Às Oito escrita por Eponine


Capítulo 1
Capítulo Único




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— Você colocou cebolinha no macarrão?

— Sim. — Charlie Weasley parecia estar tendo um aneurisma.

— Audrey... Você sabe que eu odeio cebolinha. — a campainha tocou. Audrey olhou para o relógio, já era 21:13, estava na hora de alguém chegar. Charles ainda parecia chateado enquanto se esparramava no sofá e Audrey Smith abria a porta, sorridente. Então seu sorriso se desfez um pouco, era apenas Bill.

— Que cara é essa, você me odeia? — brincou ele, segurando uma garrafa de vinho. Estava extremamente bonito com aquela combinação de roupas que somente ele sabe fazer. Havia uma mulher linda atrás dele ajeitando seu coque, e mesmo sem Audrey conseguir ver seu rosto direito, ficou apaixonada. — Essa é Fleur, amor, essa é Audrey...

— Olá! — ela tinha um sotaque muito forte e um ar extremamente arrogante. Audrey olhou para Bill lentamente, não entendendo o que estava acontecendo ali. Rapidamente recuperou-se, apertando a mão da garota.

— Oi, seja bem vinda! — sorriu Audrey, ainda abalada. A mulher loura entrou e olhou o pequeno chalé de Audrey com curiosidade. Antes que Bill pudesse entrar Audrey, deu-lhe um olhar de peso. — William...

— O quê? — riu ele. Provavelmente sabia o que a amiga estava pensando: De todas os relacionamentos de Bill que Audrey assistiu acontecer, aquela francesa definitivamente era a mais anormal. O ruivo fechou a porta do chalé, deixando o vinho em cima da mesa enquanto Fleur abraçava o irmão de Bill.

— Charles, foi você que colocou... Os Duendeiros? Sério? Tira isso. — protestou William, batendo sua varinha na garrafa de vinho, abrindo e servindo as taças vazias.

Audrey não conseguia parar de olhar para a namorada de Bill, quase hipnotizada.

— O que vamos ouvir então? Seu péssimo gosto musical?

— Que tal um pouco de Carla Bruni? — sorriu a mulher loura. Charles quase gargalhou, mas afundou a boina em sua cabeça e tomou todo o conteúdo em sua taça. Bill segurou o riso e olhou seus próprios pés, divertido. Serviu Audrey e levou uma taça para sua namorada, dando-lhe um breve beijo.

— Fleur, além de inglês você precisa de aulas para gosto musical.

— Eu ia colocar um pouco de jazz, mas é capaz de Dora trocar para punk quando chegar — disse Audrey, sentando-se no braço da poltrona em que Charlie estava esparramado. Ele acariciou as costas tensas da amiga enquanto analisada a namorada do irmão, desconfiado e divertido. Ela não parecia muito interessante, na opinião de Charles.

— Então, Fleur, o que você faz em Londres?

Ela bebericou o vinho, colocando algumas madeixas louras atrás da orelha.

— Bem, eu... Trabalhar vim...

— É vim trabalhar...

— Isso, vim trabalhar em Gringotes. — ela ficou um pouco vermelha, mas manteve seu sorriso para Audrey. Apesar da desconfiança da castanha, a garota tinha um olhar forte e insistente, como se gritasse “ei, eu posso ser sua amiga”. Audrey conferiu o relógio.

21:32

Onde estavam os outros convidados?

— Então, Franchesca vem mesmo ou mais uma vez levaremos um furo de século? — perguntou Bill, observando um quadro pintado por Audrey. A mulher girou os olhos, lembrando-se de sua querida amiga que não via há cinco anos.

— Se ela não estiver muito ocupada fazendo muitos amigos em qualquer lugar que ela pare... — ironizou Audrey, tomando mais uma taça.

— Ela me mandou uma foto montada em um dragão. Dá pra acreditar? — comentou Charlie.

— Jura? Eu recebi uma dela em uma tribo indígena. — lembrou-se Bill.

Audrey girou os olhos novamente. Típico de Franchesca Diggory.

— Quem é essa Franchesca? — perguntou Fleur, parecendo perdida.

