This Isn't an Happy Ending escrita por Charlie


Capítulo 11
Surprise!


Notas iniciais do capítulo

Mesmo sem vocês se manifestando, eu tô aqui de novo o/



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– Então você beijou ele? – Scott perguntou, todo animado.

Eram nove da manhã e ele, eu e Amberly caminhávamos pelo campus até o refeitório para tomar café da manhã. Olhei para Scott, horrorizada.

– O que? Não!

– Então ele beijou você?

– Scott, ninguém se beijou.

– Então o que ele quis dizer lá no restaurante?

– Nós só conversamos, Clives. Nada demais.

– Credo! Todo aquele tempo, e você só conversaram? Vocês são idiotas?

– Hum, sim? – eu disse.

Quando nos sentamos na nossa mesa de sempre, reparei que recebia olhares furtivos e curiosos o tempo todo. Teve um grupo de meninas que passaram cochichando e apontando para a nossa mesa. Não podia ser importante, porque esses grupinhos geralmente não fazem ou falam nada importante, então nem prestei atenção nelas.

– Não fizeram mais nada mesmo? – Scott também estava alheio para os cochichos. Típico: fofoca sempre estava no topo da lista de prioridades do Sr. Clives.

– Só dançamos e conversamos, Scott.

– Dançaram?

– Sim, dançamos.

Ele abriu a boca para falar alguma coisa, provavelmente ia falar merda, mas Mason se sentou à nossa mesa nesse momento, ao lado de Scott e na minha frente. Reparei que toda o refeitório parou o que estava fazendo e falando para nos observar.

– Só eu que notei que todo mundo tá olhando pra gente? – eu disse, encarando os outros de volta.

– Não, eu percebi também. Por que será? – Amberly disse.

Foi quando Nat se aproximou da nossa mesa, fumegando.

– QUE MERDA VOCÊ TEM NA CABEÇA, MASON? – ela gritou.

– O que aconteceu, Nat? – ele disse, confuso assim como todos nós na mesa.

– É VERDADE O QUE TODOS ESTÃO DIZENDO?

– Depende do quê. E pare de gritar, todo mundo fica olhando.

–VOU GRITAR O QUANTO EU QUISER, MASON ASHFORD. – Nessa altura, eu já estava mordendo o interior das minhas bochechas para não rir. Ela parecia pateticamente desequilibrada, como sempre.

– Ok, então. – Se virou para mim. – Elise, posso tomar um pouco do seu café?

– Vá pegar um para você – eu falei, grossa.

– Eu vou pegar um pra mim, já pego um pra você. – Amberly disse, sempre gentil. – Scott, vem comigo.

Eu juraria que os olhos de Scott se encheram d’água, sendo o adorador de fofocas que ele é. Ele ia protestar, mas só o olhar de Amber o calou. Ela o puxou, e se foram. Os observei um pouco, depois meus olhos se voltaram para Nat, que continuava furiosa.

– Mason. – ela falou.

– Nossa, o dia está lindo hoje, não acha, Lissie? – ele disse, como se Nat e uma mosca fossem a mesma coisa.

– Não, está fazendo sol. – eu falei, entrando na dança. Ele revirou os olhos.

– Você e seu ódio por dias ensolarados.

– Claro. Qual é a graça que acham no sol? Você não pode olhar diretamente pra ele, ele é quente, você soa e começa a feder.... fala sério, qual é a utilidade do sol?

– Não morrermos congelados, senhorita Elise.

Revirei os olhos e tomei um gole de café. Mason fez menção de falar alguma coisa, mas Natalie o impediu, sentando-se bem no meio de nós dois, o que significa em cima da mesa.

– Porra, Natalie, o que você quer? – eu falei, com minha paciência se esgotando.

Ela me ignorou, olhando para suas unhas bem feitas. Bufei e olhei para Mason, que deu seu melhor olhar de “o que eu posso fazer?”.

– Você era namorado dessa coisa até uns dias atrás, deve ter alguma coisa que você pode dizer para fazer ela tirar a bunda pequena dela do meu café da manhã.

– Eu era o namorado, não o domador.

– Dá na mesma.

– TÁ, JÁ CHEGA – Natalie disse, dando um olhar homicida para nós dois.

– O que você quer, Natalie? – eu disse, tentando manter um tom de voz minimamente amigável. Não estava conseguindo.

– Quero saber se é verdade o que todo mundo está falando.

– Ajudaria se você esclarecesse o que estão falando.

– Estão falando que Mason foi suspenso das aulas desta semana porque bateu no professor Kerme.

– Kerme... ah, você quer dizer o Edward? – eu não era acostumada a ouvir “Kerme”.

– Existe outro por aqui?

Mason resolveu se manifestar, para a graça de Deus.

– É Natalie, eu bati no Edward ontem e estou suspenso dessa semana. Satisfeita?

– SUSPENSO? – eu disse, horrorizada.

– Pois é, Kirova está pegando pesado ultimamente. – ele disse, fazendo pouco caso.

– E por que diabos você bateria no Kerme? – Natalie quis saber.

Minta, Mason. Minta, seu maldito!

– Defendi Liss, ele estava a ponto de machucar ela. – Desgraçado! E agora Natalie vai voltar sua fúria pra mim, tenho certeza.

– VOCÊ SE METEU EM ENCRENCA POR CAUSA DE ELISE? QUAL É O SEU PROBLEMA, MASON ASHFORD?

– Ei, estou bem aqui – eu disse, magoada.

– Amigos defendem amigos, só isso.

– E desde quando vocês são amigos?

