Fracos escrita por Safira Lins


Capítulo 13
Capítulo 13: Motivações pessoais


Notas iniciais do capítulo

Olá gatinhas! Fiquem mais animadas aiinda, por que quando eu comecei a escrever esta fic eu a dividi a história em duas ou três partes, este capítulo finaliza a primeira parte, não é como uma temporada, pois as coisas continuarão desenrolando aqui mesmo, só que a história irá evoluir para um novo nível. Este capítulo esta preenchido com muitas cenas importantes pra trama, eu tenho absoluta certeza q vcs vão amar.
LEIAM AS NOTAS FINAIS.
Beijos!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/661651/chapter/13

Visão de Blásio Zabini

Depois de almoçar no Salão principal, voltei com Ginerva para o laboratório.

—Você não pode largar esse livro por um segundo? – a voz de Ginerva soa irritada

Respiro profundamente e abaixo meu exemplar sobre música erudita para encará-la com meu melhor olhar mortífero, isso naturalmente seria o bastante para afastar qualquer garota insuportável que ameaçasse minha paz, infelizmente, Ginerva Weasley não é qualquer garota insuportável, ela é muito pior.

Ao invés de recuar, a ruiva levantou sua sobrancelha esquerda em desafio.

Maldita seja Weasley. Maldito o dia em que concordei em fingir ser seu namorado.

—Você não podia ser mais paciente? – eu pergunto

—Eu quero sair! E você não larga esse livro, - a garota reclamou sentando-se em uma cadeira do outro lado do balcão do laboratório – Draco e Hermione foram pro hospital e vão chegar provavelmente só à noite, não tem nenhuma pista nova, Crudelis esta atrasado por causa da explosão, não é possível que você vá querer passar o dia inteiro nesse livro. Nós estamos de folga!

—Encontre algo para fazer sem mim – respondo calmamente voltando minha atenção ao livro.

Ginerva não é pior garota que eu conheço, é bonita e sua dedicação ao Quadribol é admirável, mas isso não significa que não deixa de ser irritante como qualquer pessoa é pra mim.

Silêncio. Graças a Merlin! Agora posso me concentrar.

Segundos depois sinto alguém atrás de mim e não precisa ser nenhum gênio para saber que é Ginerva, ela inclinou-se para ler o conteúdo do livro e fez barulhos irritantes com a boca.

—O que você quer Ginerva? – sou grosso abaixando o livro outra vez – Você não é uma popular do time de Quadribol cheia de amigos? Procure-os

—Nós precisamos passar tempo juntos, - ela se justificou – você disse que sua mãe vem nos visitar e eu não sei quase nada sobre você.

—E o que precisa saber? – eu pergunto na esperança que um diálogo rápido a fizesse desistir de estar aqui comigo.

—Eu, por exemplo, não sabia que você gostava de música.

—Sou pianista.

—É mesmo? – ela sorriu – Você devia tocar alguma coisa para mim qualquer dia.

—Talvez – dou de ombros

Silêncio novamente.

—Talvez quebre o gelo se eu disser algo sobre mim...

—Já sei tudo sobre você Ginerva.

—Isso é impossível.

—Você experimentou um novo shampoo hoje.

—Como você sabe? – ela arregalou os olhos surpresa.

—A mudança repentina na textura do seu cabelo é exposta até para os olhos mal treinados, além, é claro, que seu cabelo cheirava a frutas tropicais até ontem e hoje o frescor é de morango.

—É mesmo? – ela sorriu tocando seu cabelo parecendo lisonjeada por eu ter notado algo tão fútil – E... E você gostou?

—Por Merlin é claro que não! Seu cabelo parece mais seco e morango definitivamente não é o cheiro ideal para você, você devia saber disso já que seu hidratante para mãos é de frutas tropicais.

—Você é um grosso! – ela fez cara de brava e por um momento realmente acreditei que ela pularia em meu pescoço e eu estaria completamente indefeso em suas mãos fortes e eu tendo quase nenhum músculo para me defender – Grosseiro.

—Volte ao shampoo antigo, não havia por que mudar seu cabelo ruivo já era sedoso e brilhoso o suficiente antes de você se aventurar com produtos novos - estas são minhas últimas palavras antes de voltar a minha leitura, pelo menos ela desistiu de conversar.

Blás... – ela me chamou baixinho... Essa garota não desiste.

—Já não terminamos nossa conversa? – eu pergunto grosso com meus olhos no livro, mas na verdade estou muito curioso com sua mudança de tom repentina.

—Eu queria saber... Se você já beijou alguém.

—Eu nunca tive vontade – dou de ombros lendo novamente. Que pergunta mais estúpida.

—Então eu vou ser seu primeiro beijo?

Ok. Talvez essa conversa mereça mais da minha atenção.

—O que? – eu abaixo o livro e me viro para a garota ruiva

—Você sabe Blásio, se estamos fingindo um namoro alguma hora nós vamos ter que nos beijar em público.

—Um beijo na bochecha não resolve?

Namorados dão beijo na boca.

—Essa é conversa mais estranha e juvenil que já tive na vida – eu reclamo.