— É uma velha amiga nossa dos tempos de Hogwarts. Ela é a melhor amiga de Nymphadora. — explicou Bill, sentando-se ao lado da namorada. A campainha tocou novamente e Charlie pulou da poltrona, empolgado, assim como Audrey, que deixou sua taça em cima de uma mesinha, sorrindo enormemente. Charles arreganhou a porta e agarrou a pessoa que estava do outro lado, girando-a em um abraço apertado.

Nymphadora gritava e abraçava Charlie, meio pulando. Audrey riu, vendo a reação do homem que a acompanhava. Ela estava com seu coturno de sempre e suas roupas nada convencionais, seu guarda roupa não se distanciou muito da adolescente punk que ela foi um dia. Seu cabelo estava rosa berrante e ela não parava de rir, até mesmo quando Charles a colocou no chão.

— Você, seu macaco! — e então pulou em Bill, fazendo Fleur arregalar os olhos.

— Tudo bem? Charles Weasley! — o homem sorriu ao apertar a mão de Charlie, Audrey aproximou-se receosa, pronta para apertar a mão dele também, ignorando a conversa de gritos entre Bill e Nymphadora. Ele usava um casaco gasto e seu cachecol era visivelmente velho, mas o homem tinha um ar gentil e inteligente que encantava instantaneamente.

— Muito prazer, Remus Lupin... — ele beijou a mão de Audrey, envergonhando a mulher. Nymphadora empurrou a amiga e agarrou a garrafa que estava na mão de seu namorado.

— EU TROUXE IMPERIUS! — urrou ela, pulando. Charlie deu um berro para o teto e pulou, entrando em uma dança de comemoração com Nymphadora. Audrey cobriu o rosto com as mãos, rindo, sentindo uma nostalgia gritante. Fechou a porta enquanto Remus tirava seu cachecol e casaco, indo em direção de Bill e Fleur. — Vamos beber até... Meu amor, eu nem falei com você!

Nymphadora abraçou Audrey com força, enchendo-a de beijos.

— Que porra de som é esse? — gargalhou Dora, indo em direção da vitrola.

William, quem é essa menina... — sussurrou Fleur, apertando o braço de Bill, mas ele desvincilhou-se, pronto para mais uma disputa de gosto musical com Nymphadora e Charlie, como se estivessem em 1985 novamente.

— Remus, fique a vontade! — sorriu Audrey.

— Ah sim, muito obrigada. Sua casa é muito bonita.

JAZZ? JAZZ? EU NÃO TENHO OITENTA ANOS PARA OUVIR JAZZ...

— Obrigada! Você mora por aqui mesmo? — Audrey e Remus estavam acostumados com a voz estridente de Nymphadora, mas Fleur parecia apavorada com o que estava acontecendo perto da vitrola.

DORA, VOCÊ PRECISA SAIR DE 1985, NÓS NÃO...

— Ah, na verdade não. Por agora eu estou vivendo perto de Oxford... Em uma vilazinha mais afastada do centro.

— Sim, eu já passei naquela vila. — sorriu Audrey. De repente, após alguns minutos de discussão, os três voltaram para o sofá enquanto ressoava um jazz na vitrola. Nymphadora colocou os pés na mesinha principal, quase derrubando a taça de Fleur, que recolheu, retorcendo o nariz diretamente para Tonks.

— Qual seu nome mesmo? — sorriu Nymphadora. — Eu sou Dora, eu me apresentei?

— Meu nome é Fleur...

— Claro, Fleur, lindo nome. Vamos tomar um pouco de Imperius, galera? — agitou Nymphadora, levantando-se novamente. — Você já tomou Imperius? — Dora virou-se para Fleur.

A mulher francesa parecia estar odiando cada segundo daquilo. Bill sentiu o quão desconfortável ela estava e interviu.

— Ela não conhece muito do nosso acervo de bebidas ruins... — sorriu ele, apertando o ombro de Fleur, massageando. Nymphadora sorriu lentamente e então curvou-se em direção de Fleur. Audrey achou engraçado Dora com seu estilo agressivo e desarrumado contrastando com o estilo limpo e simples de Fleur.

— Imperius é a melhor bebida do mundo. — sussurrou ela, assustando Fleur mais ainda.

— Non sei se é uma boa ideia... — sorriu a mulher loura, agarrando-se a taça de vinho.

— Eu não posso te deixar sair daqui sem beber Imperius! — gritou Dora. Todos estavam rindo, mas Fleur ainda estava desconfortável.

