Lado a Lado escrita por Skye Jonhson, Dan Jonhson


Capítulo 2
Conversas paralelas


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora segue o segundo capitulo espero que gostem.

Boa leitura!



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Depois da confusão pela manhã para arrumar as crianças para irem à escola sem o menor sucesso. Emma aproveitou a chegada de Regina para correr para o trabalho, embora estivesse tremendamente atrasada. Ela tinha certeza que essa altura seu chefe e seu assistente estariam loucos atrás dela.

– Se acalme, ela já está chegando. – O assistente de Emma falava tentando acalmar algumas modelos. O rapaz verificava a hora de cinco em cinco minutos sabendo que atraso da chefe era para lá de grande.

– Ela está vindo já? – Cris perguntou ao maquiador e murmurava para si mesmo “Emma cadê você”.

– Sim, ela ligou avisando que já está vindo. – Cris passava pelos donos da produtora tentando acalmar cada um, mas eles se apresentavam cada vez mais impacientes. E quando ele achava que não teria mais desculpas, Emma apareceu no corredor do estúdio entrando as pressas e lhe entregando seus pertences.

– Olá desculpem o atraso, mas eu já estou aqui. Eu estou de preto e branco por dentro e por fora porque eu peguei a primeira roupa que eu vi.

– Está bom Emma, agora vamos trabalhar. – Cris dizia atrás da chefe enquanto caminhavam.

– Eu estou um lixo.

– Olha, tem farelo no cabelo. – Cris tentava arrumar o cabelo da chefe enquanto alguém lhe trazia sua câmera já presa ao tripé. Emma deu primeiro clique com máquina analógica, mas logo veio um estalo em sua mente e mil ideias se formaram em sua cabeça.

– Legal, pega a digital para mim, por favor. Russel tira essa daqui... Me dá logo. – Emma completou pegando a câmera digital e começando a fotografar em seguida.

Os empresários que assistiam não entenderam bem o que ela queria fazer e não qual era sua proposta naquele momento.

– Emma, nós estamos esperando à uma hora. – Dessa vez era Robert Gold falando. O dono da produtora onde Emma trabalhava e seu chefe.

– Desculpa, não vai acontecer de novo.

– Por que esta fotografando o garçom?

– Porque eu sou ótima. Eu vejo o que vocês não veem. Saia daqui e confie em mim pode ser?

– Eu confio em você. Só não entendo porque fotografa o garçom se eu tenho cinco modelos com roupas caríssimas sentadas ali.

– Obrigada gente, excelente sessão. Por hoje já acabou. – Emma disse entregando a câmera na mão de Gold que não ficou nada satisfeito com o que viu. Cris logo apareceu e pegou a câmera do homem levando para outro local antes que ele a quebrasse.

– Não, não... Não acabou não. Ela esta brincando. – Gold falava enquanto andava atrás de Emma.

– Não... Não estou brincando. Aliás se você voltar daqui à uma hora, vou provar porque eu fui contratada sem ter que transar com você. – Ela deu um olhar debochado para os empresários que assistiam ao ensaio e apenas fez um sinal para que permanecessem em silencio e se retirou do local. Gold deu sorriso sem graça tentando amenizar a situação.

– Ela é muito brincalhona. Ela é assim mesmo. – Falou por fim aos homens a sua frente que não entenderam nada que se passou dentro do estúdio durante a sessão. Emma descarregava todas as fotos no computador para finalmente colocar suas ideias em pratica enquanto Cris assistia tudo apreensivo com medo de ser mandando embora, mas quando ele entendeu o que sua chefe queria fazer, ele sorriu tranquilo.

– Pronto assim vou salvar nossos empregos. – Emma disse sorrindo para o assistente e finalizando o trabalho com as fotos. Depois da proposta já pronto ambos foram à sala de reuniões, apresentar o projeto aos empresários que aguardavam lá junto com Robert. Cris apresentou a foto principal com a ideia desejada e todos se impressionaram com resultado.

– A foto do garçom que estava lá. – Um disse ao fundo.

– Ótimo, está perfeito. – Outro disse da esquerda.

E já com sorriso de orelha a orelha por todos terem gostado, Robert comentava querendo saber se todos aprovariam.

– Ficou bom, não é.

– Está ótimo. Eu gostei meus parabéns, está aprovado. – Um principal por aprovar a campanha respondeu.

