Quando a mentira eu esquecer escrita por Marry


Capítulo 9
Lembranças


Notas iniciais do capítulo

olá pessoal, ultimo capítulo, espero que gostem e comentem por favor.



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A perseguição acabou. Assim que ficou sabendo da notícia, Gaara que estava sentado quase caiu da cadeira “COMO?” gritou ao telefone. O hospital ligou, pois na lista de telefones importantes no celular de Hinata o dele se destacava como o numero de emergência, nunca imaginou.

Não disseram o estado em que ela se encontrava, só disseram que ia precisar de uma cirurgia. Ele entendeu que deveria estar lá, estar presente.

Desligou o telefone assim que pegou ao certo a localização do hospital. A imprensa de shows ligou diversas vezes, porém o ruivo cancelou todas as suas reuniões e shows, havia algo mais importante que sua fama. Vestiu uma camiseta meio amarrotada e saiu as presas de onibus mesmo, já que “ela” havia levado seu carro. Foi a primeira vez em muitos anos, talvez desde a época de escola que pegava um onibus novamente.

Assim que chegou ao hospital, foi à recepção, preencheu um formulario, mas a recepcionista adverteu-o de que não era hora de visitas.

—Como assim? Isso é muito urgente, preciso ir ve-la.

—Desculpe senhor Sabaku, mesmo o Sr. Sendo uma figura de renome tenho ordem de meus superiores de que não serão permitidas nenhum tipo de inconveniencia no local de cirurgia, mas o Sr. Pode aguardar junto dos familiares por uma resposta dos médicos aqui nestes bancos.

Gaara bateu com tanta raiva na mesa da recepção que esta abriu um buraco.

—Ou você liga para seus superiores e diga que eu estou entrando, ou eu não respondo por meus atos.

A mulher olhou nervosa para ele, chocada, ela tremia da cabeça aos pés, ligou para a sala de cirurgia no mesmo instante, com medo do que Gaara poderia fazer. Neji veio tentar acalma-lo, entretanto o ruivo não queria calma, queria estar lá com Hinata.

—Venha Sr. Sabaku me acompanhe. Ela está na sala de cirurgia de riscos. O médico disse que você pode entrar, mas se tentar causar qualquer desconforto em nossos funcionários, AH, você se verá terrivelmente levado pelos seguranças, entendido?

—Só quero vê-la. Você sabe o estado dela?

—Só os médicos poderão te responder essa pergunta, já que uma vez não tenho permissão alguma para faze-la.

Quando ele entrou com as roupas nescessarias se deparou com Hinata em um terrivel estado, parecia ainda estar acordada, mesmo ao efeito de anestesias e mesmo tendo caido em cima de uma pedra. Os médicos lutavam com uma cirurgia de risco. Aplicaram um sedativo nela.

Após pouco tempo ela desmaiou. Prosseguiram, um médico auxiliar arrastou Gaara para uma parte da sala.

—Senhor Sabaku, temo em dizer isto, talvez ela tenha poucas chances de sair dessa ilesa. Nós estamos fazendo o que podemos, mas isso pode não ser o bastante, e mesmo que a cirurgia seja um sucesso ela se recupere totalmente ainda haverá riscos. Ela pode vir a ter algum problema, como pouco tempo de vida, ou nunca mais ser a mesma.

—Eu entendo senhor, faça o que for possível.

—Ela deve te achar o melhor namorado do mundo.

—Na verdade não – Gaara soltou um suspiro e seus olhos embaçaram-se de lágrimas – Nem como amigo fui capaz de provar isso Doutor. Eu queria que tudo tivesse sido diferente, que eu tivesse prestado atenção na menina que eu tinha do meu lado, se ela não...

O médico auxiliar então o impediu de falar, levou até a maca de cirurgia, e mostrou o estado de Hinata. Colocou a mão em seu ombro e apenas continuou sua tarefa. Pediu para que Gaara saisse, já que ele já tinha visto o bastante, a cirurgia fora um sucesso, mas precisavam dar repouso e assistência a ela, e também mante-la em observação. Neji obrigou o ruivo a ir pra casa, descansar. Ele bateu o pé e reclamou, mas o moreno o levou embora em seu carro.

