Eu sou o inverno escrita por AleyAutumn


Capítulo 38
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Sorri para ele que retribuiu me avaliando de cima a baixo como se procurasse algo de diferente, talvez o buraco imenso no meu corpo. Pena que não tem mais nada em mim pra você pirar né Nik? Exceto meu nome.

– Aqui você tem que me chamar de Cristina Blakmonte. - avisei jogando a mochila no chão e me aproximei.

– Ok Cristina, estamos fugindo de quem? - me abraçou rindo.

Me agarrei a Klaus sentindo o seu cheiro delicioso, era bem doce. Toquei sua bochecha sentindo o quanto sua pele era macia, seus olhos verdes estavam intensos demais e eu o apertei antes de soltar a bomba e me afastar.

– Fugindo de Stefan. - seu sorriso sumiu e Elijah parou ao seu lado.

– O que realmente aconteceu em Mystic? - se afastou cruzando os braços – Sage o que você fez?

– Eu matei Estella. E Damon, Matt e Bonnie entraram em uma espécie de coma. - expliquei.

– O que? - as expressões se transformaram em choque.

É eles deveriam estar pensando em como um ser tão insignificante como eu deu conta de fazer uma merda desse tamanho.

– Ela não iria parar. O ritual aconteceria naquela noite, ela iria me atrair e me usar para abrir o portal. Mas apenas para os familiares dela passarem, ela queria os transformar em vampiros e depois em híbridos. Por isso aqueles lobisomens e vampiros ao redor. Iriam usar o método de Ibis, as bruxas iriam ajudar e tentariam abrir o portal naquela noite... mas depois de Klaus ter matado elas... bem, ela meio que ficou sem muitas opções e sequestrou Bonnie.

– Como conseguiu essas informações?

– Fui uma usurpadora. - abri um pequeno sorriso - Não posso voltar para Mystic. É muito perigoso para mim. Stefan está enlouquecido.

Me lembrei da perseguição e de como havia sido doloroso e difícil escapar das garras de Stefan. Ele me torturaria até a morte, eu podia ver isso em seus olhos. Stefan havia voltado a ser um estripador por minha culpa.

– Como o portal seria aberto? - Klaus estava curioso.

– Uma duplicata humana seria sacrificada e a pedra de Ibis seria colocado dentro do coração e então Bonnie agiria.

Me arrepiei e vi eles se olharam com uma expressão desagradável no rosto.

– Não parece ser agradável. - ouvi Nataniel resmungar baixo do meu lado olhando ao redor com curiosidade.

– Era vida ou morte. Não tinha muito o que fazer, mas isso custou três pessoas e preciso descobrir como os tirar do coma. - olhei ao redor pousando meus olhos sobre a mochila onde deveria estar a pedra.

Eu tinha ideias, mas não poderia ser precipitada. Poderiam ocorrer erros e eles poderiam morrer.

– Stefan foi quem fez aquilo? - Klaus perguntou.

– Sim. Não o culpo... ele saiu e quando volta a suposta irmã está queimando na lareira e seus três amigos não acordam. Eu não receberia isso nada bem. - eu não estava protegendo Stefan, me coloquei em seu lugar, aquilo não deveria ser nada agradável de se ver.

– Como sobreviveu? - Elijah perguntou.

– Devo a todos, cada um me ajudou como conseguiu. Stefan teria acabado comigo.

– E Caroline, Elena? Nada?

– Caroline está do lado de Stefan, eu ainda não entendi muito bem qual é a dela. Olha Klaus, no dia que você foi embora... acredite, ela me disse coisas horríveis que não vou esquecer nunca. Eu espero que Caroline... não entre mais em contato comigo depois daquilo. Eu não imaginava que ela tinha pensamentos tão horríveis em relação a mim. - pedi erguendo as mãos, eu não queria ouvir sobre ela.

Talvez eu estivesse exagerando, vendo coisas onde não existiam. A hipnose do desconhecido poderia estar colaborando e o elo também.

Ele apenas acenou com a cabeça, Klaus era um defensor fiel de Caroline. Achava por vezes que ela tinha mais créditos com ele do que eu, provavelmente por que eles se conheciam a mais tempo. E pensando dessa forma, meu relacionamento com Klaus era bem precipitado. Eu o conhecia a poucos meses... Eu não sabia nem dizer quem realmente era Klaus e ele não sabia quem eu era. Balancei a cabeça. Droga... essa coisa está me subindo a cabeça, preciso parar imediatamente.

– Agora já podemos ir para o hotel? - eu queria o abraçar mais, mas o assunto Caroline me deixou tensa.

– O que é isso amor? Achei que quisesse um tempo comigo. - sorriu debochado e eu senti que ele estava nervoso.

– Quero um tempo com minha esposa Nicolas. - Nataniel se aproximou - Robert Blakmonte. - piscou -Está na identidade.

Revirei os olhos.

– Você se casaram? - Rebekah desceu as escadas.

