A Cidade da Névoa escrita por shizard


Capítulo 2
Uma cidade (quase) vazia


Notas iniciais do capítulo

Ai mais um capitulo.
Espero que gostem (quem não espera?).



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 O que você faz quando está em um pesadelo? Umas pessoas o vivem intensamente, outras sabem que vão acordar já outras imploram pra acordar.

 Eles não podem.

 Após matar um Corpo de Carne, os dois se dirigem para fora do restaurante pela porta dos fundos.

 - Você viu aquilo?!

 - Foi uma pergunta ou afirmação?

 Os dois iam passando pela porta quando outro Corpo os agarrou e pegou a arma de Isaak.

 - Ótimo. Você não vai querer atirar...

 - Você ta negociando com isso?

 O Corpo apontava de Jacob para Isaak, aparentemente indeciso.

 Depois de um segundo, a cabeça do monstro explode.

 Atrás dele, uma mulher loira com uma roupa vermelha, segurava uma escopeta.

  - Estão bem, garotos?

 Os dois só conseguiram ficar parados. Ela perguntou de novo, e Jacob respondeu.

  - Belo tiro...

 Jacob checava as armas. Estavam sem balas. Isso era péssimo, mas por outro lado, estava em uma cozinha. Coisas pontudas e cortantes eram o que não faltava.

  - O que fazem aqui? - Perguntou a mulher. - Duvido que seja turismo.

  - Somos do FBI. Estamos fazendo uma investigação sobre um desaparecimento.

  Ela o olhou admirada.

  - Só um? Olhem em volta! Todas as pessoas estão desaparecendo nesta cidade. A propósito, também estou fazendo uma investigação. Meu nome é Alyssa. Repórter.

  - Isaak. E o cara ali mexendo na arma é o Jacob.

 Jacob se levantou. Ele olhou para seu parceiro e para sua salvadora.

 - Desculpe, mas será que tem munição? Nos perdemos tudo com aquela coisa...

 - Desculpe. Só tenho para minha arma. Mas tem facas por todo lado aqui.

  - Tudo bem. Essas coisas têm um intelecto considerável. - Disse se aproximando dos Corpos. - E, como achamos dois, pode haver mais, também levando em consideração que Alyssa está armada por algum motivo.

 - Impressionante!

 - Descobriu isso sozinho, sabichão? - Brincou Isaak.

 Ele estava brincando, claro, mas era irritante. Ele já tinha formulado um plano. Só precisava ser colocado em pratica.

 - Alyssa, você sabe se tem algum museu ou biblioteca nesta cidade?

 Ela não entendeu a pergunta. Ele queria ler, nesta situação?

 - Bem, tem a Sociedade  Histórica. Se quiser posso lhe mostrar no mapa.

 - Claro. Agradeço.

 Ela mostrou um mapa a eles. Jacob ficou um minuto memorizando o mapa. Isaak ficou conversando com Alyssa sobre a cidade. Era um momento de calma, e Jacob sabia que não iriam ter muitos mais como este.

 Por fim, eles se separaram de Alyssa. Ela disse que precisava achar outra pessoa na cidade.

 Os dois foram para fora. A névoa ainda era densa, e Isaak achava que não iria mudar tão cedo.

 - O que achou dela. - Perguntou Isaak. - Você sabe. Alyssa.

 - Muito a esconder, quase nada a revelar. E você?

 - Legal. Só não sei por que uma repórter estaria com isso.

 Ele mostra um pequeno pacote. Nele, tinha um pó branco que os dois sabiam muito bem o que era.

 - Muito a esconder, você disse. Muito mais do que pensamos, eu digo.

 - Uma repórter com drogas... Devemos prendê-la?

 - Mais tarde. Agora, to querendo sair daqui e ir para Las Vegas.

 Isaak olhou para Jacob. Esperava estar quebrando o clima tenso. Seria pior, realmente, se ele não tivesse dito nada. A mente de Jacob trabalhava para ter fatos científicos.

 “Sem fatos. Um corpo sem pele, que atira? Sem fatos científicos...”

 - Ei. Chegamos.

 Na Sociedade Histórica, não acharam nada alem de um mapa. Jacob realmente achava que iria encontrar algo útil (não que um mapa não fosse útil.).

 - Perda de tempo.

 - Não necessariamente. A partir de agora, é nosso ponto de encontro. Se nos separarmos, será aqui que nos encontraremos.

 O Celular de Isaak começa a tocar.

 - Você trouxe um celular e não me avisou?

 - Eu chequei antes de virmos. Tava, e ainda ta, sem sinal...

 Isaak atende e se surpreende com a voz e a mensagem.

 “Venha até o hotel... Tuu-tuu-tuu...”

 Isaak ficou parado. Uma voz que ele conhecia muito bem. Não podia ser ela estava desaparecida.

 - Quem era?

 Isaak desperta de seus pensamentos, respondendo a pergunta de seu amigo.

 - Minha prima... Ela desapareceu faz tempo. Será que ela está aqui também?

 Jacob não respondeu. Por que a cidade estaria servindo de ponto de encontro para tantas pessoas? Todas tinham algo a esconder, eles sabiam melhor do que ninguém, afinal cometeram seus erros.

 -Ela... Cometeu algum... Pecado?

 Jacob estava claramente desconfortável, mas Isaak nem ligou.

 - Uma santa, até onde sei. Angie não faria mau a uma mosca. Mas fácil o pai dela ter cometido. Era um canalha.

 O assunto irritava Isaak, por isso Jacob não tocou mais nele.

 - Okay, temos que nos apressar, se o plano de Las Vegas ainda está de pé.

 Assim que saíram, ouviram ao longe a buzina de um caminhão. Quando deram por si, faltavam poucos metros para atingi-los. Cada um dos dois saltou para um lado.

 - Você ta bem?

 - Acho. Mas o caminhão está bloqueando o caminho. - Jacob vê uma sombra se mexer. - Acho que não podemos ficar aqui. Pega!

 Ele joga uma faca para Isaak. Ela quase cai no pé dele.

 - Cê ta doido?

 - Vi uma sombra. Vou seguir ela. Vá para o hotel, que te encontro lá.

 - Tenho escolha?

 Os dois seguem seus caminhos, enquanto um homem alto os observava do alto de um prédio.

 -Monstros assassinos. Vão pagar.

 


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Notas finais do capítulo

Alyssa: uma personagem baseada em Resident Evil outbreak.
Angie: prima de Isaak. Ela aparece em Silent Hill 2. Achei interessante colocar Angela Orosco como personagem.


Se não gostaram, avisem.



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