I Love Charlie escrita por Strela Ravenclaw


Capítulo 27
Carinho.


Notas iniciais do capítulo

Olá...

Boa leitura e desculpem os erros de ortografia. ❤



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— VOCÊS QUASE TRANSARAM? – Katie levou as mãos até a boca chocada.

— Fala baixo! – repreendi ela. – Yá querendo que o Cody escute?

— Desculpa!  – pediu. – É que é demais pra mim!

— E agora ele está com raiva de mim, porque eu aceitei sair com o Scott…  – Katie me interrompeu.

— Claro que ele está com raiva! Obviamente vocês se gostam e quase… Bem, e agora você tem um encontro com outro? – falou.

— Não é um encontro! – revirei os olhos. – Scott disse que queria me falar algo importante.

— Algo do tipo colar a boca dele na sua? – perguntou sarcástica.

— Cala boca Katie! – me joguei na cama pensando. – Você acha que ele gosta de mim?

— O Tommy? – ouvi ela dizer .– Acho… ele só tem uma maneira única de demonstrar!

— Única mesmo! – bufei.

Eu e Tommy não nos falamos mais desde ontem. Ele me evitava e eu já estava esgotada pra ir atrás dele. Hoje pela manhã na escola, não nos falamos também.

(…)

Faltava dez minutos para cinco horas. – Eu já estava pronta, tinha combinado de encontrar com o Scott na pracinha.

Desci os degraus devagar, sem fazer barulho. Fui andando pela sala com cuidado, até a porta de entrada.

Girei a maçaneta da porta abrindo-a.

— Bem que o Tommy me avisou que você tentaria sair! – dei de cara com a minha mãe do lado de fora.

— Mãe? – perguntei surpresa. – A senhora não ia trabalhar?

— Eu fui. – respondeu passando por mim e entrando em casa. – Porém, Tommy me avisou que você tentaria sair. Entra e fecha a porta!

Fiz o que ela mandou e fui até o sofá da sala me jogando no mesmo.

— Se eu me lembro bem, eu te proibi de sair de casa. – minha mãe falava com as mãos na cintura.

— Eu sei mãe, é… – ela não me deixou falar.

— Então você sabe e ia me desobedecer? – perguntou com uma sobrancelha arqueada.

— Mãe eu só ia me encontrar com um amigo… – bufei.

— Não importa se é amigo, amiga ou namorado! – falou. – Eu te coloquei de castigo e é de castigo que você vai ficar! – revirei os olhos quando ela virou de costas. – E liga para o seu amigo avisando que você não vai mais.

— Mas mãe… – choraminguei.

— Charlie, liga logo e depois vai para o seu quarto! – mandou e seguiu até a cozinha.

— Que saco! – resmunguei pegando o telefone na sala.

Disquei o numero e ele atendeu no terceiro toque.

— Scott? – falei desanimada.

— Charlie?! Eu já to pronto… – ele começou a falar, mas eu o interrompi.

— Desculpa, mas eu não vou poder sair… – suspirei triste. – aconteceu umas coisas e minha mãe me proibiu, me desculpa…

— Ah, tudo bem. – respondeu triste.

— Desculpa mesmo! – pedi mais uma vez. – Tenho que desligar.

— Ta bom, tchau. – disse por fim, antes de eu desligar o telefone.

Subi as escadas sem animo, andei pelo corredor até ver Tommy parado encostado na batente da porta do seu quarto.

— Feliz? – perguntei irônica.

— Não vou negar, estou. – sorriu debochado.

— Vai se fo… – ele me interrompeu.

— Olha a boca suja! – me repreendeu sorrindo.

— Porque fez isso? – perguntei com raiva.

— Pra você não sair com aquele idiota! – falou. – Ou você achou que eu ia deixar você ir pra sei lá onde com ele?

— Você tem que deixar? Me explica que essa é nova! – sorri sarcástica.

— Tenho! Eu não quero que nenhum outro homem, não que o Scott seja um, tocando em você do jeito que eu toco! – suas palavras me fizeram ficar corada. Tommy se aproximou de mim e eu recuei até bater com as costas na porta do meu quarto. – Eu não quero que ninguém te beije como eu te beijo! – ele quebrou a distancia que existia entre nós dois e colou seu corpo ao meu.