– Credo. Não. Kath com suas sandices de sempre. - expliquei me afastando de Nataniel.

– Então vocês não tem nada? - Kol abriu um sorriso.

– Rato. - o abracei e ele retribuiu mantendo o braço em minha cintura - Nem se ele chorasse.

– Não chegaria a tanto. Casaria e nem saberia como aconteceu. - deu de ombros começando a mexer na decoração de Klaus.

– Convencido

– Rápido, estrategista, inteligente. E muitas outras coisas - ajeitou o cabelo.

– Só não é humilde.

Será que não posso ir para o hotel? Tem piscina aquecida eu pesquisei sobre isso.

– Vamos... - Klaus pegou minhas mochilas e subiu para o andar de cima.

O segui e então ele abriu a porta do quarto e eu me senti no céu, a cama parecia ser extremamente fofa. Era completamente artesanal e de madeira, havia um dossel e o tecido era bem claro e fino. A janela era imensa e do lado direito havia uma porta dupla imensa, provavelmente o closet. O quarto era simples contendo apenas a cama, um quadro com minha cara estampada, um tapete, dois criados mudos e apenas isso. Extremamente simples e bonito, agradeci por não ter nenhuma armadura estranha ou cabeças penduradas na parede.

– Nosso quarto. - avisou.

Meu coração pulsou com força. NOSSO QUARTO. Reprimi um sorriso e fui até a janela vendo as luzes da cidade bem distante, Klaus ficou ao meu lado e apoiou os cotovelos na janela olhando para o horizonte.

– Você não tem medo de perder a vida, amor? Eu sinto tudo o que você sente, mas você não sente medo. Porque? - ele estava irritado embora falasse manso.

– Eu nunca acreditei que realmente fosse morrer. Eu tenho esperança de fugir até o ultimo momento. Devo ter sido mal acostumada, olha com quem eu estou crescendo, olha quem eu namoro. - mantive os olhos presos no cenário.

– Você não parece entender a gravidade das coisas. - me olhou de lado abrindo um sorriso.

– Você não tem essa moral toda Klaus. - ele riu – Coloque em sua cabeça que é você quem está me criando para esse mundo, amor. - imitei seu sotaque.

– Não tenho. - tocou minha mão.

– Eu estou começando a ter dúvidas, sobre tudo. - o olhei de lado - Eu não queria dizer isso, mas é a verdade.

– Sobre o que? - se endireitou.

– Tudo. Mas não sou eu, eu não penso dessa forma. Parece ser outra pessoa.

– Então não a escute. Não ouça essa outra pessoa, fique aqui comigo. O que quer que esteja acontecendo nessa sua cabeça oca, não deixe que te domine. Nem que te mude. - tocou meu rosto.

– Como você gosta de mim? - olhei para frente.

É sério, eu sou muito nojenta. Como ele gosta?

– Você nunca me escuta, pois você me desafia, odeia ordens, e não tem noção alguma das coisas que faz, por que se livra dos problemas com facilidade, é inteligente, sincera, esforçada, leal, fiel. Eu a amo pois você está toda enciumada sem me ver a quase duas semanas e ainda não me deu um beijo por pura teimosia. - eu sentia que ele estava com medo, mas não ousei perguntar.

Medo de que?

Ri ajeitando o cabelo e Klaus me virou de frente para ele me encostando na janela.

– Nunca duvide disso meu amor. Nunca. Independente do que digam ou façam, meu coração é inteiramente seu. - o olhei chocada pela declaração, definitivamente havia algo muito errado com ele.

Era a primeira e provavelmente seria a última vez que Klaus iria se declarar pra mim. Eu tinha certeza disso.

– Isso me lembra de algo... Quando você me marcou... - comecei.

– Sim. Eu já sabia.

– Quando começou? - me sentou na janela - Devo esclarecer que fiquei muito furiosa com isso.

– Talvez no dia em que bateu a porta do meu quarto as 3:30 da manhã, pulou em cima de mim e me propôs o contrato. Eu já havia aceitado - seus lábios se moveram para minha orelha - Eu queria saber como você faria aquilo e se faria. E você fez. E você faz. - apertou minha coxa subindo a mão - Foi quando te vi com Elijah e decidi que te queria só para mim. Que eu percebi que aquele lugar onde ele estava, era o meu. - sua voz saiu arrastada evidenciando o sotaque maravilhoso.

Ele me sentou no parapeito da janela.

– Sim? Naquela noite? - senti seus lábios em minha orelha.

– Estava confuso. - roçou seus lábios nos meus e o escorregou para meu pescoço - Eu não esperava sentir tantas coisas em tão pouco tempo. Eu sei o que significa a marcação, e eu a usei para assegurar que você nunca sumiria da minha frente e que ninguém nunca iria te roubar de mim - retirou minha blusa - E quando Tyler te pegou eu enlouqueci. Você foi sequestrada e se divertia, eu tive certeza que ele perderia a paciência e te mataria. Isso se você não morresse sozinha. - riu baixo.

