Lado a Lado escrita por Skye Jonhson, Dan Jonhson


Capítulo 23
Nem tudo é o que parece.


Notas iniciais do capítulo

Olá amiguinhos, estamos de volta! Espero que gostem e converso com vocês nas notas finais.
Boa leitura!



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Emma voltou à sala com uma bandeja, nela havia duas xícaras de café e alguns biscoitos. A loira colocou algumas variedades de coisas, porque não tinha ideia do que Cora gostava. Emma ainda estava tensa, e mesmo tentando parecer tranquila ela não conseguia.

— Senhorita Swan, eu já disse que poderia relaxar. Tudo que eu quero é conversar e saber o estado da saúde de minha filha. E também dos como estão meus netos. E bem saber como você e Regina começaram a se relacionar. — Cora tentava tranquilizar Emma.

A loira colocou a bandeja sobre pequena mesa de centro e se sentou no sofá em frente à Cora.

— Me desculpe mais uma vez se pareço tensa, vou tentar responder tudo que senhora quiser saber. — Emma ainda gaguejava um pouco, mas parecia menos tensa. — O café está sem açúcar e como não sei o que prefere trouxe adoçante também e alguns biscoitos. Foram feitos por Anna e Ben eu espero que goste.

— E muito gentil da sua parte senhorita Swan. Eu gosto de biscoitos e com toda certeza irei experimentar alguns desses. Não sou chegada a adoçantes prefiro açúcar mesmo.

A tensão foi se dissipando e Emma relaxando. Swan serviu a Cora uma xícara de café e alguns biscoitos e conversa entre elas seguiu de forma agradável.

—Eu vi a forma que olha para Regina senhorita Swan. Há amor e devoção em cada gesto seu com ela, e é bem mais que Regina teve todos esses anos em que está separada de Killian Jones. — Cora revelou.

— Eu amo Regina muito mais que já pensei amar alguém em toda minha vida. E bem já estamos tendo uma conversa agradável me chame de Emma. – A fotografa respondeu.

— Tudo bem Emma então, pois me chame de Cora e ficamos quites. — Cora pegou alguns biscoitos e bebericava o café.

A velha Mills acabou contando um pouco de sua relação com filha e como as coisas entre elas haviam ficado frágeis depois da morte do pai de Regina. Cora queria que filha se tornasse professora, enquanto Regina queria cursa literatura, e na época Henry Mills sempre apoiava a filha única em tudo. As inúmeras brigas pioraram quando Regina entrou para faculdade e logo conheceu Killian Jones e engatou um namoro relâmpago. Jones não era o tipo de homem que Cora Mills desejava para sua única filha, mas a persistência da filha sempre fora maior, e um ano depois Regina já estava grávida e se casando. Henry ficou radiante, enquanto Cora queria que marido fizesse a filha repensar tudo, e isso afastou ainda mais as duas. Quando Anna tinha somente quatro anos, Henry acabou falecendo vitima de ataque do coração, as tentativas de Cora de se aproximar da filha foram em vão, e depois de ficar ruiva ela acabou se mudando para Inglaterra e o contato com filha ficou nulo.

Falavam-se apenas algumas poucas vezes por telefone e Cora vinha nos natais visitar os netos. E nem mesmo a primeira vez que Regina fora diagnosticada com câncer de mama mudara as coisas, só que dessa vez Cora queria fazer diferente e mostrar a filha que sua persistência tinha sido herdada dela.

— Não posso desistir da minha filha mais uma vez Emma.  — Cora confidenciou a fotografa.

— Eu irei tentar ajuda-la a se aproximar de Regina, mas tudo no tempo dela Cora sem forçar nada.

— Gosto do seu jeito de pensar Emma, demonstra cuidado com minha filha. Coisa que aquele estorvo do Killian jamais teve com ela.

Emma engoliu em seco, começar a falar de Killian Jones seria algo extremamente estranho, ainda mais sendo com ex-sogra dela que agora era sua atual da loira.