– Meus parabéns Robert. – Emma falou com sorriso vitorioso nos lábios, olhando seu chefe e como se dissesse “viu eu sabia o que estava fazendo e esse é o resultado”. O homem teve que dar o braço a torcer, Emma era a melhor na área e tinha acabado de provar isso mais uma vez.

– Obrigado.

Alguns comentários, mais elogios e mais uma campanha ganha por Emma Swan para a produtora de publicidade para GR Master.

(...)

Na escola, Regina e Killian estavam tendo uma reunião com diretora da escola dos filhos. Ela havia chamado os dois para uma reunião de última hora e ambos não tinham a menor ideia do porquê de tal reunião.

– Mudar pode ser divertido para um adulto, mas pode ser estressante para uma criança, não é? E... – A diretora dizia quando o foi interrompida pelo barulho do celular de Killian tocando.

– Eu não vou atender. – O moreno informou desligando o aparelho e colocando de volta dentro do paletó. Regina sorriu sem graça com toda aquela situação, ela ainda não sentia confortável na presença do ex-marido.

– Tudo bem... Mudanças, falava em mudanças. – Ele completou.

– É o fato de vocês se casarem de novo, obviamente alegrou muito a Anna, ela esta muito animada para se mudar para a Suíça. – Regina interrompeu a mulher com uma pergunta.

– Ela disse que nos casaríamos de novo? – Killian sorriu abaixando a cabeça e levando a mão ao rosto sabendo que era mais uma que filha aprontava e o mesmo tempo achava a situação uma completa piada.

– Eu me preocupo que ela demonstre desinteresse nos estudos, já que vai viajar antes do fim do semestre. – A diretora continuou e Regina balançava as mãos negando a afirmação.

– Não, senhora Franklin, não é...

– Não pretendemos... – Killian completou a frase de Regina.

– Nós não vamos nos casar de novo para... – Regina emendou me seguida.

– Suíça...

– Não.

–Verdade? – A senhora Franklin questionou a ambos, confusa com toda aquela conversa sem sentido.

– Verdade. – Regina confirmou.

– Bom, minha preocupação quanto a Anna é que ela... – A mulher não conseguiu completar a frase, pois o segundo telefone de Killian tocou. Chateada pela falta de consideração do ex-marido, Regina o perguntou:

– Você está aqui?

– Estou sim.

– Pois sabia que não parece que está.

– Mas eu estou sim. O juiz esta preste a julgar uma moção que pode decidir esse caso no qual estou trabalhado há oito meses, por isso não desliguei esse celular, mas isso não quer dizer que não estou aqui prestando atenção a tudo.

– Então desliga ele. – A morena foi direta com Killian.

– Será que está ocorrendo alguma coisa em casa que possa ter interferido na necessidade de Anna criar essa fantasia? – A velha senhora voltou a falar retomando a conversa com os dois.

– Eu saí com uma mulher ano passado. – Killian respondeu primeiro.

– E nos últimos três anos desde que nos divorciamos ele já saiu com várias mulheres.

– Sai com algumas desde que nos separamos a primeira vez, mas eu conheci uma mulher ano passado depois de pensar muito e discutir isso delicadamente com ela, as crianças devo dizer, foram morar comigo

– Mas isso não importa o problema é ele não avisar as crianças e a maioria tem metade da idade dele.

– A Emma não tem metade da minha idade.

– Sua idade não vem ao caso.

– Então porque você falou...

– Falamos nas crianças quando vão pra sua casa, elas querem ficar com você. Elas querem ficar com o pai delas.

– Vieram para minha casa para participar da minha vida e a Emma participa da minha vida.

– Senhor Jones fala da sua vida, das necessidades, mas está mesmo atento às necessidades de Anna? – A senhora questionou Killian diretamente pela primeira vez desde que a reunião começara.

– Anna precisa de um lar onde ela se sinta segura e o que eu tento proporcionar a ela. – O homem respondeu convicto de sua resposta.

– Pensei que ela já tivesse. – Regina debochou.

– Atravessaria o inferno por Anna com todo prazer em qualquer dia da semana.

– Exceto na quinta quando a Emma se esqueceu de ir busca-la.

– Regina ela atrasou cinco minutos, pelo amor de Deus.