Acho que ele se perguntava como eu ainda estava viva, nem eu mesma conseguia saber a resposta para isso. Eu sou insana.

Klaus enfiou a mãos no meu short e segurou minhas meias e as puxou com força estourando os dois elásticos que as segurava. Dei um pulo com o susto e ele sorriu malicioso me olhando de baixo, como pode ser tão lindo e cheiroso? Enfiei minha mão em seus cabelos e o puxei, pude sentir o sorriso em seus lábios enquanto ele abria minhas pernas e se aproximava mais ainda. Klaus movimentou seus lábios contra o meus os abrindo, sua língua encostou na minha enviando um turbilhão de sensações explosivas. O gosto dos lábios de Klaus era bem doce, eu reconhecia o gosto de seu vinho favorito com extrema facilidade.

– Eu senti saudades amor. - sua voz rouca me fez tremer de prazer.

Eu estava totalmente entregue ao híbrido.

~º~

Apertei mais ainda o corpo de Klaus enquanto ele virava levemente para mim e me rodeava com seus braços, suspirei sentindo sua pele quente encostar na minha e passei meu dedo indicador em sua tatuagem.

– Como estão as coisas aqui? - questionei procurando um motivo para uma briga com algum vampiro louco.

– Mais tranquilas. Estou tendo problemas com o rei atual. - ironizou.

– Um inimigo? - questionei.

– Hum... não gosto do termo, mas era meu filho adotivo.

– Inimigo? - insisti.

– Já está pensando em matar ele? Você acabou de escapar da morte Sage, não consegue descansar e passar uma noite sem pensar em criar tragédia? - riu e senti sua respiração em minha cabeça - Seu cabelo está fedendo.

O chutei para longe e ele caiu da cama levantando em seguida, fiquei surpresa por ter conseguido o derrubar. Fixei o olhar nele e sorri maliciosa, então fechei a cara vendo que ele se divertia as minhas custas. Era meio óbvio que ele não perderia a oportunidade de me infernizar.

– Fedendo a quê?

– Aquele seu amigo. Que agora é seu esposo. - comentou com desprezo.

– Ela fez para te provocar. - ri.

– Até a hora que eu matar um deles.

– São confiantes demais para fugirem de você... bem... pelo menos o Robert.

Revirou os olhos e negou com a cabeça me olhando atentamente.

– Bem... tenho que ir. - levantei da cama e corri para o banheiro, ele veio atrás - Vou comprar uma casa. O dinheiro do seguro já saiu - avisei, eu precisava de um motivo para quebrar a cidade inteira.

Entrei no box e ele veio atrás. Mas que folgado.

– Não quer morar aqui? - me jogou para o lado molhando o cabelo.

– Adorei a casa Nik, muito mesmo. Mas sou preguiçosa, essa mansão consegue ser ainda maior. - empurrei ele.

– Esqueci o quanto você é preguiçosa. - bufei.

– Não sou preguiçosa, mas eu não cruzo uma mansão inteira em três segundos.

– Dois. - corrigiu orgulhoso.

– Dois. - resmunguei.

– Então vai morar em New Orleans?

– Sim.

– Ótimo, tem umas casas a venda bem aqui perto. - comentou pensativo, provavelmente queria me prender no porão.

Eu precisava ser bem rápida antes que ele realmente fizesse isso, eu não duvidava da loucura de Klaus.

– E preciso de emprego. - cerrou os olhos - Nem vem. Eu sou mortal, não tenho uma fortuna.

Eu tinha, mas era desnecessário que ele soubesse. Revirou os olhos.

– Ok. Um emprego.

– Ok e um curso de fotografia. - colocou o indicador na frente dos meus lábios.

– E que tal um beijo?

~º~

– Mas Klaus... - eu o forçava a ver as fotos que eu tinha tirado dentro do carro quando quase morri afogada.

– Eu nem quero saber disso. - afastou o celular - Não quero te ofender meu amor, mas você não tem uma mente trabalhando muito bem. - riu maldoso e eu estreitei os olhos.

– Hei Nicolas... Teve uma noite boa com a minha esposa? - Nataniel surgiu arrumando o cabelo.

– Tive uma noite maravilhosa com a minha companheira. - foi sarcástico - Eu espero não chegar a ter problemas com você aqui Nataniel, eu tenho que concordar que faz fotos incríveis, mas deve ser complicado trabalhar sem dois braços.

Uau. Estamos afiados hoje.

– Oh sim... muito bem. Ela geralmente se mexe muito na cama, mas tem dias que fica tão exausta que parece morta. Você já a cansou assim? - revirei os olhos.

Estávamos nos fundos da mansão. Eu estava sentada ao lado de Klaus e Nataniel a nossa frente nos olhando com malícia, eu sentia que Klaus se irritaria a qualquer momento com seu hóspede inconveniente.

– Chega. - Klaus levantou irritado.

