P.O.V. Caroline.

Eu me lembro de tudo o que aprontamos durante a nossa viagem no tempo.

Nós tocamos o terror e chocamos a mulherada.

Na idade média salvamos mulheres de serem queimadas vivas, afogadas e torturadas.

Na era vitoriana nós não usávamos perucas, espartilhos e picotávamos as saias. Na maioria das vezes usávamos calças.

Flashback On.

P.O.V. Lorde Calvin.

Hoje chegam convidados da corte inglesa. Quando eles chegaram uma das Ladies fez uma observação que eu não compreendi.

–Cara, estou morrendo de saudades dos aviões.

–Nem me fale. E dos carros também.

–Com certeza.

–Senhoritas. Permitam que eu me apresente, sou Lorde Calvin Jenks.

–É um prazer. Sou Lady Renesmee Carlie Cullen.

–Um nome exótico.

Beijei a mão dela.

–E você?

–Sou Lady Caroline Anne Forbes.

–É um prazer senhorita.

–O prazer é todo meu.

–Sou Lorde Klaus Mikaelson.

–É um prazer senhor.

–Igualmente.

–Sou Lorde Elijah.

–Prazer senhor.

–O prazer é meu.

Notei que os Lordes ficaram realmente enciumados. Aposto que estão enamorados destas lindas senhoritas.

Principalmente a senhorita Cullen. Ela tem um encanto próprio que eu jamais havia visto antes.

–Senhorita Cullen?

–Sim, senhor Jenks.

–Gostaria de caminhar comigo?

–Lamento, mas tenho que recusar. Ninguém merece ter que caminhar no sol usando esse vestido.

–Eu entendo.

–Ótimo. Com licença.

Ela entrou, sentou-se numa das poltronas e começou a se abanar com um leque.

–Eu sou a única que sente falta de ar condicionado?

–Não mesmo. E poder usar shorts e blusa regata.

–E biquíni. Sinto falta de usar biquíni.

–Nem me fale.

–Essa época é um lixo.

–Com certeza.

–Esses espartilhos que não nos deixam respirar. Nos filmes tudo parecia lindo, mas na real é horrível.

O que seria um filme? E biquíni? Essas Ladies tem um dialeto que só elas entendem. Como uma linguagem secreta.

–Acho que vou subir. No quarto é mais fresco.

–Ótima ideia.

No percurso a senhorita Cullen caiu. Perdeu os sentidos.

–Ness? Ness?!

–O que houve?

–Ela desmaiou Elijah. Por causa do calor.

Lorde Elijah carregou o corpo inerte da donzela para o quarto.

–Não é melhor tirar esse vestido calorento dela?

–Ótima ideia.

Lorde Elijah despiu a senhorita Cullen.

–Tira tudo, vou pegar uma tesoura.

–Pra que uma tesoura Caroline?

–Você vai ver.

Eu dei a tesoura na mão da jovem Lady e ela picotou o lindo vestido da senhorita Cullen. Cortou as mangas fora, tirou a armação da saia e a cortou até ficar na altura do joelho.

–Pronto. Assim ela vai se sentir melhor.

–O que houve? Onde estou?

–Calma meu amor, você está segura. Vai ficar bem.

–Toma. Coloca.

–Nossa que diferença. Obrigado Care, você é a melhor.

–Vou cortar o meu também.

–Vou prender meu cabelo.

Elas prenderam os cabelos de uma maneira que eu jamais havia visto.

–Se chama rabo de cavalo. Porque se parece com um.

Hoje haverá um baile em honra aos convidados. E quando elas apareceram todos ficaram chocados com seus trajes.

–Elas parecem meretrizes.

Comentou Lady Lockwood.

–Você tinha que ser ancestral da Carol. Prazer, sou Lady Renesmee.

–Prazer milady.

–O prazer é meu.

Os homens todos ficaram alvoroçados ao verem as belas pernas das damas inglesas.

–Então, vocês decidiram implantar os costumes do seu tempo aqui?

–Isso ai.

Do tempo delas? O que poderia significar aquilo? Seria mais uma de suas frases desconhecidas? Haveria algum significado oculto nas suas palavras?

Milhares de perguntas rondavam minha mente. Seriam elas bruxas daquelas que são queimadas todos os dias pela santa inquisição? Ou seriam elas algo diferente? Fadas quem sabe. Talvez sejam ninfas, sereias ou algo do tipo.

Afinal, moças tão educadas e belas não podem ser bruxas, podem?

Creio que não. Mas há algo de diferente e místico nelas sem dúvida alguma.