Legendary Dreamer escrita por Pink U


Capítulo 1
Capítulo Único


Notas iniciais do capítulo

Bem, cá estou eu mais uma vez.
Não pretendia participar desse Desafio, mas a ideia veio do nada então arrumei uma meia hora e escrevi.
Espero que gostem. Desculpem pelos erros.



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Para o resto do mundo, chamam-me de Maria; para o meu amado mundo atrás da tela de um computador, meu nick é LegendaryDreamer.

Moro nas periferias do Rio de Janeiro, numa casinha quase que caindo aos pedaços e sem donaire algum, tive que trabalhar meio período para comprar meu computador, não podia pedir para os meus pais, isso os deixariam lúgubres, culpando-se que não poderiam dar a filha o que ela quer ao menos uma vez. Porém, consegui o comprar sozinha, ele provavelmente é roubado, mas não me importo. Ele é meu mini-portal para um mundo de fantasia cheio de unicórnios e sonhos, o mundo das fanfics.

Sou uma leitora totalmente viciada, leio um pouco de tudo e de tudo um pouco. Ler é minha vida. Ou pelo menos, a vida que eu queria ter.

Acho melhor o admoestar desde já, sou apaixonada por clichês. Todos nós somos no fundo, por mais que xingamos toda vez que nos deparamos com um, todos nós queremos um lindo final perfeitamente clichê. E eu não sou diferente.

Hoje, antes do meu ônibus para a escola chegar, me peguei a reiterar alguns pensamentos... Por quê os clichês são sempre tão afastados do Brasil? Nunca vi uma fanfic aqui. Nunca vi nomes realmente brasileiros rondando por aí. Nunca vi personagens de várias etnias em uma história só. Nunca vi.

Antes que eu pudesse ajeitar e antepor meus pensamentos, meu ônibus chega. Entrei e sentei no melhor banco que consegui achar, tinha alguns furos mas... Bem, melhor não reclamar, se não, eu vou ter de ir a pé. Peguei-me novamente em uma imersão de ideias e foi assim até que eu chegasse no colégio.

Não sei nem o porque de eu ter ido a escola, é fim de ano, ninguém faz nada. Bem, as professoras ficam paquerando os professores e estes por sua vez ficam paquerando as alunas mais bonitinhas, mas isso não conta por não ser produtivo. Quando eu já estava prestes a cometer um homizio logo ali, o sinal tocou. Só falta mais uma aula, graças a Deus.

Retiro minhas graças, é aula com a pior professora dessa escola. E olha que é difícil eleger um só com o nível disso aqui. Ela ensina muito mal, odeia os alunos e parece estar sempre pronta para despedaçar as esperanças dos mesmos, o passatempo dela é difamar meu sonho. Se eu quiser escrever até não aguentar mais e falir por causa disso, o problema é meu! Se eu escrever até não aguentar mais e lucrar por causa disso, adivinha? O problema também é meu.

Acho que cochilei na "aula" dela. Ela só ficou mexendo no celular o período todo mesmo. Acordei acho que pouco depois do sinal de saída bater. Ainda tinha alguns alunos aqui e acolá mas... Puta merda, meu ônibus!

Corri o mais rápido que pude sem sucesso, consegui ver ele virando uma esquina já bem semota dali. É, não tem jeito. Vou andando. Voltando a estaca zero e aos meus pensamentos vazios ... Por que quase nada acontece no Brasil? Por que nada acontece nas "regiões mais carentes" do Brasil?

Andando para casa, perdida em pensamentos, me deparo com um velho. Ele não era só velho, ele era bem velho. Sabe, barba branca e tudo... E roupa branca? Isso me faz lembrar... O Gandalf.

Será que... Não. Não pode ser! Será que minha vida vai passar por uma reviravolta? Será que abriram os olhos do resto do mundo e eles perceberam que o Brasil existe, será que algo interessante vai acontecer em plena cidade de Deus?

Sem pensar duas vezes corri para a parede mais próxima e fui me aproximando do Mago Branco. Camuflagem concluída com sucesso.

"– Oh seu idiota ! Minha roupa ainda não ficou pronta? Estamos quase em Dezembro !" –disse Gandalf. Meu Deus! O que vai ter em dezembro? Novo filme? Será que eles vieram para o Brasil caçar o décimo membro da Sociedade do Anel?