Seu rosto foi em direção ao meu pescoço e ele depositou um beijo no mesmo me fazendo arfar. Minhas mãos encontraram seus ombros e eu cravei minhas unhas ali quando senti ele dando beijos em meu pescoço.

— Nós sabemos que você só entrega assim pra mim. – sussurrou em meu ouvido me deixando arrepiada.

Ele distribuiu beijos pelo meu pescoço, depois subiu por minha bochecha até selar nossos lábios, que se tocaram apressadamente. Entreabri minha boca e ele fez o mesmo, sua língua não demorou a se entrelaçar com a minha. Minhas mãos foram até seus cabelos e puxaram alguns fios de leve quando ele mordeu meu lábio inferior. As mãos dele apertavam com força minha cintura, ele pressionava seu corpo contra o meu, e entre a porta que se abriu não suportando mais nosso peso.

Minhas costas bateram com força no chão frio do meu quarto. Tommy caiu por cima de mim e seu peso não estava ajudando.

Gemi de dor e ele rapidamente saiu de cima de mim se jogando no chão ao meu lado.

— Acho que você me matou! – choraminguei.

— Para de frescura! Foi só uma quedinha…. – ele começou a a falar mais eu o interrompi.

— Quedinha? Queria ver se fosse eu caindo desse jeito por cima de você!  – reclamei.

— Eu não ia reclamar se você ficasse por cima de mim…  – olhei mortalmente para ele, antes de começar a me levantar.

— Ai, minhas costas. – reclamei.

— Eu te ajudo. – Tommy me ajudou a levantar – Me deixa ver suas costas.

— Pra que? – perguntei.

— Pra ver se machucou – respondeu.

Me virei ficando de costas pra ele.

— Eu tenho que levantar sua blusa… – falou.

Mordi o lábio nervosa mas acabei concedendo com um aceno de cabeça. Me lembrei mais uma vez da noite em que nós quase… Enfim.

Ele pegou na barra da minha blusa e levantou gentilmente. Senti seus dedos tocarem minha pele, eles foram deslizando por minhas costas me causando arrepios.

— Não machucou e nem ficou roxo. – falou abaixando minha blusa.

— Acho melhor você ir antes que minha mãe apareça por aqui… – falei me virando para ele e ficando um pouco distante.

— É… – concordou comigo.  – Charlie sobre o que quase aconteceu aquela noite, eu queria dizer…

— Você não tem que se explicar.  – o interrompi.

— Mas eu quero explicar!  – ele deu um passo a frente ficando mais próximo de mim. – Não pense que eu não te quis Charlie. Eu quero você, quero muito… –mordi o lábio inferior nervosa. Suas palavras pareciam tão verdadeiras, seu olhar era tão sincero. – Você me deixa louco sabia?  – ele levou uma de suas mãos até minha bochecha e acariciou levemente com o seu polegar.

— Então por que? – falei baixinho.

— Por que eu não te fiz minha?  – fiz que sim com a cabeça. Seu polegar havia acabado de tocar meus lábios.  – Porque você ainda não estava pronta.

— Como sabe disso? E se eu estivesse pronta…  – falei olhando-o nos olhos.

— Você poderia estar com vontade assim como eu, mas era a sua primeira vez, não poderia ser de qualquer jeito! – ele falava de uma forma calma e segura. Seu dedo agora fazia carinho na minha bochecha.

— Não ia ser de qualquer jeito, ia ser com você! – sorri sem animo pra ele que suspirou pesadamente.

— Eu sei que você só se entrega daquele jeito pra mim. Sei que você nunca deixou que te tocassem do jeito que eu te toco. – ele me olhava de forma tão intensa que jurei que seus olhos podiam me ver por dentro. Ver todos aqueles sentimentos confusos. – Mas tem coisas que eu preciso resolver. Charlie eu não quero que você seja só mais uma, você é diferente!

— Eu sou diferente? – perguntei e depois sorri timidamente.

— Sim, é…  – Tommy sorriu sincero. – Eu quero tanto te beijar. – seu olhar parou em meus lábios. Eu os mordi imaginando mais uma vez o gosto de sua boca.  – Fazendo isso você me deixa com mais vontade.

Me aproximei mais dele, deixando nossos rostos a centímetros de distancia. Levei meus lábios até os seus encostando-os levemente um no outro.

— Então me beija.  – sussurrei perto da sua boca.

Suas mãos rapidamente foram até minha cintura e me puxaram pra mais perto do seu corpo.