—Não é a mais normal pra mim também.

—Você quer que eu ti beije?

—Você acha que sua mãe vai acreditar que isso aqui, - ela apontou para nós dois – se isso aqui, é verdade, com menos que um beijo?

Repasso mentalmente tudo que eu sei sobre minha mãe e eu tenho certeza que até mesmo com um beijo é possível que ela duvide de mim, ela é muito perspicaz em leitura fria. Honestamente, é necessário atuações muito bem ensaiadas e arquitetadas para enganar alguém como Isabel Zabini. É óbvio que eu já havia pensado sobre isso, mas ouvir isso dos lábios de Ginerva é diferente, naturalmente eu já me recuso a chama-la por um diminutivo, trocar saliva e uma infinidade de bactérias através de duas línguas se tocando é quase impensável.

O barulho de uma porta se abrindo nos interrompe, e estou surpreso – não tanto quanto Ginerva – com a presença de Harry Potter.

Ginerva e Harry se encaram imediatamente, ela se enrijece do meu lado e se aproxima de mim tocando meu braço sutilmente, mas o bastante para fazer Harry desviar os olhos dela para mim.

Não que eu o odeie, longe disso, mas não sou um simpatizante de Harry Potter.

—Então as lágrimas já cessaram?

—Do que esta falando? – o Potter pergunta

—Você chorou muito pela morte da Chang, restam sequelas debaixo dos seus olhos – eu me refiro a sutil circunferência de inchaço debaixo dos seus olhos verdes, sutil demais para pessoas comuns notarem a presença.

—Pessoas estão morrendo e se eu posso fazer alguma coisa pra ajudar eu farei, não é só pela Cho. – ele se explicou dividindo o olhar entre mim e Ginerva – As primeiras mortes mesmo estranhas, pareciam isoladas, aquilo não foi nada isolado, é um assassino em serie, eu preciso ajudar.

 Um verdadeiro herói. Não tem absolutamente nada haver com a história e entra de cabeça só para ajudar os outros. Isso não é suicida? Depois eu sou o louco por estar nisso só pela diversão.

—Inusitado sua presença, com certeza. Principalmente quando esta tentando evitar Hermione, a garota que fingiu ser quem não era uma vida inteira por você.

Eu conheço os motivos de Hermione, motivos excelentes que ele poderia ter pelo menos parado para ouvir. Ela fez muito por ele, a única maneira que ele poderia corresponder é aceitando ela como irmã.

—Amor, pega leve com ele – Ginerva pediu carinhosamente para mim segurando uma de minhas mãos.

Sem melação garota. Por favor!

—O Harry quer ajudar e ele vai ajudar, - Ginerva continuou – pessoas estão morrendo, não vamos recusar ajuda.

—Ótimo. Então me contem tudo que vocês já sabem.

Mesmo com relutância, eu abro meu caderno de anotações e Ginerva me ajuda a contar tudo que nós já sabemos ao Potter.

—Então vocês acham que Crudelis esta tentando fazendo um ritual de invocação?

—Para despertar uma orcrux inativa – eu completo sua linha de raciocínio.

—Eu não entendo, por que não matar um represente de cada mês todos de uma vez?

—Depois que os olhos são retirados, eles passam por um processo muito delicado, isso incluiu ser banhados em wanina, uma substancia extraída da erva Wakande, é perigosa e demora algumas horas para alcançar o efeito.

—Estou entendendo... – é o que Potter diz enquanto assimila toda a informação, sentado em uma cadeira atrás do balcão – Agora que você desvendou a sequencia numérica, você pode calcular o próximo a ser assassinado?

—A lista de possibilidades diminuiu gradativamente, mas ainda é uma lista grande, os próximos mortos são pessoas residentes da Ilha ou alunos de Hogwarts que nasceram no mês de julho e agosto.

—Pode ser qualquer um...

—Não é emocionante? – eu sorrio

—Menos Blásio – Ginerva me cotovelou

—Além dessa erva, o que mais é preciso para um ritual de invocação?

—Excelente pergunta, Potter – eu sorrio outra vez.

Eu abro minha mochila e retiro dela cinco livros. Todos envelhecidos, com capas escuras, símbolos ligados à arte das trevas e muitos páginas. Ao contrário dos outros que dormiram, esta noite fiquei horas concentrado em minha pesquisa, Hermione diz que quando entro em um mistério perco a noção e começo a ficar obcecado, o que é hipócrita vindo de uma garota que vira noites estudando para provas que ela já tem conhecimento para tirar nota máxima.

—O que é isso?

—São fontes. Sãos os melhores livros de artes das trevas que você pode encontrar, como eu tenho não importa, - eu especifiquei o olhando nos olhos quando ele pareceu desconfortável ao fato de que eu simplesmente os puxei da bolsa – o problema é os autores dos livros apresentarem versões diferentes de como realizar o mesmo ritual.

—Você sabe como identificar?

—Sim, mas isso levará tempo.

—Quanto tempo?

