Ela ama.

Ela ama tanto, tanto, tanto,

ela ama tudo e todos e as vezes,

as vezes ela ama demais,

ama de mais e esquece-se de amar a si mesma.

Talvez,

mas só talvez,

vendam milhões,

MILHÕES!,

de livros sobre esse tema.

Consegue imaginar,

psicólogos e psicanalistas,

talvez nutricionistas,

escrevendo milhares,

MILHARES!,

de livros, best sellers, scripts para filmes Disney,

extorquindo os problemas emocionais da moça para vendas de remédios caros.

Somos tãão otários...

Ele ama menos.

Mas ele ainda ama.

Ele ama maria-mole.

Ele ama ela.

Ele ama seu próprio sorriso depois que tirou o aparelho --

foi a primeira coisa que amou em si mesmo.

Ele ama flores e o jeito que ela mexe nelas.

Mas ele ama ela menos do que ama outras coisas,

aquele amor bom de quando você 'ta no controle.

Ama, acima de tudo, flores amarelas,

e gosta de quando estão no cabelo dela.

E gostava de colocá-las lá.

E talvez,

e só talvez,

ela gostasse de alguinho em si.

E talvez fosse o cabelo dela,

loiro e curto e tão ela.

Talvez ela gostasse que mexessem nele,

que o enfeitassem com flores cheirosas.