Lado a Lado escrita por Skye Jonhson, Dan Jonhson


Capítulo 34
Você não está sozinha


Notas iniciais do capítulo

Voltei galera, não vai mais ter demoras e como estamos na reta final todo roteiro já está prontinho. Vou só dividir as cenas e ir atualizando conforme meu tempo. É isso, vamos ao que interessa. Boa leitura!

Ps: Capítulo sem revisão, depois vou consertar.



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 Há quem diga que quando temos pessoas que nos amam e apoiam, os medos se vão e a vida se torna mais leve. E você é capaz de enfrentar qualquer coisa no mundo, Regina não sabia explicar, mas entendia bem a sensação. Ela finalmente tinha encontrado um ponto de equilíbrio em sua vida, e esperava que Emma conseguisse o mesmo.

— Swan, quando vai parar de me ignorar e agir como adulta? — Mills questionou a namorada. Afinal estava cansada de tentar tocar no assunto, e ser enrolada por Emma.

— Eu não tenho ideia do que você está falando, Mills. — A loira respondeu se fazendo de desentendida.

— Às vezes, eu acho que tenho três crianças em casa.

Emma olhou para Regina e revirou os olhos, ela sabia que a namorada estava certa, mas não queria admitir. Ainda era doloroso tocar no assunto Mary Margaret, lembrar-se da visita desastrosa de sua mãe, fazia Emma não se sentir digna de Regina. E ao mesmo tempo frustrada por ter que admitir que tinha uma mãe extremamente preconceituosa. Mary tinha planejado toda a vida filha desde muito cedo, colocando sobre expectativas que de acordo com que Emma crescia, ela sentia que não poderia corresponder. Os primeiros conflitos divergências por gostos e vontades opostas, vieram assim que Emma começou a entender o mundo a sua volta. O que fez Swan se sentir desconfortável e pressionada, boa parte da sua infância e adolescência. Então trazer o assunto sua mãe à tona, era bem profundo do que apenas falar sobre o preconceito de Mary Margaret carregava, era trazer uma enxurrada de lembranças que Emma não sabia lidar.

— Emma, ignorar que sua mãe existe, não vai mudar as coisas. — Regina insistiu em continuar o assunto. — Ela vai continuar com o mesmo pensamento arcaico, preconceituoso, usando religião e Deus para justificar tudo. Ou pior, vai dizer que eu sou responsável por você deixado o Killian.

— Você não é responsável por isso. — Swan se apressou em dizer.

Ela largou o que estava fazendo e foi até Regina e abraçou fortemente. Era como se quisesse dar certeza a namorada, que suas palavras eram sinceras.

— Eu sei que não. — Regina respondeu ainda abraçada à loira.

Elas ficaram assim por alguns segundos, Mills queria que a Emma se sentisse segura para se abrir com ela, pois Regina sabia que havia algo mais por trás da relutância de Emma em falar sobre o passado com a mãe. Regina esperava que a namorada sentisse que podia confiar nela para falar sobre qualquer coisa. Emma ficou mais algum tempo em silêncio, ela tentava pensar na melhor forma de contar a Regina sobre seu passado turbulento com a mãe.

— Não é tão simples para mim, Regina. Envolvem tantas coisas. — A fotógrafa finalmente se pronunciou.

— Amor, olha para mim. — Regina pediu, saindo dos braços de Emma. Em seguida a fez olhar em seus olhos. — Eu sei que não é Emma, sei que não vamos conseguir mudar a cabeça da sua mãe da noite para o dia. Só que você não está sozinha, eu estou com você e sempre vou estar… Sei que enfrentar sua mãe, pode ser difícil e desgastante, mas só não quero que você acorde um dia, e se arrependa por não ter tentando.

— Mary Margaret Swan, é bem mais do que uma pessoa difícil. Ela pode ser cruel com palavras e atitudes, e eu não quero que você passe por um estresse desnecessário, e acima de tudo eu não quero que ela te magoe, Regina. — Emma tentou explicar da melhor que podia.

Aquele era um de seus medos, e Regina sentiu sinceridade nas palavras da namorada, mas sabia que havia mais alguma coisa por trás da relutância de Emma.

— Swan eu não sou de porcelana, e eu não vou deixar que meia dúzias de palavras amargas me atinjam. Nada do que ela diga ou faça, vai mudar o que eu sinto por você, Emma. E bem no final, ela é sua mãe e sempre serei grata por isso, porque ela te ao mundo. E consequente lhe trouxe para mim.

