Lado a Lado escrita por Skye Jonhson, Dan Jonhson


Capítulo 28
Deixe a magoa ir


Notas iniciais do capítulo

Converso com vocês nas notas finais.

Boa leitura!

Capitulo sem revisão.



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Depois de quase um mês longe de casa e dos filhos, Killian sentia que era a hora de recomeçar. Precisava começar a se adaptar a como as coisas eram, isso inclua ter Emma em sua vida, mas de outra forma. De certa forma ele ainda a amava, mas talvez uma das lições mais valiosas que tinha aprendido ao longo de sua vida é que quando amamos alguém de verdade queremos vê-la feliz, independente de estar ou não conosco. E era isso que faria, ele ficaria feliz por Emma, por seus filhos e por Regina. De algum modo a loira agora fazia parte de sua família também, e família se apoia e ele apoiaria cada um daquela família. E talvez sua maior motivação fosse por Regina e sua saúde frágil, da primeira vez ele não esteve ao lado dela da forma correta. E agora ele estaria só como seu ex-marido ou apenas o pai de seus filhos, mas como o melhor amigo que fora na vida da morena. E decido a dar o primeiro passo, Killian resolveu procurar Emma. Jones caminhou a passos largos até a produtora onde a loira trabalhava e assim que entrou encontrou o assistente da fotografa. 

— Chris, que bom te encontrar. — Killian disse assim que viu o rapaz.

— Sr. Jones. — Chris respondeu surpreso com a presença do moreno ali.

 — Não me olhe como se fosse um fantasma Christopher. Eu já vim aqui antes, as circunstâncias eram outras, mas não sou nenhum estranho.

— Oh, me desculpe! Estou apenas surpreso em vê-lo aqui já que...

 — Já que Emma e eu não estamos mais, juntos. — Killian terminou a frase do rapaz. — Não precisa fazer essa cara, Chris não é novidade para ninguém mais. Swan agora está com minha ex-mulher e estou tentando lidar com esse fato como adulto. Por isso preciso da sua ajuda.

Christopher olhou para Jones e viu sinceridade em seus olhos, ele parecia mesmo estar dizendo a verdade. E o rapaz que além de um bom funcionário, era um grande amigo Emma, resolveu ajudar. 

— Tudo bem Sr. Jones me como posso lhe ajudar.

— Primeiro esqueça essa historia de Sr. Jones, me chame apenas de Killian.

O moreno se aproximou do rapaz e colocou a mão sobre seu ombro, e começaram a caminhar pelo corredor em direção à sala de Emma. No caminho Killian explicou a Christopher o que queria fazer, e ele percebeu que não era nada complicado. Chris só precisaria deixar que Killian aguardasse por Emma em sua sala, até que fotografa chegasse e eles pudessem conversar. O rapaz abriu a sala de Emma, e permitiu que Killian entrasse. Jones se sentou na cadeira mais próxima e aguardou pela loira.  Não demorou muito, e a fotografa apareceu e ficou completamente intrigada por encontrar seu ex em sua sala.

— Killian o que faz aqui? — Emma perguntou confusa, assim que encontrou em sua sala. — Achei que estava na Califórnia.

— Calma Swan, não precisa ficar com esse olhar de pânico.  Eu juro que vim em missão de paz. — Killian respondeu levando a mão como se fizesse um juramento. — Eu cheguei ontem, como achei que deveria estar com as crianças e Regina no nosso antigo apartamento, eu fui para um hotel.

 Emma andou até sua mesa ajeitando algumas coisas, ainda meio sem jeito. A fotógrafa não sabia como se comportar, afinal a ultima conversa que tivera com Jones tinha sido péssima. E definitivamente ela ainda não tinha ideia de como seria a relação entre eles agora.

 — Sim, eu estava com Regina e as crianças. Ela voltou a fazer a quimioterapia e teve o acidente com ela e Anna.  — Emma começou a falar sem parar e quando percebeu viu que tinha falado demais.

— Acidente? Que acidente Swan? Anna e Regina estão bem? — Jones começou a fazer inúmeras perguntas parecendo realmente preocupado.

— Killian elas estão bem, foi só um susto. Anna só teve um corte no lábio e Regina apenas desmaiou nada grave. — Swan foi explicou.

— Deveria ter me ligado e me avisado Emma.

— Eu não tive tempo Killian, foi tudo muito rápido. E no momento eu só queria cuidar da minha mulher e da minha filha. — Ela justificou.

O moreno ficou surpresa com as palavras “minha mulher e minha filha.”

