Coração De Seda escrita por Maria Fernanda Beorlegui


Capítulo 33
Capítulo 33


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiii



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A primeira coisa que fiz ao acordar foi averiguar se ainda restava alguma mosca pelos corredores do palácio, e de certa forma não existe nenhuma nem no palácio nem no Egito. Aquele enxame de moscas foi embora rumo ao deserto e agora todos podem viver tranquilos.
Sinto um grande aperto no peito ao lembrar que Moisés irá partir novamente, agora com seu povo rumo a terra que lhe foi prometida.

—O soberano tomou a melhor decisão. —Paser elogia Ramsés que em seguida olha para Nefertari. —Algo de errado?

—Eu voltei atrás, Paser. —Ramsés fala e então Paser me olha incrédulo. —Os hebreus não irão a lugar algum.

—Mas, Ramsés... —Tento intervir, todavia Nefertari me interrompe.

—Você fez o certo, meu marido. Aquele povo mundo deve obediência ao Hórus vivo e não a um deus que não se pode ver. —A grande esposa real fala em tom de arrogância e me lança um olhar irônico.

—Exatamente. —Ramsés concorda soberbo e então olha para mim e para Paser com arrogância. —Os hebreus não são um povo livre.

—E o soberano não teme uma nova praga? —Paser pergunta e então o silêncio paira sobre o ambiente.

—Uma possível retaliação? —Pergunto sugestiva para susto de Nefertari.

—Resistimos a quatro pragas, Paser. —Ramsés fala soberbo e olha para Paser, mas em seguida passa a me olhar. —E os hebreus não podem contra o nosso exército, Henutmire.

—Sendo assim não tenho com o que me preocupar. —Falo tentando manter a calma, mas a verdade é que estou furiosa por dentro. Eu faço uma reverência antes de sair e Paser faz o mesmo em seguida.

—A senhora acha que Moisés irá anunciar uma nova praga? —Paser me pergunta assim que saímos da sala do trono.

—Eu tenho a absoluta certeza que sim, Paser. —Respondo.

—Mudando de assunto, princesa. Hur se sente melhor? —Paser pergunta.

—Aos poucos ele vem melhorando, Paser. Mas não faz muito esforço por que sabe que não está totalmente curado. —Respondo rapidamente.

—E a senhora? —Paser pergunta com receio. —Como se sente diante de tudo o que vem acontecendo? —Ele indaga curioso.

—Tenho vontade de fugir de mim mesma, Paser. —Falo angustiada.

—Escreva, alteza. —Paser fala animado. —É uma terapia.

—Escrever para quem?

—Para quem quiser. Escreva o que sente agora e leia o que escreveu tempos depois, isso faz bem para a mente. —Paser fala e então eu concordo. —Isso deixará seu coração mais leve.

—Eu de fato preciso deixa-lo mais leve...

(...)

—Talvez seja a hora de praticar o que Paser me falou. —Falo para mim mesma enquanto começo a escrever no papiro tudo o que me vem em mente.

"Minha querida filha, não sei qual será o seu destino, nem mesmo para onde irá, mas sempre se lembre que sou tua mãe e onde quer que vá leve meu coração junto ao teu.
Rogue aos deuses para que teu caminho não tenha como interferência as tempestades traiçoeiras que te deixam sem rumo, mantenha sempre os pés no chão, minha princesa.
Já disse uma vez e volto a repetir, amo você desde o momento que soube que você estava crescendo em meu ventre e te amarei até o teu último suspiro."

Lágrimas se formaram em meus olhos ao terminar de escrever no papiro. Ao reler a frase "onde quer que vá leve meu coração junto ao teu." me dou conta do quanto dramática estou sendo comigo mesma. Para onde Anippe iria? Agora que está exercendo o sacerdócio não poderá ir a lugar algum! Ela não deseja partir com os hebreus como Djoser. Nesse ponto de vista eu concordo com a minha filha, concordo plenamente com ela. Mas ao mesmo tempo fico dividida entre meus filhos e minha única filha.

