França, século XV

Uma mulher com a pele branca, cabelos longos e ondulados pretos, de olhos amarelos frios, usando um vestido vermelho sangue com um decote que ia ate seu umbigo (mostrando o busto avantajado), se encontrava sentada num trono de um castelo enorme. Ao seu lado de pé encontrava-se um garoto de aparentemente 16-18 anos com cabelos brancos, pele pálida e olhos vermelhos sangues, vestindo vestes daquele seculo, ele mantinha um olhar maniaco e um sorriso também. A frente de ambos encontrava-se uma criança do sexo masculino ajoelhada com o corpo curvado para frente, impossibilitando de ver seu rosto.
- Minha rainha, por favor aceite-me. - a voz fraca da criança não se fez suficiente pelo salão, fazendo assim apenas a mulher e o garoto ao seu lado ouvir.
- Por favor, pare de se humilhar, isso me faz ficar enjoada. - disse a mulher fazendo sua voz forte e poderosa soar por todo o salão do castelo. - Eu me esqueci, quem é essa patética criança, Belial?
- É o Mammon, Myriam. O demônio da ganancia. - disse o garoto ao seu lado, se aproximando da criança e a levantando, mostrando o rosto deformado meio demoníaco.
A mulher encarou a criança com um sorriso vitorioso no rosto, e logo soltou uma risada que fez o castelo vibrar. Do lado de fora do castelo, na aldeia a sua volta, todos os moradores encaravam o lugar de onde havia saído a risada, temendo o motivo dela.
Voltando ao lado de dentro, agora Myriam caminhava em direção da criança demônio enquanto a encarava.
- Olha para o senhor "eu sou o mais poderoso demônio dos cinco", esta tão fraco que virou uma criancinha demoníaca. - ela falou e terminou rindo com desdém - Me lembro de quando era menor e o senhor me chamava de criancinha patética, por apenas ser uma bruxa e não chegar nem aos pés da realeza demoniaca... Me pergunto como perdeu seu poder?
- Você o tomou. - Mammon falou olhando com tristeza para o chão. A mulher riu, satisfeita.
- Para lhe ser sincera, tenho que te dizer que eu só o fiz por diversão. Para lhe ver como uma misera e patetica criancinha... Mas... Te ver rastejando só para ter um pouco do teu poder de volta, é ainda mais divertido. Quem é a criancinha fraca agora?
- Perdoe-me. Eu agora me ajoelho perante a ti. E nunca duvidarei de seu poder, por isso eu quero ser seu aliado na luta contra a queima de bruxas. - disse a criança, olhando fixamente nos olhos da bruxa, tentando demonstrar forças.
- Então esse é o seu ultimo pingo de ganancia? Hmm... Poderás andar ao meu lado, e quando for lhe a hora certa, devolverei teu poder. Mas faça-lhe por merecer.