A declaração final de Regina fez os olhos de Swan marejaram, e ela se perguntou pela milésima vez se ainda poderia amar mais aquela mulher diante dela. A resposta era tão simples quanto respirar sim ela podia, porque ela lhe dava novos motivos todos os dias. Emma achou que um beijo seria a melhor resposta, e tomou os lábios da Mills sem que ela esperasse. O beijo apaixonado durou por alguns minutos, e elas se largaram quando respirar se fez necessário.

— Eu entendi o recado Swan, mas eu só espero que a pessoa decidida, forte e meio insolente às vezes... — Mills brincou antes de continuar. — Mas sempre enfrentou a tudo e a todos, por aquilo que acreditava até mesmo a mim, e olha que eu sou uma pessoa difícil. Eu espero que a mulher que me ensinou que não devemos desistir no primeiro, não tenha desistido. Eu não vou insistir mais, quando você estiver pronta. Eu estarei aqui para te ouvir. — A morena disse por fim e abraçou Emma.

A fotógrafa sentiu conforto naquele abraço, assim como sentiu as primeiras barreiras sobre aquele assunto começarem a cair.

Duas semanas depois, Emma recebeu um telefonema que fariam enfrentar suas frustrações do passado mais cedo do que ela esperava.

— Alô, Emma Swan falando. — Ela disse que atendeu ao celular.

— Querida, sou eu. — A voz familiar lhe respondeu do outro lado da linha.

— Pai? Eu quase não reconheci sua voz.

 Eu estou um pouco gripado, querida deve ser isso.

— Deve ser cuidar Sr. Nolan, ou terei que fazer isso eu mesma.

— Não se preocupe filha, eu estou bem. — David respondeu tentando tranquilizar a filha, mas Emma logo percebeu certa tensão na voz do pai.

— Pai, está tudo bem? O senhor não tem costume de ligar durante a semana. — Swan questionou ao pai.

— Sim Emma, quer dizer...  

— Sem mais pai, me diz o que está acontecendo.

— Bem, eu não queria te ligar justamente por esse motivo, pois sei o quanto é ocupada no trabalho. E sua mãe também, mas achei que fosse o mais sensato a se fazer.

— Está me deixando nervosa. A mamãe está bem?

Swan bombardeou o pai de perguntas, e as respostas a deixaram tão sem ação que assim que Regina entrou na sala e viu o rosto da namorada ficou nervosa. Emma estava pálida.

— Emma o que aconteceu? — Mills perguntou assim que viu a Swan desligar o celular. A fotógrafa demorou um tempo para processar tudo, e poder formular uma resposta.

— Minha mãe, ela teve ataque do coração. Ela está internada hospital aqui e meu pai me pediu para ir vê-la. — Emma respondeu e se sentou sobre a cama.

Regina foi até ela e abraçou a mostrando que ela estava ali, e Emma não enfrentaria aquela situação sozinha. Vinte minutos  depois, Emma tentava se organizar seus pensamentos enquanto procurava as chaves de seu carro.

— Droga, onde coloquei minhas chaves? — A fotógrafa resmungou consigo mesmo.

Regina entrou no quarto, encontrou a maior bagunça e Emma andando de um lado para o outro, parecendo estar à procura de algo.

— Emma que bagunça é essa? — Mills questionou a namorada enquanto tentava colocar as coisas em ordem. Está tudo uma desordem.

— Me desculpe amor, estou procurando minhas chaves. Preciso ir ao hospital.

Emma continuou andando pelo quarto, abrindo gavetas e tirando tudo do lugar. A bagunça deixou Regina um tanto irritada, mas ao mesmo tempo tentando compreender o momento que Emma estava vivendo.

— Ei, não precisa de todo esse desespero. — Mills disse se aproximando de Emma. Ela segurou a namorada suavemente pelos braços, e fez Emma parar diante dela. — Você precisa se acalmar seu pai mesmo disse que sua mãe está estável Emma.

— Mas você não entende… — Swan tentou argumentar.

— Sem, mas Emma, e sim eu entendo, ela é sua mãe. Só que você não pode sair de casa assim, muito menos dirigir. Então você vai sentar se acalmar e depois tomar um banho, e depois iremos ao hospital juntas, e você verá sua mãe. E não vou aceitar discussão.

Swan se deu por vencida, não queria começar uma discussão desnecessária. Ela se sentou na beirada da cama, e Mills foi até a escrivaninha, pegou a bolsa de Emma e abriu. Ela retirou as chaves e sacudiu no ar sorrindo

— Suas chaves Swan.

Emma deu sorriso fraco e agradeceu a Deus naquele momento, por ter colocado Regina Mills em sua vida.  Encostada sobre o peito de Regina há mais dez minutos, Emma finalmente parecia ter relaxado na banheira. Mills lhe afagava os cabelos, e ambas apenas desfrutavam do momento de paz.

