Just a kiss escrita por Tessa


Capítulo 1
Capítulo único


Notas iniciais do capítulo

HI HI PEOPLE, WHAT'S UP? SOOOO, antes de lerem, quero que saibam que essa é a minha primeira fanfic sobre o casal e a terceira sobre HP, então peço que, por favor, caso tenha algum erro, avisem-me e me perdoem, okay? ^^
Espero que gostem da one ♥



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Certo, eu consigo fazer isso. É só chegar nela e falar. Vamos lá, cara, você consegue. Levanta essa bunda enquanto ela ainda estiver sozinha! Se você não for agora, vai se arrepender. Você não vai conseguir nada enquanto estiver parado feito um idiota. Deixa de ser frouxo e vai logo lá!

Não, eu não consigo...

Sim, você consegue!

Ela nem deve saber quem sou eu.

Por isso você tem que ir, seu panaca! Levanta daí logo. Você está parecendo um idiota agindo desse jeito.

Ok, eu preciso ir.

Por que é tão difícil admitir o que sente?

Porque a gente não sabe se a pessoa que amamos sente o mesmo.

Por que a gente teme tanto algo que pode dar certo?

Porque também pode dar errado.

Mas por que só nós temos que nos sentir assim?

E quem disse que só você se sente assim?

Eu pensava em tudo isso enquanto me aproximava de onde ela estava sentada. Se não fosse agora, não seria nunca. Se ela me rejeitasse, eu com certeza me entupiria de firewhisky e esqueceria do mundo; mas se ela aceitasse... Eu acho que explodiria. 

— Oi, Victoire — falei, me sentando, finalmente, ao seu lado. Fiz o possível para que minha voz não saísse trêmula. Se saiu ou não, eu não percebi. Estava nervoso demais para pensar em como estava a minha voz.

— Ahn... Oi, Teddy — ela olhou pra mim tão corada quanto eu e depois sorriu. Espera... Como ela sabia meu nome? Como ela sabia quem eu era?

— Você... Sabe meu nome? — perguntei, sem conseguir me conter. Ótimo, agora eu sou considerado um idiota. Pra que diabos eu perguntei isso?

Ela riu.

— É. Você é do sétimo ano, certo? — como ela sabia quem eu era? Eu nunca tinha falado com ela nem nada.

— É... — cocei a cabeça tentando disfarçar. O momento seria agora. Agora ou nunca — Escuta. Você... Tem algum plano para o próximo passeio a Hogsmeade? — perguntei tão rápido que nem sei se ela tinha entendido.

— Na verdade, não. As minhas amigas iam combinar o que a gente faria ontem, mas acabou não rolando. Por quê? — eu não sabia o que era mais estranho: o fato de ela estar puxando assunto ou o fato de ela estar sendo legal com uma pessoa que nunca tinha conversado.

— É que... Eu... Você... Você não quer ir comigo para Hogsmeade? — novamente, perguntei o mais rápido que pude, assim não teria o problema de gaguejar mais do que já estava gaguejando.

Ela me encarou por um momento — obviamente sem reação àquela pergunta ridícula — e aquilo me assustou. Ela não aceitaria. Ela não queria sair comigo. Eu ia ser humilhado. Eu nunca deveria ter vindo perguntar isso. Realmente tudo isso passou pela minha cabeça, porque a expressão dela estava ilegível, mas eu realmente me enganei.

Eu estava quase indo embora pelo silêncio absurdo, mas então ela respondeu:

— Sim.

—______x________

— Deve estar se achando, né? Vai sair com a Vic, finalmente! — James batia nas minhas costas enquanto eu atravessava o Salão Comunal para ir encontrá-la.

— Eu quase morri na hora, mas sim. E não, não estou me achando. Eu, com certeza, vou fazer merda lá — eu sabia que alguma hora acabaria estragando tudo, e por isso estava tão nervoso.

— Nem vem, Teddy — ele falou e eu revirei os olhos — Mas é sério, tente não fazer merda — e saiu rindo. Panaca.

