Pessoas Mudam Pessoas. escrita por Fucking Dreamer


Capítulo 1
Por que não podemos simplesmente sentir?


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem, não aguento mais a espera pelo próximo ep. então resolvi escrever haha.
Comentem, me digam o que acharam.
Beijos de lux no core ♥



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Depois que voltaram do Texas, os relacionamentos estavam cada vez mais confusos, Riley não conseguia lidar com os sentimentos de Maya por Lucas, fingir não ligar não estava mais adiantando. E Maya percebeu isso também, mas não sabia o que fazer, Riley sabia de tudo sobre ela e segredos não eram opção, queria acalmar as duas pessoas que dividiam o espaço em seu coração.
Tudo continuou "normal", mas a janela de Riley não era mais tão ocupada. No lugar de Maya quem acabava subindo era Farkle, que mesmo com suas duvidas, entendia que Riley precisava de alguem, que pela primeira vez Maya não podia ser.
A loira se sentia extremamente culpada por isso, sabia que Riley não estava bem, mas não tinha ideia do que fazer. Ela queria enterrar seus sentimentos bem fundo, como ja havia fazendo até pouco tempo. Maya se olhou no espelho com vergonha de fazer alguem de quem tanto gostava se sentir mal, de repente uma força a fez chorar, e não pouco. A garota estava em prantos. Não podia mais controlar seus sentimentos como fez a vida toda, Riley sempre disse que ela devia expressar seus sentimentos e acreditar nas coisas. E da primeira vez que fez isso, essa confusão aconteceu.
Ela sentia uma mistura de emoções, raiva, tristeza, confusão e principalmente solidão, algo que geralmente Riley podia controlar, mas nesse caso até faria mas sem a menor vontade. Nem olhar na cara da amiga queria, e tinha que fingir que estava tudo bem.
Ela resolveu que não dava mais para evitar sair de casa, ja tinha faltado dois dias de aula com uma desculpa que estava com dor de garganta. Tinha que sair, mas sozinha, para pensar. Pegou uma jaqueta de couro do seu armario e se decidiu ir até o parque, queria ir ao Topanga's mas depois de um segundo a ideia ja saiu de cogitação.
Maya pergou o metrô e em 10 minutos ja estava no parque, ela gostava do lugar. Famílias felizes fazendo pequeniques, a grama verde, uma parte da cidade que não tinha acabado essa cor. Ela sentou debaixo de uma árvore, e pegou o celular que Cory lhe deu. Começou a rodar o rolo de camêra. Viu suas inumeras selfies com Riley, Farkle ganhando a feira de ciências, as fotos da turma que tanto gostava e sua foto de aniversario, com sua mãe e Shawn. Novamente lagrimas saiam de seus olhos, uma coisa que a garota não suportava era demonstrar fraqueza, mas como ninguem a conhecia naquele lugar, era ela com ela. Continuou assim, desligou o celular e fechou ou olhos, deitando encostada no tronco da árvore.
De repente uma voz famíliar me desperta de meus pensamentos.
--Maya?
--Lucas, o que você ta fazendo aqui?
--Eu tinha um jogo de basquete ali na quadra, e tenho que passar pelo parque pra pegar o metrô. E você?
--Nada, só tedio mesmo. -Falei tentando disfarçar minha cara vermelha.
--Maya, vira pra mim. Você ta.. chorando?
--Não huckleberry, é so impressão.
--Você não me engana. -Disse, sentando-se ao lado da loira. --O que aconteceu?
--Caiu um cisco no meu olho.
--Nos dois?
--Lucas, sai daqui. Eu só quero ficar sozinha.
--Mas eu só quero te ajudar. -Disse surpreso com a reação da garota.
Ela queria ele ali, mas parece que tudo se complicava mais e mais.
--Me ajudar? Cara, você não entende mesmo o por que eu to assim? Que você ta no meio disso e que não vai conseguir me ajudar por que ninguem pode, minha cabeça é um buraco negro sem sentido que merece o esquecimento.
Nessa hora o rosto da loira ja estava encharcado, as lagrimas saiam rapidamente por mais que ela queira evitar, mas depois de um tempo ela simplesmente desistiu de tentar.
--Era isso que eu temia que chegasse a acontecer. Maya, é por isso que você faltou na escola? Não tava tudo bem entre você e a Riley?
--Sim.. Ela diz que ta, mas está diferente, afastada. Eu não aguento ficar lonje da minha melhor amiga. Mas não quero ceder. Então como sempre, eu fujo dos meus problemas como se fossem uma garoa.
--E por que você foge?
--Eu não sei. Medo que de tudo errado.