Bekah, Kol e Elijah apareceram sorrindo. Abri um sorriso enquanto me levantava e segui Niklaus e Nataniel até uma área completamente livre de arvores.

– Ei Nik. Não mate meu amigo. - pedi.

Niklaus apenas resmungou enquanto sorria, Nataniel estava confiante enquanto revezava olhares entre todos nós, parei próximo a eles cruzando meus braços e Kol passou um braço pelo meu pescoço.

– Não fique tão confiante híbrido... Eu luto muito bem. - se gabou.

– É o que vamos ver.

Natie se lançou contra Klaus que segurou seu braço esquerdo e o puxou para baixo enquanto dava uma joelhada no peito do moreno, o loiro o soltou e quando foi chutar Nataniel teve seu pê segurado e torcido pelo mesmo, Nik se curou rápido demais e conseguiu impedir um soco em seu rosto. Natie o chutou no peito o lançando longe, o loiro se levantou como uma bala e o atacou com chutes, socos e pontapés. Cruzei os braços e fechei a expressão quando Nataniel se transformou e passou a atacar Klaus. O moreno era mais ágil, mas Klaus era mais rápido e forte. Eu sabia como funcionava a mente de Nataniel e sabia que ele iria aprontar uma enquanto estava em desvantagem.

Klaus o socava de diversas vezes e então Nataniel agarrou o pulso de Nik, deu um soco no estômago, girou e acertou a nuca dele com força, pulou nas costas dele e deu um salto sem sair do lugar enquanto caia acertando um chute na nuca de Klaus o derrubando. Ouvi Niklaus grunhir e ele se levantou rápido, olhou Nataniel e sorriu malicioso desviando das investidas dele como uma bala, o próprio Nataniel tinha dificuldades para enxergar o híbrido e eu via que ele estava completamente confuso tentando se concentrar nele.

Klaus surgiu em suas costas e enfiou o braço o atravessando, quebrou um braço de Nataniel, em seguida o joelho e socou a nuca dele com força. Apertei os olhos com força me sentindo um pouco mal pela cena e abri os olhos vendo Nataniel completamente jogado no chão, se ele tivesse levado um golpe desses de um vampiro não seria um problema, mas Niklaus era um híbrido e eu comecei a ter uma ideia da dimensão de sua força. Ele é incrível.

Nataniel se levantou me olhando.

– Olha como a sua garota psicopata ri para mim. - Nataniel deu um sorriso malicioso em minha direção e previ merdas sendo feitas - Uma pena você não estar lutando sério Nicolas. Como vai proteger ela assim?

Nataniel parou atrás de mim e torceu meu braço me fazendo soltar um gemido de dor. Niklaus o encarou seriamente, e então sorriu.

– Tenho certeza que não irá a machucar.

– Quem disse que eu ia machucar? - a expressão de Nik se fechou.

Nataniel deslizou a mão pela lateral de meu corpo.

– E se eu beijar a sua companheira? Isso eu te garanto que faço.

Ouvi a risada maliciosa de Nataniel.

– Natie?

– Hum?

– Eu não preciso ser protegida - lancei a cabeça para trás acertando seu rosto.

Me virei e dei um soco em seu rosto, seguido de uma cotovelada em seu pescoço. Ele me soltou e cambaleou para trás fugindo de meu próximo golpe, Nataniel tentou revidar vindo correndo em minha direção e eu me abaixei lançando meu corpo contra suas pernas, o empurrei para cima e joguei seu corpo para trás de mim, me virei e acertei um chute em seu rosto enquanto ele levantava. Seu corpo rolou por alguns metros e ele se levantou limpando sangue dos lábios. Ele estava se transformando de novo.

– Eu vou acabar com você. - suas presas cresceram e eu sorri.

– Não sonhe tão alto.

Ele correu em minha direção com sua velocidade vampírica, sua mão veio na direção do meu pescoço e eu a agarrei com força e girei seu corpo o lançando contra a parede da mansão. Ele se levantou de pressa e novamente veio para cima de mim, mas começou a desviar com de forma tão rápida que eu mal conseguia o ver. Me concentrei em meus sentidos e percebi que ele me atacaria pela direita, corri em sua direção e no ultimo segundo me abaixei e desviei e lancei um chute poderoso em sua costela, meu pé afundou em sua carne e ficou preso. Nataniel se jogou no chão gritando de dor e me levou junto.

– Ai que nojo! - gritei ouvindo risadas - Nunca mais faço isso. - chorei vendo meu pé preso.

– Para de mexer. - Nataniel brigou.

– Claro que não, meu pé entrou na sua costela. Urgh - senti o sangue escorrer pelos meus dedos e eles tocaram em algo - Que horror.

Puxei minha perna toda ensanguentada e Nataniel gemeu de alivio. Bizarro demais.

– Não acredito que ficou com dó de bater nele. - olhei Klaus.

– Eu iria matá-lo. - não duvidei de suas palavras, sei sorriso provava que ele iria mesmo - Parece que escolheu a garota errada Natie.