—Indefinido. Porém todos têm similaridades, alguns ingredientes são usados para todos os rituais, o que mais parece é a erva Wakande, velas Jesouhaite, as cinzas do bruxo que criou a orcrux, a orcrux, doze almas, sendo seis mulheres e seis homens representando cada mês do ano e um coração pulsante, o último é um pouco controverso, está em quatro dos cinco livros, mas todos dão características diferentes para ele.

—Um ritual de magia negra... Como os trouxas costumam dizer. – Potter pensa em voz alta e respira profundamente – Crudelis disse que odeia o Malfoy e Hermione é necessária, certo? O que vocês acham que ele quis dizer com isso?

—É muito nebuloso, não posso arriscar um palpite.

Visão de Hermione Granger

[O'Children - Nick Cave]

[https://www.youtube.com/watch?v=MQL5zdEy-3k&ebc=ANyPxKrSiCbc4imGOsFqE88zl1tE5SdNxVgsK0DhYuX1Cdqh2mj_BE9KozW2MuxPqOn6pMhTo2H1NG0AMmyASdFHShAnmy29sA]

Sob a autorização da diretora de Hogwarts, Draco e eu viajamos via Pó de flu em uma lareira especial para um hospital mágico público. Um lugar não tão diferente de um hospital trouxa, a não ser pela intensa movimentação de pessoas e infinitos objetos mágicos voando pelos corredores atrás de uma linha pintada no chão dizendo “via de emergência”.

Não falamos com ninguém, aliás, ninguém parecia interessado em nós. Ocupados demais para notar nossa presença e Draco não parecia precisar de ajuda, pois seus pés já nos levavam para o lugar certo.

Eu estou indo ver Narcisa Malfoy. Quantas vezes já vi essa mulher? Três, talvez quatro vezes e nenhuma delas foi em um bom momento. Em três vezes das quais me lembro ela esta ameaçadoramente segurando sua varinha na minha direção ou de alguém na guerra e uma vez ela só era uma mãe preocupada.

Draco abre a porta de um quarto, ele entra em passos lentos e eu o sigo na mesma velocidade.

O Doutor nos cumprimenta com um aceno de cabeça enquanto sua varinha esta irradiando magia violeta na fronte da paciente que esta com os olhos fechados e um sorriso sereno no rosto

—Obrigado, Doutor Lisbon – a mulher diz firme quando ele termina – Draco!

—Mãe – Draco sorriu inclinando-se na maca para abraça-la muito gentilmente

Não... Essa não pode ser Narcisa Malfoy... Ela não parece em nada com a mulher linda que conheci. Seu peso foi reduzido em talvez quinze quilos, seu cabelo já não tem mais cor, a pele tão pálida que posso ver suas veias azuis pelos braços, pescoço e testa, e o pior, seus olhos estão avermelhados, uma cor muito viva em um corpo inegavelmente pálido e morto, o faz parecer um zumbi.

—Por que ela veio? Onde esta Astoria? – sua voz esta intacta quando pergunta desconfiada sobre minha presença.

—Não é nada, mãe.

—Existem jornais filho, eu sei das mortes da Ilha. Não é oficial, mas ouvi falar das suspeitas sobre vocês.

—Eu estou bem, Hermione e eu estamos trabalhando juntos, - Draco começa a explicar sentando em um banco ao lado da maca – não tem problema ela estar aqui.

—Tudo bem, – ela concorda com certa relutância olhando-me desconfiada, então vira-se para o filho com debilidade – quando receberei meu convite oficial para a festa de noivado?

—Então você já sabe... Três dias no máximo – Draco responde sem animo parecendo mais interessado em analisar seu estado – Doutor Lisbon? Os olhos dela parecem mais vermelhos.

—Nós dobramos as poções por dia, - o doutor explica – reforçou seu sistema imunológico, mas os efeitos colaterais ficaram. O resultado do seu exame, Sr. Malfoy, foi negativo.

—Exame? – eu me surpreendo

—Um exame de sangue que eu fiz para detectar uma possível Lithius, nada até agora – Draco me respondeu, mas não parecia muito interessado no resultado, que graças a Merlin é negativo.

Eu nunca vi Draco com seus olhos cinzentos tão tristes quanto agora, ele sempre transpareceu confiança, arrogância, um homem com coração inabalável de ameaças externas, mas agora, ele só parece um filho.

Meu coração se aperta ao imaginar Draco com Lithius.

Narcisa Malfoy ainda é surpreendente forte e imponente, mas eu sei que ela não demonstraria fraqueza com Draco deste jeito.

—Não me olhe com piedade – é o que ela diz para mim

—Eu também sinto respeito.

—Pelo que? Eu estive do lado de Voldemort por que eu quis, eu mataria você se ele me pedisse.

—Eu sei - eu suspiro pegando no meu braço, por reflexo, onde Bellatriz havia deixado sua marca quando eu estava na mansão Malfoy – e você também ajudou o Harry, traiu Voldemort quando disse que ele estava morto.

“Você salvou meu irmão quando eu não podia fazer nada” é claro que eu não disse isso, mas pensei.