Saí do Salão Comunal e fui em direção ao monte de alunos que se juntavam para ir a Hogsmeade. Tinha dito para a Victoire esperar do lado de fora. Ou eu chegaria primeiro, ou talvez ela nem viesse. Ok, chega de pensamentos negativos por hoje. Tudo vai dar certo. Tem que dar certo.

Ao chegar lá, vi que ela ainda não estava. Será que tinha desistido? Sem pensamentos negativos. Ela viria. Tinha que vir.

Cinco minutos. Dez minutos. Quinze minutos. Nada. É, ela tinha desistido. Nem sei por que achei que ela viria. Já imaginava que isso fosse acontecer, mas não imaginava que a decepção seria tão grande. Com certeza ela tinha percebido que não valeria a pena. Coloquei a mão nos bolsos e virei as costas para os portões de Hogwarts, em direção a Hogsmeade. Estava quase na metade do caminho quando ouvi um grito.

— TEDDY, ESPERA AÍ! — me virei rapidamente e vi Victoire correndo em minha direção. Oh, droga! Belo momento eu escolhi para ir embora — Por que estava indo embora? — ela perguntou, ofegando. Eu ia respondê-la, mas ela me interrompeu — Esquece, a culpa é minha. Desculpe-me pelo atraso, sério. É que... O Pirraça acabou me encurralando na metade do corredor e eu não sabia o que fazer. Ele estava jogando pratos e xícaras em cima das pessoas e, caso eu passasse, ele acabaria me acertando e... — eu ria um pouco enquanto ela falava, mas acabei a interrompendo.

— Não precisa mais explicar, já deu pra entender — ela riu também. Eu não sabia se ela estava falando a verdade, mas só o fato de ela não ter desistido ou esquecido de vir já significava muito — Então, aonde você quer ir primeiro? — perguntei enquanto caminhávamos.

— Ah! Não sei. Você tem alguma ideia? — ela perguntou de cabeça baixa. Eu não sabia por quê, mas ela estava evitando olhar diretamente para o meu rosto. Mas por quê?

— Tem a Madame Puddifoot, se você quiser — falei, timidamente. Nunca tinha levado ninguém para lá, então estava muito nervoso. Na verdade, nunca tinha levado ninguém para sair e, por ser a Victoire, estava muito mais nervoso do que deveria.

— Claro, adoro ir para lá — e ela olhou, pela primeira vez, para mim, e depois sorriu, mas logo desviou o olhar (novamente).

Eu não sabia o que falar. A verdade é que eu estava tão nervoso que conversar com ela nem tinha se passado pela minha cabeça e, o fato de ela passar o caminho inteiro calada, também não ajudava.

— Chegamos — tentei quebrar aquele silêncio constrangedor, abri a porta para que ela pudesse entrar e entrei logo depois.

Deixei que ela escolhesse onde sentar, não conseguiria falar mais nenhuma palavra.

Olhei ao redor e percebi que só tinha casais ao nosso redor. Aquilo foi realmente constrangedor, mas agora era tarde demais para pedir para ir a outro lugar.

— Posso te fazer uma pergunta? — ela me perguntou, de repente, depois de entregarem nossas bebidas.

— Claro. O que foi? — perguntei, tentando parecer calmo.

— Por que você me chamou pra sair? — eu realmente não esperava por essa. E agora? O que eu responderia? Diria a verdade ou inventaria alguma coisa idiota?

— Bem, é... — eu não sabia o que responder. Cocei a cabeça diversas vezes e abri a boca, no mínimo, cinco vezes e me calei. Ela não perguntou novamente, provavelmente percebeu o quão constrangido eu fiquei — Eu queria te conhecer melhor — respondi, finalmente. Não era realmente a verdade, mas também não era mentira.

— É, eu imaginei — ela sorriu — Eu fiquei bem surpresa quando você me convidou, porque me disseram que você tem namorada — e eu me engasguei com a minha bebida naquele momento.

— O quê? Quem te disse isso? — perguntei, rapidamente. Quem tinha inventado aquela idiotice?