Olhamos para o vampiro que rolava no chão gemendo de dor, revirei os olhos, Nataniel era muito teatral. Levantei e segui em direção a Klaus, toquei seu braço de leve e entrei na casa. Eu queria conhecer New Orleans. Rastejei até o quarto de Nik e tomei um banho rápido e então fui até o closet.

– Hum... o dia está quente ou frio?- fiquei olhando as roupas que Nik havia comprado.

Eram opções demais e eu nem sabia que tipo de roupa eu deveria usar... afinal Klaus seria o Rei Lobo e ele me dizia que eu seria rainha. Alguém levaria a sério uma rainha de tênis, calça larga e blusa masculina? Apesar de que eram vampiros, a maioria deveria ser bem estranhos, ou talvez super Elegantes e lindos de morrer como os Mikaelsons. Caraca. Desisto.

Peguei uma blusa cinza escura de alças finas, uma mini saia preta e um coturno preto. Vesti uma jaqueta preta, eu usava o medalhão que Klaus havia mandado Elijah me entregar quando ele foi embora. Ajeitei o cabelo e pela primeira vez em meses eu passei uma maquiagem. Rímel e batom cor vinho.

– Olha o que temos aqui. - ele entrou no quarto me avaliando - Onde vai Senhora Mikaelson?

Revirei os olhos. Klaus não tem noção mesmo. Só porque moro com ele já acha que tem autoridade.

– A Senhora Blakmonte está indo dar uma volta na cidade.- peguei minha bolsa colocando a câmera dentro.

– Ok Cristina. Posso acompanhar?

Coloquei os óculos escuros.

– E achou que eu iria com quem?

– Imaginei que gostaria de ir sozinha. - entrelaçou seu braço ao meu.

Desde quando ele começou a me dar tanta liberdade?

– Iria se você não fosse comigo. Então eu me perderia, entraria em um carro e ele capotaria e então do nada algum vampiro surgiria do além pra matar.

– Como acontece todas as vezes. - abriu a porta da casa.

– Apenas um dia na rotina de Sage. - dei uma risada.

– Agitada. - concordou - Eu não tinha certeza se você viria para cá. E depois de sexta fiquei realmente em dúvida, mas estou feliz que você tenha tido juízo. Acreditei que bancaria a deusa do amor e tentaria salvar Stefan.

– Não sou tão estúpida. Stefan está completamente enlouquecido, eu realmente fiquei com medo dele.

– Eu não pude ir para lá. Aqui quase não faz frio, mas no início de ano o tempo complica e foi o que aconteceu durante esses dias, o aeroporto havia cancelado os voos.

– Entendo. Eu poderia ter vindo de carro, mas demoraria séculos e não estava muito animada para ficar esse tempo todo no carro com Nataniel.

– Eu te entendo muito bem. - zombou.

Toquei em minha bolsa lembrando que a pedra estava lá.

– Temos que achar uma bruxa que nos diga mais sobre essa maldita pedra. - o olhei de lado - Onde conseguimos uma?

– Não seja apressada, aqui existem milhares delas. - começamos a andar em direção ao centro - New Orleans é o paraíso místico. - olhou ao redor animado.

– Agora sei o motivo de você gostar tanto daqui.

A cidade de dia era extremamente bonita, estava lotadas de pessoas nas ruas e a maioria era utilizada apenas por pedestres. Havia carroças com cocheiros enfeitados, as lojas, os bares e restaurantes eram todos muito coloridos e a quantidade de pessoas que dançavam animadas ao som de uma banda móvel era imensa. Um homem colocou um chapéu grande e colorido em minha cabeça e saiu dançando, tirei várias fotos e grudei novamente em Klaus a medida de avançávamos.

– Esse lugar deve ser o paraíso dos vampiros. - comentei olhando a quantidade de pessoas.

Niklaus riu.

– E é. Vamos. - me puxou em direção a uma cafeteria.

Olhei abismada para o local quando eu entrei, ele era bem fofo, tinha paredes de um tom azul clarinho, tecidos de um branco transparente emolduravam todo o local formando pequenos ondas perto do rodapé superior da parede, haviam bolinhas de um glitter prateado colado nas paredes. As paredes lembravam um bolo enfeitado, o chão de madeira bem escura e o teto estava cheio de pequenos globos de luz espalhados entre as lâmpadas amarelas criando um efeito muito bacana no lugar. As mesas eram altas e de um branco impecável, e as cadeiras eram coloridas em tons pasteis.

– Uau. - sussurrei.

Klaus me olhava com um sorriso enorme. Eu realmente estava encantada. Cobel Coffe era um belo de um lugar. O achei tremendamente fofo, quase que um ar puramente infantil.

– Eu adorei Nik. - sussurrei já que havia muitas pessoas perto e então dei de ombros, a maioria nem falava minha língua mesmo. Eu adorei Paris.

– Bon jour? Oi. Bambina. Moça... Pardon, bon voyage - chamei.

