DIGIMON R-C.A.S escrita por 41TRevol


Capítulo 3
Capítulo 3 – Desperte! Jyari-Gigi-MON!




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Estou respirando lentamente. Ponho a mão no peito e sinto meu coração acelerar. Nunca pensei que morreria aqui.

Algumas horas antes...

O Palácio, colorido, angelical, está agora despedaçado e destruído. Vejo pequenos monstros voando em torno do palácio que agora está se desabando em direção ao chão. Não há nenhum sinal de Angemon, provavelmente está morto.

Levanto-me e saio do local, e penetro mais a fundo a floresta enorme ao redor de mim. Não há como eles me verem aqui, estou cercado de árvores enormes.

Lembro-me das palavras de Angemon: ”Eles sabem que vocês estão aqui.” – Eles quem? Essas criaturas que acabaram de explodir o palácio ao qual estávamos segundos antes? Nesta mesma hora poderíamos está mortos se estivéssemos demorado mais alguns segundos por lá.

Olho para o pequeno aparelho que me foi designado, o DigiVice. Ele disse que uma mensagem chegará por volta da noite.

Começo minha caminhada pela floresta e ao longo do caminho encontro pequenos digimons, eles não sentem minhas presença, mas mesmo se sentissem eles não tem cara de que fariam algum mal para mim.

Algumas horas se passam.

Está tudo muito escuro, a noite já chegou. Encosto-me em uma grande árvore e olho pro pequeno aparelho.

Aparece uma pequena luz em sua tela.

“Olá Trevol, esteja preparado para o que iremos informar para você” – uma voz de mulher vindo do DigiVice. Estou realmente surpreso. Não aparece nada além de um branco na tela. – “Você será agora tele transportado para onde tudo começou.”.

Uma enorme luz sai do DigiVice, tanto que sou obrigado a fechar meus olhos pela imenso brilho.

Abro meus olhos, e estou em um lugar totalmente diferente ao qual estava.

Estou em uma aldeia, de casas de palhas. Um pouco igual ao que eu estava com o velho. Vejo vários Digimons, de vários tipos. Muitos passam diante de meu corpo. E então percebo que não estou ali, é como se fosse uma alucinação.

E então, escuto uma sirene alta tocar. Todos os Digimons começam a correr, fico me perguntando o que está ocorrendo. E então olho para cima, e vejo bolas de fogos vindo do céu em direção ao chão. E uma enorme explosão ocorre em toda a aldeia.

“Foi isso que a guerra trouxe” – ela continua á falar, não consigo vê-la, apenas ouço sua vez – “Quando os dois lados acabam brigando e discordando das ideias do outro, acaba havendo guerra e lutas. Só que nunca presenciamos algo dessa magnitude.”.

Ando pela aldeia destruída, em chamas, e vejo muitos Digimons desaparecendo. Pequenas partes do seu corpo se formando em um vazio, algo que presenciei no palácio.

“Reunimo-nos, e escolhemos que iriamos arriscar vidas humanas que pudessem nos ajudar nessa causa.” – Ela está falando de mim e de todos os outros quatro que vieram para este mundo – “não podemos revelar o modo que conseguimos para trazê-los para cá. É sigiloso. Apenas peço uma única coisa, que vocês consigam e tentem destruir todo o seu mal. E botar um fim nisso.”.

Uma luz imensa aparece diante de meus olhos.

E então, me vejo novamente, encostado á árvore. E não está mais de noite, já está em plena amanhã. Um clareado volumoso diante de mim.

O pequeno aparelho – DigiVice – continua pousado em minha mão.

E então me pergunto, por que eu deveria confiar nessas pessoas que nem uma informação sobre como nos trouxeram para cá podem ser ditas? Por que tudo é sigiloso? Eu não sei se ainda devo seguir com isso, mas se eu não seguir vai adiantar de que? São muitas perguntas pra poucas respostas.

“TREVOL!” – Grita algo ao meu lado que me fez me dar um pulo de susto.

É um Digimon pequeno e vermelho, com orelhas parecendo asas de morcego. E que sabe meu nome.

“Finalmente me encontrei com você” – O pequeno Digimon diz.

“Como assim?” – Pergunto – “Aliás, como você sabe meu nome?”.

“Sou seu Digimon” – Ele diz vindo em minha direção. – “Me chamo Gigimon, pensei que iria vir como Jyarimon.”.

“Oi?” – Eu realmente não estou entendendo nada do que essa criatura está falando.

“Oi!” – Ele repete – “Você é um DigiEscolhido, lembra? Cada DigiEscolhido tem seu Digimon. Ou o seu superior não lhe disse isso?”.

“Superior?”

“Sim. A pessoa que contatou com você no DigiVice” – Ele vai em direção ao aparelho que está encostado na árvore, e ao qual eu joguei com o susto.

“Na verdade ela não falou nada. Não me lembro do Angemon ter citado algo.” – Digo e realmente não me lembro dele ter citado.