A razão da minha vida sempre foi só uma: Proteger Harry Potter, deste jeito ele completaria sua missão e mataria Voldemort. Eu nasci para isso, eu não sou fruto de um amor de Tiago e Lílian Potter como o meu irmão, meu nascimento foi um grande plano, a bruxa Hermione Granger foi um plano, um enorme mecanismo de defesa que daria sua vida se preciso para proteger Harry Potter.

Meu pai Tiago e minha mãe Jane morreram quando eu era bebê, eu fui jogada para a família Zabini e depois para a família Granger, e todos sabiam por que eu estava ali, qual era meu propósito, eu sabia.

Até meus dez anos eu encarei o menino Potter como uma missão, um caminho que eu deveria passar para finalmente seguir com minha própria vida, livre dos meus compromissos do sangue, aos onze o conheci e a Rony Weasley e algo que eu jamais havia imaginado aconteceu, eu tive sentimentos para com Harry, eu passei a amar meu irmão de verdade, antes ele era apenas alguém que nasceu do mesmo homem que eu e que deveria protegê-lo, mas ele se tornou meu melhor amigo.

Então eu passei a proteger Harry Potter com uma paixão verdadeira, não de dever, mas por amor de família.

Durante o início desse ano Harry finalmente chegou ao estágio final da missão, ele esteve cara a cara com Voldemort, provou da morte e ele sobreviveu outra vez, eu não pude estar lá naquele momento, mas Narcisa esteve e o salvou, pouco me importa o porquê, ela salvou meu irmão.

—Eu fiz isso pelo meu filho, pela minha família, -Narcisa diz com firmeza na voz - eu escapei da mesma sentença que meu marido por isso. Você não precisa me respeitar.

—Não preciso, mas eu respeito. – eu digo engolindo as lágrimas e recebendo um olhar estranho da mulher por isso - Você estava sem varinha, se pôs em perigo, fez isso por que é uma mãe e nenhuma mãe como você merece ter o mesmo fim.

—Fim? – Draco se alterou – ela não vai morrer

—Desculpe, eu... – tento me corrigir

—Não, a Granger esta certa. – Narcisa Malfoy me interrompe – Lithius não tem cura, eu vou morrer Draco.

—Apenas pobres morrem de doenças, os ricos sobrevivem – Draco diz com confiança – e não existe riqueza maior do que a de um Malfoy.

—Talvez. Lúcio morreu, - ela suspirou – ele precisa ser enterrado ao lado dos túmulos dos antepassados.

—Como pode pensar nisso agora? – os olhos de Draco parecem mais duros do que só pode ser raiva.

—o sangue Malfoy precisa ser...

—Esquecido, - Draco a interrompeu – essa coisa de sangue fez isso com você.

—Draco seu pai esta em um caixão, ele está morto e merece ser enterrado com os antepassados da família e não existe ninguém mais vivo ou livre que possa fazer isso por você. Nós estamos falando do meu marido, o amor da minha vida, seu pai, ele tem que ter sua última vontade realizada. Volte para a mansão e enterre o Lúcio.

Não foi um pedido, foi uma ordem e Draco não tinha outra escolha além de acatá-la.

Visão de Astoria Greengrass

A temperatura ambiente esta alta esta tarde, não que o tempo da Ilha normalmente seja mais frio, mas hoje estou enlouquecida de calor. São quase 15h e não me restam muitas opções para fazer no resto do meu dia, pois todas as minhas atividades já haviam sido realizadas pela manhã e início da tarde, a vontade que eu tenho é entrar no meu quarto, tomar um longo banho e praticar meus passos de balé, infelizmente, Pansy me fez prometer que eu a esperaria sair de sua última atividade.

Uma dor de cabeça forte me aflige, então me sento debaixo da sombra de uma barraca e saboreio meu sorvete de morango. O lugar tem uma vista perfeita para o lago onde as atividades aquáticas eram praticadas, como a que Pansy esta fazendo agora.

Sinto um grande desejo de pular na água, mas tremo de medo ao imaginar o risco das pessoas verem minhas cicatrizes na barriga quando minha roupa estivesse molhada. Estas cicatrizes são um grande peso na minha vida, além de terem me deixado mais feia do que já sou destruíram completamente o meu sonho de ser mãe.

Toco minha barriga por cima do tecido escuro da minha blusa e suspiro, mesmo com o tecido quando deslizo meus dedos consigo sentir as marcas deixadas por meu pai. A memória ainda é viva na minha mente, eu ainda consigo sentir a garrafa se quebrando contra meu corpo e os estilhaços sendo arrastados na minha pele profundamente pela mão do meu pai bêbado, ainda sinto a dor absurda e o sangue escorrendo em abundância, a sensação desesperadora de que eu iria morrer talvez tenha sido a pior parte.

Tudo isso por que eu amo balé.

Agora sou uma das quinze finalistas do The Royal Ballet School, a suprema companhia de Londres. Eu me dediquei ao balé a minha vida inteira, horas e horas de treino por dia, abandonando alimentos e em uma dieta rígida que enlouqueceria muitas pessoas, mesmo com tudo isso, eu ainda corro risco de não ir, por que sou uma grande covarde.