– Licença. - Klaus me empurrou levemente para o lado - Inglês querida. Inglês.

Revirei os olhos. Eu me sentia em Paris e agiria como se estivesse em Paris, como uma lady.

Fizemos nossos pedidos e eu fui para a mesa próxima a janela deixando Klaus carregar tudo, eu me sentia de férias apesar de não estar. Comi um croissant e suspirei feliz.

– Está gostando amor? - Klaus me olhava com um sorriso.

– Demais. Serio que quando você chamou Caroline ela se recusou a vir? - eu não acreditava nisso, o lugar era maravilhoso.

– Sério, mas Caroline é passado agora. - tinha uma expressão séria - Eu quero saber se você está preparada para ficar aqui em New Orleans.

– Claro né Klaus.

– Querida, aqui é diferente de Mystic. - tombei a cabeça.

– Como assim?

– Os vampiros caçam livremente durante a noite. A maioria dos habitantes sabem, mas os turista não. Aqui é muito vendido produtos com verbena, bruxas em todas as esquinas. Seja cuidadosa, New Orleans é um reino. - abriu um sorriso malicioso e tive impressão de que eu conheceria Niklaus mais a fundo.

Terminei de comer e ele me carregou para uma espécie de bar, assim que passamos pela porta todos os olhares se viraram para nós. O olhei em dúvida, mas apenas o segui. Klaus se movia com uma confiança excessiva e eu soube imediatamente que a maioria ali não ia muito com a cara dele, ele se sentou em uma mesa e eu sentei ao seu lado. Logo uma loira apareceu sorrindo, eu estava tensa e portanto um pouco mal-humorada, metade de bar nos encarava e eu controlei a vontade de me levantar e xingar a todos. Bufei.

– Olá Niklaus. - a loira me olhou curiosamente.

– Quem é essa senhora Klaus? Sem querer ofender. - e não quis mesmo.

– Sou Camille. Você deve ser Sage...

– Por favor, me chame de Cristina aqui. - ela ficou mais curiosa ainda.

– Digamos que ela tenha causado um acesso de fúria em um vampiro estripador. - falou irônico - Camille é uma amiga.

A olhei rapidamente e vi o quanto ela se parecia com Caroline, só que mais velha. Definitivamente ele fora obcecado por Caroline. E isso me incomodou, mas era passado.

– Entendo. Bem, parece que você aceita esse mundo muito bem. - foi irônica.

Vadia.

– Eu tenho escolha querida?

– Na realidade sim, poderia voltar para Mystic Falls.

Agora é que eu não volto mais, vem querer ditar minha vida agora? Ordinária. Acabei de arrumar uma ocupação para os meus dias, odeio gente que acha que sabe mais do que eu sobre a minha vida.

– Não quero fofa. Acabei de arrumar uma ocupação aqui. - sorri me encostando na cadeira.

– E qual seria?

– Fazer da sua vida um inferno. - fui direta.

– O que eu fiz?

– Não fui com a sua cara. - ela olhou para Klaus pedindo ajuda.

– Amor se acalme, nem conhece Camille direito.

Conheci o suficiente.

– E nem quero. - resmunguei baixo.

– Você é amiga da Petrova. - revirou os olhos e eu ganhei um olhar penetrante da loira.

– Não sou amiga dela. Ela é uma aliada que me ajuda com meus planos malignos. – expliquei – Amizade é uma palavra muito forte que não nos define.

–Quer dizer que você é amiga daquela mulher que Elijah falou? - a loira me olhou com desprezo.

Até Elijah está metido nessa. A olhei com mais desprezo ainda. Não me diminua. Essa maldita parecia uma Caroline em uma versão turbinada de chatice.

– A própria, amada, odiada e treinada por ela. - dei um sorriso cínico.

– Niklaus o seu grupo de amizades fora daqui é bem... - me olhou de cima a baixo - Inferior.

Inferior vai ser de onde ela vai sentir meu chute. Piranha. Eu iria atacar ela e Niklaus junto, puto maldito. Onde já se viu formar amizade com esse tipo de gentinha?

– Se você quis um clone da Caroline deveria ter pelo menos se certificado de que ela tinha um pouco de dignidade e classe. Desculpe Niklaus, mas não sou obrigada a interagir com essa mulherzinha fedorenta metida a Marilyn Monroe. Tente mais vadia, você ainda tem um caminho muito longo para chegar onde quer estar. - estreitei os olhos em sua direção.

Me levantei derrubando alguns clientes e sai deixando Klaus falando com aquela coisinha, resmunguei baixinho gesticulando com as mãos enquanto tropeçava e desfilava pela cidade olhando tudo ao redor. Bendito sejam as pessoas que povoou esse local, o buraco para ter homem bonito. Olhei ao redor completamente desnorteada sem nem saber onde eu estava, tudo era colorido demais e chamativo demais, era difícil ter um ponto de referência. Bufei e dei um passo para trás esbarrando em alguém, me virei e o olhei atentamente.

