Royal escrita por liza zanon


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

* CAPA FEITA POR MIM USANDO AS FOTOS DE PERSONAGENS DE REIGN
* APESAR DE TER USADO AS MESMAS CARACTERÍSTICAS FÍSICAS (ESSA ERA UMA FANFIC DE REIGN ANTES DE SE TORNAR ORIGINAL), OS PERSONAGENS SÃO DIFERENTES APÓS A EDIÇÃO QUE FIZ.
* NÃO HÁ VÍNCULOS COM A HISTÓRIA REAL.


Boa leitura! ^_^



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Prólogo

Toda menina sonha em ser uma princesa, ou pelo menos, a maioria delas. Quando eu tinha seis anos e estava aprendendo a ler, sempre me perguntei o porque de estudar livros exaustivos e aprender línguas diferentes. Sempre me perguntei porque não podia andar sozinha nos jardins, brincar o dia todo de boneca e descer sozinha as escadas. Eu constantemente ouvia murmúrios sobre a minha importância para a Casa Hanôver, mas até eu fazer quinze anos, eu não fazia ideia para o que estava sendo preparada.

Faz algumas horas que fui coroada como a nova Rainha do Reino Unido. No meu aniversário de quinze anos, há três anos atrás, eu tive longas conversas de gabinete com minha mãe e os conselheiros, que falavam da importância dos meus futuros atos. Falavam de Mary, da Escócia, e a forma como reinou com apenas quatorze anos. E todo esse tempo todos ansiavam pelo meu aniversário de 18 anos e dia da minha coroação. Todos tinham perguntas a fazer, traziam papéis para assinar, vestidos e sapatos para provar, me bajulavam com guloseimas, massagens, palavras de bom grado, mas nada me prepararia para o que viria a seguir, no momento pós-coroação, quando Elise, a serviçal que cuidara de mim desde meu nascimento, viera até meus aposentos, escovando meus cabelos acompanhada de palavras doces, que eu sabia que teriam um fim logo em seguida.

- Agora que você é rainha, nós precisamos abordar uma questão importante.

- Por favor, não aguento mais assinar papéis.

- Não é nada formal – Elise suspira – Pelo menos não por essa noite. Estou agindo pelas costas de sua mãe, mas não posso deixar que amanhã ao acordar você entre naquele gabinete de reuniões e se apavore com o que irá ouvir.

- Está me assustando, Elise.

Ela para de escovar meus cabelos e repousa a mão sobre meu rosto.

- Toda rainha precisa de um rei, querida. E acho que já encontraram o seu.

- O que? Está me dizendo que mal fui coroada e já querem me casar?

- Isso foi planejado durante toda a sua vida, Victoria. Quando você nasceu, seu tio Guilherme sabia que você seria uma grande rainha para ocupar o espaço que ele lhe deixaria, por isso garantiu que tivesse todo cuidado, amor e educação antes de partir. Assim como garantiu seu casamento. O acordo com a França está feito desde que você era um bebê.

- E quando pensavam me avisar?

- Apenas depois que se tornasse Rainha. Eu conheço seu temperamento, por isso achei melhor burlar as regras e lhe contar antes. Seria bem mais duro ouvir isso de conselheiros e principalmente, de sua mãe.

- Isso não é justo – deixo uma lágrima silenciosa correr por meu rosto, incrédula e tentando ser o mais calma possível. Uma Rainha não pode se render a escândalos – A minha vida inteira ansiei por ser livre, e agora quando penso que irei enfim governar da minha forma, você me diz que em breve me casarei.

- Criança, o que você esperava? – Elise alcança um lenço e seca minha lágrima solitária – Ele é um bom rapaz, o Louis. Uma vez a cada um ano eu acompanhava sua mãe até a França e via o desenvolver do menino. Um rapaz doce, com compaixão. E muito bonito também. Hoje a ideia por não te agradar, mas se você quiser, um dia ele será o homem da sua vida. Seu melhor amigo, sua alma gêmea, aquele que você poderá contar seus sonhos. Ele vai tirar seu cabelo dos olhos. Te enviar flores quando você menos esperar. Ele vai ficar admirando você durante os teatros da corte. Ele vai sentir sua falta. Ele vai olhar no fundo de seus olhos e dizer: ‘’Você é a garota mais bonita do mundo.’’ E pela primeira vez em sua vida, você vai acreditar.

- Como pode saber disso, Elise? Como pode deixar tudo tão fácil?

- Porque eu conheço você. Desde pequena se esforça para alcançar o que almeja e sei que se quiser amá-lo, e se quiser que ele a ame, você conseguirá.

Eu nunca entendi como Elise sabia tão bem sobre tudo aquilo, e principalmente, como ela podia ter tanta certeza de algo que para mim era completamente abstrato. Eu não odiei meu atual noivo, eu sequer o conhecia, e sabia que também nunca fora culpa dele. Mas odiei a corte, odiei a minha mãe, odiei meus conselhos e meu tio Guilherme por preparar tudo aquilo, por me dar todo esse fardo. Chorei por noites, até que enfim eu tive que ir para a França.


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