PDV Geral 

Pam e Gibby tomaram um baita susto quando uma voz masculina soou pela sala de estar. Gibby pensou se tratar de um fantasma ou algo do tipo, pois o ambiente só continha mobílias antigas.

— Wallace? 

— Pam!

Os dois trocam olhares por alguns segundos, enquanto o Gibby parecia não ter nenhuma reação. Wallace acaba deixando a escova de dentes cair no chão. 

— Quem deixou você entrar? Eu pensei que...

— Que eu estivesse nas ruas pedindo esmola!? - completou a loira, convicta. - Eu me recuperei, Wall! E estou muito bem, obrigada.

— Olha...

— Não quero saber - Ela cortou ele novamente. - Você me enganou! Eu só estou aqui porque quero o meu dinheiro... Apenas isso.

Pam olhou para o Gibby e fez um gesto com a cabeça para ele, mas o garoto não entendeu o que ela quis dizer. 

— Segure ele antes que escape! - gritou Pam para Gibby e chegou a empurrar o gordinho para cima do rapaz.

O empurrão da Pam fez com que o Gibson fosse jogado aos pés do Wallace, e, para não ter a má sorte de cair de cara, Gibby tentou se apoiar em algo. Ele se segurou na primeira coisa a sua frente, no caso, a toalha que enrolava a cintura do Wallace. Enfim, a toalha estava nas mãos do Gibby e o Wallace estava totalmente despido naquele momento.  

— Garoto! - murmurou Wallace extremamente irritado. 

Pam apenas riu da situação, enquanto o Gibson não fazia esforço s para se levantar do chão ou entregar a toalha para o Wallace. 

Enquanto isso...

— Mais devagar, Sam! - reclamava o Freddie. Ele demonstrava estar mais do que arrependido de deixar a namorada dirigir.

— ESTAMOS PRÓXIMOS! - Ela afirmou olhando do GPS para a estrada. Ela realmente não estava nem aí para as leis de trânsito. Nas estradas onde a velocidade permitida era 40 km/h, ela acelerava para 180 km/h.

— Próximos de morrer? - Freddie se segurou por tudo que foi canto. 

As viaturas da polícia voltaram a ficar na cola dos dois, porém, pior estava por vir: haviam dois helicópteros perseguindo o carro.

E enquanto tudo isso... Distante da Europa...

A família Shay estava de volta à Seattle. O Coronel Shay fez questão de dispensar os outros dois 'soldados' para deixar os dois filhos no apartamento 8-C.

— Nossa que rápido - disse Carly, sem ânimo, ao entrar no apartamento. - Eu pensei que só iríamos chegar amanhã. 

— Pois é - relatou Spencer, enquanto carregava as malas de viagem para dentro. - O jatinho militar fez milagres. 

— Calados - disse o pai, fazendo-os se sentar no sofá da sala. - A minha conversa com os dois ainda não terminou.

Carly cruzou os braços e ergueu as sobrancelhas para o pai.

— Nossa... Mas o senhor já falou conosco fora daquela delegacia, dentro do carro e até no jatinho... - relembrou a morena. - O senhor poderia deixar, ao menos, eu falar com os meus amigos? Porque eu não consegui telefonar para nenhum deles enquanto estávamos no ar...

O sr. Shay cruzou os braços para a filha e aparentava estar prestes a não permitir, mas não conseguiu:

— Pode. - disse de um jeito meigo e carinhoso.

Então, Carly se levantou do sofá, tirou o Pear Phone do bolso e fez uma ligação para a Sam. Enquanto a loira não atendia a ligação...

— Pai - disse Spencer. - Posso ligar a televisão? 

— Não! - respondeu o coronel. 

Carly (telefonema ON): Oi, Sam... Está podendo falar?

Sam: Oi, Carls... Sim, estou dirigindo, mas pode falar...

P.S.: A voz da Sam foi abafada pelos gritos desesperados do Freddie, que pedia "socorro" e murmurava "para esse carro, Sam!", além das sirenes de polícia e outros barrulhos assustadores. 

A morena estranhou tudo, mas se tranquilizou, visto que a voz da Sam tinha um tom de suavidade na voz.

Carly: Está tudo bem, aí? Que zoada é essa?

Sam: Nada de mais, Shay... O que você quer?

Carly: Bom, depois eu conto. Aconteceu uma coisa surpreendente quando fui buscar o Spencer da prisão hoje... Dirige com cuidado, amiga.

Sam: Pode deixar. 

Assim que a Sam encerrou a ligação, Carly voltou a se sentar no sofá ao lado do Spencer, que discutia com o pai a respeito de "poder assistir televisão".

— Ninguém aqui vai assistir TV até essa nossa conversa acabar - avisou o coronel Shay, mas o aviso não valeu de nada: Carly acabou ligando a TV.

— Foi sem querer, pai - mentiu a Carly.

 Em si, o coronel Shay não reclamou com a filha, pois a notícia que estava sendo transmitida era de extrema importância para todos:

"Na França, um carro de placa 'XXY88*8' anda causando um imenso pânico na cidade. Viaturas da polícia suspeitam se tratar de um ato terrorista..."

— Terroristas? - Spencer se perguntou.

— Ufa! Ainda bem que vocês estão salvos aqui - O sr. Shay olhou orgulhoso para ambos os filhos. 

— Shiii! - Carly pediu silêncio. - Eu acho que conheço esse carro...

"... Até então duas pessoas foram identificadas: Freddie Benson e Sam Puckett. Ambos são namorados, americanos da cidade de Seattle e deram entrada em vários hotéis europeus... Voltaremos a qualquer momento com mais notícias".