— Parece que as coisas avançaram bastante na minha ausência.

 Emma ficou vermelha quando percebeu o que tinha dito, não pela referir a Regina, mas por Anna.

— Killian eu... — Antes que Emma pudesse dizer algo Jones a interrompeu.

— Eu fico feliz Emma, de verdade. Se você está chamando Anna de filha, é porque a relação de vocês evoluiu para algo bom. Não pense que vou condenar isso ou si quer interferir. Eu tive tempo para pensar e refletir sobre tudo Swan, e em meio a tudo percebi que ainda somos uma família, diferente talvez meio torta, mas ainda sim queremos a felicidade uns dos outros.

Emma ficou extremamente surpresa com as palavras do ex-namorado, não que ela não esperasse que Killian uma hora aceitasse as coisas como eram agora. Ela só não esperava que fosse tão rápido e forma tão branda.

— Eu não sei o que dizer. — Emma disse se sentando na cadeira atrás de sua mesa.

 — Não precisa dizer nada Emma, eu só queria que soubesse. E bem foi por isso que vim aqui para conversarmos de forma amigável. Eu quero fazer parte da vida dos meus filhos, quero ser um pai mais presente e ajuda-los no que for preciso.  Quero estar lá para Regina, como amigo que fui e ainda sou. Eu a amei como mulher um dia e ainda a amo, apenas de uma forma diferente. Ela é minha melhor amiga e mãe dos meus filhos. E eu espero que possa ser assim conosco Swan, afinal amor de verdade não morre ele só se transforma. Quero poder te chamar de amiga um dia, e não precisamos ter pressa. Sei que o que você e Regina têm é amor de verdade, e eu jamais faria algo para atrapalhar isso. — Killian finalmente conseguiu dizer tudo que estava sentindo, e sentiu um alivio enorme em seu peito.

— Eu agradeço por compreender Kill e claro que eu espero que possamos ser amigos.

Eles trocaram um sorriso meio sem graça, mas era um começo.

— E bem eu prometo procurar um lugar para ficar, assim você pode voltar para seu apartamento. — Emma continuou falando para acabar com clima meio estranho que tinha se formado em sua sala.

 — Não precisa Emma, eu comprei um apartamento novo. 

— Mas você ama aquele apartamento Kill e não acho justo.

— Emma eu estou recomeçando minha vida, então um novo lar faz parte também. E quanto ao apartamento ele fica com você, é mais perto do seu trabalho e do hospital que Regina se trata. Todos saem ganhando Swan.

— Eu vou comprar a sua parte então, compramos aquele lugar juntos e...

 — Emma a minha parte agora é dos meus filhos, está tudo em família. Eu ainda estarei por perto Swan.

Emma não entendeu bem o que ele quis dizer.

— Comprei o apartamento que estava à venda dois andares acima do seu Swan. Pense nas vantagens, eu posso cuidar das crianças se precisa ou ajudar com a Regina, e como eu disse estarei por perto.

A fotógrafa deu outro sorriso, mas dessa vez menos contido. Sua felicidade diante da atitude de Killian era enorme.

— Kill você é incrível, depois de tudo eu confesso que estou surpresa. Quer dizer surpresa, mas feliz e não vejo a hora de contar para crianças e para Regina. Eles vão vibrar quando souberem que você voltou e que agora vai morar no nosso prédio.

O moreno devolveu o sorriso, e eles continuaram a conversa, Emma lhe contou sobre os acontecimentos do ultimo mês. E Killian lhe contou sobre as férias e de sua experiência com Zelena e Jessie. Aquele definitivamente era um recomeço entre Emma Swan e Killian Jones. Era apenas o primeiro passo, mas ambos estavam dispostos a fazer dar certo.

 

***

 

Durante a tarde Emma encerrou seu expediente e foi buscar as crianças na escola, como de costume. As novidades eram muitas e a loira esperava contar a Anna e Ben tudo com calma, afinal Killian estava de volta e com intenções boas dessa vez. 

— Oi, Ma. — Ben cumprimentou Emma assim que entrou no carro.

— Oi, meu amor. — Ela respondeu amorosamente, dando um beijo na bochecha do menino. — Onde está sua irmã?

O garoto foi para banco de trás e se ajeitou por lá. Ben revirou os olhos em um gesto que arrancou gargalhadas de Emma.

 — Ela está lá na saída da escola, brigando com o namorado dela. — Ben afirmou fazendo cara de nojo.