—Oi

Eu salto na minha cadeira de solavanco e por pouco meu sorvete não cai ao chão

—Ei, desculpe – Rony, o rapaz que me assustou, diz rindo.

—Por favor, Rony, não faça mais isso – eu digo sentando-me novamente.

É neste momento que paro para olhá-lo e eu enrubesço tornando-me vermelha como uma pimenta. Eu nunca havia reparado em como o melhor amigo de Harry Potter havia crescido e se tornado tão bonito, é certo que era notável o quão alto ele havia ficado, mas o uniforme de Hogwarts e o Quadribol não lhe faziam jus.

Rony carrega uma tolha de banho branco nos ombros e usa apenas uma sunga tão vermelha quanto seu cabelo ruivo, seus braços e pernas são grandes, compridas e fortes, a barriga é indiscutivelmente musculosa e bem definida, tudo isso combinado aos desalinhados cabelos ruivo e olhos azuis o tornam atraente e sexy.

Acho que ele percebeu o quanto eu havia ficado vermelha, por que de repente ele também enrubesceu e sentiu a necessidade usar a toalha branca para se cobrir. Ok, isso é muito estranho! Acho que ele é tremendamente sexy para as mulheres, mas não sabe disso, por que nunca o vi com mais do que duas namoradas e segundo as fofocas foi Granger que terminou o namoro.

—O... O... Que... Aconteceu com suas mãos? – eu pergunto um pouco nervosa ajeitando meus óculos de grau no rosto

—Eu machuquei... – ele responde um pouco sem graça – artes físicas, eu ando treinando muito para uma prova.

 -Ah... Sei exatamente como é – eu respondo um pouco mais confortável em ver que talvez temos algo em comum, já que meus pés de bailarina já sofreram muitos machucados.

—Sabe? – ele ficou surpreso – Ah! É verdade, o balé.

—Como você sabe?!

—Calma, é que você estava com as sapatilhas naquele dia.

—Ah sim... – eu suspiro, mas não estou realmente aliviada.

—Eu quero falar sobre aquele lugar, - ele fica sério – eu acho que não devemos manter segredo.

—Por quê? Ela nos ameaçou.

—Se ela não quer ninguém lá é por que os motivos são sérios, como não saber se ela é uma seria killer que nos trouxe pra cá só para sermos as vítimas? Ela é tão suspeita dos assassinatos como a Hermione

—E o Draco – eu completei

Rony não esta errado, mas contar... Contar pra quem? Aquela mulher põe medo até nos mais corajosos.

—Já estão de segredinho é?

Pansy entra sem ser convidada na conversa com um olhar que mistura malícia e desconfiança. A morena é dez centímetros mais alta que eu e tem um corpo sensualmente muito bem distribuídos em seus 1,70 de altura, um cabelo escuro, pele morena, olhos negros, seios grandes, uma cintura bem definida... E esta usando um biquíni azul escuro. Humilhante! Pansy é simplesmente a garota que ti deixa com a autoestima lá em baixo só por estar no mesmo ambiente, é beleza demais.

Isso faz muitas pessoas perguntarem como uma garota como ela anda com um patinho feio como eu, uma magrinha cega completamente sem graça, perdi a conta de quantas vezes nos tacharam de sapatonas por causa disso, é claro que Pansy é confiante demais para dar bola pra qualquer comentário, infelizmente, eu não compartilho essa qualidade.

—Este é meu...

—Amigo, Rony – o ruivo cumprimentou com um aceno de cabeça apesar de ela já saber quem ele é, o mais surpreende é ele se chamar de meu amigo.

Silencio estranho com Pansy nos olhando desconfiada...

—O que é isso? – Rony pergunta de repente para a morena

—O que? – ela perguntou procurando

Quando ela mexe a cabeça posso ver sua pele roxa no seu pescoço, grande e escura demais para ser um chupão, aquilo não parece nada normal. Seguindo a direção dos nossos olhos Pansy segura seu pescoço e seu rosto se contorce de dor

—Ai! Esta queimando... – ela gemeu

Pansy retira sua mão e geme outra vez de dor, ela toma uma grande surpresa ao ver a pele dos seus dedos tomarem a mesma coloração estranha e começarem a se espalhar subindo pelo seu pulso e cotovelo.

—Ai meu Merlin! – eu me assustei – O que é isso Rony?

—Esta queimando, dói muito! – Pansy começou a gemer mais alto

—Não sei, vamos para a ala hospitalar!

Rony segura Pansy no colo e nós corremos para o castelo, seguimos o caminho mais curto para a ala hospitalar enquanto Pansy se contorce de dor, rapidamente os gemidos de dor se tornam gritos e choro, o desespero toma conta de mim.

—O que esta acontecendo? – a enfermeira pergunta

Rapidamente vários bruxos apostos para uma emergência trazem uma maca e Pansy é aos gritos posta deitada.

—Ela estava bem, então às manchas apareceram e ela sente como se estivesse queimando – eu digo atropelando as palavras – o que é?

—Levem para a sala de emergência, - um médico da à ordem para os enfermeiros após dar uma olhada no corpo da morena – ela foi infectada.