— O que está pensando? — A morena perguntou quebrando o silêncio.

— Nada demais, apenas em como, eu amo a minha namorada. E como ela me faz feliz. — Emma respondeu de olhos fechados, aproveitando o máximo dos carinhos de Regina.

Ela nada respondeu, apenas deu um largo sorriso, e Emma não precisou se virar para saber que sua Mills estava sorrindo. Era automático, sempre que ela lhe dizia que amava Regina lhe dava sorrisos que iluminavam seu mundo inteiro.

— Essa sua namorada tem sorte, Swan.

— Ela tem, e eu também. — A loira afirmou virando o pescoço para olhá-la nos olhos.

— Acho que ambas somos sortudas.

Elas trocaram alguns sorrisos e Emma não resistiu aos lábios de Mills, ela a beijou de surpresa. E que começou lento, ganhou profundidade. Emma teve se virar de frente, para poderem se acomodar melhor. Quando respirar se fez necessário, elas se largaram e trocaram inúmeros selinhos.

— Tem certeza que quer mesmo ir lá? — Emma perguntou em meio aos beijos.

— Eu já disse que sim, Emma. E não precisa se preocupar, liguei para Meredith e ela me passou todas as instruções. Não vou entrar na UTI, fico te esperando na recepção só não vou te deixar sozinha. Juntas Swan, seja para o melhor ou para o pior.

Emma sentiu certo alívio, afinal Regina ainda estava com sua saúde frágil e imunidade baixa. O que significava estar sujeita pegar a todo tipo de infecção, e saber que Regina tinha se precavido só para ela estar ao seu lado na visita a Mary a deixava em êxtase.

— Se é assim, tudo bem então. — A fotógrafa disse mais tranquila. — Mas será que podemos aproveitar aqui mais um pouco?

— Não há nenhuma objeção contra isso Swan. — Mills afirmou e puxou Emma para outro beijo. Uma mão foi para pescoço da loira, e a outra se perdeu entre suas pernas. As horas seguintes foram dedicadas ao amor. Puro, forte e intenso que sentiam uma pela outra.

 

***

 

Ben corria pelo parque seguido por Anna logo atrás. Os dois irmãos corriam fugindo do pai, numa brincadeira divertida de pega-pega.

— Anda Anna, ou o papai vai pegar a gente. — O garotinho gritou e se escondeu atrás de uma árvore.

— Estou indo pestinha. — Ela respondeu correndo na direção do irmão.

Killian estava sem fôlego, e definitivamente não estava em forma, pois não se lembrava de como era cansativo uma simples brincadeira com os filhos. Mas depois de tanto tempo distante cada segundo, estava valendo a pena. Principalmente por Anna, que havia lhe dado uma segunda chance para se reaproximar e provar que poderia ser um bom pai.

— Eu vou pegar vocês dois. — Ele afirmou para os filhos.

— Vai nada, você ficou um molenga papai. — Ben zombou.

— A Califórnia te deixou preguiçoso pai. — Anna completou. E caiu na gargalhada junto com irmão.

— Vocês dois vão ver só quem é preguiçoso e molenga. — Killian advertiu ao os dois em um tom brincalhão.

E depois saiu em disparada atrás dos filhos. Eles rolaram pela grama em meio a risos e gargalhadas e terminaram à tarde em piquenique. Conversaram sobre diversos assuntos, até finalmente Killian conseguir brecha para falar sobre o que desejava.

— O que achariam, se eu dissesse que estou saindo com uma pessoa? — Killian perguntou aos filhos, enquanto enchia os copos de ambos com suco de laranja.

Ben arregalou os olhos, e depois olhou para a irmã esperando sua reação. A garota ficou em silêncio, e parece refletir um pouco. Em sua cabeça as respostas se formularam rápido, sua mãe estava feliz e seguindo em frente… E Killian estava tentando ser um pai melhor e presente, vida estava seguindo e todos com ela. Com seu pai não poderia ser diferente.

— Se você estiver feliz, eu ficarei também. — Anna finalmente lhe deu uma resposta.

E para surpresa de Killian, tinha sido positiva. Agora só faltava Ben, a opinião dele era tão importante quanto à da Anna. — E você meu filho, o que acha?

— Bom, a mamãe já está namorando com a Emma… — Ben fez uma pausa e pareceu pensar um pouco. — Eu acho legal papai, você também tem ser feliz né.

Killian respirou, aliviado e sentiu segurança em dar o próximo passo com Zelena. Ele contou os filhos um pouco sobre a ruiva, e como há havia conhecido, as crianças ficaram curiosas e animadas para conhecê-la. O resto da tarde foi extremamente agradável e o motivo finalmente se sentiu digno e feliz de seus filhos lhe chamarem de pai. De fato ele estava começando a ser um bom pai.