—A senhora está bem? —Leila pergunta ao me ver chorar como uma criança no harém.

—Saudades e angústia me deixam assim. —Falo então minha dama olha para o papiro. —Escrevo para desabafar o que sinto.

—Eu já enviei a mensagem para a princesa Anippe assim como a senhora me pediu. —Leila fala e senta ao meu lado. —Sente muito a falta dela, não sente?

—Muito, Leila! Muito! —Falo sendo abraçada por Leila em seguida e então choro nos braços da mesma. —Se você soubesse a falta que ela me faz, mesmo que me dando trabalho...

—Eu sinto muito, princesa. Sei que isso não vai diminuir a dor da senhora, mas eu realmente sinto muito. —Leila fala tentando me confortar. —Mas enquanto a senhora não resolver os assuntos inacabados do passado, não poderá enfrentar as dificuldades do presente...

—Do que está falando? —Pergunto frente a frente com Leila.

—O perdão que o faraó Seti pediu. —Leila fala e então meus olhos se acirram em sinal de impaciência. —Ele era pai da senhora. Como a senhora não pode amá-lo?

—E quem lhe falou que não o amo? —Pergunto desconfiada pois nem eu mesma sei se amo o meu próprio pai. Quanta incerteza de minha parte! —O amei muito...

—Todo amor é em vão quando não se há o perdão. —Leila fala muito seriamente e faz uma reverência antes de se retirar do harém e me deixar pensativa.já

(...)

Sozinha no jardim real, com o papiro que escrevi tudo o que eu sentia em um momento de angústia, começo a pensar em como Moisés irá reagir com a falta de honra de Ramsés. Já é a segunda vez que o soberano volta atrás com sua palavra e isso demonstra o quanto covarde e fraco ele está sendo.
Ramsés não pode ter controle sobre o Egito se nem ao menos tem a sua mente sã! Por quê é exatamente isso o que está acontecendo. Meu irmão está a beira da loucura, não sabe mais dominar os seus próprios instintos e se deixa levar pela mesma soberba que me separou de nosso pai.

—O poder é a maior fraqueza, é quase um veneno... —Falo desapontada com Ramsés. Meu irmão está se tornando igual ou pior que nosso pai! —Que eu nunca beba deste veneno.

—Falando sozinha, princesa? —Arão me assusta de tão forma que o papiro escorrega de minha mão e vai parar no chão. —Me perdoe.

—O que faz aqui? —Pergunto ofegante por causa do susto que acabo de levar.

—O de sempre. Moisés veio conversar com o faraó. —Arão fala ainda de pé. Sinto um certo receio por estar sozinha com Arão no jardim, mesmo sabendo que nada de mal poderá me acontecer. Todavia o ciúme que Hur demonstra ter me deixa amedrontada, talvez ele não se contenha ao ver Arão. —Posso ler? —Ele pergunta ao apanhar o papiro do chão.

—Não. —Falo receosa ao ver o papiro nas mãos dele. Foi como ver todos meus sentimentos nas mãos de um desconhecido! —Esse papiro é muito importante para mim.

—Sua filha, não é? —Arão pergunta desconfiado.

—Ela mesma. —Respondo ficando de pé. —Causadora de todo meu sofrimento.

—Como? —Ele pergunta assustado. —Há conflitos entre a senhora e sua filha?

—Diversos. —É a única coisa que respondo.

—Deus há de salvar a relação entre mãe e filha um dia. —Arão fala sem pudores ao mencionar o seu deus. —Irei pedir isso em minhas orações.

—Se ele é mesmo tão poderoso então irá conseguir. —Falo com uma certa ironia. —Preciso ir, Arão.

—Não irá esperar Moisés para conversar? —Arão pergunta é então eu forço um sorriso.

—Hoje não quero conversar com ninguém. —Respondo magoada e então Arão faz uma reverência antes que eu saia do jardim.

(...)