— Você vai amar. — disse Charlie, sorrindo para Fleur. — Tem um leve aroma de álcool 70%.

A sala gargalhou, mas Fleur pareceu não entender muito bem a piada.

— É pinga... Puríssima. — explicou Bill, rindo para a Delacour. Nymphadora saiu da cozinha acenando sua varinha para o pequeno amontoado de copinhos transparentes, carregando uma bebida transparente. Cada um pegou a sua e Fleur relutou um pouco, mas pegou por educação. Audrey tinha desacostumado com a bebida, então fez uma careta terrível ao tomar. Estavam todos rindo após o gole, mas Fleur ainda parecia relutante.

— Ahhh, vamos, vai deixar um homem de quase quarenta te derrubar assim? — brincou Remus, fazendo Fleur rir. Ela tomou o shot e todos aguardaram ansiosamente ela fazer alguma careta, mas apenas deu de ombros.

— Pensei que era pior. — Nymphadora fez uma careta de choque.

— Quê? Isso aqui é álcool zulu! Serve pra desentupir pia! — contestou ela, indignada. Charles gargalhou e apertou o ombro do amiga:

— Aceite Dora, seus tempos de punk acabaram. — A conversa fluiu por mais alguns minutos e aos poucos Fleur acostumou-se com todos os presentes. Mas ainda assim faltava uma convidada essencial. Quando todos estavam quase mortos de fome, Audrey decidiu servir o jantar mesmo com a ausência de Franchesca, convencida de que mais uma vez ela furou, até que umas batidas na porta surpreenderam a todos. Audrey olhou no relógio:

23:02

Lil Darlin (feat. The O'Mys) by ZZ Ward

Típico de Franchesca Diggory.

Levantou-se da mesa barulhenta e abriu a porta. A mulher loura levantou a cabeça e tirou o chapéu pontudo descolado, cheia de panos e acessórios que a tornavam mais estilosa que qualquer um nas passarelas de Paris. Suas olheiras ainda eram escuras e o sorriso debochado estava ali, para Audrey.

— Boa noite. — sussurrou ela, maliciosa. Audrey acabou se rendendo e abraçou a amiga. Nymphadora levantou-se da mesa quase gritando e pulou em Franchesca. O abraço foi longo e emocionante. Bill e Charlie fizeram o mesmo e em segundos todos estavam novamente sentados, agora com Franchesca.

— Você me lembra muito um pianista que eu conheci na Bélgica. — ela tinha um sotaque australiano que estava irritando Fleur. Não gostou nem um pouco do gingado malicioso e debochado que ela tinha. Entretanto, Remus estava interessado em sua história. — Ele tinha esses seus olhos âmbar. Eu estava fazendo uns truques na estação quando ele me deu uma nota de cem dólares, dinheiro trouxa... — Ninguém se movia para as histórias de Franchesca. — Eu já estava na Bélgica por quatro dias e não tinha achado nenhum albergue bruxo para ficar, eu tinha que roubar comida. Então ele me levou para casa dele, e ele morava na cobertura de um prédio de mais de vinte andares...

— Uau... — suspirou Nymphadora, entretida.

— O que você faz para viver?

— Eu só viajo. Me nego a vender-me para o sistema capitalista em que vivemos. — explicou Franchesca para Fleur, com um sorriso meigo. — Você é uma gracinha. Como conheceu meu querido Bill?

Fleur sorriu para o namorado, tomando mais um gole de vinho.

— Bem, eu estava trabalhando em Gringotes e eu precisava de um professor de inglês... E bem, aqui estamos. — Franchesca riu, dócil, assim como todos.

— Você não poderia ter caído em mãos melhores, Bill é demais. — elogiou Audrey.

— Isso é tão engraçado. — observou Franchesca. — Eu jurava que Bill acabaria com Nymphadora, e aqui estamos.

O clima da mesa congelou. Charlie ria silenciosamente, escondendo o rosto e Audrey tomava todo o conteúdo em sua taça. Mas Nymphadora não parecia incomodada, apenas passou seu braço pelos ombros de seu namorado e riu:

— Iria ser uma ótima escolha se esse cara não tivesse aparecido.

— Era a aposta da família. — Charlie serviu-se de mais vinho. — Percy apostou dez galeões.