— Regina não fala muito sobre o ex dela. — Emma explicava meio constrangida.

 — Bom minha filha não tem muito a dizer daquele inútil.

— Vovó não fale assim do meu pai. — A voz de Anna invadiu a sala. A garota desceu as escadas correndo em direção à avó e se jogou em seus braços.

— Não corra Anna. — Swan a repreendeu, mas era tarde demais.

— Nossa isso tudo é saudades princesa? Sobre seu pai ele não tem muita defesa e você sabe disso.

— Seis meses sem nós vermos da nisso vovó. Tudo bem o papai dar umas bolas foras às vezes.

— Muitas vezes você quer dizer né Anna. — Emma completou do outro lado.

— Pelo visto ele aprontou mais alguma na minha ausência, mas teremos tempo de botar toda conversa em dia.

— Emma você não pode falar muito, porque você e o papai estão empatados.

Cora olhou para Emma e depois para a neta sem entender nada. E Swan olhou para Anna com uma cara que parecia dizer fique quieta garota, e não fale demais.

 — Porque eu tenho a leve impressão que estou... — Cora fez uma pausa como se buscasse as palavras certas. — Como dizem mesmo os jovens? Há sim boiando nessa conversa de vocês duas.

— A Emma não te contou como as coisas aconteceram entre ela e a mamãe vovó?

— Não. Ainda não tivemos tempo de conversar querida, quando a conversa estava ficando boa você apareceu.

— Emma e a mamãe ficavam se agarrando as escondidas pela casa vovó. — Anna confessou. — E isso tudo quando Emma ainda era noiva do meu pai, e ela a mamãe supostamente se odiavam.

Emma ficou vermelha feito um pimentão e completamente sem resposta.

— Eu não acredito que Regina fez Jones ser corno, mesmo depois do divorcio e ainda roubou a noiva dele. - Cora declarou dando uma gargalhada.

Do outro lado Emma soltou a respiração que nem mesmo sabia que estava prendendo aliviada. Anna estava rindo junto com Cora e engataram uma conversa animada.

— Você vai ficar aqui com a gente? — Anna perguntou mudando o rumo da conversa.

— Não querida, irei ficar em um hotel, mas permaneço na cidade pó tempo indeterminado.

Emma achou que a deixa para sair de fininho. A loira sabia que ainda teria que enfrentar Cora Mills mais vezes, mas ao menos as coisas não pareciam tão ruins como ela imaginava.

***

Los Angeles

Killian andava de lado para outro com Jessie no colo tentando fazer a garotinha dormir. O moreno já a tinha alimentado e trocado a menina, tudo que queria naquele momento, era algumas horas de sono. Ele tinha ligado para numero que tinha encontrado na cadeirinha de Jessie e só aguardava que a mãe da menina retornasse a ligação.

 

— Vamos lá baixinha, o Tio Kill precisa descansa. Eu já fiz tudo por você está limpinha e de barriguinha cheia, agora só falta você tirar um cochilo. — Killian conversava com a garotinha que apenas ria em seus braços.

 

Jessie não parecia demonstrar nenhuma vontade de adormecer, e Jones estava ficando em impaciente, precisava daquelas horas de sono ou ficaria péssimo. Quando estava quase desistindo, se lembrou do que fazia com Anna quando a filha era um bebê ainda, repetiu o gesto com Jessie.

 

— Talvez uma canção te faça dormir.  — O moreno disse e começou a cantar Superman (It’s no Easy).

 

“I can't stand to fly. I'm not that naive

I'm just out to find. The better part of me.”

 

(Eu não suporto voar. Eu não sou tão ingênuo

Só estou à procura. Da melhor parte em mim.)