___

- MORTE A BRUXA! - Gritavam aldeões zangados em volta de uma fogueira ainda não acesa com uma mulher amarrada acima dela.
Eram inumeros aldeões tomados pela raiva, segurando tochas com fogo e tridentes levantados para cima. Se reuniam cada vez mais pessoas para queimar a tal bruxa.
Longe dali, observando a cena na floresta, encontravam-se 4 homens usando mantos pretos com capuzes, enquanto 2 discutiam calmamente entre si, os outros dois sorriam maleficamente para a cena.
- "Morte a bruxa"! - imitou rindo o mais baixo e gordo deles, enquanto se mexia freneticamente.
- Quieto Belzebu. - disse o unico que se encontrava deitado ao chão observando a cena - Apenas aprecie a vista da bruxa sendo queimada.
Dito isso o demonio se acalmou e tristemente soltou um "certo, Belphegor". Ao seu lado, os dois homens restantes voltaram a sua discussão inicial.
- De-me a caixa, Mammon, você nunca em um milhão de anos conseguira cuidar de guardar Belial. Ele é muito poderoso para você. - disse uma voz sombria, por de baixo do capuz só deu-se para ver um sorriso de dar um frio na espinha.
- Esse é o meu premio por conseguir derrubar a bruxa, Azazel. - disse Mammon, revelando sua face velha, sombria e enrugada. - Agora prestem atenção. Ou vão querer perder a grande rainha Myriam ser queimada?
No meio da confusão dos aldeões a mulher, Myriam, amarrada na fogueira levanta sua face arranhada e cansada, claramente havia desistido de tudo, não tinha mais nenhuma força, um homem com uma tocha pronto para acender a fogueira a pergunta suas ultimas palavras.
Naquele momento algo aconteceu, o rosto antes cansado demonstrou sinais de como se não estivesse prestes a morrer, e os olhos, antes amarelos, agora eram vermelhos mais vivos que qualquer sangue. Ela fez a multidão se calar em medo, e os demonios que se escondiam na mata perder uma batida cardiaca, era como se os olhos observassem a alma de cada um dali, e bem nos olhos dos demonios escondidos ali.
- Escutem bem: - começou, com a voz preenchendo o lugar aberto, como se estivessem num salão fechado, - eu voltarei. Eu juro, por Lilith, eu voltarei e levarei comigo até o quinto dos infernos o demonio que me botou aqui, o que tirou tudo de mim. Mammon, eu sei o que você fez. Eu não morrerei, não agora, não é meu tempo, minha alma descançara nos infernos, e eu voltarei, como uma fenix, mais poderosa, mais nova, minha reencarnação será tudo o que eu não fui, e muito mais.
Terminado, ela olhou o homem com a tocha que parecia hipnotizado, e sussurou "acenda", e assim acendeu-se e queimou-se aos poucos, porém "morreu" rindo, ela não virou cinzas, apenas o chão se abriu e foi engolida pelas chamas do inferno.

- Pode ficar com a caixa.

Tempos atuais - Em algum lugar dos Estados Unidos

Em um quarto escuro, apenas iluminado por velas, encontrava-se um homem coberto por um manto com capuz sentado num trono, e na sua frente menino alto e desajeitado, com um rosto cheio de espinhas, olhos pequenos que pareciam enchados provavelmente por causa do choro, ele tinha dentes grandes, tortos e amarelados, cabelo preto e curto, um nariz comprido de batata avermelhado na ponta, ele não era nenhuma definição de beleza, e poucas garotas algum dia haviam elogiado ele pela aparencia... Na verdade, ele acha que naquele momento, apenas uma garota havia o achado digno de segurar sua mão, ou chama-la de namorada. Mas infelizmente, não por muito tempo.
Na verdade havia 2 semanas que a namorada do garoto havia o largado porque do nada transformou-se numa bela jovem (como ele, ela não era a definição de beleza), devastado ele fez de tudo para descobrir o porque de te-lo abandonado, assim stalkeando a garota por dias, chegando ao momento de ver a menina se encontrando com varias pessoas e participando de... cultos de magia negra. Levando-o a ser descoberto e levado até o líder do culto, e depois para o demonio o qual esse culto prestava oferendas. Demonio o qual era Mammon.
- Eu quero fazer um pacto. - o garoto falou soluçando, limpando as lagrimas (e ranho) na manga da camiseta. O demonio riu com a proposta - Não é o que vocês querem? Almas? - perguntou, dando um passo para se aproximar do demonio, sendo segurado por uma mão que surgia da escuridão. - Eu te dou minha alma e você me da o que eu mais quero não é isso?
- Sim... Almas são o dinheiro, o poder e a fama no inferno... Mas infelizmente... - o demonios fez um sinal com a mão para que o garoto o completasse com seu nome
- Lucca.
- Infelizmente, Lucca, sua alma não é o suficiente para cobrir as coisas que você tanto quer. - o demonio falou, se levantando e caminhando para perto do garoto que abaixava a cabeça pela noticia. - No entanto. Tem um tipo de acordo que podemos fazer.
- Diga. - o garoto disse rapidamente.
- Me de sua alma e me pague o restante me servindo como servo, pelo resto da sua vida.
- Eu aceito. - disse sem pensar por um segundo.
- Otimo.
O demonio sorriu e o entregou uma navalha.