Flashback:

Floresta Encantada

       17 de Agosto de 1501

  A carruagem do rei e da rainha de Wandervell,estava em alta velocidade. Já estavam na Floresta Encantada em direção ao castelo da rainha má.

Cora cuidava a movimentação de longe.

“Minha filha vai lançar a maldição amanhã. Não vai deixa-los sair... Portanto o castelo deles será o local perfeito para o que eu preciso.”

  Reino de Wandervell

   Robin estava no castelo do rei, seu pai... Aguardava ansioso a chegada de sua tia. Caminhava de um lado para o outro.

Todos os seus homens alegres estavam hospedados no castelo. Roland brincava em frente a lareira.

—Se acalme Robin! Vai dar tudo certo.

Um de seus amigos disse.

Antes que ele pudesse responder uma essência vermelha surgiu no ambiente era Cora.

—Quem é você?

Robin pergunta.

—Eu é quem pergunto quem é você?

Cora o olha com desdém.

—Ele é filho do rei!

Seu amigo responde.

—Vejamos, o rei tem um filho bastardo!

 Cora o analisava, até que percebeu a tatuagem de leão no braço de Robin.

  Lembrou-se perfeitamente bem do dia em que encontrou Tinkerbell pela primeira vez, e a mesma lhe informou da oportunidade que sua filha teria de amar pela segunda vez...

Cora empalideceu.

—Quem é a senhora? E o que quer aqui?

Robin pergunta autoritário.

  Cora precisava descobrir mais coisas a respeito daquele homem, o que ele pretendia.. Logo responde:

—Eu vim falar com o rei... Tenho assuntos a tratar com ele. É sobre a rainha má.

Cora mente.

—Ele não está mas conhecidentemente,foi para a Floresta Encantada encontrar a rainha má. Se a senhora quiser esperar, se tudo der certo até a rainha a senhora poderá encontrar aqui em algumas horas. Tenho um acerto de contas com ela!

Ele afirmou.

— Que tipo de acerto de contas?

Cora pergunta preocupada.

  Sabia que eles não poderiam se encontrar, seria difícil para ambos ignorar o que sentiriam,por mais que não quisessem. Era esse o destino de duas almas gêmeas, se encontrar.

  Regina não poderia ter a “esperança” de encontrar o amor novamente,era uma tola e provavelmente repensaria a ideia de lançar a maldição,acharia que o destino estava lhe dando uma nova oportunidade. E realmente estava. Sua filha não devia ceder a magia da luz,não agora faltando tão pouco...

   Cora sabia que seria muito difícil o rei Antony e a rainha Isabel enganarem sua filha, e conseguirem leva-la ao castelo,provavelmente  como ela havia pensado desde o princípio Regina os manteria presos por la...´Por outro lado eles pareciam ter um plano,  não podia descartar a possibilidade.

 Regina não podia de forma alguma se encontrar com “esse homem...”

  Era uma feiticeira poderosa,entretanto não poderia matar a todos ali presentes e ainda teria que ter energia para proteger parte do reino da maldição de sua filha, para que ela não perdesse suas memórias...

“Memórias! Perder memórias é isso!” Cora pensou.

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Dias atuais – Storybrooke

        Sala da prefeita

[...]

—Nós vamos procurar o homem da tatuagem de leão.

Ema disse convicta.

—O que vocês estão malucos? Essa ideia está fora de cogitação...

—Por que? É o correto a se fazer!

Afirmou Rumple.

—Você não é ninguém para dizer o que é correto ou não... Eu já disse que não quero encontra-lo!

—E você prefere morrer? Essa é a sua solução?

Questiona Ema.

—Não tenho mais nada que me prenda aqui!

—Como não? Você tem amigos por aqui,seu pai, Elizabeth e o... Henry, ele também é seu filho!

—Amigos? Você tem certeza? A rainha má não tem muitos amigos,muito menos um pai,ou sequer um filho!

Regina se levanta nervosa.

—A rainha má não... Mas a Regina Mills sim! Se você não precisa da gente,nós precisamos de você!