Gaara não conseguiu pregar os olhos, a imagem da morena não saia de sua mente. Quis chorar e assim o fez pela noite inteira, deixando ainda mais olheiras em volta de seu olho. Quando chegou uma hora da tarde e em seu celular já havia mais de 30 chamadas da imprensa, ele resolveu ir tomar um banho, passou a manhã inteira sem comer. Colocou sua melhor roupa, penteou seus cabelos, escovou os dentes, passou um perfume extravagante, e então até essa hora o primo de Hinata já havia trazido o carro de Gaara e dessa forma também descobriu sua filha e dessa forma, novamente sua antiga namorada, Tenten. Quando Gaara entrou em seu carro para ir visitar a morena, colocou um pendrive com músicas da época em que costumava sair com a Hinata, eventualmente, para dançar. Ficou com o som ligado sem sair do lugar por uns vinte minutos, pensou com mais calma, e se lembrou, um milhão de lembranças. Lembrou-se de quando advertiu-a por querer vestir um vestido curto demais e de como ela o persuadiu até conseguir sair com aquele vestido. E de quando iam a Shows e a bares, bebiam e caiam juntos e de vez quando a flagrava dançando um Jazz sozinha enquanto pintava quadros. A nostalgia foi mais além ainda junto com um choro que não parecia ter fim. Os concertos chatos demais que ela o obrigava a ir, dizendo que era fino e elegante e que isso faria com que ele adquirisse mais sucesso ainda, das primeiras músicas que ele gravou. Que ela o caçoava com seu lindo riso na frente dos amigos dele sem o humilhar e de como ela escovava os cabelos compridos sempre com um sorriso nos rosto, ela o fazia se sentir melhor. E a melhor lembrança se deu quando estavam terminando o ensino médio.

“Estavam em um salão, tocava uma música calma e lenta, rock do anos 80. Dançaram juntos, Isso quando ela já havia se separado de Naruto, fazia uns 3 meses. Ela cheirava a rosas, emanava um calor muito grande, a morena estava com um copo de vinho na mão, embora tivesse sido advertida por seu pai para não beber, mas não fazia diferença. Ela estava linda, os cabelos presos num coque com um strass em formato de flor de cerejeira. Usava brincos pequenos, um anel bem escolhido no dedo do meio da mão direita. O vestido era preto bem discreto e usava um lápis de olhos preto e apenas um brilho nos lábios. Mas o brilho saiu junto com o vinho que entrava em sua boca. Dançavam agarrados como namorados, embora não fossem. Se olhavam como se já tivessem vivido juntos em outras vidas, olho no olho, embora não sabiam se sim ou se não. E então aconteceu, um beijo calmo, boca aveludada e Gaara só voltou a si quando estava com ela em seu carro, a beijando avassaladoramente e depois parando para leva-la para casa enquanto torcia para não serem parados por policiais que iam pedir para ver sua carteira”.

Depois disso, beijos nunca mais se repetiram pra eles, ela só o via com outras. Outras que não sabiam sua história, que não sabiam que ele já fora um garoto insensivel e imaturo. E então chorou e pela primeira vez em sua vida orou, pediu para que Hinata não sofresse nada. Que aquela cirurgia não trouxesse sequelas para ela, que ela não morresse em poucos meses. Que ela se casasse com ele. Foi isso o que pediu. Depois de anos convivendo juntos sem nenhum tipo de sentimento (que dizer dele, e não admitidos, porque ele tinha, mas preferia acreditar que não).

Se sentiu envergonhado por estar imaginando os dois fazendo amor quando ela não estava bem. “ela não teve o primeiro... Eu deveria ter feito amor com ela, a abraçado, beijado e não ter a deixado, espero que ela fique bem”.

Entao dirigiu até o hospital, novamente. Foi ve-la, na incerteza se estaria acordada ou não ou se não quisesse falar com ele, se ela não quisesse, iria embora, a deixaria.

—Otimas noticias Gaara – Neji já estava lá – Hinata não ficou em coma, ela está acordada, ela é forte, está falando baixo porque está fraca, mas está bem. Ela te chama, quer te ver. Sabe que você esteve lá na sala de cirurgia, que você orou por ela. A Hina foi trocada de quarto hoje de manhã. Precisam fazer alguns exames ainda, Hiashi também quer falar contigo, mas se eu fosse você iria ver a minha prima antes de falar com meu tio, porque acho que ele quer quebrar a sua cara.

Neji colocou a mão no ombro do ruivo, lhe desejou sorte, falou o quarto em que a morena estava e se retirou para fora dos hospitais onde Tenten o Aguardava com Sayuri.

Ele correndo, nem pegou o elevador. Por onde passava as enfermeiras suspiravam. Chegou até o quarto onde estavam aqueles olhos perolados lhe esperando. A porta estava semi encostada. Havia uma enfermeira cuidando dela, trocando a gaze e os curativos, dando remédios. Gaara entrou sem pestanejar, fazendo barulho com a porta, assustando as duas mulheres.

—Olá Hinata. - Suas mãos tremiam. Ela estava diferente, os olhos pareciam cansados.

—Olá, Gaa.. - Não completou o nome, a voz não saia. A enfermeira se retirou dando mais privacidade a eles e falando para chamar caso precisasse. O ruivo pensou e sabia, teria de falar pra ela o que estava escondido, o que ele lutava para omitir todos os dias com medo dela o rejeitasse. Mas não tinha medo, o maior medo que tinha era perde-la para a morte, e agora sabia.

—Gaara, chegue mais perto – Hinata quase sussurrou, estava com os olhos fechados, mas a respiração estava calma e controlada, o que indicava pelo menos que ela estava se recuperando.- EU tenho que falar.