—Henutmire? —Ramsés chama por mim e então sua guarda se retira como ele pede para ficar sozinho comigo. —O que aconteceu com você? Parece triste...

—Estou confusa. —Respondo frustrada.

—Sente falta de Anippe, não é? —Ramsés pergunta e eu concordo. —Ela está bem, Henutmire. Todos a tratam bem em Philae!

—Mas eu quero Anippe comigo, Ramsés! —Minhas palavras assustam o meu irmão, todavia ele não se comove. —Esqueça. —Peço sentindo o fracasso me envolver novamente. —Anippe já decidiu o que quer fazer com sua vida.

—Você está péssima, Henutmire. A algum tempo percebo o quanto você está abatida, fraca, sem brilho no olhar... —Ramsés fala preocupado comigo.

—Como queria que eu ficasse com você e Moisés se enfrentando? —Pergunto fazendo Ramsés abaixar o olhar. —Eu não sei nem o que pensar com tudo isso.

—Seria mais fácil se Moisés largasse essa ideia absurda de libertar seu povo imundo, Henutmire. —Ramsés fala alterando sua voz para comigo.

—Não fale assim comigo, Ramsés. Estou perturbada demais para brigar com você ou com qualquer outra pessoa que seja... —Falo antes de dar as costas para meu irmão.

Enquanto vago sozinha pelo palácio me lembro de quando estava noiva de Hur e de como eu estava ansiosa para me tornar sua esposa. Agora que tudo está confuso entre nós dois eu me lembro de cada momento que passamos juntos.

Flash Back On

—Eu não vejo a hora de te tornar minha esposa. —Hur fala abraçado á mim. —Não acha que Ramsés...

—Ramsés não tem culpa se você está ansioso demais, Hur. —Falo risonha ao ver o quanto ele está ansioso pelo dia da cerimônia. —Eu hoje provei o meu vestido para dar uns últimos ajustes.

—Ajustes? Mas ele não estava perfeitamente bem em você? —Hur pergunta. —Ou você estava com vontade de vesti-lo novamente?

—A verdade é que estou mais ansiosa que você. —Falo envergonhada e faço Hur rir. —Nem acredito que vamos nos casar.

—Nem eu. —Hur fala pensativo e então se aproxima mais de mim. Senti minhas pernas ficarem bambas quando Hur envolveu seus braços em minha cintura e aproximou meu corpo ao dele, nunca fiquei tão próxima dele como estou agora. —Está nervosa? —Ele pergunta supostamente desconfiado. —Não tenha medo de mim.

—Eu não tenho. —Falo ficando ainda mais nervosa com a aproximação de Hur. —Não se aproxime mais, por favor. —Peço esquivando o meu rosto, todavia em seguida eu o beijo como ele queria.

—Eu preciso ir para os meus aposentos. —Hur fala se separando de mim, mas eu o impeço de sair ao segurar sua mão.

—Não vá. —Peço com a voz suave e então ele me olha. —Fique comigo. —Hur entendeu o meu pedido e então sua mão veio de encontro a minha cintura novamente.

Não importa o quanto estou sendo antiquada ou insensata ao pedir que Hur fique em meus aposentos a essa hora da noite, mesmo sendo meu noivo. Não me importo com a tradição de meu povo, mesmo ainda não sendo esposa de Hur irei me entregar a ele essa noite mesmo.

Flash Back Off

Quanto medo eu senti quando me entreguei pela primeira vez, pensei que talvez ele não chegasse a se casar comigo já que eu me deitei com ele. Mas Hur não foi covarde, nunca foi!
Mas ultimamente eu sinto que algo está nos afastando aos poucos, mas está. E depois que brigamos e fazemos as pazes eu volto a sentir que algo muito forte irá me separar dele mais cedo ou mais tarde, mas o que pode ser? —Sinto todo o meu corpo tremer ao temer uma possível separação. — Eu preciso me acalmar ou caso contrário irei enlouquecer com tudo o que está acontecendo. Principalmente com o comportamento de Hur! Onde ele pretende chegar com esse ciúme absurdo?

