Amaldiçoado. escrita por DarthDaniels


Capítulo 4
IV - Recordações


Notas iniciais do capítulo

Então, esse na verdade ta sem revisão, porque os chatos dos meus amigos querem ler ele hoje então....
Esse cap é pra vocês seus chatos.

Beijos de luz.



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Estava chovendo, para piorar a situação de Daniel, que de robe sentava no banco de trás da viatura.

– Pensei que ele tivesse ido pra sempre – comentou Daniel com os olhos fixos nas gotas de chuva no vidro da janela. – Depois que do assassinato do meu irmão, nada mais aconteceu. – completou com uma fúnebre, triste, quase falhada.

– Também esperávamos que mais nada acontecesse, mas dessa vez é diferente. – disse a tenente no volante olhando com certo pesar para seu parceiro, concordando que o homem se a muito se tornara digno de pena.

A viatura andou cerca de dois quilômetros em uma estrada pouco usada desde a criação da rota 66, dobraram a uma estrada de terra. A lama não foi tanto o problema e depois de vinte minutos chegaram a uma cabana abandonada em frente a um lago. A cabana era pequena e mostrava sinais de abandono no seu exterior com as janelas quebradas, mas estas eram protegidas por grades e sua porta era de ferro maciço.

Na frente da cabana estavam uma viatura e dois policiais fumando na varanda, um homem alto e magro com feições jovens, mas cansadas e um mais velho, grisalho e com uma barriga protuberante forçando a camisa do uniforme.

A porta da cabana estava entreaberta e isso causou um arrepio terrível em Daniel.

– Tenente, não mexemos em nada como você nos pediu – Disse o mais policial mais velho.

–Obrigado Dawnford – respondeu Áletris passando por eles e entrando na cabana.

Quando Daniel passou por eles pode escutar os comentários dos policiais ali fora.

–... se é ele mesmo, temos que deixar o IML preparado que serão vários pedaços.

– Não faça piadas com isso idiota.

“Ele voltou”, pensou Daniel.

Tudo começou após o sumiço de Helena, depois que ela o deixou, ele afundou em copos de bebida e prostitutas quase desistindo do próprio sonho se não fosse a ajuda de seu irmão. E então começou, quase em ordem cronológica todas as 12 prostitutas morreram, esquartejadas, torturadas, tratadas como lixo em um ano culminando na maior investigação que a cidade já teve e Daniel sempre foi visto como o assassino de cada uma delas pela cidade, mesmo tendo um álibi para cada crime e não terem achado nenhum prova sobre quem fez isso.

Cada noite que se deitava com uma prostituta, a anterior morria, mostrando que de alguma forma, o assassino sempre sabia o que ele estava fazendo.

Cada corpo, encontrado sempre em locais específicos e isolados, em sua maioria na própria casa das mulheres e algumas deixadas em becos, em casas abandonadas, com a mesma assinatura: Uma palavra. Uma palavra diferente a cada morte, mas nunca no mesmo local. Eram deixadas em guardanapos, panos, na parede, riscadas em vidros, lugares sempre aleatórios.

Eles entraram na cabana e a cena foi como um baque ensurdecedor na cabeça de Daniel. A cabana tinha um cômodo só e um banheiro, tudo era muito limpo apesar das janelas quebradas, na parede a sua esquerda havia muitas ferramentas, de todos os tipos e tamanhos, de prego e martelo a um bisturi.

Na parede a sua direita tinha algo que o arrepiou até os ossos: Fotos. Fotos dele. Havia mais fotos na parede que qualquer álbum de família tem. Mas o pior era as fotos de seu quarto, fotos dele com cada mulher que levou a seu quarto e de cada mulher que morreu, enquanto dormiam, após a noite delas com ele.

Essa parede o deixou horrorizado, como tinham conseguido acessar seu quarto? Como havia uma câmera lá que ele não percebera? Vendo o horror no rosto de Daniel, a tenente pediu para que Marcelo saísse.

– Eu sei isso é horrível, mas preciso que você reconheça esse corpo. –caminhou até a extremidade da cabana onde havia um freezer que Daniel sequer tinha notado e o abriu. Daniel caminhou até lá e ficou paralisado quando a viu, nada poderia ser pior que a parede de fotos ele pensara, mas aquilo, ela, era o mais inesperado e esmagador que poderia acontecer, como um pesadelo a muito tempo enterrado no fundo de sua mente.

– Helena... – sua voz falhou, caiu de joelhos e chorou, chorou desamparado remoeu cada pequena memória que ela estava presente e elas escorreram pelos olhos, a tenente entendendo foi até a porta,, olhou para ele pensando em como a vida pode destruir alguém, e deu para ele o espaço e tempo necessário.

Depois de quase uma hora encostou-se no freezer, afundando a cabeça em suas mãos chorou, chorou em silêncio até conseguir sair da cabana com o olhar sério que entrara.

– Tenente, desta vez o pegaremos? – perguntou Daniel, com os olhos no chão e distante dali.


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