—Infectada com que? – eu pergunto desesperada, mas ninguém responde.

Rony e eu continuamos procurando respostas, mas a enfermeira simplesmente nos aconselhou a se acalmar.

—Vamos! – eu seguro Rony e vou o arrastando para fora da sala

—Aonde vamos?

—Um laboratório de poções, Blásio deve saber o que esta acontecendo.

Visão de Draco Malfoy

Quando eu era criança meu pai era um herói, um símbolo, uma meta. Lúcio Malfoy me educou sob os princípios do sangue, o dinheiro, o poder, o nome Malfoy deveria impor respeito e soberania. Eu cresci acreditando que a família Malfoy devia estar acima de todos os mestiços e nascidos trouxas, eu segui isso adorando meu pai como um grande homem por trás do nome, eu queria agradá-lo de toda maneira possível e este foi o único motivo que eu tive para me tornar um comensal da morte.

Voldemort nunca me interessou, a causa da guerra por mais que parecesse interessante era estar dentro de uma batalha que não me agradava, eu sou um sobrevivente, não um herói.

Usei meu profundo dom com oclumência para não deixar que minha mente fosse penetrada e isto funcionou, me manteve longe da linha de frente, até meu pai fracassar em uma missão, ser derrotado pela Ordem da fênix e preso em Azkaban. Voldemort ficou furioso e fui arrastado pra uma missão especial, matar Dumbledore.

Isto foi um pontapé para minhas inseguranças sobre meu pai, pela primeira vez eu vi que ele não era perfeito e estava sujeito a falhas, a doença da minha mãe e sua total falta de interesse em salvá-la foi o que destruiu completamente nosso relacionamento, eu o odiei profundamente por isso.

—Draco? – Hermione me chamou

Sua voz me traz a realidade e me vejo no cemitério da família Malfoy. Os elfos da mansão já haviam terminado de cavar. O corpo do meu pai seria sepultado ao lado dos nossos antepassados, uma forma de honrar alguém que não merece honra em minha opinião.

—O que estão esperando? – eu pergunto aos elfos que me olham amedrontados pelo meu tom de voz – coloquem o caixão na cova.

Apressadamente os cinco elfos seguram juntos o pesado caixão e levam a passos curtos para a cova.

—Não precisava ser tão grosso – Hermione me corrigiu – eles só estão seguindo suas ordens

—Não se intromete – eu sou grosso e não me dou ao menos o trabalho de olhar para a garota, este não é o melhor momento para ela me dirigir à palavra.

Eu sinto raiva, eu sinto ódio, eu quero matar alguém e esse alguém é Crudelis, eu preciso jogar isso que eu estou sentindo para fora.

—Por que esta agindo desse jeito? Eu sei que é difícil sepultar seu pai, mas...

—Mas o que? – eu a interrompo virando-me para olhá-la nos olhos

—Não pode transmitir a raiva que você sentindo para mim ou esses elfos.

—E por que não? – eu bufo

—Lúcio matou a si mesmo, Draco. Ele esteve com Voldemort por que quis, ele provocou sua morte, a culpa é somente dele.

—Eu vi a morte dele!

—O que? – Hermione ficou confusa dando um passo para trás

—Crudelis quando apareceu para mim me mostrou em tempo real a execução do meu pai, - eu explodi jogando o fato que tanto me incomoda para fora de mim – ele fez isso para me incentivar a odiá-lo, por que tudo que ele quer é me ver sofrer e é por isso que quando eu tiver a chance, não vou ter misericórdia, vou mata-lo antes que seja preso.

—Achei que não se importava com seu pai...

—Você não sabia? – eu sou irônico – Sou um paradoxo ambulante. Eu vou matar Crudelis, ele vai ver que não pode enfrentar Draco Malfoy e sair ileso.

Viro-me para os elfos apressados em terminar seu trabalho terminando de jogar terra em cima do caixão do meu pai.

—Você é muito orgulhoso de si não é? Até quando age com o pensamento de um assassino vingador, você devia sentir vergonha – Hermione diz em tom acusador.

—É verdade, eu tenho um péssimo hábito de vingança contra assassinos em serie. Sou diabólico, não? – eu sou sarcástico da maneira que eu sei que ela odeia, então me viro outra vez para a castanha – Sejamos claros, ele não é um anjo, eu só vou dar a ele o que ele merece, uma morte muito dolorosa.

—Esta fazendo isso por você, não pelas vítimas.

—Bingo! Eu estou fazendo isso por mim, mas isso favorece a família das vítimas. Eu não sou o herói, você não escuta o que eu digo?

—Eu escuto... Eu escuto muito bem, – Hermione respirou fundo e me encarou profundamente nos olhos – eu não vou deixar você matar ninguém a não ser que seja estritamente necessário, muito menos por em perigo o andamento dessa missão.

—Missão? Você tem um senso de dever ridículo. O que tem isso de missão? Alguém esta nos incriminando e nós vamos revidar, é muito simples.

