This Isn't an Happy Ending escrita por Charlie


Capítulo 5
Wait, Don't Kiss Me!


Notas iniciais do capítulo

Eu até gosto desse cap askdhkjfda



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/661921/chapter/5

Estávamos sentados na nossa mesa de sempre no refeitório quando Mason Ashford se aproximou sorridente com sua bandeja e se sentou ao lado de Scott como se fosse seu melhor amigo e se sentasse ali todos os dias. Eu fiquei encarando-o até ele arqueou as sobrancelhas e perguntou o que eu estava olhando.

– Por que você está sentado na nossa mesa?

Ele revirou os olhos.

– Estou sentado na mesa do meu amigo e colega de quarto Scott. Algum problema?

Todos murmuraram um “não”, Scott estava todo aprumado ao lado de Mason. Ele sempre tivera uma quedinha pelo idiota do Ashford.

– Claro que tem problema, porra. Lembra que você me odeia?

Ele me olhou estranhamente.

– Nunca disse que te odiava. Bem, algumas vezes você me irritou, mas você é que sempre veio preparada com dez pedras pra tacar em mim. Se dependesse de mim, ainda seríamos bons amigos.

Eu bufei indignada.

– Amigos? Quem você está querendo enganar? Deus, como eu te odeio, Ashford.

Algumas meninas amigas da Amberly me olhavam como se eu fosse louca por rejeitar “Mason Ashford, o cara mais gostoso e legal e blá-blá-blá da Southwestern”. Talvez eu fosse mesmo, mas isso me faz feliz.

O filho da puta só riu e abriu sua latinha de refrigerante, como se nada tivesse acontecido.

De repente minha fatia de pizza de calabresa não me parecia assim tão apetitosa.

__x__

Eu estava deitada na minha cama, exausta. Tinha limpado todas as mesas de umas três salas com Mason. Sério, a Kirova está me transformando numa faxineira de primeira linha, pelo menos eu já tinha um plano B se a faculdade não desse certo. Eu estava sozinha no quarto já que Amberly saiu com Jessica, sua nova namorada em potencial. Me sentindo meio pra baixo por causa da solidão, levantei e coloquei o CD do OneRepublic pra tocar no aparelho super potente de som que Amberly e eu compramos. I Lived ressoou pelos auto falantes e eu comecei a dançar loucamente pelo quarto. No ritmo da música eu me despi e fiquei só com uma camiseta que eu uso para dormir e calcinha. A sensação de ficar sem sutiã depois de um dia inteiro é avassaladora.

Eu estava dançando de um jeito sedutor para meu pôster da Emma Watson quando a porta se abriu de repente. Achando que era Amberly, eu continuei com a minha dança do acasalamento, sem prestar muita atenção. Só quando ouvi uma risadinha masculina que eu parei de dançar e me virei. Lá estava Mason, encostado no batente da porta com toda a sua beleza de sempre. Ele estava com uma calça jeans e uma camiseta apertada que revelava mais de seu corpo... tirei meus olhos do seu peito antes que ele notasse, me açoitando com um chicote à lá Christian Grey internamente.

– MERDA MASON. SAAAAAAAAAAI DAQUI – gritei, cruzando os braços em cima dos meus peitos, só por precaução. Seus olhos me analisaram dos pés a cabeça e depois voltaram para minhas pernas despidas. Minha blusa mal chegava à metade das minhas coxas e ele pareceu apreciar isso. Pigarreio e ele volta para a realidade.

– Você ia acasalar com a Emma Watson, por acaso? – ele disse de sobrancelhas arqueadas.

Fiz uma careta de tédio e respondi:

– Sim, e você está atrapalhando.

Ele riu e entrou mais no meu quarto. Eu recuei automaticamente, minhas pernas batendo na minha cama. Quase caí pra trás.

– Que porra você está fazendo no meu quarto, Mason Ashford?

– Nada. Passei só pra te ver. Fiquei com saudade.

Fiz uma cara de compreensão sofrida fingida.

– Oh, sei como é. Deve ser horrível ficar sem minha presença, mas só aceito ficar perto de você no horário de aula. Tenho que ter uma folga da sua presença desprezível.

Ele fingiu mágoa.

– Não parecia desprezível quando eu limpei mais mesas por você.

Dei de ombros.

– Não fez mais que a sua obrigação, já que era sua culpa que a gente estava na detenção, não acha?

– MINHA CULPA? Por acaso eu que comecei a desafiar a Kirova?

– Ela estava pedindo por isso, faz três anos.

– E por isso você tinha que agir por impulso e ferrar todo mundo? Você sabe que Kirova ferra com todo mundo que desafia ela. Qual é o tamanho do seu cérebro?

– Maior que o seu pelo menos.

Ele riu.

– Uau. Deve ser mínimo.

Ele se aproximou mais um pouco de mim, meus braços cruzados tocando seu peito. Recuei, meio que me esquecendo que minha cama estava ali, e caí. Fechei os olhos esperando bater minha cabeça na cabeceira, mas um par de mãos fortes me agarrou quando faltavam uns dez centímetros para eu bater. Mason me ergueu novamente e mesmo quando eu já estava equilibrada, ele não retirou suas mãos das minhas costas, seus dedos estavam brincando com as pontas do meu cabelo solto.

O jeito que ele estava me olhando... ah, merda. Lá se vai meu auto controle. Eu estava dividida: metade de mim estava ansiosa para que ele me beijasse logo, e então fizesse juras de amor e todas aquelas coisinhas que menininhas sonham.

Essa parte de mim é patética, e assim que Mason for embora eu vou queimá-la.

Outra parte de mim fervia de raiva, não sei se de mim mesma ou de Mason, e dizia que ele estaria encrencado se encostasse aqueles lábios que encostaram em deus sabe onde antes.

Gosto mais dessa parte, mas a outra já estava ganhando.

Sua cabeça foi baixando e...

Ele me deu um beijo na bochecha.

Sim, isso mesmo, na bochecha.

GRRRRRRRRRRRRRRH

Mason Ashford, eu te odeio por ter feito isso.

Espera, por que eu estou desapontada? Tecnicamente, eu odeio ele e não admitiria que ele me beijasse.

Certo?

Acordei do meu transe e encontrei o sorrisinho de Mason.

– Por que você fez isso? – eu perguntei, indignada. Quando ele só riu em resposta, comecei a estapeá-lo até a porta.

O filho da puta ia se esquivando dos meus tapas até a porta ainda rindo.

– UGH. EU TE ODEIO MASON ASHFORD! – eu rugia enquanto ia batendo nele.

Já no corredor, fora do meu quarto, ele falou:

– Continue dizendo isso, quem sabe um dia você passe a acreditar.

Fechei a porta na cara dele, cansada demais de ver esse idiota. Escutei sua risadinha depois passos ecoando pelo corredor. Suspirei. Estou sozinha, finalmente. Me jogo na cama e tapo minha cabeça com o travesseiro, esperando esquecer a sensação das mãos dele nas minhas costas e de seus lábios na minha bochecha.

Tentando esquecer o desejo de saber como seria se seus lábios tocassem os meus.

Internamente, amaldiçoei o dia em que conheci Mason Ashford.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Até mais, lindinhos da titia.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "This Isn't an Happy Ending" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.