Assassin's Creed: Omnis Licitus escrita por Meurtriere


Capítulo 40
A Proposta


Notas iniciais do capítulo

Primeiramente queria dar alguma satisfação quanto ao meu sumiço de mais de um mês. Eu estava com alguns problemas sobre o rumo de Jenny, algumas dúvidas e reescrevi esse capítulo umas três vezes.
Eu realmente não estava conseguindo desenvolver bem.
Depois eu fiquei de férias e tentei aproveitar ao máximo longe de computador etc.
Por fim, eu também fiz alguns cursos rápidos e tenho estudado.

Não considero os motivos citados acima como desculpas. E melhor do que ficar prolongado isso aqui, vamos ao capítulo que está bem pequeno.



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Jenny não conseguiu tirar nem mesmo uma breve soneca no restante de lua que teve antes de Joaquim despertar e ela fingir o mesmo. Sua cabeça borbulhava para tentar coincidir tudo e sua atenção apenas foi tomada quando o bom homem lhe chamou no que provavelmente era uma segunda ou terceira vez.

— Desculpe, senhor. Não estava a prestar atenção.

— Pois eu percebi. O que lhe preocupa rapaz?

A Kenway fitou os gentis olhos de Joaquim que permaneciam aguardando por uma resposta e ela estando de fato aflita resolveu lhe contar a verdade, ao menos parte dela.

— Se eu lhe puder oferecer justiça para com o que fizeram ao seu filho, você a aceitaria?

— O que está dizendo meu jovem?

A expressão do homem logo foi tomada pela curiosidade daquela pergunta no mínimo peculiar. Sua sobrancelha se arqueou e alguns poucos passos o aproximaram da jovem, ela que por sua vez se levantou da cama improvisada sobre o assoalho e o encarava.

— Eu posso trazer a responsável pela morte de seu filho até você e me comprometo a lhe prover a justiça que mereces.

— A responsável?

— Eu não estava totalmente perdido quando me encontraste e depois de lhe ouvir e muito refletir concluí que eu sei quem liderava os ataques naquela região. Uma guerreira muito habilidosa que vivia em uma aldeia que deveria ser pacífica. E há grandes chances dessa negra estar por perto, pois ontem vi um de seu antigos aliados na praça.

— Como você poderia conhecer tantos negros assim?

— Havia um bom negro entre eles e uma velha que já salvou a minha vida, ambos pertenciam à mesma tribo.

— Ainda sim, meu jovem, encontrar uma negra aqui é como procurar uma agulha no palheiro.

— Quanto a isso não se preocupe. Precisarei apenas que confirme que estou junto a você e todo o resto eu arranjarei.

Joaquim, que observava atentamente o “rapaz” a sua frente lhe cedeu um leve sorriso e com algumas leves palmadas sobre o ombro confirmou o pedido nitidamente descrente das palavras de “James”.

— Está bem, rapaz.

Após um rápido e barato desjejum, ambos foram pegar a carroça novamente juntamente aos cavalos. O homem já ajeitava as rédeas da dupla, mas o coração de Jenny se apertou ao perceber que o cavalo a qual ela pegou emprestado ao longo da última noite não estaria descansado e então interviu.

— Senhor, esse alazão parece precisar de um pouco mais de descanso. Acredito que não iremos percorrer longas distâncias e acho que apenas um cavalo pode dar conta da carga. Assim, poderá deixar o outro descansando amanhã.

— Vejo que tem apreço pelos animais, James. – Joaquim lhe olhou de lado e com um sorriso de cumplicidade desenhado nos finos lábios. – Está bem, creio que tens razão.

Jenny fez questão de não ir sentada ao lado do Joaquim na carroça por dois motivos, um cabia ao fato que seria menos peso ao pobre animal. O outro estava relacionado ao seu plano.

