– Sexo já? – Disse-me Gil malicioso.

– Sexo já. – Respondi seu sorriso.

Gil não perdeu tempo, e quando dei por mim, ele já arrancava minha roupa com muita pressa, como se necessitasse me ver nua. Eu por outro lado tirei a roupa dele calmamente, deixando-o impaciente, e por algumas vezes ele fez a menção de tirar a própria roupa, tinha pressa, porém não deixei, fiz tudo devagar o deixando louco.

– Por que tanta rapidez? – Disse cínica.

– Por que tanta calma? – Retrucou.

– Gosto de aproveitar de cada parte desse seu corpo sem pressa. Gosto de conhecer todos os dias cada pedacinho de você.

– Verdade? – Sorriu malicioso, mordendo o lábio inferior. - Sou todo seu. – Deitou-se na cama de barriga para cima, me convidando para ficar sobre ele.

Comecei sentando sobre os pés da cama, e peguei os pés de Gilbert, massageei-os por algum tempo. Pude ver Gil arrepiar-se somente com o toque de minhas mãos quando lhe apertei forte os pés. Peguei seu pé esquerdo e lhe dei um beijo sobre a sola do pé. Minhas mãos começaram a subir e acariciar suas pernas, subindo até a virilha e depois a barriga.

Gil suspirou frustrado por passar tão perto de seu membro sem tocá-lo.

– Posso te prender as mãos? – Sorri maliciosa.

– Como? – Disse ele espantado com minha proposta, nunca havia proposto algo assim.

– Posso prender suas mãos?

– Por quê?

– Que falta de confiança Gris. – Sorri brincalhona. – Eu sei o quanto gosta de me acariciar durante o sexo, mas gostaria de fazer com você o que eu bem entendesse...

– E para isso necessita me atar a cama?

– Claro. – Mordi meu lábio inferior, de modo convidativo.

– Está bem Sar. – Disse sem muita confiança.

Levantei-me, agora teria de encontrar algo que servisse para isto. Encontrei no guarda-roupa duas meias calças de lã que usava no inverno, eram resistentes e prenderiam bem Gilbert. As crianças estavam dormindo, então a não ser que tivéssemos muito azar, nada nos interromperia. Lorenzo e Julia geralmente dormiam a noite inteira, e só acordavam quando estava chovendo.

A previsão do tempo estava do nosso lado.

Atei-o a cama, prendendo os pulsos dele com a meia calça à cabeceira da cama. Deixei suas pernas livres, não que quisesse, mas estudei o local rapidamente e era claro que não teria onde prendê-los.

– Agora você é meu! – Disse com um olhar maldoso. Gil ficou ereto ao ver o estado que olhava a ele, como se fosse uma presa e eu fosse comê-lo naquele momento.