Seus lábios tocaram os meus de forma terna e calma, entreabri minha boca dando passagem para sua língua. Envolvi minhas mãos em seus cabelos, o beijo foi ficando mais intenso, era como se a gente precisasse mais daquilo do que de oxigênio. Nossos lábios se tocavam enquanto nossas línguas se entrelaçavam, o gosto da boca dele era viciante, seu beijo me deixava sem reação.

Se eu não o conhecesse o suficiente diria que Katie tem razão, e que nós estávamos realmente apaixonados…

O ar começava a nos faltar, então fomos parando devagar.

Eu mantinha meus olhos fechados apenas escutando nossas respirações.

— Não pense que eu não estou brava por você ter falado aquilo pra minha mãe. – falei depois de um tempo, abri os olhos para olha-lo.

— Então você queria sair com aquele panaca? – perguntou retirando aos mãos da minha cintura e cruzando o braços.

— Não. Eu não queria! Ele me disse que tinha algo importante pra me falar…  – expliquei calmamente.

— Ele queria dar em cima de você! – Tommy falou raivoso.

— É mesmo? – perguntei sorrindo. – E porque você está tão bravo? – peguei em suas mãos e as levei até minha cintura onde elas estavam antes. Aproximei meu rosto do seu e levei minhas mãos até sua nuca acariciando de leve. – Por acaso está com ciúmes? – perguntei quase encostando em seus lábios.

— Eu me garanto! E nós sabemos que você é minha. – ele sorriu cafajeste e apertou minha cintura de forma possessiva. Revirei os olhos e bufei com sua resposta. – Eu já disse pra não revirar os olhos pra mim!

— Para de ser chato! – revirei mais uma vez só para irrita-lo.

— Isso é falta de educação! – falou irritado.

— E o que você vai fazer? – olhei-o desafiadora.

— Eu poderia levantar esse seu vestido, te colocar no meu colo e dar umas palmadas nessa sua bunda! – uma de suas mãos deslisou até minha bunda apertando-a. Um gemido involuntário escapou por meus lábios, fazendo Tommy sorrir vitorioso.

— Idiota. – sussurrei com vergonha.

— Mas bem que você gosta… – ele sorriu de forma tão natural. Me perdi no seu sorriso e quase não notei que estava sorrindo junto com ele. – Droga… – xingou ao ouvir o toque do seu celular.

Ele me soltou e pegou o celular que estava no bolso da calça. Tommy olhava o visor fixamente.

— Não vai atender? – perguntei confusa, o celular continuava tocando.

— Não! – respondeu meio grosseiro.

Suspirei me afastando mais dele e me virando de costas.

Era sempre assim, “carinho” e depois discussão.

“Devia ser alguma vadia, por isso ele não atendeu” – pensei.

— Desculpa. – senti seu corpo junto ao meu mais uma vez. Tommy me abraçou por trás me envolvendo em seus braços. – Não quis ser grosso com você…

— Quem era? – perguntei diretamente.

— O Noah. – respondeu secamente. Não vi sua expressão por estar de costas pra ele, mas algo me dizia que não era boa.

— Você fez bem em não atender, aquele garoto não presta! – falei e logo depois encostei minha cabeça em seu peito.

— Sim. – concordou comigo. – Eu tenho que ir… – Tommy me virou de frente para ele e selou nossos lábios mais uma vez.

Eu não perguntei para onde ele ia, ou com quem ele ia. Mas eu sabia que ele voltaria para mim.

Narrado por Tommy

A Charlie realmente pensou que eu deixaria ela sair com aquele idiota. Obvio que não.

Ela justificou o porque de ter dito sim falando que o Scott tinha “algo importante pra falar com ela”, eu sei muito bem o que ele queria, tudo menos falar.

Aquele panaca pensa que me engana, eu sei que ele “gosta” da Charlie, ou ele só quer transar com ela e depois toda essa “paixãozinha” dele acaba. Ela pode não ver isso, mas eu vejo.

Charlie até tentou brigar comigo por eu ter estragado o “planinho” dela de fugir do castigo, mas eu comecei a beija-lá e ela foi ficando mais calma. Sei que ela não resisti a mim. Sei que seu corpo corresponde ao meu e que ela me quer tanto quanto eu a quero.

Estava tudo bem até meu celular tocar. Era o infeliz do Noah, eu já sabia que não poderia ser coisa boa, então não atendi ele.

Me despedi da ruivinha e sai do seu quarto, liguei rapidamente para o desgraçado afim de saber o que ele queria.

— Tommy! Eu sabia que você me ligaria, amigo. – Ele conseguia me irritar até mesmo pelo telefone.

— O que você quer? – perguntei ríspido.

— Conversar! Faz tempo que nós não conversamos, não acha? – eu aposto que ele estava com aquele sorriso falso estampado na cara.

— Não, não acho! Se é só isso… – eu estava me preparando pra desligar o telefone.

— E também queria dizer que o prazo da aposta está acabando. Você ainda lembra dela, não é? – perguntou. Serrei os punhos, eu queria muito socar a cara dele.

— Eu vou dar uma surra em você, se você falar alguma coisa pra alguém… – escutei sua gargalhada do outro lado da linha.

— É meu caro, parece que Tommy Radcliffe se apaixonou! – desliguei o telefone e me segurei pra não dar um murro na parede.

Sai de casa rapidamente. Entrei no carro e comecei a dirigir sem rumo, acabei rodando a cidade quase toda e parando na praça onde ficava a pista de skate.  

Me sentei em um dos bancos vazios, havia algumas pessoas ali no local. Meninos e meninas andando de skate, e alguns casais se pegando.

Meus pensamentos se distanciaram mais uma vez, indo parar nela…

O jeito tímido dela me deixava louco, aquela inocência que eu via nela me fazia ter vontade de corrompe-la. Cada detalhe do corpo dela era lindo. O corpo que me deixava louco, que a cada toque me fazia querê-la mais. Eu não sei como iria conseguir ficar sem ela… isso foi meio… gay.

Sacudi a cabeça para me livrar desses pensamentos melosos. O que estava acontecendo comigo? Eu estava apaixonado pela Charlie? Que ela mexia comigo, isso era verdade… Mas eu apaixonado? E se ela estiver apaixonada por mim? Eu não poderia perde-la por uma aposta! Eu tinha que dar um jeito de calar a boca do Noah…

Fui tirado dos meus pensamentos quando senti uma mão no meu ombro. Me virei para ver quem era e era a última pessoa que eu gostaria de ver naquele momento.

— Tira a mão de mim! – falei perdendo a paciência.

— Pode ter certeza que eu não tenho nenhum prazer em tocar em você. – Scott respondeu tirando a mão do meu ombro. Ele deu a volta ficando de frente pra mim que até então estava sentado.

— Não que seja da sua conta, mas eu vou embora. – me levantei pronto para começar a andar.

— Eu sei que de alguma forma tem dedo seu em tentar me impedir de sair com a Char! – o desgraçado estava chamando ela de “Char”?

— Não tem dedo não. Tem a mão inteira! E eu acho bom você ficar longe dela se não…– comecei o que seria uma ameaça mas o panaca me interrompeu.

— Vai fazer o que? – perguntou sorrindo de forma falsa, o que me irritou. – Se você fazer alguma coisa comigo a Charlie não vai gostar nem um pouco. Você lembra daquela vez que me bateu? Ela até parou de falar com você… Parece que existe alguma preocupação da parte ela por mim ou até algo mais…

Serrei os punhos e peguei no colarinho da camisa dele, Scott começou a gargalhar atraindo atenção de algumas pessoas para a nossa “briga”.

— Vamos lá, bate! –  ele gritou.

— Cala boca! – gritei mais alto. – Você não vale a pena. – soltei-o e sai caminhando apressadamente antes que me desse mais vontade de socar ele.

— Acredite, eu vou estar aqui quando ela perceber que você não presta! Quado ela realmente ver quem você é! Ver você como eu e todo mundo vê! – gritou mas eu não o respondi.

Talvez Scott tivesse razão. Talvez eu não prestasse, não sei lidar com sentimentos, apesar de ter motivos para isso, mas ela me fazia sentir algo bom.

Dirigir por mais algumas horas até voltar pra casa eu tinha que me acalmar um pouco. Encontrei Melissa sentada no sofá da sala.

— Oi. – cumprimentei-a.

— Oi querido! – ela sorriu doce. A mãe da Charlie era uma mulher muito boa, sei disso porque a conheço desde que nos mudamos pra cá e minha mãe desenvolveu uma forte amizade com ela. Ela é uma das poucas pessoas que realmente sabe de certas coisas… – Achei que não ia dormir em casa, já ia te ligar.

— Eu só estava dando uma volta. – expliquei. – Mas já vou indo para o meu quarto… Tenha uma boa noite, Melissa.

— Boa noite também, querido. – sorriu e eu retribui.

Subi as escadas e quando eu estava virando o corredor pude escutar ela dizer:

— A Charlie já está dormindo. – não entendi o porque dela ter falado isso. Será que ela estava desconfiada de algo?

Antes de ir para o meu quarto, não resistir e entrei rapidamente no quarto dela que estava deitada e parecia dormir. Então fui andando devagar até sua cama, me abaixei e depositei um beijo em seus lábios.

— Eu queria te dizer alguma dessas coisas românticas, mas eu não sou assim. – falei baixinho e acariciei levemente sua bochecha com o polegar.

— Tommy? – ela abriu os olhos devagar e me fitou sonolenta.

Tirei rapidamente minha mão do seu rosto e me afastei um pouco da sua cama.

— Eu só vim ver se você estava dormindo. – expliquei. – Mas acho que te acordei... – cocei a nuca um pouco sem graça.

— É. – ela levantou devagar e se sentou na cama.

— Eu já vou indo, não quero atrapalhar mais seu sono… – me virei e fui em direção a porta.

— Tommy espera! – escutei ela dizer. Me virei para olha-lá, cruzei os braços e esperei que ela falasse. — Dorme aqui comigo? – perguntou. Vi seu rosto corar antes dela abaixar a cabeça.

— Dormir com você? – perguntei arqueando uma sobrancelha.

— Acho que não foi uma boa ideia… – ela começou a falar de forma apressada.

— Claro que eu quero. – falei fazendo-a olhar diretamente nos meus olhos.

Charlie sorriu pra mim de forma meiga e eu não pude deixar de sorrir de volta.

— Mas é só pra dormir! – falou mandona.

— Eu sei disso. – fui caminhando até sua cama. – mas se eu tentar alguma coisa, a culpa é dessa sua camisola. – Não pude deixar de notar seus seios marcando levemente no tecido fino da camisola.

— Cala boa, pervertido! – falou envergonhada. – E vem logo! – ela começou a se ajeitar na cama enquanto eu tirava meu tênis. Tirei a camisa e joguei-a em um canto qualquer do quarto.

Notei os olhos dela sobre meu corpo e a vi mordendo os lábios. Ela queria me enlouquecer, só pode.

— Fala de mim, mas você também é uma pervertida. – comecei a rir enquanto fui me deitar ao seu lado.

— Não sou! – falou rindo também. – E fica quieto que eu quero dormir! – como ela era mandona, e como eu gostava disso nela. Charlie se virou de costas para mim e eu fui até ela envolvendo-a pela cintura e encaixando meu corpo no seu, ficando de “conchinha”. Eu não costumava dormir assim com ninguém, eu não gostava dessas coisas, mas de alguma forma era bom com ela. – Tommy, se comporta! – falou e eu comecei a rir.

— A culpa não é minha se a sua bunda está bem em cima do meu p… – ela me interrompeu.

— Para de ser tarado! – falou segurando o riso.

— Eu não controlo ele! E é você que está fazendo ele ficar assim. – falei malicioso.

— Vai dormir ou eu coloco vocês pra fora do meu quarto – mandou.

— Ta bom. Posso pelo menos te dar um beijo de boa noite? – perguntei e ela confirmou com um“uhum”. Afastei alguns fios de cabelo do seu pescoço e deixei um beijo molhado do mesmo, escutei ela suspirar e sussurrei em seu ouvido. – Pode ser mais de um?

— Pode... – Charlie respondeu se virando.

Ela se ajeitou na cama enquanto meu corpo ficou por cima do dela. Olhei dentro do seus olhos verdes, ela me fitava intensamente.

Meus lábios tocaram os seus sem pressa, e devagar ela foi entreabrindo sua boca assim como eu. Comecei a sentir o gosto doce da sua boca e seus lábios macios e carnudos. Não aguentei mais e fui pedindo passagem com a língua e ela concedeu.

Minhas mãos foram até seus quadris apertando o local, escutei ela suspirar entre o nosso beijo. – Senti suas pequenas mãos envolverem minha nuca e suas unhas me arranharem me causando arrepios, ela não sabia, mas eu adorava quando ela fazia isso. – Charlie me surpreendeu mordendo meu lábio inferior e depois chupando-o, agora foi minha vez de suspirar enquanto ela sorria entre o beijo.

Fui descendo minhas mãos até suas coxas, deixando-a arrepiada, e quando apertei-as levemente ela gemeu baixinho me deixando com muito tesão.

Era sempre assim –  quando eu a fazia gemer –  era bom ouvir os gemidos baixinhos e envergonhados dela.

Senti suas pernas se envolverem em meus quadris como na outra noite. Eu estava morrendo de vontade de fazer ela minha, mas tinha aquela maldita aposta no meio, e eu ainda não podia fazer isso.

Fui parando de beijá-la devagar e nós ficamos trocando selinhos até separarmos nossos lábios de vez.

Minhas mãos ainda estavam em suas coxas, as pernas dela ainda estavam envolvidas em meus quadris e suas mãos agora passeavam em meus cabelos.

A olhei e ela ainda permanecia com os olhos fechados, os lábios mais vermelhos do que de costume e levemente inchados. – Sorri pensando em como só eu deixava ela assim.

— O que foi? – perguntou desconfiada.

— Nada – respondi ainda sorrindo.

— Nada? Então porque você está me olhando com essa cara de idiota? – perguntou rindo.

— É a única que eu tenho, engraçadinha. – falei.

— Então você tem cara de idiota! – falou rindo mais.

— Mas bem que você gosta do idiota aqui, né?! – falei convencido.

— Cala boca! 

Nossos olhares se encontraram mais uma vez e ela desceu seu olhar até minha boca.

— Está querendo me beijar não é?! – falei rindo.

— Não! – respondeu. – Você é que quer me beijar…

— Quero mesmo! – falei naturalmente – Quero beijar você toda hora…

— Então o que está esperando? – perguntou.

Encostei meus lábios nos seus, ela entreabriu a boca esperando que eu a beija-se, mas ao invés disso mordi seu lábio inferior. – Charlie puxou meus cabelos e eu chupei seu lábio arrancando um suspiro seu. Parei de “brincar” com ela e a beijei de forma intensa, o beijo era quente e nossos lábios se tocavam apressadamente.

Minhas mãos ainda estavam em suas coxas e eu a apertava com mais força. – Charlie puxava meus cabelos e suspirava, comecei a “puxar” mais seu corpo para mim, pude senti seus seios com a proximidade, ela estava sem sutiã então facilitava muito mais. Meu membro começava a me incomodar por causa da calça jeans, ela parecendo ler meus pensamentos se arqueou mais colando seu corpo ao meu, sua intimidade encostou levemente no meu membro já rígido, gemi rouco e escutei ela gemer baixinho. Comecei a subir sua camisola pelas laterais, minhas mão pararam em sua cintura, em cima da barra de sua calcinha. –  Ela estava me deixando louco, e eu não queria mais parar.

Ela foi parando o beijo e sua respiração estava desregulada como a minha. – Ataquei seu pescoço deixando beijos por toda extensão do mesmo, as mão dela foram até minhas costas e passeavam ali.

— Tommy? – escutei ela dizer meu nome quase como num sussurro

— Hum? – respondi ainda beijando seu pescoço.

— É só pra dormir, lembra? – perguntou suspirando.

— Sim… – respondi parando com os beijos.

Charlie tirou suas pernas do meu quadril e eu sai de cima dela, me joguei na cama suspirando alto.

— Ainda quer dormir de conchinha? – escutei ela dizer. Olhei-a e ela estava virada de costas pra mim, sua bunda estava quase mostrando por causa da camisola que eu havia subido. Ela estava me deixando louco, assim não dá!

— Sim, mas arruma sua camisola, porque se não eu vou querer arrancar ela de você. – falei malicioso.

Suas mãos ajeitaram a camisola. Charlie não falou nada, eu tinha certeza que ela estava com vergonha.

— Pronto... – falou e eu fui até ela envolvendo mais uma vez seu corpo ao meu.

— Boa noite, ruivinha. – falei beijando sua bochecha.

— Boa noite, Tommy. – ela respondeu baixinho.

Eu nunca havia dormido assim com ninguém, mas com ela era diferente, mesmo eu não sendo romântico, de certa forma era carinho.


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Notas finais do capítulo

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