 

***

 

Emma e Regina chegaram ao hospital que Mary estava internada, no final da tarde. As visitas só começariam às 16h00hrs e Emma teria tempo o suficiente para ver a mãe.  Com as crianças passando à tarde com Killian, Emma não precisaria ter pressa. David já as aguardava na recepção, as apresentações foram feitas rapidamente. E tanto David quanto Regina, se lamentaram por se conhecerem naquela situação. - Não se preocupe, teremos tempo para conversamos em outros momentos, Sr. Nolan.

— Apenas David Regina, e minha filha não exagerou além de bonita você é muito gentil. Obrigado por acompanhar minha filha. — David agradeceu.

— Não há de que. É o mínimo que posso fazer, diante de tudo que ela já fez por mim.

Emma observava a rápida interação entre seu pai e sua namorada, e sentiu grata por ambos terem se dando bem. Só esperava que esse dia chegasse também, entre ela e sua mãe.

— Filha, nós já podemos entrar. — David informou se virando para a filha.

— Amor, você me espera aqui. - Swan pediu a namorada.

— Estarei bem aqui quando você voltar Swan. — Mills respondeu e lhe deu rápido selinho.

Trocaram um olhar cúmplice e depois se abraçaram, Regina apertou Emma em seus braços querendo lhe passar toda sua confiança. Logo se separam e a loira seguiu o pai pelo corredor a fora. Era hora de começar a enfrentar seus medos, e resolver parte de seu passado com sua mãe.

Assim que Emma entrou no quarto, sentiu seu coração se apertar. Sua mão estava ligada a muitos fios, e seu rosto demonstrava o que quanto Mary Margaret estava debilitada. David entrou logo atrás e parou ao lado da filha.

— Ela está estável agora filha, o médico me disse que pior já passou. —Ele disse tentando confortável a filha. Ele levou as mãos aos ombros de Emma e apertou.

— Ela vai ficar bem Emma, só precisa de paciência agora. — Eu deveria ter estado lá, para ajuda-la pai. — Emma se lamentou.

— Querida, olhe para mim. — David pediu. — Se você estivesse lá não mudaria as coisas, o que aconteceu foi uma fatalidade. Você está aqui agora, e juntos faremos o melhor por sua mãe.

O momento entre pai e filha foi emotivo, eles se abraçaram e se confortaram. Depois apenas velaram o sono de Mary, que dormia por conta do afeito dos remédios. Minutos depois Emma caminhava ao lado do pai em direção à recepção, discutindo algo. E já próximos a Regina a ultima parte não passou despercebido pela morena.

— Não posso aceita o seu dinheiro, Emma. Voltaremos para Storybrooke e seguiremos com tratamento da sua mãe lá.

— Mas eu posso ajudar pai e aqui tem mais recursos do que em Storybrooke. — Emma argumentou.

— Sua mãe jamais vai aceitar isso, e você sabe. Voltar para casa é a melhor opção.

Regina se levantou da cadeira onde estava e se aproximou do sogro e da namorada, resolveu interromper o assunto.

— Porque não ficam conosco, seria mais fácil e a Sra. Swan poderia fazer tratamento em casa.

Emma se surpreendeu pela sugestão da namorada, e no fundo achou que não seria uma boa ideia.

— Regina, eu não sei se isso é uma boa solução...

— Emma é um momento delicado, ela é sua mãe. E está precisando de ajuda.

— Mas vocês... — Regina não deixou a loira terminar.

— Não importa o que houve entre nós, quando sua mão ficar bem pensamos no resto. — Mills disse se aproximando ainda mais de Emma. Ela buscou a mão da namorada, e entrelaçou seus dedos aos dela. — Juntas Swan, se lembra? No melhor ou no pior, você esteve comigo nos últimos meses no meu pior. E trouxe o melhor para minha vida. Agora é minha vez de lhe apoiar no seu pior, e trazer o melhor para a sua vida.

Palavras doces em um momento frágil que fortalecem ainda mais, o que Emma sentia por Regina. E a certeza que futuro cheio de amor, lado a lado.

 


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Notas finais do capítulo

Então, teremos Regina e Mary Margaret dividindo o mesmo tempo e o que posso garantir é... vai ter tretaa hahaha... O Kill vai seguir em frente, como será quando as crianças conhecerem a Zel? façam suas apostas. E calma que logo Zel e Regina se tornaram amigas na fundação OUAT. Por hoje é só galera, me contem o que acharam nos comentários. Beijos!



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