How We Used To Be escrita por Eduarda Teles


Capítulo 1
The Phone Call


Notas iniciais do capítulo

Oi meus amoress!!! Vou logo avisando que vai ser sofrida hahahahaha. Mas, enfim, não vou falar muita coisa, apenas leiam e sofram. Boa leitura.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/660649/chapter/1

“Hello, It’s me”

Ela sentiu as lágrimas caírem dos olhos, não podia fazer nada, a dor a consumia. Fechou os olhos, tentou normalizar a respiração, bebericou do vinho tinto e fungou, enquanto ouvia o telefone tocar pela quinta vez aquela manhã. De vez em quando, ela escutava a voz doce dele falando, a voz cansada de tanto tentar fazer contato e nunca ser atendida. Vez ou outra, ele deixava um recado na caixa eletrônica.
Mesmo depois de 7 anos sem o ver, ela ainda podia lembrar dos seus olhos azuis quando fechava seus próprios olhos. Ainda podia sentir os beijos doces, as mãos dele passeando por toda a extensão de seu corpo... Ela até podia criar a fantasia de que ele ainda estava ali, de que seu Robin, nunca havia a abandonado.
As memórias frescas da pequena vida que os dois compartilharam se fazia presente. Se lembrou de tantas vezes em que ele a amparou, que ele acreditou nela quando ninguém mais o fez. Regina se lembrou de como ele a reergueu e a tornou uma pessoa melhor. De como ele não julgou o passado da Rainha Má, e a viu somente como Regina.
Ela sorriu e tomou mais um gole da bebida.
Riu amargamente, ria da sua própria desgraça, da ironia da vida. Ela tinha sonhado tantas vezes com a possibilidade de um final feliz, sonhou errado. Perdeu o primeiro amor... Perdeu a chance de ter uma criança no futuro. Matou aos milhares, e ela gostava. Ela sorria para as carnes queimando nos vários ataques que ela fez as vilas da Floresta Encantada. Sorria para o desespero das crianças, para os gritos das reles mulheres, e as tentativas falhas de seus maridos vil ao tentarem salvá-las. Ela acabou com tantas vidas, e agora... Agora a dela estava arruinada. Embora já estivesse há muito tempo.
Robin foi um pequeno lampejo de luz, em meio a todas as trevas. Roland... Como a prefeita sentia falta daquele menino, que em pouco tempo, conquistou seu coração por completo.

"I was wondering If after all these years you’d like to me, to go over everything...”

Ela o amava, nunca imaginou que poderia tanto amar alguém, nunca pensou que amar pudesse machucar tanto. O telefone tocou pela sexta vez, ela deixou tocar. Mais uma vez, a voz de Robin se fez presente.
“Regina? Quando ouvir essa ligação... Me liga, por favor.”
Regina engoliu todo o líquido vermelho que estava na taça, ergueu o objeto e tacou no espelho da parede de sua sala. O mesmo, se dividiu em vários pedaços. Ela olhou o próprio reflexo, cansado e sem vida. Andou até os cacos de vidro, os saltos fazendo um barulho irritante quando entrava em contato com os pedaços estilhaçados. A mulher se olhou naquele último pedaço, ainda pregado na parede. Viu uma lágrima descendo involuntariamente, e a secou rispidamente. Com um leve acenar das mãos, chamas apareceram na mesma e foram atiradas contra a parede. Agora, ela podia se ver em chamas.
Se aproximou do fogo, e começou a limpar a maquiagem manchada de lágrimas.
Regina mudou de direção, e se dirigiu até o sofá, aonde seu casaco estava apoiado. Ela o colocou sobre o corpo, e pegou também a bolsa, colocando o celular lá dentro. Pegou as chaves de casa e se dirigiu para a porta de saída. Mas, não antes de lembrar de sua garrafa de vinho. Ela voltou por ela, e sem utilizar um copo, Regina virou a garrafa na boca, bebendo quase todo o conteúdo em meio minuto.
Deixou a garrafa quase seca no criado-mudo e depois saiu.

XXX

“At least I can see that I've tried, to tell you; I’m sorry for breaking your heart..."

