A Batalha do Caos escrita por Miss Annimer


Capítulo 3
Roubam um pano velho


Notas iniciais do capítulo

Feliz Natal para vocês!



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O monstro sorriu para mim e pude ver suas presas grandes e afiadas, como as de um vampiro. Suas unhas cresceram até ficarem do tamanho de garras. Ela avançou para cima de mim mirando aquelas garras em meu pescoço. Eu, um pouco apavorada, me esquivei para o lado e as garras só cortaram o meu ombro direito. Parecia que ele iria explodir de tanta dor mas, mesmo assim, consegui desembainhar a minha adaga, Néa Selíni.

Ela era feito de um material escuro, mais parecido com roxo. Tinha o cabo feito com couro de drakon e na parte de trás, uma caveira (não de verdade) branca.

O monstro atacou novamente, mas, desta vez, eu o interceptei cravando a minha adaga em sua barriga. O monstro uivou de dor e como última ação, antes de morrer, ela, com os seus dentes, mordeu meu pescoço. Logo em seguida explodiu em pó dourado.

–Sofia! - gritaram os dois meninos em uníssono. Eles tentaram chegar perto de mim, mas deve ser difícil andar quando você está amarrado.

Eu cambaleei, fraca e devagar, até eles.

–Essa corda é mágica. Vocês nunca irão quebrá-la. - terminando de dizer isso eu encostei na corda e senti um estalo nos ouvidos. A corda afrouxou e eu desmaiei.

***

Acordei deitada em uma cama. A primeira vista, não consegui reconhecer o local, pois a minha visão estava um pouco embaçada. Mas logo fui percebendo que era a enfermaria. Fui me sentando devagar e veio um filho de Apolo de cabelos louros, roupa do acampamento e bermuda, falar comigo.

– Que bom que você acordou. Seus amigos estavam esperando. - terminando de dizer isso ele saiu da minha visão e veio o Nicolas e o Luccas.

– Sofia, eu e o Nicolas ficamos conversando, tentando descobrir quem seria a sua mãe. Suspeitamos que seja... - Quando o Luccas ia dizer, apareceu um campista de Ares, gritando.

– O Velocino sumiu!!!

Todos os campistas pararam o que estavam fazendo e foram até o Pinheiro de Thalia. A primeira vista ele parecia normal mas, se você olhasse para o galho mais baixo, o Velocino não estava mais lá. Quíron veio trotando (sim eu disse trotando. Da cintura para baixo ele é um cavalo branco e, aonde deveria ser o pescoço do animal, estava o tronco de um homem com barba e cabelos desgrenhado e com poucos fios grisalhos) junto com o Sr. D (ou Díonisio).

– Que ótimo! Eu deveria agradecer a quem fez isso. Agora, se envenenarem a árvore, vai facilitar muito o meu trabalho. -exclamou sorrindo, o Sr. D.

– Eu quero que, amanhã bem cedo, todos os conselheiros dos chalés apareçam na casa grande! - ordenou Quíron- Mas agora é hora da refeição.

Todos os campistas foram, organizados, para o pavilhão. Lá era, simplesmente, um lugar com colunas de mármore ao estilo grego, com uma fogueira no centro e mesas para cada chalé. A minha mesa sempre era a mais cheia, então eu fiquei espremida na ponta. Vieram as ninfas trazendo comida. Me levantei e fui até a fogueira central, esperando a minha vez, fiquei imaginando o que seria na hora da fogueira. Quando finalmente chegou a minha vez, fiz o que fazia todos os dias: "por favor mãe, dê algum sinal" pensei e joguei o melhor pedaço de carne torcendo para ela não ser vegetariana.

Quando todos acabaram de comer fomos para a fogueira. Hoje ela estava púrpura e baixa, mostrando a tensão que todos sentiam pelo o sumiço do Velocino. Como toda noite, cantamos as tradicionais músicas de um acampamento com semideuses.

– Campistas, caso tenha acontecido alguma coisa estranha, digam ou na fogueira ou na casa grande, pois talvez esteja relacionada com o sumiço do Velocino, - todos os olhares convergiram para o lugar da bandeira com uma engrenagem, o lugar onde Luccas estava se levantado. Ele olhou para mim e depois para o Nicolas e nós dois assentimos, encorajando-o a contar.

– Hoje, logo após a chegada do Nicolas, o Granola nos levou até o punho de Zeus. - com a menção desse nome os campistas mais velhos ficaram pálidos - Nós fomos para o ponto onde parecia uma palma. A Sofia de algum modo fez o punho se abrir e... - de repente todo mundo olhou para mim e eu corei. Mas logo em seguida percebi que eles olhavam para um ponto a cima da minha cabeça. Olhei para cima e vi um simbolo de duas tochas cruzadas.

– Ave, Sofia Ramos - disse Quíron, mas ele parecia um pouco triste - filha de Hécate, Senhora dos Lobos, deusa da magia.


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Notas finais do capítulo

mais uma vez Feliz Natal!! e espero que tenham gostado da história



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