Second Chances escrita por Mares on Mars


Capítulo 19
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Notas iniciais do capítulo

Tá na hora das coisas ficarem sérias, afinal, eu não posso permitir que tudo fique bem o tempo todo.



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“Devolvam as meninas ou os civis de Nova York pagarão um preço bem alto. Vocês tem 48 horas para se decidirem”

 

A mensagem chegara em todos os canais de comunicação da SHIELD há quase 12 horas, mas nenhum agente havia tomado coragem de contar para May ainda.

— Não há motivo para pânico - Phil dissera imediatamente após ler a ameaça, mais para si mesmo do que para a equipe - May está fora com as meninas, ela foi levá-las pra voar no jato novo, que ainda não está conectado às redes de comunição, portante ela não sabe de nada, e todos estão proibidos de contarem até que eu pense em uma solução. E no momento, não há motivo para pânico - isso foi o que ele dissera 12 horas atrás. Agora, ele estava sentado no chão de seu escritório, com a cabeça enfiada entre as mãos e um copo de whiskey ao seu lado, suando e hiperventilando. Ele trabalhava mentalmente como não fazia há anos, vendo na frente de seus olhos soluções plausíveis porém não muito possíveis. - Porra - ele gritou exausto, levantando em um salto e arremessando seu copo na parede, seguido de enfeito de porcelana, um cinzeiro de vidro e um vaso de flores. Todos eles se espatifaram imediatamente ao entrarem em contato com a parede com muito barulho.

— Toc Toc - May disse suavemente, entrando no escritório alguns minutos depois do surto de Phil e se espantou com a aparência física de seu parceiro, que encontrava-se descalço, com a camisa desabotoada e uma expressão cansada - Posso perguntar por que você está tão nervoso? - ela perguntou lentamente,sabendo que algo estava terrivelmente errado.

— Não é nada, só um caso - ele respondeu, tentando ser casual, porém falhando miseravelmente.

— Phil, eu te conheço melhor que isso - ela repreendeu, aproximando-se para um abraço, que ele rapidamente esquivou-se, deixando-a atônita - Phil - exclamou enquanto ele se afastava.

— Não é nada - ele insistiu, quase gritando, enquanto servia-se de uma dose de conhaque.

— Philip Coulson, se você não me contar imediatamente o que está acontecendo eu juro que …

— Outra mensagem acabou de chegar - Skye disse, entrando subitamente na sala, ofegante, interrompendo a ameaça de Melinda - Desculpe, eu posso voltar depois - acrescentou com um olhar significativo para Phil.

— Ótimo, agora você faz ela mentir pra mim - a chinesa reclamou, realmente irritada - Vocês dois me digam agora o que está acontecendo - exigiu com firmeza e imediatamente os dois negaram - Então eu acho que essa sala merece uma redecoração - ameaçou, pegando de sobre a mesa um antigo boneco de madeira do Capitão América, que ela sabia que Phil amava demais.

— Melinda, para com isso - ele pediu com a voz firme e tirou o boneco da mão dela - E por favor, sente-se - ele acrescentou apontando para o sofá. Skye apressou-se para servir uma dose de whiskey para a chinesa, e entregou-lhe um copo.

— Eu não gosto do rumo que isso tá tomando - resmungou, tomando um longo gole da bebida.

— Hoje de manhã nós recebemos uma mensagem - a garota começou, entregando o tablet que segurava para a mais velha, que leu e releu o texto várias vezes.

— Nós não sabíamos como te contar - Phil justificou imediatamente, e logo um silêncio instaurou-se.

Os minutos que se seguiram foram angustiantes para todos na sala. Melinda ainda estava em silêncio, mas em sua mente imaginava 25 diferentes cenários para “acabar com a raça do filho da puta que ameaçava suas meninas”. Morte por afogamento em soda caustica e morte por “descarregamento” de um fuzil AK47 estavam em posições principais, seguidas de morte por dor excessiva ao ter cada osso e vértebra quebrada, morte por remoção de órgãos internos menos importante e sangramento, ou simplesmente um único tiro na cabeça, mas isso seria bondoso demais. Tomada de ódio, ela fechou com força seus dedos em volta do copo que segurava, e sendo de um vidro fino, espatifou-se na mão esquerda da mulher, fazendo que uma pequena cachoeira vermelha começasse a jorrar. Porém, ela nem sentiu dor.

— A gente não pode entregar as meninas - disse levantando-se subitamente - Phil, por favor, por favor, elas não podem ir, você não pode deixar - ela começou a implorar, porém a expressão do diretor era de pura preocupação, encarando o sangue que escorria entre os dedos de Melinda.

— May - Skye chamou para chamá-la de volta a realidade, mas ela mal ouviu e continuou a implorar, totalmente transtornada. Ela continuou implorando, e Phil chamava seu nome, segurando-a pelos ombros. Em algum momentos entre súplicas, a chinesa começou a hiperventilar como nunca antes, e o homem teve que segurá-la enquanto caía. Só nesse momento, deitada no chão e apoiada no braço de Phil, que ela tornou-se consciente da dor em sua mão esquerda e no peito, graças a falta de ar.

— Phil, por favor - ela suplicava em meio a respirações rasas e aos poucos, sua visão tornou-se turna e escurecida. Ela desmaiou em poucos segundos, com o nome de Phil nos lábios, e Skye correu para fora do escritório, para buscar Simmons. Nesse momento, ele tirou-a do chão e colocou-a deitada no sofá de couro marrom, culpando-se por ter surtado antes e não contado para ela antes.

— Vai ficar tudo bem - ele ficou repetindo para ela até Simmons chegar. Jemma afastou-o de Melinda e examinou-a superficialmente, medindo-lhe a pressão e os batimentos cardíacos. Porém, a mão da chinesa estava pior do que antes, sangrando abertamente, com diversos cacos de vidro enfiados na palma. Calmamente, ela pediu para que Phil a levasse para a enfermaria, onde ela poderia ser cuidada. Ele o fez com facilidade, e ao chegar na baia médica, colocou-a em uma maca.

Em dez minutos, May estava com a mão perfeitamente remendada e envolvida em uma tala e Simmons havia aplicado-lhe um ou dois tranquilizantes para que ela continuasse desacordada até que uma solução viesse a tona.

— Más notícias - Bobbi disse calmamente, entrando na baia médica onde Jemma, Skye e Coulson discutiam possibilidades - Lucy não para de chorar e o Hunter mediu a temperatura. Febre de 40ºC.

— Isso é terrível - Jemma exclamou, saindo imediatamente da ala médica para cuidar de Lucy.

— E tem uma nova mensagem - a loira completou, mostrando o tablet para os dois agentes. Apenas as seguintes palavras constituíam a ameaça: “32 horas. Tic Toc. Crianças vs NYC”.


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Notas finais do capítulo

Preparem-se.



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