Ela sabe que a decisão foi dela. Que ela deixou Robin partir com Marian e Roland. Deus sabe o quanto ela se arrepende. Regina inspirou o ar da floresta, lembrava bem do dia em que encontrou Robin no mesmo tronco de árvore que estava sentada agora.
Ela se permitiu chorar um pouco mais, precisava lavar a alma. Storybrooke não iria parar, a cidade precisava de sua prefeita, mas, agora, ela precisava do momento em que se encontrava. O choro aumentava a medida que o tempo passava. Regina abaixou a cabeça e as escondeu no meio das pernas, ficando naquela posição por um tempo indeterminado.
Ouviu passos, não se atreveu olhar para quem quer que fosse. Não queria que as pessoas a vissem chorando. Sentiu mãos acariciando suas costas, e logo depois, sentiu a pessoa sentar ao seu lado. Ela sabia exatamente quem era, o cheiro familiar chegava nela e inebriava os sentidos.
Ele acariciou as costas dela, a envolveu em um abraço, e logo depois, começou a depositar beijos no topo da cabeça de Regina. Ela ergueu a cabeça para encarar Robin, o olhou nos olhos, aqueles que ela tanto amava e que agora estavam sem vida.
— Como isso é possível? Como você chegou aqui? — Regina perguntou, um tanto surpresa, um tanto assustada.
— Não importa! O que importa é que eu estou aqui, com você. — ele sussurrou perto da boca dela, a fazendo ter pequenos calafrios por todo o corpo.
Robin a beijou, beijou levemente e devagar, como se fosse um modo de dizer “oi”. Regina se deixou levar por alguns segundos, deixou que Robin a beijasse, que enterrasse as mãos no seu cabelo e que ele a tomasse pela cintura, e se aconchegasse cada vez mais nela.
Ela deixou que ele fizesse tudo isso, exceto que ele, não era ele. Aquele não era o seu Robin, aquele não era o seu beijo, aquele não era a pessoa por quem ela esperou por tantos, e tantos anos.
Regina já havia se acostumado. Já sabia como sua mente podia lhe pregar peças, peças essas, que foram aprimoradas ao longo dos anos.
— Vamos para casa? — ela se enganou novamente, olhou para o rosto de Rick e viu Robin. Ela sorriu e acenou com a cabeça. Ele a ajudou a levantar, e circulou os braços ao redor de sua cintura. — Fiquei preocupado com você! Acredita que invadiram nossa casa? Eu morri de preocupação, meu amor! E porque você estava chorando?
Ela olhou para Robin e riu.
— Calma! Não é preciso tanto, querido. Eu só... Precisava espairecer...
Ele olhou para a namorada, sabia que a pressionar não daria em nada, então ambos seguiram caminho.

“Hello from the outside”

O suor descia pelo rosto dela, os cabelos curtos pregavam em seu rosto e a respiração era quase escassa. Então, num impulso, ela saiu daquele sonho ruim. Olhou para o lado e viu Robin dormindo pacificamente, bem, o seu Robin, levantaria junto com ela, a abraçaria e iria ajudá-la a dormir novamente. O seu Robin tinha um sono leve.
Olhou para a escrivaninha, precisava de um copo d’água. Ela pegou o objeto e bebeu todo o líquido, em quanto tremia. Ela não se lembrava do sonho, mas tinha certeza que não conseguiria dormir novamente. De repente, um barulho estridente soou nos seus ouvidos, o telefone tocava. Ela não iria o ignorar de novo. Se enrolou com o lençol fino da cama, e saiu do quarto, logo dando de cara com as escadas e correndo, para o mais rápido possível, atender o telefone.
Ela chegou já sem fôlego, se moveu com maestria até a mesa, e observou o objeto que tocava. Hesitou em atender, mas precisava fazer aquilo.
Tirou o telefone do gancho e o levou até a orelha. Não ouviu um barulho sequer, apenas uma respiração rápida, que ela já não sabia se era a dele, ou a dela.
— Olá, como você está?

"They say that time's supposed to heal ya but I ain't done much healing"


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então? Gostaram? Me diga o que achou, tire suas dúvidas... Me diga se ficou confuso, ou com alguma coisa vaga. Vou ficar mais que feliz em tirar suas dúvidas.
Não vou prometer nada, mas dependendo de vocês, essa história pode ter uma continuação. Talvez um ponto de vista do Robin, talvez a vida da Regina mais aprofundada durante esses sete anos, mas, enfim, vejo vocês...
PS: Muuuita gente fala da minha demora para responder comentários, mil desculpas, estou com uns problemas e realmente não vou conseguir responde-los por agora, mas saibam que eu amei, e que assim que puder, respondo vocês! Xoxo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "How We Used To Be" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.