Ema se levanta e caminha até a porta,antes de sair conclui:

—Não vamos permitir que você cave a sua própria cova!

Ema sai batendo a porta.

   Regina estava surpresa com as palavras da salvadora.

      Não negava que parte dela queria encontrar o homem com a tatuagem de leão, entretanto tinha receio. Sabia que havia destruído a vida dele tanto quanto a dela...

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Reino de Wandervell

    [...] Era exatamente aquilo que ela faria.

—Essa tatuagem... Quantas pessoas tem o conhecimento dela?

Cora pergunta.

—Por que? O que isso tem haver com a rainha?

—Responda! Responda logo! Antes que eu faça algo com seu filho.

Cora olha para Roland que brincava distraído.

  Robin tenta aproximar-se dela, porém Cora é mais rápida e com sua magia prende Roland na parede,sendo ele segurado por raízes de árvores,uma delas em seu pescoço.

—Papa!

Roland exclamou.

—Quanto mais relutante você for em responder essa pergunta,mais seu filho será sufocado!

—Não! Por favor pare! Não o machuque!

Robin pedia apreensivo.

Cora deixou Roland respirar novamente.

—Espero que agora você responda a minha pergunta.

   Nesse instante os amigos de Robin se aproximaram dela,erguendo suas flechas. Assim como fez com Roland os prendeu na parede.

—Acho que vocês não estão entendendo! Estou tentando ser boa,mas se não cooperarem terei que fazer um derramamento de sangue por aqui... E tenho certeza de que não é isso que você quer!

    Robin estava assustado em ver seus amigos todos presos...

—Responda Robin Hood! Quem sabe sobre essa tatuagem?!

—Não sei... Os meus homens alegres aqui... Não me recordo muito bem,sempre fui  muito discreto em relação a ela. Foi feita quando perdi minha mãe. É um símbolo familiar...

—Me poupe dos detalhes!Mais alguém sabe?

Robin calou-se.

—VAMOS RESPONDA!

—Sim,minha tia e ... E três dos meus amigos que a rainha mandou matar.

—Os três estão mortos... Mas sua tia, é com ela que devo me preocupar!

—O que a senhora pretende fazer? Por que a tatuagem é tão  importante?

—Vou apagar a memória de todos vocês. Ninguém irá se lembrar da tatuagem. Precisam esquece-la!

—Por que preciso esquece-la? Acho justo descobrir a verdade, afinal você apagará as minhas memórias.

—Você é a alma gêmea da minha filha! E a sua tatuagem é a única coisa que ela conheceu aquela noite na taverna.

—O que? Quem é sua filha? Quanto a essa história de alma gêmea não se preocupe, eu lhe garanto que só amei uma mulher na vida! Marian! E pelo que você disse,eu nem conheço sua filha. Não apague as nossas memórias!

—Não se preocupe vocês só se esqueceram da existência da tatuagem, e tudo relacionado a ela. Se eu pudesse não gastaria minha magia apagando a memória de ladrões... Mas é necessário, ao contrário do que você pensa,poderia encontrar minha filha hoje! Embora eu acredite que seu pai não irá conseguir o que pretende, não posso arriscar.

—Espera! Sua filha que é minha possível “alma gêmea” é a rainha má?!

—Sim.

—Não. Você está maluca se acha que eu me apaixonaria por aquela mulher...

—Acredite rapaz,vocês são almas gêmeas. O destino de vocês foi traçado desde que nasceram... O destino de vocês era se encontrar. Mas eu vou me encarregar de que isso nunca aconteça! Amanhã ela lançará a maldição e vocês viveram em mundos separados. Regina juntamente com o povo da Floresta Encantada irá viver em um mundo longe  daqui. E você e seus... Como é mesmo? Ah! Homens alegres viveram aqui em Wandervell sob as minhas ordens!

Robin estava pensativo,embora não acreditasse em alma gêmea, questionou:

—Pode até apagar nossas memórias. Mas a tatuagem irá deixar de existir?