— Ainda está de pé essa aposta? — questionou Audrey. — Eu apostei que eles não acabariam juntos, eu quero meu dinheiro, eu ganhei.

— E sua mãe, ela tinha apostado um dinheirão, não? — relembrou Franchesca, rindo. Mas os casais da mesa estavam tão constrangidos e desconfortáveis que faltou palavras para interromper a conversa. Antes que alguém respondesse Frankie, ela pareceu lembrar-se de algo em seu bolso. Enfiou mão nele e resgatou um saquinho, balançando. — Presente diretamente de Cuba!

— O que é isso? — questionou Remus. Franchesca riu, maliciosa enquanto Charlie comemorava.

— Vamos tomar um chazinho. — sugeriu ela.

01:48

Audrey observou Nymphadora terminar de rir de um comentário extremamente sério que ela tinha feito. Amaldiçoou Franchesca mentalmente por ter drogado metade das visitas.

— Dora, você não pode casar com um cara que acabou de conhecer. — sussurrou Audrey. Elas estavam seguras no quarto da mesma, apenas ouvindo ruídos de riso e música na sala de estar, através da porta. — Ainda mais na condição dele.

— Audrey, ele não é o monstro que você pensa que ele é... Eu nunca me senti assim antes!

— Você falou isso dos seus últimos quatro namorados, Nymphadora! — Audrey e Andromeda Tonks eram provavelmente as duas únicas pessoas que podiam chamar Tonks por seu primeiro nome sem levar um berro ou uma careta. — Casamento é uma coisa séria, não pode ser decidido assim, ele é mais velho e ele está certo em te barrar desse jeito...

— Mas... — a porta fora aberta por Franchesca. — Olha, isso é um assunto muito delicado para você entender.

— O que está rolando? — indagou Franchesca.

— Dora quer se casar com Remus.

— Jura? Parabéns, meu amor. — sorriu Frankie, sentada ao lado de Nymphadora. Audrey fez uma careta de horror, não acreditando que Franchesca havia chegado em segundos e ferrou todo o pouco de juízo que ela estava tentando colocar na cabeça de sua melhor amiga.

— Audrey acha que é uma má ideia porque não temos dinheiro, estamos em guerra, eu sou muito nova, ele muito velho e estamos em guerra. — Nymphadora estava visivelmente drogada de chá alucinógeno, mas Franchesca estava lúcida. E contra Audrey, como de costume.

— Sid Vicius e Nancy Spungen não pensaram nisso quando juntaram suas tralhas. O que é o valor material? — ela fez pernas de índio e começou a falar. — Vocês são bruxos, vocês podem viver no meio da floresta se quiserem, com a mãe natureza te proporcionando o necessário. Você é uma Auror, de fome você não morre. E daí que estamos em guerra? Vamos todos morrer de qualquer jeito...

— Dora, não é assim que as coisas funcionam... — tentou Audrey, mas a garota de madeixas cor de rosa parecia perdida entre as duas. — Você conhece os pais de Dora? Isso só cola com você, Franchesca.

— E a única desvantagem dele ser mais velho é que ele vai morrer primeiro, provavelmente. E mesmo você sendo jovem acho que você já transou o suficiente. Mantenha seus princípios, esteja no controle da sua vida...

— Eu te amo. — declarou-se Nymphadora para Franchesca. As duas se abraçaram amorosamente e Audrey assistiu, incrédula. Tonks virou-se para ela. — Eu também te amo.

Audrey conhecia Nymphadora desde os oito anos de idade. Franchesca conhecia Nymphadora desde os onze. E ainda assim Audrey era constantemente sabotada. Elas assistiram Dora sair do quarto e Franchesca esparramou-se na cama, sorridente.

— Uau, ela está passando por um momento tão bom... — sorriu ela.

— Você enlouqueceu? — estrilou Audrey. — Esse cara não tem onde cair morto, ele é um lobisomem, Dora não tem um pingo de juízo que você ainda apoia as loucuras dela!

Franchesca parecia chocada.

— Você é tão racista.

Quê?

— Olha, eu não entendo sua raiva. Ela parece pronta.

— Ela estava chapada, Franchesca!

— Ahhh, para, você não sabe o que é alguém chapado. Aquele chá nem é forte. O pessoal em Cuba toma aquilo no café da manhã, só pra você ter noção. — Franchesca parecia mais interessada em algo em suas unhas. Então olhou a amiga. — Audrey, você não pode cuidar dessa desse jeito.