 Emma olhou na direção em que o garotinho apontou e viu Anna conversando com um garoto. A conversa entre o garoto e ela não parecia nada amigável, e o instinto de mãe da loira parecia ter sido ativado, pois ela já ameaçava sair do carro para saber o que estava acontecendo. Mais antes que o fizesse Anna já caminhava na direção de seu carro, entrara batendo a porta e resmungando algo.

— Homens são todos iguais e uns babacas. E eu os odeio. — A garota bufou colocando o cinto de segurança.

— Ei, eu sou homem. E não sou um babaca. — Ben reclamou logo atrás.

— Cala boca pirralho, e não se meta. — Anna gritou com irmão.

— Cala boca você, eu não tenho culpa se eu namorado é um mané.

— Ei, vocês dois já chega. — A loira se intrometeu na discussão. — Namorado? Que historia é essa Anna?

— A mamãe vai te matar. — Ben comentou rindo.

—  Pestinha pega leva ai atrás. — A fotografa pediu ao garoto e depois se virou para Anna que estava no banco da frente. — E você mocinha, isso é jeito de falar com seu irmão.

 A garota abaixou a cabeça e não respondeu nada. Ela parecia ter ficar envergonhada pela forma que agiu.

— Me desculpe.

 — Você precisa pedir desculpa para seu irmão, e não para mim Anna.

 — Mas ele também adora implicar, mãe. — Anna justificou.

— Ok, os dois estão errados e devem se desculpar um com outro. Quanto ao assunto namorado, nós temos que conversar sobre isso. Sua mãe vai pirar quando descobrir.

— Lá vem bronca. — A garota resmungou.

 Aquele era um dos típicos momentos em que Regina tirava de letra, e Emma ainda tinha certa dificuldade em como agir.  Mas a morena tinha lhe dado carta branca para agir com as crianças e Emma não queria decepciona-la.

— Não vou lhe dar uma bronca Anna, eu disse que vamos conversar a respeito. Agora peça desculpa ao seu irmão. E Ben você faça o mesmo.

— Me desculpa Anna. — Garotinho disse primeiro.

— Está desculpado pirralho. E me desculpe também.

Emma exigiu que eles desse um aperto de mão amigável para selar a paz finalmente.

— A mamãe ainda vai matar você. — Ben zombou baixinho.

— Olha ele mãe.

— Vocês dois vão me deixar maluca. — Emma disse dando a partida em seu carro e finalmente indo para casa.

No caminho diversos assuntos foram conversados, até Emma finalmente chegar ao ponto que ela queria a volta de Killian.

— Meu pai voltou para casa finalmente. — Ben comemorou. — Eu estava com saudades dele.

— Ele também está com saudades de você, pequeno e por isso estou contando a vocês. Nós conversamos hoje pela manhã e não tivemos nenhuma briga, ele disse que está disposto a aceitar meu namoro com sua mãe. E quer estar mais perto de vocês dois.

Anna ouvia tudo em silencio, e até o momento não tinha dito uma palavra si quer sobre a volta do pai.

— Por isso ele vai lá janta hoje com a gente Ma? — O garotinho perguntou animado.

— Isso mesmo filho, e eu quero que tudo seja calmo.

Vendo que Anna até o momento não tinha se pronunciado, Emma resolveu arriscar.

— Anna não vai dizer nada?

 — Eu não tenho nada a dizer, eu não confiou nele. Ele já quebrou promessas antes. — A garota disse secamente.

Assim que Emma estacionou o carro na garagem do prédio em que morava, a Anna saiu do veiculo sem dizer mais nada.

— Ela está com medo do papai magoar o coração dela de novo Ma. — Ben se pronunciou do banco de trás.

— Você está parecendo a sua mãe falando assim.

— Eu sou filho dela né. — O pequeno justificou, e acabou tirando um sorriso da loira.

A loira sabia que Anna tinha seus motivos para ainda estar chateada com o pai, mas esperava que ambos pudessem se entender de alguma forma.

— Então vamos subir e contar as novidades a sua mãe. — A fotografa disse.

 Ambos desceram do carro e foram em direção ao elevador.

 

***

 

Regina estava preparando o jantar, quando viu a filha entrar em casa e passar direto sem ao menos cumprimenta-la. Seu sexto sentido começou a gritar, algo tinha acontecido e Anna não reagira bem a isso. Antes que ela pudesse deixar os que afazeres de lado e fosse falar com a filha, Emma e Ben chegaram. E o barulho da porta do quarto de Anna batendo, foi ouvido pelos três.

— Dia difícil Swan? — Regina perguntou à namorada.