Iria ouvi-la, depois iria falar.

—Faz tempo que percebi que você se afastou de mim. Faz tempo eu vi que você tenta esconder as coisas de mim. Só que eu sei, precisei ir embora pra você admitir que eu faço falta. E eu não precisava ouvir suas orações abafadas pela conversas entre os médicos, eu não precisei ouvi-las perto de mim pra saber que você orava. Orava pela minha saúde, pra que eu fique bem. Eu ouvi o que os medicos te disseram. E eu também sei que eu vou me recuperar. E que vou morrer.

Ela fez uma pausa já que sua garganta estava seca, ele continuava sentado olhando fixadamente para os olhos perolados dela.

—Eu sei que vou morrer, pode não ser agora. Pode demorar anos ou decadas, sabe-se lá se não se demore um século ainda? Mas eu poderia ter morrido na sala de cirurgia, e ai? Você ia deixar seu orgulho ter tomado conta de você pra depois se arrepender e ficar se culpando? Eu não te culpo, eu te advirto. Faça amor comigo nessa cama de hospital e não deixe seu orgulho tomar conta de você, Sabaku no Gaara. Tampe as cameras de segurança, tranque a porta já que se fecham internamente. E me beije.

Gaara ficou chocado e ao mesmo tempo excitado com a ideia. Parecia um absurdo aquele pedido. Mas ele trancou a porta e tampou as cameras com alguns lençóis que estavam nas outras camas já que naquela sala não tinha mais nenhum paciente. Depois caminhou vagarosamente até Hinata.

—Você deve ter batido com força naquela pedra, já está até delirando.

Ela riu.

—Não Gaara, eu não estou. Se outras que nunca souberam dos seus segredos fizeram sexo com você por que eu não posso?

—Porque você é minha melhor amiga.

—Então esse será nosso segredo – ela o olhou com os olhos cheios de esperança. - Apenas faça comigo o que você faz com as outras.

Ele se afastou repentinamente.

—Não posso – ele olhou para ela e em seus olhos tinham uma suplica.

—Por que não, Gaara?

—Porque eu não posso fazer com você o que fazia com as outras, porque eu não gostava das outras e por você eu sinto... amor.

—Então faça o que quiser comigo.

—Não aqui, Hinata. Se quiser, eu espero você melhorar. E então te deitarei em minha cama e faremos amor.

—Promete?

—Só se você prometer melhorar.

—Tá bom.

Dois dias se passaram e então ela ficou de alta. Hinata não havia se esquecido da conversa no hospital. Ele foi busca-la, o pai dela também, tiveram um desencontro porque no dia em que era pro Gaara conversar com Hiashi, ele não conversou. Mas o senhor Hyuuga somente pôs a mão no ombro dele.

—Hinata me contou, filho. Cuide bem dela. Se algo estiver errado ligue para mim e virei busca-la.

—Obrigado Sr. Hyuuga.

Quando chegaram na enorme casa, o ruivo analisou cada movimento de Hinata.

—Se sente bem?

—Nunca estive melhor.

Ela apenas esperava. E como esperava aconteceu, ele a agarrou ali mesmo na sala, fazendo com que as malas de Hinata caissem no chão. Ela não estava vermelha. Ele a beijava com desejo e ela lhe devolvia na mesma intensidade. Colocou-a contra a parede e desceu as mãos em suas partes, as mãos delas que estavam em suas costas o arranharam com força, o fazendo carrega-la até o quarto. As pernas dela envolta de sua cintura fazendo com que ele sentisse mais desejo ainda.

—Você ainda é virgem, mas por quê essa escolha Hina?

—Todo esse tempo eu queria que fosse com você, que você parasse com suas mentiras de outras e partisse logo pro ataque. Mas você esperava que fosse eu a dar o primeiro passo, assim como naquela festa de colegial. Se você não tivesse parado e me levado pra minha casa, eu estaria na sua cama naquela noite, eu sempre soube. Mas você tinha medo de ser rejeitado.

—Você tem razão, mas agora eu não tenho medo, eu quero você. E nem pense em sair correndo de mim novamente.

—Só não me faça ter motivos novamente.

Hinata estava por baixo de Gaara enquanto esse a beijava nos ombros e nos seios enquanto conversavam normalmente. Tinha que ser calmo e ao mesmo tempo ardente, tinha que ser ela. O motivo sempre foi ela. E agora enquanto ela gemia debaixo de si por dor e prazer enquanto ele lhe tirava a virgindade vinha a certeza, nunca mais a deixaria partir. Nunca mais deixaria outra coisa ser mais importante, ela estava ali com ele com seus beijos ardentes e sua pele branca que agora estava vermelha e aquele olhos perolados, ela estava com ele. E assim estaria.


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Notas finais do capítulo

Quero agradecer a todos (embora Anonimos) que eu vejo que acompanham. Obrigada, até a próxima fanfic.



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