—Tecnicamente não... Estará escondida  sob um feitiço de invisibilidade. Não posso faze-la desaparecer... Mas posso esconde-la.

—Toda a magia pode ser quebrada!

—Cale-se! Já cansei de ouvir a sua voz! Está na hora do meu triunfo! Preciso destruir tudo que possa fazer minha filha ceder a magia da luz.

   Uma forte luz vermelha atinge a todos, na sala, Cora pronuncia algumas palavras. Percebe que a tatuagem estava invisível aos seus olhos. Logo em seguida perderam a memória e de tudo relacionado a ela.

  Cora os prende em uma prisão subterrânea que havia embaixo do castelo. Ela desaparece.

—O que aconteceu? Como viemos parar aqui?

Um dos homens alegres perguntou.

—Não sei, só me lembro daquela mulher chegando... E depois não me recordo de mais nada.

Robin respondeu.

      Giselda corria apressada em meio aos arbustos, ás vezes olhava para trás com receio de que algum cavaleiro negro da Regina a encontrasse. Nem a chuva gelada que caia naquela noite a impediu de prosseguir.

  Entretanto foi surpreendida por uma mulher que a olhou de cima abaixo e disse:

—Finalmente conhecia a mulher que me roubou o amor da minha filha!

Giselda deu um passo para trás, sabia exatamente quem era. Cora a mãe que Regina tanto desprezava. Devido as coisas que ela havia feito.

—Não fique com medo! Não vou machuca-la. Tenho outros planos...

—Que planos?

—Apagar algumas das suas memórias.

—Por que?

  Cora rapidamente explicou a Giselda que retrucou:

—Você não pode fazer isso! Não pode separa-los! Meu deus como não percebi isso antes! Eles se completam  em tantas coisas. São perfeitos um para o outro. Preciso voltar ao castelo, Regina tem que saber, eles merecem isso. Não destrua  a felicidade dela novamente. Vamos fazer com que ela desista de lançar a maldição. Dê a sua filha a chance de amar de novo.

—Você está blefando! E não vai para lugar algum!

Cora a prende em uma árvore.

Giselda fraca diz:

—Você não poderá mante-los separados para sempre.

—Isso é o que veremos!

  Cora usou sua magia a fazendo esquecer, e foi embora ao perceber que os cavaleiros estavam próximos... De longe ouviu os gritos dela.

    Sorriu satisfeita,tudo havia dado certo.

   Cora não contava apenas com o fato de que 28 anos a frente sua filha voltaria ao passado e traria três homens que ainda possuíssem a lembrança da tatuagem...

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    Já era fim de tarde, Regina havia ligado,pedindo para que João fosse busca-la... O mesmo se preparava para ir a cidade, até que Giselda surgiu:

—Você vai buscar a Regina?

—Sim ela acabou de ligar.

—Eu sei como que você está tentando ajudar ela a se enturmar por aqui... Agradeço por isso,mas seráque você pode negar carona quando ela pedir?

—Como a senhora quiser dona Giselda. Mas por que? A senhora não gosta dela?

—Não. Não é isso querido. Gosto até demais, faço isso para que ela e Robin fiquem mais tempo juntos.

—Ah não me diga que a senhora esta tentando...

—Fazer com que eles se apaixonem um pelo outro? Exatamente.

—E por que a senhora acha que isso pode dar certo. Digo eles se apaixonarem,pelo que sei os dois não se suportam...

—Eu não sei porque... Mas sinto que o destino deles é fiquem juntos...

   Regina viu a caminhonete chegar e desceu as pressas, ao abrir a porta exclamou:

—Você! Ah eu não acredito!

—Minha tia pediu para que João a leva-se em outro lugar... Então vim busca-la. Sinto muito decepciona-la senhora excelentíssima prefeita.

    Estavam no meio do caminho, quando derrepente Robin freia apressadamente.

—Não pode ser ele exclama!

Desce da caminhonete e vê João, Gregório, Magnus e sua tia dentro do carro, batido em uma árvore.

Nervosa Regina pergunta:

—Eles estão vivos?