

Seu comentário é importante para mim! ❤

Até o próximo...

Beijos ❤



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