– Desde sempre, Nat. Já confirmei os tais boatos, agora você pode tirar sua bunda do nosso café da manhã? – ele falou.

– Com prazer – ela cuspiu, pulou da nossa mesa e foi embora, pisando duro.

Eu e Mason suspiramos de alívio, e como se tivessem combinado, Scott e Amberly chegaram.

– O que perdemos? – Amberly disse.

– Uma Nat bem revoltada – eu falei.

– Por que?

– Porque eu bati no Kerme e fui suspenso – Mason disse de forma simples.

– Sério? – ela disse.

– Seríssimo.

Ela deu de ombros e tomou um gole de seu café. Depois olhou pra mim.

– Liss, você fez aquelas atividades de matemática?

– Sim, por quê?

– Poderia me passar? Não estou muito afim de pensar ultimamente.

– Nem de falar – Scott entrou na conversa, dando um olhar acusador para Amberly, e eu concordei com ele. Amberly tem passado uns dias estranha, desde que voltamos para a escola. Só passava pelos cantos ou dormindo. Não comia muito, não falava, fugia furtivamente quando estávamos juntos. Realmente estranha.

– Verdade, Amberly. Por que você está esquisita? – eu disse.

Ela nos olhou por um momento, depois deu de ombros.

– Não estou esquisita.

– Sim, você está – eu e Scott dissemos em uníssono, depois sorrimos um para o outro.

Depois de uns segundos em silencio, ela disse:

– Não, não estou. – Depois olhou desejosa, para a bandeja de Mason. – Você vai comer isso? – ela apontou para o sanduíche que Mason não tinha comido.

– Bem... eu ia, mas pode pegar – ele disse, cauteloso, como se Amber fosse um cachorro prestes a atacar.

– LISS! – Scott gritou, assustando a todos nós.

– Que foi?

– Eu esqueci de te contar uma coisa.

– Conta então.

– Sabe a Savannah, do segundo ano?

– Sei. O que tem ela?

– Então, Beth disse que ela e o Derek no... - e eu passei o resto do meu café da manhã ouvindo fofocas que o Scott descobriu, sem mais emoções, a esquisitice de Amberly esquecida.

***

– Então, sabe o Eric? – Al falou com a boca cheia.

– Seu amigo que não se tornou um inútil como você? O que você está comendo? – eu perguntei, trocando o telefone de orelha. Faziam umas duas horas que eu estava conversando com Al, e meu braço doía de segurar o telefone.

– Esse mesmo. Chocolate. Voltando ao assunto, lembra aquela bolsa de intercâmbio para a Inglaterra que Eric estava tentando ganhar desde que saímos da escola?

– Lembro. Ele não sabia falar de outra coisa, era irritante

– Pois é. Então, ele conseguiu! E me pediu para tomar conta do apartamento dele em Boston.

– Oh, que ótimo, Al! Olha só que bonito, seu primeiro apartamento de solteiro. – eu disse, imitando a voz da minha mãe.

– Cale a boca, Elise.

Eu ri de repente pensando em como Albert sobreviveria sem mamãe para dar tudo em sua mão. Por favor, que tenham câmeras escondidas naquele lugar.

– Por quanto tempo você vai ficar por lá?

– Um ano e meio. Mas estou pensando de arrumar um emprego e ficar por lá mesmo depois que Eric voltar.

– E a faculdade?

– Não rola. Você sabe como eu odeio estudar. Vou só arrumar alguma coisa para me sustentar e ver onde dá.

– Albert, você não pode ser assim para sempre. Um dia você vai ter uma mulher, filhos para alimentar. Não pode ser tão indiferente quanto ao futuro.

– Desde quando minha irmã de quinze anos sabe o que é melhor para o meu futuro? – Ele interrompeu meu discurso de irmã responsável. Idiota.

– Desde que... ei! Eu NÃO tenho quinze anos. Respeite meus dezessete anos, mocinho.

– Grande diferença. Falando em mulher... como está Amberly?

– Do mesmo jeito de sempre. Por que esse interesse nela toda vez que você liga?

– Ei! Ela passou as férias todas aqui, eu virei amigo da menina, qual é o problema?

Estreitei meus olhos, mesmo que ele não pudesse ver.

– Albert Zekklos nunca foi amigo de pessoas que possuem vagina. Desembucha.

– Você é minha amiga, tem vagina e eu não tentei transar com você, tentei?

– Você sabe que apanharia se tentasse.

– Passe o telefone para Amberly.

– Por que?

– Quero falar com ela.

– Não.

– Sim.

Nesse momento, alguém bateu na porta e Amberly levantou de muita má vontade. De uns dias pra cá ela só passava deitada. Meu Deus. Ela abriu a porta e eu pude ver Mason na estrada, todo sorridente. Ugh.

– Ele quer falar com você – Amberly disse.

– Quem quer falar com você? – Al perguntou no telefone. Meu Deus.

Levantei da cama e fui para a porta.

– Al, vou desligar porque... – mas Amberly já tinha pego o telefone da minha mão e atravessado o quarto. Decidi só suspirar, resignada e cuidar desses dois mais tarde.

– Oi Liss.

– O que você quer?

– Ai, bruta. – ele fez cara de magoado, mas logo sorriu. – Você já jantou?

– Ainda não, por quê?

Ele deu um sorriso sapeca tão fofo que eu quase apertei suas bochechas. Depois puxou meu braço e começou a me tirar do quarto.

– Então vem comigo, quero te mostrar um lugar faz tempo.


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Notas finais do capítulo

É isso ooo/
Eu gosto bastante do próximo



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