 Emma se aproximou dela e lhe deu um selinho antes de responder algo. 

— Não diria difícil Mills, mas sim de surpresas inesperadas.

— Eca. — Ben reclamou quando viu as o selinho que duas trocaram. 

Ambas riram da atitude do garoto, pois era sempre a mesma coisa quando ele presenciava qualquer casal se beijando.

— Macaquinho beijar não é nojento. — Regina disse pegando o filho no colo.

 — É sim mãe, e eu nunca vou beijar ninguém na boca.

— Me diz isso daqui uns dez anos garoto. — Emma brincou. — Agora chega de reclamar e já para banho.

— Está bem Ma. — Ben concordou e pediu que Regina lhe colocasse no chão.

 — Mas antes ataque de beijos.  — Regina completou.

— Não. — Ben gritou fingindo pânico.

Mais seus protestos não foram ouvidos, pois enquanto Regina beijava de lado de seu rosto, Emma beijava o outro. Alguns sorrisos e gritinhos de alegrias ecoaram pela cozinha, até que o pequeno conseguiu se livrar das mães, correndo pelo corredor a fora.

— Não corra Ben. — Emma e Regina disseram juntas.

 Mais o garoto já não ouvia mais, pois tinha se refugiado no banheiro. A sós com namorada, Regina resolveu perguntar a ela o porquê de Anna ter chegado, em casa de péssimo humor.

— Então Swan, vai me contar ou terei que ir perguntar a ela?

— Killian voltou e me procurou hoje. — A loira respondeu num fôlego só. A volta de Killian era algo que Regina sabia que aconteceria mais cedo ou mais tarde. Só não esperava que a filha fosse reagir daquela forma.

— E como ele se comportou Emma?

 — Ele foi cordial e educado Regina. Disse que não vai interferir em nosso namoro, e vai nos respeitar. Disse também quer tentar ser um pai mais presente para crianças, e vai lutar para isso. Quando eu contei para as crianças Ben pareceu animado, mas Anna não disse nada. E quando a questionei ela só disse que não confia nele.

Regina não sabia o que pensar, por mais que acreditasse na palavra do ex-marido não podia julgar a filha por agir daquela forma. O histórico de Jones o condenava, e fora as muitas vezes que ele magoara a filha, mesmo que sem querer.

— Eu não sei se devo dar uma bronca nela ou só conversar. — Regina lamentou se sentando no sofá mais próximo.

 Emma se aproximou e sentou do seu lado a abraçando.

— Amor, eu acho que conversar seria a melhor opção. — A loira sugeriu.

Regina se deixou ser envolvida pelo abraço da namorada, sentindo que ali sempre seria seu conforto.

— Talvez não seja uma boa ideia o Kill vir jantar aqui hoje então.

— Ele viria? — A morena perguntou, levantando a cabeça e olhando diretamente para a namorada.

— Bom, ele pediu. E eu disse que ia conversar com você e as crianças antes, mas dadas as circunstâncias não acho que seja possível.

— Eu também acho que não. Tudo que eu não quero é ver Anna se sentindo mal ou desconfortável com qualquer coisa, mas também quero preservar a relação dela com o pai.

— Então eu ligo para Kill e explico a situação, enquanto você conversa com nossa pestinha. — Emma disse dando uns daqueles sorrisos que Regina amava.

— O que seria mim sem você Swan? 

— Me deixe pensar... Huuum...Você estaria numa fria Mills. — Swan brincou e em seguida deu um longo e apaixonado beijo em Regina.

A morena sentiu suas forças se renovarem, Emma tinha esse poder sobre ela, o poder de lhe dar coragem para enfrentar qualquer problema fosse ele qual fosse. Quando respirar se tornou algo necessário elas se largaram, Regina se levantou do sofá e foi em direção ao quarto da filha. Enquanto Emma buscava o telefone para ligar para Killian.

 

***

 

Zelena se acomodava em seu novo apartamento, ainda com alguma dificuldade. Era difícil organizar as coisas e cuidar de Jessie ao mesmo tempo.

 — Eu acho que vamos precisar de uma babá. — A ruiva concluiu.

Ela se jogou no sofá e se virou para lado brincando com filha que estava no bebê conforto. A pequena apenas deu alguns gritinhos como se concordasse com mãe.

— Você concorda então filha? Porque a mamãe está bem enrolada, e amanhã cedo eu preciso ir à entrevista de trabalho. Seria uma boa esbarrar com o Jones de novo, assim ele poderia ficar com você enquanto a mamãe resolve as coisas.