“Mas eu serei. Cada humano tem seu Digimon.” – Após ele dizer isso, eu penso nos outros quatro, eles também devem ter recebido um Digimon.

Ele realmente é uma criatura muito esbelta e fofa, mas no que ele servirá para mim? O que eu devo falar para ele? Pensei que Digimon não tinha dono.

Olho para ele por alguns segundos. Ele mexe a cabeça sem entender.

“Eu queria saber se...” – Tento perguntar, mas sou interrompido por um ruído.

Olho para os lados, não encontro nada.

Tudo volta ao pleno silêncio.

E então, algo enorme cai encima de nós. É uma criatura preta, se parece muito com a mesma ao qual nos atacou no palácio.

“Encontrei um humano” – Fala a criatura se levantando e me pegando com sua enorme mão.

Começo a me debater, e vejo que Gigimon – meu Digimon - está inconsciente, no chão.

“Meu chefe vai amar saber que finalmente achei” – Ele diz e se prepara para voar, comigo em sua mão.

Consigo soltar minha mão, e dou um grande soco em sua cara. Fazendo doer meus dedos.

“Você acha mesmo que vai fazer algum dano contra mim?” – Ele joga-me em direção a árvore. E minhas costas se debatem com o tronco da árvore. Uma dor insuportável.

Estou respirando lentamente. Ponho a mão no peito e sinto meu coração acelerar. Nunca pensei que morreria aqui.

O Digimon me pega novamente em sua mão. Tento chutá-lo com alguma força que me resta, mas não adianta. Suas garras são muito fortes. E está me fazendo contorcer de tanta dor.

Meu Digimon continua inconsciente, será que ele está morto? Não, não pode ser.

“Me solta” – Grito – “Eu não sou humano nenhum.”.

“Acha mesmo que vai me enganar?” – Ele ri, e então se prepara e começa a voar.

Não. Eu não quero ser morto. Eles vão me matar. O Angemon disse isso, tanto que está morto agora. Eles vão me torturar, não sei. Meu coração não para de bater a cada segundo. Ele está muito acelerado.

Uma grande linha de calafrios percorre o meu corpo.

O Digimon continua a voar cada vez pra cima, e já consigo ver as milhares de árvores. Não consigo mais ver o meu Digimon.

“Não, por favor, não” – Tento, mas não consigo nem sequer mexer um músculo contra toda a força do Digimon – “Eu não quero... Por favor.”.

Se eu tenho um Digimon, não é pra ser o dono dele. Eu percebo isso em pleno perigo. O meu Digimon será para me proteger, para me guiar em todas as tarefas que tenho que completar nesse mundo.

Mas eu percebi isso tarde demais. E acabei ficando muito tempo ali.

Eu podia gritar e falar qualquer coisa, mas a única palavra que sai com todas as forças da minha boca é apenas uma:

“GIGIMON” – Grito com toda força que tenho.

E uma luz imensa sai da árvore em minha direção.

“O que é isso?” – Pergunta o Digimon ao qual me segura.

Desta luz, algo está flutuando rapidamente em minha direção. E logo vejo que é o aparelho, o DigiVice.

Uma frase em negrito aparece bem diante de meus olhos, e grito ela com todas as forças que ainda restam em mim:

“DIGITALIZAÇÃO DE TRANSFORMAÇÃO!”

E um fogo enorme sai da árvore e vem em minha direção. O Digimon ao qual me segura fica logo surpreso e me solta para se proteger.

O fogo o atinge.

Eu caio. Estou em uma altura grande, se eu cair diretamente ao chão, ou morrerei ou quebrarei algo do meu corpo. E então vejo mãos que aguardam minha chegada.

Chego ao chão e algo me segura em seus braços.

“Desculpe, por tê-lo feito passar por isso” – Fala uma criatura grande e vermelha – “Sou o Guilmon, a DigiEvoluição do Gigimon.”.

Ele se transformou. Em um minuto estava consciente, e no outro ele conseguiu chegar até isso. Foi por conta do DigiVice, por conta da minha dor. Nós temos uma ligação.

Ele me coloca no chão, olho para o lado e vejo o Digimon voltando em nossa direção. O fogo não foi o suficiente para detê-lo.

Coloco a mão em minhas costas doloridas ao qual se encontraram com a árvore. Olho para o meu Digimon, Guilmon, e apenas pronuncio duas únicas palavras:

“Você consegue!”.

Continua no próximo capítulo.


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Notas finais do capítulo

Se tiver algum erro ou algo que estiver incomodando vocês, fale nos comentários. Não se segura, sinta-se a vontade para falar qualquer crítica e dizer o que tão achando e o que esperam acontecer daqui pra frente.

Pra quem aguarda os outros quatro DigiEscolhidos que estavam no capítulo anterior, el irão aparecer sim, mas aos poucos, estão separados por enquanto.



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