This Isn't an Happy Ending escrita por Charlie


Capítulo 7
Dulce?


Notas iniciais do capítulo

Eu to bem feliz, essa joça tá crescendo ("""":



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Sábado.

Ah, o sábado.

Existe coisa mais linda do que um sábado ensolarado?

Daqueles que aquelas famílias sorridentes levam as crianças remelentas para o parque para que gastem suas energias, depois estendem uma toalha de mesa xadrez e fazem um lindo piquenique ao pôr do sol.

Bem, não é desse tipo de sábado que eu estou falando.

Sábado para mim, é aquele dia que eu não tenho absolutamente nada para fazer.

É aquele que eu posso sair da escola.

Nossa escola nos deixava sair em sábados aleatórios, com uma única condição: alguém responsável com você.

E isso é fácil para mim, porque tenho Edward.

Então todos os sábados que podemos sair, eu, Scott e Amberly arrastamos o Edward por aí. Ele raramente nos acompanha, geralmente ele fica em um bar ou vai resolver as coisas, e depois nos encontramos para voltar no fim da tarde. Nós podemos ficar na rua à noite até a hora do toque de recolher, mas não conhecemos nenhuma boate, então comemos alguma coisa e vamos embora. Sempre assim.

Rotina é uma merda.

Por isso você pode contar com Mason para burlá-la.

Eu e Scott esperávamos do lado de uma farmácia enquanto Amberly estava no banheiro (por que diabos alguém quer usar o banheiro de uma farmácia?) para podermos ir encontrar Edward num bar a quatro quarteirões dali.

O coitado do Scott estava carregando umas seis sacolas em cada mão enquanto eu carregava as caixas de sapato que todos compramos para o baile no próximo sábado. Eu comprei um par simples de sapatos de salto alto pretos com acabamento em camurça enquanto Amberly comprou um par igual o meu, porém da cor branca de novo.

Na dúvida, compramos três vestidos cada uma. Eu comprei um rosa longo, um preto curto e super justo à lá estilo de puta, e um azul escuro (meu preferido) que começava justo e se soltava na altura da cintura, ia até a metade da coxa e era aberto nas costas. Se Al não me desse um cartão de crédito escondido, eu teria que ir com o mesmo que fui na festa da Natalie. Deus abençoe os irmãos bons.

Amberly e sua mania de comprar roupas parecidas com as minhas. Ela comprou os mesmos vestidos que eu, mas em tons claros (wow, que surpresa!).

– Amber está demorando muito. – Scott disse, olhando pela vitrine da farmácia para ver se ela estava vindo. Depois franze a testa. – Ela está no caixa. O que ela está comprando?

– Como eu vou saber? Deve ser absorvente, Clives.

Ele voltou à sua posição anterior, impaciente.

E foi bem nessa hora que ouvimos uma série de buzinas. Ambos viramos ao mesmo tempo.

Alguém vinha em uma moto preta, buzinando freneticamente. Atrás da moto vinha um Corvette branco, também buzinando. Todo mundo na rua parou para olhar um pouco e descobrir quem era o idiota que estava fazendo esse estardalhaço.

Preciso dizer quem estava fazendo o estardalhaço?

Se você disse “Mason”, você está certo.

Ele estava vestido como um motoqueiro estaria. Calça jeans preta, camiseta preta e jaqueta de couro preta. Apesar de já estar escurecendo, ele estava de óculos escuros. Um capacete pendia em seu braço esquerdo. Fechei meus olhos com força, rezando para que ele e quem quer que estivesse no Corvette não viesse em nossa direção.

Claro que não adiantou nada.

Mason veio buzinando até parar bem ao nosso lado no meio fio, todo sorridente. Tirou o capacete, e colocou no retrovisor, depois repetiu o mesmo com o que estava em seu braço, depois tirou seus óculos escuros e me olhou. Por fim, falou alguma coisa.

– Sobe aí, vamos andar por aí.

Seu tom era tão autoritário que me fez rir. Um tempo depois, minha risada ficou um tanto histérica, e ele percebeu isso.

– Por que você está rindo histericamente?

– Você é tão idiota!

– Ora, por que?

– Porque acha que eu vou montar nesse treco e sair com você!

Ele pareceu ofendido. Depois passou a mão na moto, como se estivesse fazendo carinho em um gatinho.

– Não a chame de treco! Você feriu os sentimentos de Dulce! – depois olhou a moto carinhosamente. – Calma bebê, a menina malvada não vai mais falar de você desse jeito.