Como previsto por ela, o homem foi até o mercado próximo ao porto e lá oferecia a sua mercadoria quase que de barraca em barraca. Ela, enquanto isso, se dirigiu ao mercador de escravos ali perto. Apenas um entre dezenas que haviam naquela cidade.

Ela se aproximou após o homem de grosso bigode grisalho entregar a corrente de um negro a um homem branco que mal o segurou para lhe puxar como se fosse um cão. Quando o homem a viu se aproximar não fez questão de lhe dar atenção e simplesmente virou-se de costas.

— Hey, senhor. Eu estou procurando uma negra.

O comerciante prendia outro negro no lugar do anterior enquanto a respondeu. – Só aceito moedas como pagamento e não vendo sem ter o dinheiro em mãos.

— Não sou eu que irei comprar e sim o meu patrão ali.

Por fim o homem se virou e se atentou à Joaquim que lhe acenava em retorno com um sorriso no rosto.

— Que tipo de negra? - Ele perguntou de maneira grosseira.

Jenny agora pôde ver que as veste do comerciante eram simples, não muito melhor que a dos escravos e estavam sujas de sangue aqui e ali. Sangue que provavelmente não era dele.

— Soubemos de uma leva de negros e negras trazidos recentemente, há poucos dias. Alguns guerreiros entre eles.

O comerciante bufou e lhe respondeu. – Chegaram atrasados, até onde sei todos os guerreiros capturados na última investida já estão vendidos e muitos deles nem chegaram aos mercados e ficaram com os líderes da tropa.

— E você saberia onde posso encontrar tais homens? Meu chefe realmente está muito interessado em uma negra daquela tribo.

— E como aquele vendedor de abacaxis poderiam conhecer um daqueles selvagens?

O comerciante logo suspeitou da insistência de Jenny e se aproximou mais dela. Mas a jovem não se intimidou e manteve o mesmo tom de voz.

— A tribo ficava perto da fazenda de abacaxi e por isso meu patrão já viu pelas matas essa negra em específico.

— E como é essa negra em específico?

— Ela tem os olhos cor de mel, pernas longas e braços fortes.

O mercador soltou um grunhido que parecia ser um riso, ou algo do gênero e após cuspir no chão feito uma vaca ele lhe respondeu. – Desista, pois essa era a líder desses tais guerreiros. Ouvi dizer que ela foi a última a ser capturada e que matou alguns dos soldados. Mas a festa dela durou pouco. Dizem que ela é realmente uma negra que se vale a pena ter e por isso todos os soldados sobreviventes fuderam essa vadia até cansarem depois do capitão é claro.

Jenny automaticamente se sentiu mal ao ouvir aquele relato. Talvez e só talvez Mabuba já tivesse sofrido o bastante, mas ainda sim ela continuou.

— Então você a conhece, sabe com quem ela está?

— Por quê eu deveria dizer?

Jenny revirou os olhos e sacou de seu bolso as poucas moedas que Joaquim havia lhe dado no dia anterior para as entregar ao mercador. O homem as mordeu e com uma careta prosseguiu.

— Ela ficou com o capitão.

— E onde posso encontrá-lo?

— A fazenda dele fica há poucos minutos de caminhada à leste da cidade.

— Obrigado.

— Mas será uma perda de tempo, esse homem é um dos mais ricos daqui e dúvido que seu vendedor de abacaxi tenha dinheiro suficiente para oferecer a ele.

Jenny não lhe respondeu nada e se virou para voltar até onde estava Joaquim com sua carroça que já estava um terço mais vazia que antes.

— E como foi sua busca rapaz?

— Conhece uma fazenda à leste daqui?
— Há muitas fazendas nesses arredores, meu jovem.

— Essa pertence a um homem bem rico.


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Notas finais do capítulo

É isso. Sim acabou sim porque sou má.

E agora? O que Jenny fará? Será que Mabuba ainda merece o que quer que Jenny esteja planejando?

Veremos no próximo capítulo que esse encontro promete.

Beijos e até lá!



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