– E ai? - ele se aproximou enquanto mascava chiclete.

Cruzei os braços, precisava agredir alguém.

– Tem outro desse ai? - apontei para sua boca e ele me entregou um pacote.

– Está perdida?- me olhou atentamente e eu suspirei.

Nem olhei ao redor, não fazia ideia nenhuma de onde estava.

– Na realidade sim estou. Olha só bonitinho - coloquei o chiclete na boca - Eu estou afim de uma diversão vampira. Mas não encoste no meu pescoço ok?

Eu precisava desabafar imediatamente ou seria corrida pelo ódio.

– Hum? - ele me olhou estranho - Garota você tem algum problema? Não quero ser grosso ou coisa parecida, mas você está me assustando demais.

– Tenho sim. Meu "companheiro" com uma vadia - o puxei pelo braço subindo a rua, queria desabafar - Acredita que eu atravessei quase o país todo para vir aqui e ele fica com a amiguinha loira que é copia da mulher pela qual ele estava apaixonado?

– Eu... - olhou ao redor, ele estava extremamente perdido pela minha abordagem - Como sabe que sou um vampiro?

– Está sujinho de sangue aqui. - apontei para o cantinho de seus lábios, fora que minha marca se intensificou consideravelmente.

– E como sabe que vampiros existem? - me puxou para um beco.

– Meu companheiro é... e meus irmãos. Qual é seu nome?

– Theodore - ajeitou o cabelo cor creme - Quem é seu companheiro?

– Ninguém importante. Sou Cristina. Ou Crista. Tanto faz. - arrumei minha jaqueta e me encostei na parede.

Theodore me encarava de uma maneira muito estranha enquanto esperava uma ação de minha parte. Eu apenas o olhava enquanto cantarolava uma música, os vampiros daqui seriam tão calmos assim? Se fossem… bem, eu acho que eu deveria mudar isso, como um reino poderia ser seguro dessa maneira?

– Ei... Quantos anos tem? - me virei curiosa.

– 17, se for contar os anos como vampiro eu tenho 19.

Era muito novo, por isso não havia me atacado. Estaria ele pensando em um ataque?

– Serve ao rei?

– Não. Não sabia que havia um rei aqui. - foi sincero me olhando confuso.

– Pois tem. Não conheci, tive esperança que você soubesse.

– E qual o motivo para você ir até o rei?- ele apenas ficava mais confuso ainda – Se é que existe um motivo.

– Ué. Quero conhecer. Não me julgue, estou curiosa. – existe abordagem mais discreta?

Eu queria muito conhecer quem era esse tal rei, será que ele seria malvado igual Klaus? Sensual igual Elijah? Ou maluco igual Kol? E se ele fosse as três coisas?

– Não estou te julgando. Você é muito estranha. - percebi que ele estava um pouco receoso.

Riu. Theodore era uma gracinha, cabelo cor creme e olhos completamente negros. Não castanho escuro, mas sim negros. Sua pele era bem clara e o cabelo estava preso em um coque, a barba já estava um pouco grande, mas estava bem aparada. E ele era musculoso, bem musculoso.

– Não fique com medo, acredite… eu sou praticamente inofensiva. - dei um sorriso de lado e ele retribuiu parecendo estar mais tranquilo – Desculpe te assustar, mas eu realmente não estou muito bem Theodore, cheguei nessa cidade achando que ela pegaria fogo de uma hora pra outra e agora estou entediada sem nada pra fazer e inimigos para atormentar.

– Vou anotar isso. Acredito que a sua vida perdeu completamente o sentido depois disso, eu te entendo perfeitamente, nem sempre é tão calmo assim. Talvez tenha sorte com algum evento na próxima semana, eu sempre passo por aqui no mesmo horário. Podemos tentar achar algo. – ele era excessivamente agradável, me lembrava Matt - Bem, preciso ajudar meu pai com a confeitaria Cristina. Nos vemos por ai. Estarei rondando a cidade caso precise de ajuda.

Abri um sorriso e me despedi sabendo que o veria de novo. Ele realmente era muito parecido com Matt, e isso me fez lembrar da maldita pedra. Bufei e olhei ao redor de novo. Agora... para qual caminho é a mansão? Olhei em volta sem nem saber o endereço, já estava anoitecendo e eu teria problemas. Sorri maliciosa, que venham então.

Só não achei que viriam tão rápido.

– Moça por favor. - implorei de novo e a enfermeira apenas deu um resmungou e saiu do quarto.

– Pelo jeito você não se cansa de problemas hein? - o médico que me atendia em Mystic apareceu.

– Fala sério? - cruzei os braços - Está me seguindo seu cretino?

Ele riu regulando o soro.

– Eu? De forma alguma. Você é que está me perseguindo, cheguei aqui a um semana e pelo seu histórico eu teria te visto antes se você tivesse aqui a mais tempo.

– Longe de mim. - ergui as mãos - Vou sair quando?