– Está bom. – Regina rebateu com ironia em sua voz. – Ela atrasou cinco minutos. – Killian tentava argumentar sem sucesso. – Eu quero saber se Anna pode estar reagindo a hostilidade latente que existe entre a sua namorada e senhora Mills? – A diretora novamente fez uma pergunta que deixou Killian sem saída naquela reunião.

– É claro que está reagindo a isso. Senhora Franklin, acha que é fácil para nós, acha que fácil para Regina ver seus filhos sendo cuidados por outra mulher? – Regina faz novamente aquela cara de deboche. – Isso sem dizer uma mulher que ainda não teve a experiência de ainda ser mãe. Claro que Regina fica irritada, fica hostil na defensiva. – O moreno respondeu expondo tudo que Regina sentia e por mais que ela odiasse isso, cada palavra dita por ela era uma verdade inegável.

– Obrigado Killian. – O moreno deu seu melhor sorriso irônico como se confirmasse “de nada, eu sei que estou certo”.

Já em casa era hora de Regina conversar seriamente com filha a respeito das mentiras que estava contando na escola.

– Eu não disse isso. Por que eu diria que você e o papai estão reatando? – Anna resmungava na mesa fazendo o dever de casa.

– Bom, porque às vezes as pessoas inventam coisas que gostariam que acontecem. – Regina disse andando pela cozinha enquanto ia até a mesa retirar os pratos.

– Não quero que isso aconteça. Por que ia querer isso?

– Isso, escolha uma carta qualquer carta. – Ben tentava chamar a atenção da mãe, sentado no balcão. Ela lhe deu um sorriso e foi até o menino fazendo o que ela pedira e continuou a conversa com a filha.

– Porque você ficou brava, porque a Emma se mudou para lá.

– Eu não fiquei brava, eu jamais vou me importar com ela.

– Certo, corte no meio. – Ben interrompe mais uma vez a conversa. E Regina cedeu ao filho cortando o baralho ao meio.

– Querida se isso significa que...

– De novo. – O menino pedia.

– De novo... De novo... De novo. – E Regina não conseguia terminar uma frase sempre sendo interrompida pelo menino.

– Se você realmente... Se você quer mesmo...

– Ben, já chega. – Regina deu berro, entregando as cartas cortadas a Ben e foi se sentar a mesa com filha.

– Se você não quer falar disso agora, tudo bem, não precisa, mas não me olhe nos olhos mentindo para mim. Isso me magoa, eu fico brava e afinal basta mentir um pouquinho que vejo no seu rosto ficar parecida com... – A morena concluiu olhando no rosto da filha.

– Com quem? Bom não é mais o presidente então deixa isso para lá.

– Desculpa ter dito aquilo, acho que às vezes eu... Sabe que queria que você e papai... Você entende.

Regina voltou a sentar a mesa ao lado da menina afagando seus cabelos e o rosto triste por ouvir aquilo sabia que no fundo Anna só queria os pais juntos novamente, mas isso era algo que ela jamais poderia dar a menina novamente.

– É, eu entendo querida.

– Pensei que se dissesse, talvez se tornasse verdade.

– Eu sei. – A morena disse e continuou fazendo carinho a filha tentando compensar por toda tristeza que menina sentia naquele momento.

(...)

No apartamento de Killian, ele e Emma preparam o jantar. Ou melhor dizendo, o moreno fazia a comida porque Emma não sabia nada de cozinha.

– Não é que não sabia cozinhar, é que decidi não cozinhar, é muito diferente. - Ela dizia em cima da bancada enquanto comia nozes e bebia uma taça de vinho.

– É, não precisa cozinhar e pode deixar um pouquinho do vinho? Eu preciso dele para o molho. - Killian respondeu indo até ela e beijando de leve sobre os lábios.

– Já era.

O casal trocou alguns selinhos e aquilo começava a tomar proporções maiores até serem interrompidos pelo telefone que tocava sem parar.

–E melhor atender. - Killian disse largando Emma, que em seguida levou os braços em direção ao telefone que estava ao lado da bancada. Ela logo tirou do gancho e atendeu.

Alô... Alô.

Do outro lado da linha uma garota nada contente ouvia a voz da última pessoa que ela queria saber no momento. Anna sem responder nada desligou o telefone na cara da loira. Emma tentou não demonstrar a raiva no momento, mas o namorado percebeu que tinha algo errado bem zangada.

– Quem era? - Ele a questionou.

– Não era ninguém. - Emma desconversou e sorriu, depois voltou a beijar o namorado para retomar o que faziam antes.