—Como você pode dizer isso? Pessoas inocentes morreram, - ela enfatiza o “morreram” e me segura forte com as duas mãos na minha camisa – como é possível que você não tenha nenhum interesse nisso? Cho era inocente, Not era inocente... Os quatro eram vidas comuns com amores, sonhos, metas... Outras pessoas os amavam! Crudelis tirou a vida de pessoas que não tinha nada haver com o que esta acontecendo.

—Crudelis merece a morte por isso.

—Não cabe a nós decidir isso Draco.

Em um ataque de raiva afasto Hermione de mim com um empurrão e encaro os elfos que já terminaram o trabalho

—Saiam daqui! – eu gritei e os elfos desapareceram

—Quando chegar a hora se alguém da equipe tentar ti impedir, o que vai fazer?

—Eu vou matá-lo – eu digo com certeza

—E se for eu? – Hermione se pôs na minha frente – Vai me matar também?

Não faça isso comigo Hermione, por favor...

Você tem um poder sobre mim que mulher nenhuma já teve... Não faça isso comigo.

—Draco, você vai me matar? – Hermione pergunta e seus olhos castanhos estão marejados esperando por minha resposta, mas eu não respondo, eu não consigo responder.

Um silêncio nos assombra. Hermione respira profundamente antes de continuar

—Astoria precisa abrir os olhos, - ela diz baixo com um tom ácido – aquela menina merece alguém muito melhor que um aproveitador como você.

—É mesmo? – eu dou um sorriso sarcástico – Não se preocupe se eu vou ti matar quando chegar a hora, seu Vitinho de estimação vai entrar na frente do meu Avada Kedrava.

—Como ousa fazer essas insinuações? – ela aumenta o tom – Viktor não é nenhum bicho de estimação para mim e ele é muito mais homem do que você jamais será.

—Ele é um fantoche! Assim como você tenta fazer comigo!

—Do que falando? Ficou louco? – ela começou a gritar

—Você sabe do que eu estou falando rata da biblioteca, – eu começo a gritar me aproximando da garota e ela recua um passo – você desde o poço finge que se preocupa comigo, então depois começa a me julgar, eu sou um nada pra você!

—Você esta dizendo um monte de bobagens e não tem autoridade nenhuma pra falar assim comigo sua doninha quicante! Você diz que uso o Viktor como fantoche, mas você é um grande idiota que usa meninas e joga fora a vida inteira, você não tem moral nenhuma pra me dar sermão!

—Se não tem mais nada a dizer... – eu sou direto – Então peço que me esqueça.

—Então me diga como por que eu não consigo parar de pensar em você

Não consegue parar de pensar em mim?

As palavras parecem ter vazado dos lábios da castanha, pois a própria parece não acreditar no que disse, então sem “mas” ela me da às costas.

—Eu também...

Hermione de costas para mim para no terceiro passo de distancia, também surpresa com o que eu disse.

Sem me dar ao luxo de pensar eu a puxo pelos braços e selo nossos lábios.

Finalmente eu a beijo, ela cede imediatamente abrindo passagem com os lábios para a entrada da minha língua, eu a puxo pela cintura e ela segura meu rosto com as duas mãos. Eu beijei muitas mulheres na minha vida, mas nada chegava perto da sensação de paraíso que estou sentindo nos lábios de Hermione, pois meu coração parece ter parado de bater e o sangue em minhas veias criou um novo percurso.

 Eu a seguro intimamente no meu corpo, as mãos de Hermione passeiam por mim, ela segura com força meu braço e com a outra mão me puxa pela nuca para mais perto aprofundando o beijo.

O meu mundo finalmente pareceu entrar em harmonia.

Afastamo-nos quando nos faltou ar, mas nossos corpos ainda estavam a centímetros de distancia. Os olhos castanhos de Hermione me olhavam intensamente e eu acariciava sua bochecha com uma mão.

—O que vamos fazer? – ela sussurrou

Eu estava pronto para tê-la aqui mesmo, nesse chão, mas Hermione parece preocupada e temorosa e eu entendo por quê.

—Eu quero você – eu respondo

—Eu também... – ela fechou os olhos com força e uma lágrima solitária rolou por seu rosto

—Eu não sei o que esta acontecendo, - eu sou sincero - mas eu não consigo parar de pensar em você.

—Seja o que for... A atração que nós estamos sentindo não vai fazer você romper o noivado.

O que ela diz me atinge com um soco no estômago. Romper o noivado? Não... Não posso fazer isso. Pelas barbas de Merlin o que eu estou fazendo?

Eu estou paralisado com suas palavras, Hermione delicadamente segura minha mão no seu rosto da um beijo na palma da minha mão e então se afasta de mim com um passo para trás.

—Não sou qualquer garota, desculpe, não posso fazer isso.

Eu não sei o que responder, ou se pelo menos sou capaz de responder. Desde o anuncio do noivado Hermione é a primeira garota com quem eu me arrisco a ficar, muitas garotas se ofereceram da maneira mais vulgar possível para me satisfazer e a única que eu gostaria de estar simplesmente diz que “não pode fazer isso”.

Mesmo assim eu continuo encantado por Hermione Granger, afinal, o que eu estou sentindo?