– Quando vierem te buscar, mas como sei que você não sabe o significado da palavra "fique quieta" eu irei te liberar. Onde está seu marido?

– De onde tira isso? - revirei os olhos e ele olhou para minha mão esquerda - É só um anel. Ganhei.

– Entendo senhorita. Então não tem ninguém? – ele riu anotando em sua prancheta.

– Ai depende do que ele fez hoje né?

Ele riu de novo.

– Qual seu nome? - ele me olhou confuso.

– Gaspar Resh. - anotou algo em sua prancheta - Eu não queria dizer isso... mas até a próxima. Sinto que vou te ver de novo.

Não vai nem pegar meu número? Eu deveria pegar o dele para futuras emergências.

Olhei minha perna engessada de novo e suspirei, era incrível as minhas artes. Eu escalei uma estátua para tirar uma foto sentada no ombro dela e cai quebrando a perna, super normal para mim. Eu já havia perdido a conta de quantas vezes isso aconteceu. Desci da cama com a ajuda do médico e ele me guiou até a saída do hospital. Ok, eu precisava imediatamente de um vampiro.

Vaguei meus olhos pelo local e encontrei um homem solitário, só saberia se o tocasse. Me aproximei bem rápido e ele nem me percebeu, o toquei e senti sua energia, ele me olhou por segundos e se virou novamente fazendo descaso em relação a mim, pulei em suas costas e cravei meu dentes nele rasgando sua pele enquanto sentia seu sangue invadir minha boca, ele começou a se debater de forma violenta, mas eu ainda estava em vantagem. Quando achei que era suficiente soquei sua nuca e ele caiu desacordado, bati o gesso contra uma fonte próxima e ele se quebrou todo.

Passei a vagar pela cidade completamente desnorteada e peguei meu celular discando o numero de Kol, provavelmente ele estava na rua e me encontraria facilmente, Niklaus já deveria estar em casa a essa altura esperando eu o ligar para avisar que havia capotado um carro, mas isso não aconteceria.

– Onde está esse Mikaelson inútil? - espumei de raiva no meio do beco enquanto olhava ao redor irritada vendo que ele não atenderia o celular.

– Eu? - me virei vendo Kol ajeitar os cabelos enquanto olhava o celular em sua própria mão que vibrava.

– Me leva para casa. - ele riu e saiu andando na frente.

Qual o motivo para não terem carros nesse inferno de cidade?

– Kol é sério, me carrega. – pedi pela décima vez me apoiando em sua ombro.

– Não mesmo Sage, você tem um peso de um carro. – bati em sua cabeça com força e ele apenas riu se afastando um pouco de mim – Vamos ver se você vai direcionar sua raiva para mim depois de hoje a noite. – comentou sombrio.

– É o que? – me virei, mas ele já havia sumido.

Avistei a mansão e caminhei irritada até local, passei pela porta do hall quase a quebrando e levei uma queda feia torcendo meu tornozelo. Levantei espumando de raiva sentindo meus pés doerem graças a minha caminhada, Niklaus havia sido esperto em correr de mim ao invés de vir atrás. A essa altura eu já teria quebrado o seu pescoço mil vezes tamanho era o ódio que eu sentia, eu só não sabia que ele poderia se intensificar mais ainda.

– Você fez o que Kol? – ouvi Rebekah gritar – Aquela maluca vai destruir essa casa.

– Eu apenas dei uma sugestão, ai é problema de vocês o que vão inventar.

– Inventar o que?- apareci na sala e vi que Elijah se levantou da poltrona.

– Respire Sage. – pediu e vi Klaus surgir acompanhado de uma mulher.

– O que tem para me contar? - cruzei os braços vendo que Klaus não estava com um humor nada bom.

Olhei para o lado e estranhei ver toda família ali e... Hayley? Ela não estava morta ou algo assim? O que ela fazia ali?

– Se lembra quando Hayley foi com Tyler até Mystic? - é claro que eu lembrava, foi graças a isso que eu quase morri. - Nós transamos.

– Tá, idai? - cruzei os braços me sentindo um pouco incomodada com o assunto, o que ele queria dizer com essa merda de conversa? - Foi antes de nós dois ficarmos juntos pelo o que eu me lembro, não vejo problema algum sobre isso...

– E nem deveria já que deu um beijo cinematográfico em Elijah antes de finalmente ficar com Niklaus. – bufei pelo comentário inconveniente de Kol.

– Eu sabia. Sabia. – Rebekah acusou e eu me irritei.

– Dá pra explicar que merda tá acontecendo aqui? – gritei perdendo a paciência.

– Hayley está grávida. - a olhei.

– Parabéns, eu acho. - fiquei confusa - O que eu tenho a ver com isso? Sem querer ser grossa ou coisa sim, pois pelo que eu sei não fui eu a responsável.

– Hayley está grávida de mim Sage. – Niklaus me encarou sério esperado a explosão, parei de respirar imediatamente após juntar fôlego.

É O QUE SEU FILHO DE UMA PUTA?


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