--Como assim errado nesse caso? A Riley te ama e não é por um motivo desses que vai parar. -Percebo a força de seu olhar para mim.
--É facil falar o que pode dar errado. Ela pode nunca mais falar comigo nem olhar na minha cara, sem ela eu não sou nada... E tem você. -Diz ela, com medo do que vem depois.
--Eu?
Ela se decide a soltar tudo de uma vez, não tinha mais nada a perder.
--Você não entende o quão perturbador está sendo falar com você agora? Você foi o primeiro amor dela, ela nunca vai esquecer, ela te ama. Mas o problema é, eu não controlo meus sentimentos, se pudesse controla-los nada disso estaria acontecendo. Lucas, isso não vem do dia do rodeio,na rebelião da detenção, você estava do meu lado, não do dela. Você disse que eu sou talentosa, que minha arte é boa. Você me ajudou a ter esperança, uma coisa que eu nunca tive em nada. E nessa singela esperança que algo pudesse acontecer a meu favor acabei machucando uma pessoa que sempre quis a minha felicidade. Doi muito saber que quando eu sinto algo que alguem percebe, sempre vai me machucar. Vocês são almar gemeas, se completam, São inteligentes, boas pessoas, tem esperança e acreditam nas coisas. Coisas boas acontecem com vocês, comigo não. Eu não quero que ela ceda você pra mim sendo que os dois são destinados a ficar juntos.
--Maya.. eu..
--Eu sei que é verdade Lucas, não precisa me fazer ficar melhor. Sentimentos, amor, qualquer relacionamento proveitoso da vida não existe, está errado ou logo vai acabar. Isso é, comigo. Eu não sou nada, sou alguem prendendo o resto do grupo para baixo.
--Minha vez de falar -Lucas aumenta a voz --Você não é nada disso que está falando. É a força que nos tira do irreal e põe na vida, não da pra conhecer o mundo sem uma dose de realismo. Quero te ajudar a acreditar mais em você, te fazer entender que não é simplesmente uma pessoa no grupo. Somos uma família. Todos nos amamos, talvez uns mais que outros.
--Você e a Riley.
--Não. -Disse tímido. --Eu e a Riley, temos tudo isso em comum, é verdade, somos iguais e que graça tem nisso? Eu a amo, e muito mas é uma coisa diferente, como você mesma disse, ela é minha irmã.
--Eu..eu.. ela é sua familia, ela acredita, ela ta do seu lado! Eu que devo, ser sua irmã, pra te irritar, zoar, brigar enganar.. você é o huckleberry! o Ranger Rick. Eu sou sua irmã. -A garota ja estava em prantos ao dizer isso.
--Você não é minha irmã.
--Porque não?
--Porque numa irmã eu não faria isso.
Lucas de surpresa para ambos os lados da situação, num movimento repentido segurou Maya pelo pescoço, olhava em seus olhos e dessa vez, diferente do dia no Texas, a beijou. Não foi um beijo qualquer, foi algo com emoção, era como se seus sentimentos explodissem e uma onda de prazer estava em seus corpos. Eles queriam se abraçar e não soltar mais, Lucas queria arrancar fora todos os sentimentos ruins e angustias, Maya queria alguem do seu lado, para espantar a solidão que estava passando, na realidade desde que seu pai foi embora. Alem de Riley ninguem conseguia preencher o vazio que isso causou, mas nesse dia, nesse beijo com Lucas ela esqueceu tudo. Esqueceu a situação de seu coração e só conseguia pensar que esse momento não podia acabar, que esse sentimento devia ser para sempre. Eles se separaram.
Maya olhou diretamente nos olhos do loiro e soltou um.
--Obrigada.
--Pelo que?
--Por preencher o vazio.
--Eu to aqui pra você.
--Você promete? -pergunta com esperança.
--Sempre. -diz ele sorrindo.
--Mas e quanto a Riley?
--Ela vai acabar entendendo, a amizade de vocês é maior que qualquer coisa.
--Mas e se não entender? Eu só não queria que meus sentimentos machucassem alguem além de mim.
--Maya, ela vai entender. E olha pra mim. -O garoto prensou as mãos em seu rosto. --Nesse momento vamos só deixar levar, simplesmente ser alguma coisa no mundo, e não ligar pra nada.
Ela concordou com a cabeça. Deitou com cuidado no colo de Lucas e assim ficaram até o anoitecer, entre conversas e beijos a tensão e os problemas de Maya foram se esvaíndo. No por do sol ela olha pra ele e diz:
--Sabe, eu acredito agora.. Pessoas realmente mudam pessoas.


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Notas finais do capítulo

Espero que tenham gostado. Um beijo um queijo e tchau ♥