Correspondo a segurando pela cintura e lhe dando outro beijo profundo e cheio no carinho dos lábios, eu me preocupo em aproveitar cada segundo e ela corresponde com o mesmo fervor, desta vez eu me separo dela e digo:

—Tudo bem, é absurdo pensar que o vilão ficaria com a mocinha. Vamos embora.

A castanha piscou algumas vezes antes de dizer um triste:

—Tudo bem

Não me importa se existe essa atração, não vou desistir de salvar minha mãe por uma garota, seja o que for que esta acontecendo entre nós.

Visão de Hermione Granger

Nem mesmo eu sei de onde tirei tanta coragem para recusar Draco Malfoy... Aquele beijo, meu Merlin, aquele beijo... Deixou-me com as pernas fracas, não me deixou pensar direito, eu me senti nas nuvens, seria devastador comparar o que senti ao beijar Viktor à paixão queimante dos lábios de Draco Malfoy.

O pior é saber que Draco sente alguma coisa por mim, é real, eu tenho certeza do vi nos seus olhos cinza, mas não é o bastante, eu preciso concordar com o que ele disse, apesar de isso me entristecer profundamente a mocinha e o vilão não ficam juntos no fim da história.

Quando voltamos para o castelo Pégaso é fim da tarde, quase noite, encontramos o laboratório vazio.

—Hermione, - Draco me chamou a atenção com um papel na mão – Gina deixou um recado para nós, houve uma emergência, eles estão na ala hospitalar.

Nós fomos a passos ligeiros para a ala hospitalar, surpreendentemente Harry, Rony e Gina estão do lado de fora conversando com os rostos sérios sobre alguma coisa, isso me fez apressar os passos, a primeira coisa que penso é que algo aconteceu com Blásio.

—Cadê meu irmão? – eu pergunto preocupada a Gina

—Calma, ele esta lá dentro... Hermione, espera.

Não paro para ouvir mais, eu só corro para dentro, passo por alguns médicos e enfermeiros no caminho, mas suspiro de alívio ao encontrar Blásio no fim do corredor conversando com Astoria.

—O que aconteceu? Você esta bem?

—Não é comigo que deve se preocupar – o rapaz negro respondeu

—Eu disse pra você esperar – Gina diz quando se aproxima com os outros.

—Pansy esta lá dentro, ela foi medicada e passa bem, mas é melhor você ver com os próprios olhos.

Blásio abre a porta e eu entro no quarto com apenas Pansy Parkinson deitada em uma cama branca, atrás de mim segue-se Draco, Harry, Rony, Blásio, Gina e Astoria.

A morena esta consciente, apesar de parecer sonolenta seus olhos se movem quando entramos na sala, sua pele parece um tom mais claro que o normal, mas isso não é o que chama atenção, mas sim sua pele arroxeada e enxada nos braços e pescoço.

—O que esta sentindo, Parkinson? – eu pergunto

—A queimação passou

—Ela foi contaminada com wanina – Gina me explicou

—Elemento químico extraído da erva Wakande... – eu suspiro – Essa substancia é tóxica, o assassino devia estar com as roupas infectadas quando a tocou.

—A boa notícia é que isso fortalece a teoria – Blásio diz segurando meu ombro – nós estamos mais perto

—Que bom que você sente isso, por que eu nunca me senti tão longe.

—Não devíamos discutir isso aqui – Draco diz olhando diretamente para sua noiva Astoria

—Não sou criança, minha melhor amiga foi infectada e quase morreu, eu peço, por favor, que me digam o que esta acontecendo.

—Rony esta comigo, e nós estamos com vocês – Harry afirma.

—Vamos discutir isso lá fora, - Gina diz – ela precisa descansar, o médico disse que ela precisa estar em repouso por alguns dias.

—A Weasley esta certa – Astoria se aproximou da cama e puxou o lençol para cobrir a amiga até o pescoço.

Parece que de quatro passamos a ser oito pessoas. Não quero envolver mais pessoas nisso, as coisas estão ficando perigosas, mas Pansy foi introduzida a isso quando foi raptada, Astoria é um efeito colateral e para fechar Harry e Rony não conseguem agir de outra maneira a não ser com heroísmo, afinal, eles querem ser aurores.

Há uma toalha em cima do lençol, eu a retiro e sou pega de surpresa por uma mensagem escrita no tecido:

“Eu voltarei com força total”

Não tenho a menor dúvida disso, mas desta vez meu time é maior.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

ATENÇÃO! ATENÇÃO! ATENÇÃO! NÃO PULA ISSO AQUI!!!
Oi gatonas, quero dizer q como vcs ja devem ter percebido minha história é bastante diferente de qualquer coisa que ja leram do mundo Harry Potter, pois bem, eu adoro fazer isso e estou desenvolvendo uma nova fanfic do mundo Harry Potter e vocês estão sabendo de primeira mão! Ainda não tem previsão de estreia, mas ja posso revelar o título: Coven das bruxas de Salém
Se vocês estiverem interessadas digam nos comentários que no próximo capítulo trarei novas notícias!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Fracos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.