São muitas perguntas e poucas respostas. Tudo o que eu preciso saber é que sou princesa do Egito e que estou prestes a morrer de desgosto vendo Moisés e Ramsés se enfrentando por causa de um povo e do poder. Também me sinto magoada por Anippe estar tão longe e com o ódio impregnado em seu coração, mal sabe minha filha que esse é o primeiro passo para se tornar uma pessoa amargurada e infeliz. Até mesmo Djoser vem me desapontando com seus desejos, com o seu principal desejo de partir com os hebreus!

—Me desculpe, princesa. Tive que me ausentar. —Leila fala e então passa a me acompanhar. —Princesa?

—Poderia se ausentar mais, Leila. Não preciso dos seus serviços por enquanto. —Falo espantando minha dama. —Onde Djoser está?

—Ele me avisou que iria até o estábulo. —Leila me responde. —Fazia tempo que o príncipe Djoser não dava atenção para o seu preferido. —Leila fala em relação ao cavalo que Ramsés deu de presente para Djoser assim que meu filho completou dezesseis anos. —A senhora não vai vê-lo treinar?

—E por quê eu faria isso hoje? —Pergunto.

—Me desculpe pelo o que vou falar, princesa. —Leila teme por mim, todavia fico de frente pare ela. —Mas ultimamente a senhora não faz o que fazia antes.

—Como eu posso ser a mesma de antes após quatro pragas, Leila? —Pergunto e então Leila concorda comigo. —Mas vamos ver meu filho, talvez ele esteja treinando agora, certo?

—Certamente que sim, senhora. —Leila acaba sorrindo ao me ver indo ao encontro de Djoser. —A princesa Anippe não respondeu a carta que enviei.

—Era de se esperar. —Falo desapontada com a minha filha mais nova. —Eu nem sei se devo me entristecer com isso, Leila. Luas se passaram e minha filha não escreveu uma carta sequer. —Minto já que sei que Anippe escreveu uma carta para Djoser, mas que eu a destrui ao ler o conteúdo.

—Quer que eu escreva outra? Talvez ela...

—Não se iluda, Leila. Anippe é orgulhosa demais para se importar comigo ou com Hur. —Sinto um forte aperto no peito ao me lembrar de Anippe no Alto Egito e acabo me apoiando em uma das pilastras do corredor.

—Princesa! —Leila se apavora ao me ver enferma. —O que a senhora sente?

—Não foi nada. —Minto. Minha respiração está descompensada já que meu coração bate freneticamente sem nenhum motivo aparente. —Vamos. Quero ver meu Djoser brincando de guerra. —Leila acaba rindo comigo.

—Não trate o príncipe como se ele fosse uma criança, senhora. Ele já tem dezesseis anos! —Leila brinca.

—Djoser é meu primogênito, Leila. Você sabe o quanto sou apegada á ele simplesmente por ser o primeiro filho que gerei em meu ventre. —Falo nostálgica. —Aquele garoto é meu braço direito, é tudo para mim!

—Todos sabem. —Leila responde. —O príncipe é tudo o que a senhora mais ama nessa vida.

—Eu amo meus três filhos, Leila. Mas o meu amor por cada um é diferente. —Falo. —Mas Djoser é importante. Ele não é o primogênito de Hur, mas é o meu.

—Embora Uri não se pareça nada com o meu sogro. —Leila fala decepcionada com o seu marido.

—Anippe também não. —Faço com que minha dama fique pensativa ao comparar.

—Anippe e Uri sempre se entenderam apesar de alguns atritos. —Leila fala e eu concordo. —Em alguns momentos deixavam o príncipe Djoser louco.

—Djoser nunca entendeu a teimosia de Uri e Anippe. Por isso ficava perturbado com as atitudes dos irmãos. —Sinto novamente o meu coração bater forte ao pensar em Anippe. Mas desta vez sinto alegria ao invés de angústia preencher o meu peito.