 

Lentamente e com a voz suave de Kill, Jessie foi se rendendo ao sono repentino, e começou a fechar os olhinhos. Killian finalmente sentiu alivio ao ver a menina adormecer, aquilo lhe trouxe memórias doces de como era bom ser pai e lhe lembrou dos seus filhos. Por pior que estivessem as coisas e mesmo não tendo mais Emma, ele ainda tinha Anna e Ben e na pior das hipóteses Emma Swan ainda poderia ser sua amiga. Jones se deitou na cama com Jessie sobre seu peito e adormeceu junto com a pequena, àquelas horas de sono eram o que ambos precisavam depois de um dia completamente agitado. Depois de duas horas de sono Killian acordou com seu celular tocando, ainda sonolento buscou o aparelho na mesinha ao lado da cama e atendeu sem olhar o visor.

— Alô, Killian Jones falando.

Alô. Você é o cara do taxi? Oque pegou o taxi que deixei hoje cedo no aeroporto? — A voz de uma mulher com sotaque britânico perguntou do outro lado da linha.

Killian se deu conta que só poderia ser a mãe de Jessie, a ruiva maluca do taxi.

— Sim sou eu mesmo.

Você está com minha filha? Eu liguei para central de táxis e me disseram que nenhuma criança perdida foi encontrada dentro de nenhum táxi deles. — A mulher disse em desespero.

— Se acalme senhora, sua filha está comigo e bem. No momento ela está tirando uma soneca.

Meu Deus! Sinto-me horrível por ter esquecido minha filha dentro de táxi.

Killian acabou se sensibilizando com angustia da mulher, e desistiu de dar a bronca que havia ensaiado.

— Não se desespere, o importante é que Jessie está bem.

Você achou a etiqueta na cadeirinha dela?

 — Sim, Senhora Mcalister.

Me chame de Zelena, por favor.  E me desculpe toda essa confusão senhor Jones.

— Ok Zelena, me chame de Killian então já que estamos deixando as formalidades de lado. E não há porque se desculpar, apenas me diga quando podemos nós encontrar para que eu possa lhe devolver sua filha.

Sim, bem podemos nós ver amanhã, me dê seu endereço e estarei ai pela manhã.

 Killian passou o endereço do hotel que estava hospedado e ele e Zelena conversaram por mais alguns minutos, tudo parecia fluir naturalmente. Zelena encheu Killian de perguntas preocupada com filha e o moreno a respondeu sempre procurando a acalma-la. Por fim se despediram e alguns minutos depois Kilian enviou a Zelena uma foto de Jessie que ainda dormia em seu peito. Zelena abriu o conteúdo da mensagem e sorriu.

 “Para que fique tranquila, sua baixinha está bem e dormindo como um anjinho. Vejo-te amanhã.”

 Killian Jones.

 Zelena não entendeu bem, mas aquela foto tinha mexido com ela não só porque havia sua filha nela, mas também porque havia um moreno de olhos zuis sorrindo ao fundo. A ruiva não tinha ideia do que aquela sensação significava, mas não queria se questionar, travou a tela do celular e pode se deitar tranquila sabendo que sua filha estava bem e segura.

***

Nova York

Depois de passar pelo episodio Cora Mills sem traumas, Emma tentava dar conta das crianças, e manter a rotina que Regina tinha criado para elas. Embora fosse um pouco difícil, não pelas peripécias aprontadas pelas crianças, pois Anna e Ben tinham passado a colaborar bem com a loira. Ambos faziam suas tarefas e tentavam, auxiliar Emma no que ela precisasse, o fato era que a fotografa realmente tinha passado a dar valor ao que Regina fazia, pois ela tinha percebido que ser mãe não era fácil.

— Meu Deus eu estou um caco. — Emma reclamou. — Minhas pernas doem, meus braços doem e meu corpo inteiro dói eu quero a minha mãe.

— Swan deixa de ser mole. — Anna brincou.

 Os três tinham passado o dia limpando a casa para volta de Regina, a morena receberia alta em alguns dias e queriam tudo perfeito.

— Eu sei que fazer faxina cansa, mas é pela mamãe Emma. E pensa pelo lado bom quando ela voltar para casa, vai ficar orgulhosa, de você.