Me virei para Scott.

– Que merda ele tem na cabeça? – sussurrei.

– Eu não sei. – ele sussurrou de volta. – Só sei que essa moto é o amor da vida dele.

– Colega de quarto mais estranho você foi arrumar, heim, Clives.

Ele só riu.

– A propósito, que moto é essa?

– Uma Harley Night Rod.

Já ouvi o nome em algum lugar, mas não me lembro onde. Nesse momento, Amberly chegou aonde nós estávamos, perfeitamente patricinha com a bolsa pendendo do seu cotovelo.

– O que está acontecendo, gente? – Sua voz de sino tilintou até nós.

– Mason está tentando levar Elise para sair. – Scott falou, todo feliz.

– Tentando? Não, eu VOU levar Elise para sair – Mason disse.

O olho, indignada.

– Vai nada! Acha que é só estalar os dedos que eu vou sair com você, Ashford? Já te disse milhões de vezes: nada. Mudou. Entre. Nós. E eu ainda. Te. Odeio.

– Odeia nada.

– Odeio sim.

Scott revirou os olhos, e a buzina do Corvette soou de novo, e nós três pulamos de susto. Por trás dos vidros escuros do carro consegui distinguir a figura de Bill, amigo de Mason.

– Vamos logo Lise. Me diz, o que você tem para fazer além de jantar com o Edward depois voltar para a escola? Cadê a emoção nisso?

– Não tem nenhuma emoção. Mas não estou afim de voltar bêbada para a escola, Mason.

– Não precisa voltar bêbada. É só se divertir. Venha, tem uma boate legal aqui. Só vamos dançar um pouco.

– Não. Já combinei com Edward. Nós vamos jantar com ele. Não posso furar nem com Edward, nem com os meus amigos.

Mason revirou seus olhos dramaticamente.

– Furar com Edward? Qual é? Ele vai amar se ver livre de você. O cara passa a semana inteira com os alunos, e no sábado ele é obrigado a fazer isso também?

Tenho que admitir que ele tem alguma lógica.

– Mas do mesmo jeito, tenho planos com Scott e Amberly.

Amberly pegou as sacolas das minhas mãos e disse:

– Não, Liss, pode ir. Eu e Scott jantamos com Edward.

– Vá, divirta-se, garota! – Scott estava saltitando. Sério. Saltitando mesmo.

– Traidores! – eu disse, entredentes sem me mexer do lugar.

– Ah, Elise, vá logo – Amberly me deu um empurrãozinho.

– Hey, se vocês quiserem ir, tem lugar no carro do Bill, pessoal – Mason disse, soando amigável.

Quem não te conhece que te compra, Ashford.

Em um piscar de olhos, as sacolas estavam no porta malas do Corvette e meus amigos já entravam no carro. Bufei.

Mason me estendeu o capacete.

– Suba logo, Zekklos. Tenha em mente que quanto antes você aceitar, mais cedo vai estar de volta à escola.

Peguei o capacete com má vontade e comecei a subir, mas ele me parou.

– Cuidado com Dulce. Ela é o amor da minha vida. Se ela se machucar, você se machuca.

– Qual é, Ashford? É só uma moto, pare de ser patético!

– Jure.

Bufei enquanto revirava os olhos.

– Tá. Eu juro que não vou machucar a Doce.

– É Dulce.

– O quê?

– Dulce. O nome dela é Dulce, e não Doce.

– Ah tá. Não vou machucar a Dulce. Satisfeito?

– Muito. Agora você pode subir.

Finalmente subi na moto, e ele deu partida. Estiquei minhas mãos para segurar a alça da moto, mas tudo que consegui encontrar foram as lanternas traseiras. Onde diabos eu vou segurar?

Como se lesse meus pensamentos, Mason agarrou meus braços e os colocou em volta da sua cintura. Fui obrigada a chegar mais perto por causa disso, e ele pareceu gostar. Apertou minhas mãos e disse:

– Isso vai ser divertido.

Não pude mais responder, porque ele acelerou e o barulho do vento era demasiadamente barulhento para manter uma conversa.


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Notas finais do capítulo

E só pq eu tô feliz, já já sai outro!
(Obrigado ao total de 3 pessoas que surgiram ontem acompanhando a fic, temos um total de 6 agr HSAKJDHJKSAHDFKLAS e valeu pelos comentários, espero mais



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