—Olhe quem está treinando com Ikeni. —Leila fala ao avistarmos Ikeni e Djoser.

—Como ele consegue ser tão ágil com uma espada com tão pouca idade? —Bakenmut pergunta assustado com a agilidade de Djoser.

—O príncipe vai se sair muito bem quando for para a guerra. —Meu olhar caiu sobre Leila ao ouvi-la falar sobre Djoser em uma possível guerra.

—Djoser não irá para nenhuma guerra, Leila. —Falo branda.

—Mas ele é um príncipe, senhora. É dever dele lutar pelo reino. —Leila me deixa ainda mais aflita ao falar tal coisa. —Não tenho dúvidas de que ele trará a vitória para nós.

—Você está velho demais, Ikeni! —Djoser zomba, todavia Ikeni passa a rir. —Mas mesmo assim te agradeço por tudo.

—Eu não verei Djoser se tornar um homem, Leila. —Falo surpreendendo a minha dama. —Eu quero lhe fazer um pedido.

—Estou ouvindo. —Leila fala assustada.

—Cuide de meus filhos e de Hur quando eu partir para o mundo dos mortos, Leila. —Peço temendo pela minha vida. —Não quero que eles sofram.

—Mas a senhora está sadia! —Leila fala nervosa e me faz rir.

—Os deuses e o deus dos hebreus não sabem até quando, minha querida. —Falo conformada.

—Veio ver seu filho treinar, mãe? —Djoser pergunta contente em me ver.

—Fazia tempo que eu não te via treinar. —Falo alegre por ver as feições de meu filho mudarem por causa de sua idade.

—A senhora está bem? —Djoser pergunta assim que ponho minhas mãos em seus ombros.

—Estou. —Respondo censurada pelo olhar de Leila. —Pode me dar um abraço?

—Mas é claro que sim, mãe. —Meu filho me abraçou forte e não exitou em prolongar o abraço. —Eu te amo, mãe.

—Saiba que eu te amo mais, meu filho. —Falo emocionada e então minhas lágrimas molham o ombro de meu filho.

—Hoje meu pai também me pediu um abraço, Uri me falou coisas estranhas e meu tio me pediu para continuar sendo como sou... —Djoser fala me olhando preocupado. —Até parece que estão se despedindo de mim.

—Djoser, meu filho amado, um dia eu terei que partir para o mundo dos mortos e você terá que seguir em frente. —Falo segurando o rosto de meu filho. —Um dia você não terá nem a mim nem ao seu pai.

—Eu sei, mãe. Mas a senhora não precisa me lembrar disso, por favor. —Djoser pede ressentido pelo meu comportamento. —O que será de mim sem a mulher que me deu a vida?

—Será um homem sábio, um príncipe que muito em breve poderá aconselhar o rei. —Meu filho parece não se contentar com minhas palavras e passa a me olhar confuso. —Ou será mais um ao partir com o povo de teu pai.

—O que? —Leila indaga assustada.

—Mãe, a senhora vem comigo! —Djoser pede ingênuo. —Eu não posso deixar a senhora sozinha.

—Me dê outro abraço, meu filho. —Peço já o abraçando forte novamente. —Me abrace e não me solte nunca mais...

Por que eu sinto que isso é uma despedida? Talvez eu esteja abalada emocionalmente por causa das pragas. Mas isso não importa, eu tenho que preparar Djoser para o pior. Ao contrário de meus filhos e Hur, sou egípcia e as pragas são destinadas aos egípcios. Portanto eu devo me preparar para o pior, talvez eu deva me preparar para me despedir. Mas seja lá qual for o meu final eu estarei pronta e irei partir feliz por ter construído uma família.


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Notas finais do capítulo

Alguém aí está vivo depois do Flash Back? HM, adoro hehehe
Eita que Henutmire tá pedindo uma coisa bem impossivel para Leila, hein.
Próximo capítulo teremos uma nova praga e a volta de um personagem crucial para a história



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