— Eu... Não posso falar, mas eu acreditei. Eu, realmente, pensei muito antes de vir pra cá, porque estava na dúvida se era verdade ou não, mas depois eu pensei “ele não me chamaria pra sair se já tivesse com quem sair”. Você não faria isso, certo? — ela perguntou, rápido.

— Não, claro que não. Quero dizer, se eu tivesse realmente uma namorada, eu não chamaria mais ninguém pra sair — falei nervoso. Por um momento, achei que tivesse sido um pouco grosso com ela, mas me acalmei quando ela sorriu.

— Então você não tem namorada, não é? — não consegui me conter e ri um pouco.

— Não — falei, ainda sorrindo.

— Ah! Que bom. Porque eu me arrisquei muito vindo aqui — e tomou um gole de sua bebida. A dúvida não saía da minha cabeça: quem tinha falado aquilo? E por quê? Pelo visto, ela tinha percebido que eu estava pouco confortável porque falou: — A minha irmã, Dominique, quem falou. Acho que ela quis tirar uma brincadeira qualquer comigo. Nós nunca nos demos muito bem, pra falar a verdade, então ela inventou algo que sabia que iria me... — e parou de falar imediatamente, como se tivesse percebido que tinha falado demais.

— Que iria o quê? — perguntei, confuso. Por que ela tinha parado de falar, de repente?

— Nada. Deixa pra lá — e então sorriu.

Ok, estava claro que nem ela e nem eu estávamos sendo sinceros um com um outro. Eu porque não tinha falado exatamente a verdade sobre o porquê de tê-la convidado para sair e ela porque não queria me falar o porquê de a irmã dela ter inventado algo tão idiota sobre mim. Eu precisava falar a verdade. Sabe aquele beijo que eu estava esperando há um ano? Eu estava louco para tê-lo e, caso eu não admitisse agora, eu nunca mais teria chances. Mas ela falou na mesma hora que eu e eu fiquei ainda mais constrangido.

— Eu te convidei porque gosto de você.

— Que iria me irritar.

Encarei ela e fiquei confuso. Como assim iria a irritar?

— Como assim iria te irritar?

— Como assim gosta de mim?

Novamente falamos na mesma hora e eu ri.

— Ok, primeiro você — falei.

— Como assim gosta de mim? — ela repetiu a pergunta.

— Eu... Gosto de você, muito mesmo. Eu queria te convidar pra sair há muito tempo, mas é que toda vez que eu tentava falar com você, eu desistia. Eu sou muito tímido e inseguro, então fiquei com medo de você me dar um fora. Eu nem sei como consegui te convidar pra sair, na verdade — dei uma pequena pausa — Eu... Faz um tempo que eu comecei a gostar de você dessa forma, e eu sempre tive medo de que você não sentisse o mesmo — estar falando tudo aquilo era burrice, porque quem diabos nesse mundo se declara dessa forma no primeiro encontro? Nesse momento, tudo o que eu queria era enfiar a cabeça em um buraco e ficar lá para sempre. Ela ficou sem reação por um tempo e então eu perguntei: — Como assim iria te irritar? — repeti.

— Ela... Ela sabia que me incomodaria. Ér... Que eu não gostaria de te ver com outra... — e parou de falar imediatamente, completamente corada — Eu... Eu tenho que ir... — e então se levantou, quase correndo. Eu fui logo atrás, não iria deixar ela ir embora logo agora que tinha falado tudo aquilo.

— Hey! O que aconteceu? — perguntei.

— Aconteceu que eu estou muito envergonhada. Eu... Você gosta mesmo de mim ou aquilo tudo foi apenas uma piada? — perguntou, depressa.

— Claro que não foi uma piada. Eu gosto de você de verdade — repeti. Era difícil repetir aquilo cara a cara com ela.

Eu esperava qualquer outra reação, mas ela, rapidamente e inesperadamente, me beijou.

— Gosto de você também — falou, por fim.


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Notas finais do capítulo

Então? Comentem, por favor, seja elogiando ou criticando (desde que sejam críticas construtivas, claro). Betagem do capítulo feita pela Clenery Aingremont, do Perfect Design. Thank you so much, Clenery ♥
Kisses,
Titia Argent.



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