 O destino tem suas artimanhas, e Zelena mal sabia o que ele iria lhe aprontar novamente. Querendo adiantar logo as coisas, ela voltou arrumar suas coisas no apartamento. No final da noite e exausta Zelena e sem condições de cozinhar, ela apenas preparou uma mamadeira para a filha e pediu comida por telefone. A ruiva estava animada, afinal no dia seguinte ela encontraria Lily Paige sua futura chefe, e começaria seu trabalho na fundação Once Upon A Time.

 

***

 

Killian recebeu a ligação de Emma, animado, mas as noticias que loira lhe dera foram banho de água fria. Embora ele entendesse que caminho, para conseguir a confiança da filha novamente não seria fácil. Só que moreno tinha se proposto uma mudança desde que voltará de viagem, e parte dessa mudança era aceitar as consequências de atos passados.

— Tudo bem Emma. Eu a entendo. Ela ainda está chateada e não confiança na minha palavra. — Killian respondia a Emma no telefone.

Não desanima Kill, você está tentando. Anna só precisa de um tempo. — A loira tentava animar Jones do outro lado da linha.

— Eu não estou desanimando Emma, Anna terá todo tempo do mundo. Não quero forçar ela a nada.

Eu fico feliz de te ouvir falar assim Jones, e ao menos Ben está animando com sua volta.

— Ben é um amor garoto, tudo é sempre simples com ele. — O moreno afirmou. — Swan?

Sim, Kill. Eu ainda estou lhe ouvindo.

— Diga a Regina para ter paciência com Anna. — Ele pediu e deu um longo suspiro.

Eu tenho certeza que Regina terá, mas fique tranquilo que direi a ela.

— Então, vá ajuda-la Swan e cumpra seu papel de segunda mãe da minha filha. — Emma sorriu do outro lado da linha.

O avanço entre eles acontecia rápido, mas ao mesmo tempo naturalmente.

Já estou indo Kill, boa noite então.

 — Boa noite, Swan. — O moreno disse pela ultima vez antes de finalizar a ligação.

 Aquela noite Killian resolveu mergulhar no trabalho e começou a analisar processo que estavam pendentes enquanto esteve fora. Enquanto olhava uma papelada, uma das pastas lhe chamou atenção. Fundação Once Upon A Time trabalho *pro bono.  Curioso ele abriu a pasta e quando começou a ler o conteúdo lhe interessou. Uma fundação que ajudava pessoas com câncer era algo altruísta. E talvez ajudar seria algo bom, tanto para pessoas que utilizavam aquele lugar quanto para ele mesmo.

 — Trabalho voluntário? Porque não Killian Jones. — O moreno murmurou consigo mesmo e continuou a ler o conteúdo da pasta.

 

***

 

Regina esperou cerca de uma hora, para finalmente bater na porta do quarto da filha. Anna por sua vez, temia uma bronca vinda da morena. E verdade era que a menina não queria falar sobre seu pai, não ainda. A mágoa e a decepção ainda estavam guardados, em seu coração e a garota precisava de tempo para superar.

— Anna. — Regina chamou pela filha dando leves batidinhas na porta. — Filha, nós precisamos conversar.

 Mesmo sem obter resposta, a morena entrou assim mesmo. Ela encontrou a filha encolhida no canto da cama, seu coração se partiu, pois tinha certeza que garota tinha chorado.

— Eu não quero falar sobre meu pai, mãe. — A garota disse baixinho, quando percebeu a presença da mãe em seu quarto.

 Regina foi até a cama, se deitou ao lado da filha e envolvendo em abraço carinhoso.

— Não precisamos falar agora se não quiser, mas eu só quero que saiba filha. Que eu estou aqui, e a Emma também e estaremos sempre e você tem todo tempo do mundo.

Anna sentiu o conforto nos braços da mãe, e se permitiu chorar e liberar toda magoa que tinha guardado por tanto tempo.


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Notas finais do capítulo

Capitulo meio morno, mas eu precisava dele para, acertar as coisas entre a família e Killian. E tem o bônus de algumas cenas da família Swan Mills. Fiquem tranquilos que a Anna não vai voltar a ser mala, só vai querer ver realmente se o pai mudou mesmo. Não esqueçam de me deixar uma opinião ou sugestão, nos comentários. Até!

Qualquer duvida me encontrem no twitter: @VulgoSkye


* Pro bono é um tipo de trabalho voluntario feito por advogados em qualquer área jurídica, que consiste em defender algum caso ou processo sem cobrar nada.