— Eu sei pestinha, mas ainda sim orgulho não passara minha dor.

 — Mais temos algo que vai fazer passar. — A garota deu um sorriso maroto e olhou para escada.

— Ben já está pronto? – Já Anna. Ben gritou do anda de cima.

—O que vocês dois estão aprontando? — Emma questionou Anna confusa.

— Vem mãe, você vai ver. — Anna respondeu puxando a loira, e lhe arrancado o sorriso de sempre ao ouvi-la chama-la daquela forma.

 Era espontânea e Anna muitas vezes não percebia o fato, ambas não conversaram sobre aquilo desde incidente no hospital. Emma não queria forçar a barra e só deixou as coisas aconteceram, quando Anna se sentisse a vontade ou quisesse iriam conversar. Quando Emma chegou ao andar de cima encontrou o banheiro de Regina cheio de incensos, e uma musica suave tocando de fundo, e a banheira cheia.

 — Sempre quando a mamãe ficava muito cansada preparávamos um banho especial para ela. — Ben explicou orgulhoso.

— Achamos que você merecia um também. — Anna completou.

 Emma sorriu para dois, estava feliz com pequeno gesto de carinho dos dois.

— Obrigado meus amores. — Emma agradeceu.

— Só aproveite.  — Anna sugeriu. — Ben eu vamos nós comportar eu prometo. Quando você descer nós já estaremos de banho tomado e vamos pedir comida chinesa.

Anna e Ben saíram do banheiro deixando Emma sozinha e pela primeira vez Emma sentiu algo novo, e diferente em relação àquelas crianças. Seu peito doía, mas de uma forma boa o desespero por proteger Anna e Ben do mundo e suas maldades cresceu absurdamente. Ela queria estar lá para eles em todos os momentos, e por Deus quebraria a cara de qualquer um que magoasse seus filhos. O pensamento veio rápido e intenso.

— Meus filhos Swan. — Emma repetiu para si mesma e sorriu largamente.

Naquele momento ela havia se rendido ao amor mais forte e puro do mundo o amor maternal.

No dia seguinte foram permitidas visitas no hospital e Emma teve que conter a euforia das crianças para ver Regina.

— Vocês dois precisam se comportar, porque aqui é um hospital ok. — Emma pediu.

— Está bem ma. Podemos ir agora. —Ben pediu.

 A forma como o garoto a havia chamado não tinha passado despercebido. Enquanto Anna a chamava de mãe uma veze ou outra, o menino tinha escolhido uma forma só dele.

— Tudo bem apressadinho. — Emma respondeu.

A loira abriu a porta do quarto de Regina e Ben passou feito um furacão, enquanto Anna foi mais contida.

— Vai lá pestinha, eu sei que está morrendo de saudades dela. — Emma encorajou a garota.

Anna perdeu o medo e se juntou ao irmão na euforia de poder sentir o abraço de Regina novamente. A morena deu a Emma um sorriso cúmplice, como se agradecesse por tudo. E Emma soube que tudo que ela precisava no mundo estava dentro daquele quarto. 


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Notas finais do capítulo

O capitulo leve e de construção de laços, só queria ressaltar Emma e Regina a essa altura da historia não se separam, não quero esse dramas de separa volta, separa volta. Fiquem tranquilos porque isso não vai rolar, sobre a Cora ela não veio para atrapalhar, ela veio para somar na historia, e é bom mudar já que em toda fanfic Cora é uma megera. A Mary também não fará nada para separar nosso casal, ela na verdade é alguém cheia de preconceitos e de mente fechada. A ideia com ela é mostrar como as pessoas podem mudar, quando enxergam as coisas com outros olhos. E Killian e Zelena é canon por aqui, sorry quem não curti. Enfim era isso, não deixem de conversar comigo nos comentários e me dizer o que acharam do capitulo. Até!

Qualquer duvida me chamem no twitter: @MeninaSkye