— Eu não estou cuidado, eu estou prevenindo um desastre com a minha melhor amiga...

— Melhor amiga... — debochou Franchesca, fazendo uma voz infantil enquanto gira os olhos. Audrey semicerrou os olhos, irritada. — Você ainda tem essa mania de possessão?

— Isso se chama amizade, Franchesca, coisa que você não sabe o que é porque nunca para quieta em um lugar!

— Audrey, eu não posso lidar com seus sentimentos de raiva contra mim.

— Talvez você pudesse lidar com um relógio e não chegar quase três horas atrasada em um jantar que foi praticamente planejado pra você, mas que...

— Ué, que hora foi combinado?

— Às oito, Franchesca!

— Eu pensei que era uma sugestão. — riu ela.

— Viu, você age como se eu fosse muito chata e me faz fazer papel de chata e eu acabo irritada, é sempre assim, sempre foi assim!

A porta abriu-se bruscamente e Bill entrou, segurando o riso. As meninas olharam para ele, curiosas, enquanto ele gargalhava, parecendo ter segurado por muito tempo. Então ele respirou fundo e abriu alguns botões de sua camisa, deitando-se ao lado de Franchesca.

— Ahhhh, Fleur não sabe que estou muito chapado. — riu ele. Audrey girou os olhos e levantou-se de sua cama, organizando sua penteadeira. Bill sentou-se de supetão, animado. — Eu quero falar com vocês... Eu estou pensando em propor Fleur.

Audrey e Franchesca se entreolharam.

— Nymphadora está contando para Fleur da vez que você ficou com diarreia no teste de Feitiços, no quinto ano. — alertou Charlie, entrando no quarto. Audrey sentou-se na cama novamente, exausta. — Hmmm, é uma reunião secreta?

— Bill quer se casar com Fleur. — explicou Franchesca. Charlie deitou-se no colo de Audrey, girando sua varinha entre os dedos.

— Ow, isso é importante.

— É isso que tem a dizer? — questionou Bill.

— Pra que casar? Se você enjoar dela vai ser o maior rolo pra separar-se. E ela é linda, mas muito chata.

— Ei... — Bill pareceu ofendido.

— É, ela é bem chatinha... — comentou Franchesca.

— Verdade. — comentou Audrey.

— Ela não é chata, ela só é diferente... Ela parecia conhecer vocês pra se soltar, ela não é assim. Fleur é maravilhosa. — Bill estava visivelmente apaixonado. Audrey ainda não achava uma boa ideia, mas Franchesca apoiou.

— Eu super acho que vocês deveriam casar. — disse a loura, fazendo Audrey revirar os olhos.

— Bem, desde que eu seja o padrinho e você encomende um caminhão de Imperius, pra mim está ótimo. — declarou Charlie. Remus adentrou no quarto e anunciou que estava levando Nymphadora para casa:

— Ela adormeceu no meio de um diálogo. — riu Remus, olhando sua namorada roncando. — Foi muito bom conhecer todos vocês, foi um prazer. Me senti muito bem recebido, muito obrigado.

Ele beijou a mão de Audrey novamente e ela sentiu-se um monstro por ter dito o que disse para Dora, o observou coloca-la no ombro como se fosse uma boneca de pano e desejou que a amiga seguisse os conselhos loucos de Franchesca, e não os dela. Fleur e Bill também decidiram ir embora e em segundos a casa já estava sem os casais.

Charlie e Franchesca se entreolharam.

— Quem vai dormir na cama com Audrey? — perguntou ele. — Eu voto em mim mesmo.

— Não, vocês não vão dormir aqui! — protestou Audrey, firme. Mas as quatros da madrugada os três estavam na apertada cama de Audrey, como nos velhos tempos. Ela demorou um pouco para dormir, pensando em seus melhores amigos e nos rumos que a vida estava levando ambos. Amava Bill e queria o melhor para ele, igualmente para Nymphadora.

Desejou que ambos fossem felizes.


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Notas finais do capítulo

Eu tenho certeza que a Fleur não ia gostar nem um pouco da Dora hahahahahahaha

Eu amo esse grupo de amigos, e espero que vocês tenham gostado!

Beijos.



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