Era uma vez um casal que se conheceu (onde, quando, por que e seus nomes ficam por sua conta), eles sentiram aquela palpitação e as borboletas no estômago e, os dois decidiram voar com elas... Foi uma época muito fofa.

Mas voltando, eles mal conheciam o passado um do outro, mas isso não importava, não é mesmo? Nope

O homem antes tinha puro ódio no coração, mas com ela só o demonstrava em momentos de fraqueza. A mulher parecia frágil e dócil o bastante para que ninguém pudesse imaginar que um dia aquilo aconteceu, mas com ele só o presente importava e ela continuava sendo apenas uma doce mulher. ** – AQUILO o que? bem, nem eu sei, fica por sua conta também (eu até pensei que ela podia ter assassinado os pais, mas seria meio clichê, mas nem é tão ruim) - **

Depois de alguns tempos juntos, certamente tudo estava perfeito para os dois. O homem estava satisfeitíssimo em ser convidado para um baile (bem, ele não era tão rico assim, mas era prestigiado por suas atuações em bailes, e ninguém sabia que eram atuações). Os dois se vestiram fabulosamente, obviamente, se estivéssemos lá nos arrancariam pensamentos como ”Oh, que casal fabuloso” e etc etc etc....

Como não era de se esperar, a maravilhosa casa de cor de salmão (não é rosa) se incendiou, cortinas de seda tão caras viraram míseros entulhos de carvão.... O fabuloso casal decidiu que morreriam juntos, mas não era hora, ainda. Os dois se encontravam encolhidos em um buraco (feito pelas chamas, que haviam se esvairado por lá) no jardim, o homem abraçou a amada e a mulher abraçou apenas o homem.

Há algum tempo, a mulher se vira apaixonada por outro, sim outra pessoa (homem ou mulher, o melhor para você). Não, ela nunca se esquecia do seu amado, mas o coração é um grande pregador de peças. Ela sentiu raiva por ela mesma escolher o caminho mais difícil, ”Mais uma vez, mais uma vez nessa minha maldita vida” -ela se culpava repetidamente; Ela sentiu pena pelo homem que a amava, por isso ignorou completamente os sentimentos que sentia, enganando a si mesma que não eram verdadeiros, ela tinha que amar apenas o grande homem. Mentiras Mentiras Mentiras ... ... ... ...

Voltando ao buraco, enquanto a abraçava, o homem pôde sentir que a palpitação havia parado e que as borboletas haviam perdido as asas. Então, o ódio voltou e ele simplesmente a engoliu (pensando que seria melhor assim, talvez), era possível ver as pernas dela descendo pela sua boca, depois pela garganta e depois ela se fora.

Ela ainda chorava dentro dele, lágrimas que pouco tempo depois secariam e nada mais restaria, apenas um homem repleto de ódio, seco por dentro e sem coração(no caso, dois corações).

O outro fora engolido poucos dias depois. E não só, mas todos ao longo do tempo. Todos eram como ela, todos tinham o rosto dela, era aterrorizante, tudo se escureceu. Ele queria gritar,mas se o fizesse não seria só o grito dele.

Até que um dia, até não restar absolutamente nada, apenas sua mísera e podre carcaça, ele explodiu. PUF

THE END c: