PDV - Freddie

Depois que Sam e eu voltamos para o hotel e que descobrimos que Carly e Gibby dormiram juntos; o Spencer convidou todos para um cinema "Cult", porém, as meninas optaram em permanecer no hotel...

 Bem, foi uma ideia da Sam, pois ela estava bastante preocupada com a mãe, e a Carly preferiu confortar a amiga, enquanto estávamos fora. 

— Qual filme iremos assistir? - Gibby perguntou ao Spencer, que não lhe respondeu.

O velho Shay ainda estava extremamente chateado pelo ocorrido na manhã.

— Ah, Spencer - Gibby voltou a chamar a atenção dele. - Acredita em mim, cara! Não aconteceu nada entre Carly e eu.

Por mais engraçado que fosse, eu decidi apoiar o meu amigo 'esquisito':

— Vamos, Spencer - segurava os ombros do Gibby, enquanto olhava diretamente para o Shay. - O Gibby ainda é um garoto ingênuo... Ele não iria fazer algo... "Implícito" com a Carly.

Spencer cruzou os braços. 

— Ainda tenho dúvidas de que tenha acontecido algo...

— Eu dou a minha palavra! - Gibby deu um passo a frente.

Spencer entortou a boca de lado e descruzou os braços, meio convencido. 

— OK! - Spencer ergueu as mãos. - Vou considerar as suas palavras, mas se eu notar que você andou...

— Olha só! - interrompi o Spencer para dar um aviso importante: - A nossa sessão vai começar agora! Vamos logo!

Puxei o Gibby para longe do Spencer, que nos acompanhou até a sala de cinema, em silêncio. 

(***)

Horas depois, voltamos para o nosso hotel, e Gibby, Spencer e eu decidimos bater no quarto da Carly, onde a encontramos conversando com a Sam.

— Como foi o cinema, meninos? - quis saber uma Carly curiosa.

— Bem legal e... Estranho também... - argumentou Gibby - O filme estava todo em francês... Acho que eles se esqueceram de por em inglês. 

Spencer e eu demos gargalhadas.

— Argh, eu estou muito apertado! - berrou Spencer, antes de correr para o banheiro do quarto. 

Reparei a Sam - bem desanimada e pensativa - sentada na cama da Carly. Eu a estranhei, pois nem parecia a minha Puckett, que curtia irritar idiotas e assustar criancinhas.

— Tudo bem com você? - me aproximei da loira.

— Está - ela murmurou. - Freddie, preciso falar com você... Em particular...

Ergui uma das sobrancelhas. 

— Certo... Vamos lá fora então - peguei na mão dela e a encaminhei até a saída do quarto da Carly, mas quando estávamos saindo, ouço um grito estérico vindo do banheiro. 

— O que foi isso? - Sam me perguntou, assustada.

Eu também estava curioso para saber do que se tratava, e não tenho dúvidas de que o grito era do Spencer.

— ALGUÉM PODE ME EXPLICAR O QUE É ISSO!? - Spencer sai do banheiro, já berrando. Ele segurava uma pequena caixinha em uma das mãos. 

Notei que Carly e Sam trocaram olhares, mas, ainda assim, eu não fazia ideia do que aquela caixinha poderia ser.

— O que essa caixinha de anticoncepcional está fazendo no seu lixeiro, Carly!? - questionou Spencer, olhando da irmã para o Gibby. - Gibby você me deu a sua palavra. 

— O que é anticoncepcional, gente? - Gibby estava mais perdido que tudo.

Carly apenas revirou os olhos.

— Calma, Spencer... - disse ela. - Vamos com muita calma... E... E... Por que você estava vasculhando o meu lixo!?

Spencer sorriu e negou:

— Nada a ver... - Ele se expressou. - Essa caixinha estava no topo do lixo... Quase gritando o meu nome.

Carly bufou.

— Não exagera, Spencer! 

Foi nesse momento em que a Sam me puxou para fora do quarto da Carly, deixando os dois (Carly e Spencer) discutirem a vontade.

(***)

Sam me levou até o hall do hotel, por ser um dos locais mais tranquilos para conversar. 

— Eu estou em dúvida... Aquele anticoncepcional era para você? - perguntei.

Sam revirou os olhos. 

— É óbvio, Freddie! Eu ia entrar nessa questão - Ela indagou. - Ontem, não sei se você percebeu, mas não nos...

— Prevenimos - completei com as mãos na cabeça. Quase me desesperei. - Hmm... Como você está se sentindo? Sentiu alguma coisa diferente? 

Sam fez uma cara de quem não entendeu muito bem as perguntas. 

— Enfim - Ela ignorou esse momento. - Vamos tomar mais cuidado da próxima vez, okay? Não quero engravidar...

— Ha! Você acha que eu quero que isso aconteça agora?

Ficamos em silêncio por alguns segundos.

— Agora entendo a minha mãe - Sam entrou mais uma vez no assunto. - É uma grande responsabilidade e ela, com toda certeza, não soube... e ainda deve não dar muita conta. 

Puxei a loira para mim e lhe dei um rápido beijo, o que a deixou um pouco feliz.