"– Lamento, vovô. O tecido vermelho chega só amanhã.." –respondeu alguém de dentro de uma loja. Para que Gandalf, o Branco ia precisar de tecido vermelho? De qualquer forma, ele se despediu e deu as costas para a loja se deparando... Comigo. Camuflagem falhada, totalmente falhada.

O velho sorriu.

" - É difícil ser Papai Noel nesses dias..." –disse dando leves tapinhas na minha cabeça e seguindo seu caminho, não antes de proferir um "Ho ho ho", é claro.

Segui meu caminho, bem sem-graça agora para falar a verdade. Eu confundi um Papai Noel com o Gandalf, que ótimo. Daqui a pouco vou estar vendo até...

Aquela cabine telefônica... Não parece uma Tardis? Tem um monte de jovens correndo ali... Estão fugindo do Labirinto? Aquele pássaro ali... É um tordo? Por que raios esse apartamento é o 221B? Aquela tatuagem no braço do cara... É uma runa? Se tá de brincadeira que aquele carro é um Impala! São tantas referências e... Eu entendi todas! (Até a frase anterior é uma referência...)

Acho que estou ficando louca, o mundo dos Fandoms está tomando minha alma. Só pode.

Parei com meus devaneios, olhei em volta... Okay, onde raios eu estou? Parabéns eu, fica aí andando atrás de Fandoms e não olha por onde anda. Acho que eu vou ter que pedir um táxi mesmo, eu plantei isso, agora é hora de auferir. Adeus dinheiro do lanche de amanhã...

Cara, como eu odeio essa cidade. Por que tudo é tão longe e tão igual? E ao mesmo tempo, tão bonito e único? Por quê não existe nenhuma fic que fala daqui? Peguei meu celular e disquei o número de uma companhia de taxistas qualquer. Alguns minutos esperando depois, o carro chegou.

Entrei e falei o destino sem erguer o rosto do celular, minha Fanfic favorita tinha atualizado eu tinha que ler! Quando terminei, estávamos quase chegando. Ergui meu olhar e... Você só pode estar brincando! Três motoristas. Três mulheres.

Engoli um seco. "Ignora" disse para mim mesma e repeti várias vezes. Já tinha me achado ridícula anteriormente com o caso do Gandalf, não vou fazer besteira de novo.

Chegamos em seguida. Sai do táxi e paguei, mas não resisti a uma piadinha. Com sorte, a combinação de louquinhas que dirigiam o táxi não entenderia.

"– Os efeitos da Névoa estão passando..." –ri da minha piada idiota e dei de costas.

" – Oh! Obrigado por avisar!" –exclamou uma delas. Parei. Pensei, meu cérebro demorou a ascender, mas raciocinei rápido e me virei o mais rápido possível. Não vi mais ninguém.

Suspirei, tudo o que aconteceu hoje estava tão aprofundado na minha cabeça que nem me dei conta do carteiro em frente a minha casa. Quando estava abrindo a porta, o homem chama minha atenção.

"– Ela está um pouco atrasada, a carta é para Maria..." –eu o interrompi antes que ele conseguisse falar meu sobrenome, ninguém nunca acerta a pronuncia mesmo e o máximo que ele conseguiria dizer seria algo como: "Maria do sobrenome complexo" e isso, seria outro mico para minha lista diária. Peguei sem esperanças e entrei em casa. Me joguei no sofá mais perto da porta.

Não é como se a carta fosse de Hogwarts... Virei e li o remetente.

''Academia de Bruxaria Castelobruxo''

Agora é sério, isso só pode ser brincadeira.

“Vou ser o maior de todos

O lendário sonhador

Eu conquisto o presente

Com a certeza do que sou

 

Quero ser o maior de todos

O lendário sonhador

No presente, no futuro

Seja aonde for”

O maior de Todos

Digimon


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Notas finais do capítulo

• Academia de Bruxaria Castelobruxo : para quem não sabe, é a Escola de Magia e Bruxaria do Brasil, de acordo com JK :v
Obrigado por ler. Até uma próxima ♥
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Lhamas são legais.



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