– Você está certa. – Morgan disse por fim. – Vou falar com ele hoje.

– Hoje? – Catherine olhou. – Aqui?

– Claro, se não eu vou perder a coragem e se por acaso ele reagir mal, vocês vão estar aqui para me dar um apoio.

– Agora mudando de saco para mala, Wendy, aonde você tirou aquele homem? – Perguntei por fim.

– Da faculdade, por quê? – Disse simples.

– Por quê? Você ainda me pergunta por quê? Não é todo dia que vemos um homem daquele porte tão de perto. – Sara começou a se abanar.

– Você não muda mesmo. – Catherine riu.

– Sabia que é uma mulher casada? – Wendy fitou-me. – E ele é meu. – Piscou.

– E sou muito bem casada, obrigado. E muito satisfeita com meu homem. – Disse não dando importância a elas. – Mas isso não me deixa cega, aquele homem, é lindo demais.

– Eu sei. – Wendy se entregou por mim, seu olhar era apaixonado.

– E falando em homem bonito, por que o gay mais sexy do mundo não está aqui? – Eu sabia muito bem a quem Cath se referia: Christian.

– Ele disse que tinha um encontro.

– Quem será o da vez? – Wendy perguntou curiosa.

– Só tem um jeito de descobrir. – Morgan pegou o telefone. – Vamos?

Todas olhamos com um sorriso sapeca, nada como estragar a transa do amigo gay. Morgan logo digitou o telefone de Christian e colocou no viva-voz. O pior de tudo foi que quem atendeu não foi o Christian.

– Alô. – Ouvimos uma voz muito conhecida do outro lado da linha. Em seguida ouvimos: - Ei, este é o meu celular... Desculpe, achei que era o meu, amor... Alô?

Uma voz era de Christian, a outra nós não podíamos acreditar de quem era.

– Morgan? – Christian perguntou, devia ter visto o número dela na tela do telefone.

Nós não conseguíamos falar nada, todas estávamos mudas. Até que eu tomei coragem e falei:

– Oi Christian, tudo bem? É a Sar...

– Oi, Sar? – Ele pareceu ficar muito preocupado, o seu tom de voz era tremulo.

– A voz que eu ouvi é de quem eu estou pensando?

– Sar... Eu posso explicar, é que...

– O que o Manuel está fazendo atendendo o teu telefone? Você... Ah esquece. – Peguei o telefone de Morgan e desliguei a chamada. Depois olhei as meninas. – Se alguém ousar atender o telefonema daquele traidor vai ser ver comigo.

Todas assentiram, creio que todas estávamos em choque.