– Estou com tantas saudades Kill.

– Eu também eu sinto todos os dias.

– E como está seu pai?

– Está muito bem Swan, mas vou ter que voltar a Storybrooke.

– Ah não...

– E eu vou amanhã e volto no domingo.

– Ah! Eu vou ter pedir comida.

– As crianças vão vir no final de semana e então eu pensei que você e as crianças e eu pudéssemos ir todos juntos a Storybrooke.

– É... Impossível. - Emma completou sorrindo e Killian sorriu também.

– Ah... por quê? Que isso vamos reservar um ótimo hotel assistir ao jogo de baseball... Sei lá, o que você acha?

– Dispenso. Não dá.

– Então eu vou chamar a babá.

– Pra que Killian?

– Eu não espero que você fique sozinha cuidando deles. – Emma se afastou quando Killian tentou beija-la novamente e ela ficou sem entender o porquê.

– O que foi agora Emma?

– Eu não sei cuidar deles, é isso que você quis dizer não é? - Ela respondeu a pergunta dele com outra pergunta.

– É claro que não foi isso que quis dizer meu amor.

E antes que Emma dissesse algo o telefone tocou novamente. Killian voltou ao fogão para mexer nas panelas e Emma atendeu ao telefone de novo.

Alô.

Era Anna que repetiu o gesto, desligando o telefone assim que ouviu a voz de Emma do outro lado da linha. A loira bufou totalmente sem paciência e botou o telefone no gancho e voltou a conversar com Killian.

– Você não confia em mim para cuidar dos seus filhos.

– Eu confio sim.

– Não. - Emma disse e se levantou da bancada indo em direção à mesa.

– E claro que eu confio, mas...

– Mas o que?

– É que eles não são fáceis.

– Killian, me afastar é o mesmo que dizer crianças divirta-se e continuem odiando ela.

– Não diz isso, eles não odeiam você.

– Ah, jura? - Emma disse com tom sarcástico enquanto abria uma nova garrafa de vinho.

– Olha nos olhos das crianças, olha nos olhos da sua ex-mulher.

– Regina só quer proteger os filhos. E o que você queria, é difícil para ela, é complicado. Você não entende, você não tem filhos.

– Ok. Então é muito complicado para você e para Regina, mas para mim é muito simples por que eu não tenho filhos?

– Olha, eu só tento ajeitar as coisas. Eu quero dar um tempo para que vocês se habituem a viver juntos.

– Então tá, recua só um pouquinho e me dá uma chance tá legal. Quando Killian ia dar uma resposta o telefone tocou pela terceira vez e Emma atendeu com cara de poucos amigos.

– Alô... Alô... - E loira repetia esperando ouvir uma resposta. - Qual é o seu problema hein? Seu idiota.

Você é meu problema. - Anna respondeu furiosa.

A garota queria falar com seu pai e não com a namorada dele que pela terceira vez atendia ao telefone. A menina repetiu o gesto da ultimas duas vezes e desligou na cara de Emma.

– Tem razão querido, seus filhos não me odeiam, eu é que estou paranoica. Toma liga para sua filha. A loira falou e seguida entregou o aparelho ao namorado. Killian se aproximou querendo consolar Emma.

– Eu confio em você.

– Confia mesmo?

– Vou te dar a chance se ainda quiser.

– Eu quero.

– Tem certeza? - Killian perguntou querendo que Emma não se arrependesse de sua decisão.

– Eu tenho.

– Está bem então.

– Obrigado!

– De nada. - Ele respondeu dando um beijo suave sobre os lábios dela depois. Killian começou a discar o numero da filha sorrindo.

– Não briga comigo quando estou com fome. - Emma finalizou e deixa o moreno sozinho na cozinha depois.

Ambos sabiam que o caminho seria difícil, já que as crianças detestavam Emma. E as crianças faziam questão de demostrar isso a cada momento, mas a fotografa estava disposta a tentar, afinal ela amava Killian e queria ter um futuro com ele e sabia que os filhos dele teriam que fazer parte disso também.


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Notas finais do capítulo

Esse capitulo foi sem grandes acontecimentos, mas precisava dele para esclarecer alguns pontos da historia no próximo tem interação SQ e começa a tensão sexual entre elas. Comentem me digam o que acharam, e para spolier e duvidas @SkyeJonn só seguir que sigo de volta. Beijos ate a próxima!



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